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APS – BASES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO COMPORTAMENTO
HUMANO o Prof Leonardo Brito
Giulia Novak – ra: 3183411
Julia Azevedo de Melo – ra: 3233542 Pamela Loseviciene – ra: 3145434 Victória Veloso – ra: 3199151
TEMA: A Neurociência e as Parassonias
Introdução
A relação entre a Neurociência e as Parassonias se fundamenta na compreensão
profunda do funcionamento do cérebro e suas implicações nos distintos estágios do sono. Esta área de estudo, caracterizada por sua natureza multidisciplinar, explora o sistema nervoso, com ênfase no cérebro humano, para elucidar os mecanismos subjacentes a esses distúrbios do sono.
O Cérebro: Consciente e Inconsciente
O cérebro, como órgão central do sistema nervoso, rege a interação do organismo
com o ambiente externo e coordena suas funções internas. Sua complexa estrutura permite o controle das funções vitais, como respiração, sono e frequência cardíaca, além de capacidades cognitivas como raciocínio, atenção e memória. Através de uma rede intrincada de neurônios e conexões sinápticas, o cérebro orquestra a consciência, a percepção e o movimento, garantindo a execução impecável de todas as funções, sejam elas conscientes ou subconscientes.
Parassonias
As Parassonias se manifestam como eventos físicos ou sensações indesejáveis que
ocorrem durante o sono REM (Movimento Rápido dos Olhos), o sono não REM (NREM) ou nas transições entre os estágios do sono, incluindo a sonovigília. Quando dois ou mais desses estágios coexistem, configura-se o estágio de dissociação, propício ao surgimento das Parassonias. Essa dissociação ocorre devido à concomitância de áreas cerebrais em diferentes estados de consciência, com algumas em sono e outras em vigília.
Durante os episódios de dissociação, as funções cognitivas altamente
especializadas sofrem um declínio, enquanto a função motora é parcialmente preservada. Essa característica peculiar contribui para a natureza complexa e intrigante das Parassonias. De acordo com a Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono, as parassonias são classificadas segundo o quadro a seguir:
Impacto das Parassonias na Vida do Indivíduo: Além dos Distúrbios do Sono
As Parassonias podem gerar diversos impactos na vida do indivíduo, incluindo:
● Problemas Cognitivos: Dificuldades de concentração, memória e
aprendizado. ● Riscos Físicos: Lesões acidentais durante episódios de sonambulismo, terror noturno ou distúrbios do movimento do sono. ● Problemas Emocionais: Ansiedade, depressão e baixa autoestima devido às experiências disruptivas do sono. ● Impacto Social: Dificuldades nos relacionamentos interpessoais e na vida profissional.
Tratamento
Embora as Parassonias não sejam consideradas doenças em si, mas sim
transtornos, exigem medidas eficazes para garantir o bem-estar do indivíduo. Entre as principais abordagens, podemos destacar:
● Higiene do Sono: Implementação de hábitos saudáveis de sono,
como horários regulares para dormir e acordar, criação de um ambiente propício ao sono e prática de atividades relaxantes antes de deitar-se. ● Investigação Neurológica: Em casos mais complexos, a investigação neurológica pode ser necessária para descartar outras patologias subjacentes. ● Tratamento Farmacológico: O uso de medicamentos específicos pode ser indicado para controlar os sintomas das Parassonias, sempre sob a orientação de um médico especialista. ● Acompanhamento Psicoterapêutico: A psicoterapia auxilia no manejo de aspectos psicológicos e emocionais relacionados ao transtorno, como ansiedade e depressão, além de promover a adaptação do indivíduo à sua condição. ● Garantia da Segurança: Em casos de Parassonias mais graves, medidas de segurança devem ser tomadas para evitar acidentes durante os episódios, como a proteção de objetos cortantes ou frágeis.
A Atuação do Psicólogo
Os psicólogos possuem uma variedade de abordagens e ferramentas para a
melhora da qualidade de sono do seu paciente, tanto em fatores comportamentais quanto emocionais. Algumas formas que um psicólogo pode atuar são:
● Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia: Ensinar o
paciente a associar a cama e o quarto apenas com sono, evitando atividades como assistir televisão na cama. Informar hábitos que promovem um sono saudável, como manter um horário regular para dormir e evitar cafeína e eletrônicos antes de dormir. ● Análise de Fatores Emocionais: O profissional psicólogo deve analisar se fatores como depressão e ansiedade podem estar afetando o sono de seu paciente. ● Técnicas de Relaxamento: Exercícios como respiração profunda, relaxamento muscular e meditação são técnicas para reduzir a tensão e auxiliar para a melhora do sono.
Antes de qualquer diagnóstico, o psicólogo tem que analisar os fatores para a má
qualidade de sono, verificar o porquê de estar ocorrendo esse episódio. Pode ser devido a preocupações, conflitos familiares, medo, falta de exercícios, entre outros.
Referências
ATUALIZAÇÃO (1/2) SLEEP DISORDERS: UP TO DATE (1/2) Gisele S. Moura L. Neves1 ,
Philippe Macedo2. [s.l.] Marleide da Mota Gomes, 2017. BAYNE, A. P.; SKOOG, S. J. Nocturnal enuresis: An approach to assessment and treatment. Pediatrics in review, v. 35, n. 8, p. 327–335, 2014.
CHAVES, J. M. Neuroplasticidade, memória e aprendizagem: Uma relação atemporal.