Aula NEOPLASIAS-Enf - PPG - 2018
Aula NEOPLASIAS-Enf - PPG - 2018
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NEOPLASIAS
Maxwelinne Santiago
NEOPLASIA - DEFINIÇÃO
Origem do latim: neo=“novo” /
plasia=“crescimento”.
O termo câncer vem do grego
karkinos=caranguejo.
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NEOPLASIAS - DEFINIÇÃO
Definido como uma doença genômica que surge a
partir de alterações cumulativas no DNA de células
normais que sofrem transformações até se tornarem
malignas (Rocha, 2008 citado por Gaspar, 2011).
Doença que se origina nos genes de uma única
célula, tornando-a capaz de se proliferar até o ponto
de formar massa tumoral no local e a distância
(Yamaguchi, 2003).
É o conjunto de mais de 100 células que possuem em
comum, o crescimento desordenado. As mesmas se
dividem rapidamente, o que determina a formação
de tumores malignos que podem espalhar-se para
outras regiões, produzindo o que chamamos de
metástases (INCA, 2010).
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Tecidos Normais
Ciclo celular
Controle fisiológico rígido
Tecidos Normais
Manutenção dos tecidos
Equilíbrio
Proliferação e morte celular
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Características Macroscópicas
Local de origem:
Dentro do órgão (nodular ou infiltrativo)
Superfície (nodular, verrucoso, polipoide, papilomatoso,
ulcerado)
Cor: Branco (fibroso); Amarelado (adiposo); Rosado (muscular);
Avermelhado (vascular); Negro (pigmentos).
Consistência: Amolecido; Gelatinoso; Consistente; Pétreo.
Ulceração: necrose do epitélio de revestimento ou da própria
neoplasia
Características Microscópicas
Parênquima (células funcionais)
Estroma (tecido de sustentação)
O parênquima envia fatores angiogênicos (cria vasos) para a
nutrição do local.
Tumores medulares (muito parênquima)
PARENQUIMA – células neoplásicas
↓↑ Tumores esquirrosos (muito estroma)
NEOPLASIAS - Classificação
De acordo com o comportamento biológico:
Benignas (formato nodular bem delimitado, cor, tamanho)
Malignas (ulcerado, crescimento rápido, cor e tamanho diferente
do normal, infiltração).
Nomenclatura e Terminologias:
BENIGNAS
Epitelial (sufixo oma)
Epitélio glandular (adenoma)
Mesenquimal (sufixo oma)
MALIGNAS
Epitelial (carcinoma)
Epitélio glandular (adenocarcinoma)
Mesenquimal (sufixo sarcoma)
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NEOPLASIAS – Nomenclatura
NEOPLASIAS – Nomenclatura
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NEOPLASIAS – Nomenclatura
NEOPLASIAS – Nomenclatura
Exceções
Tecido de origem Benignas Malignas
Leucemia
Células sanguíneas -------
Mieloma múltiplo
Plasmócitos
Melanócitos Névus Melanoma
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Endométrio
Ovário
NEOPLASIAS –
Comportamento tumoral
BENIGNAS MALIGNAS
Crescimento Lento Crescimento rápido
Bem delimitadas Limites imprecisos
Não infiltram os tecidos
Infiltrativas
vizinhos
Não encapsuladas
Geralmente encapsuladas
Não recidivam Recidivam
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NEOPLASIAS – Características
malignas
METABÓLICAS
Conjunto enzimático simplificado
Alta atividade glicolítica
Alta captação de aminoácidos
Perda da inibição por contato
Motilidade
Imortalidade
Crescimento independente de ancoragem
NEOPLASIAS – Características
malignas
Alterações celulares:
Volume celular
Perda da relação núcleo-citoplasma
Morfologia
Pleomorfismo celular e nuclear
Distúrbios nucleares
Hipercromatismo
Mitoses típicas e atípicas
Proeminência nucleolar
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NEOPLASIAS –
Comportamento tumoral
BENIGNAS X MALIGNAS
Diferenciação
Velocidade de Crescimento
Invasão local
Metástase
NEOPLASIAS – Diferenciação
BENIGNAS
São bem diferenciados;
Células do parênquima neoplásico
assemelham-se as células do parênquima
normal;
MALIGNAS
Podem variar na diferenciação celular;
Possuem como característica principal a
ANAPLASIA(desdiferenciação – retorno a
nível mais primitivo);
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NEOPLASIAS – Crescimento
Taxa de Crescimento
Quanto maior a diferenciação dos tumores, menor a
velocidade do seu crescimento
Determinantes do crescimento:
1) Tempo de duplicação da célula tumoral
2) Fração (%) de células que se encontram duplicado
3) Fração (%) de células eliminadas (apoptose)
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FASES DA INVASÃO:
Alterações das interações célula-célula do tumor;
Degradação da MEC – metaloproteinases;
Ligação a novos componentes da MEC;
Migração das células tumorais;
NEOPLASIAS - Disseminação
Linfática (Aumento dos linfonodos):
Disseminação e crescimento das células tumorais;
Hiperplasia reacional;
Aumento nodal em proximidade com câncer não
significa obrigatoriamente uma disseminação da lesão
primária;
Hematogênica:
Mais característica dos sarcomas
Artérias são penetradas menos facilmente do que as
veias
Células seguem o fluxo sanguíneo - fígado e pulmões;
Cavidades corpóreas:
Ocorre por implante de células neoplásicas;
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BASES MOLECULARES DA
CARCINOGÊNESE
Expansão clonal dos clones mutados;
Instabilidade genômica – viabilizadora da malignidade;
Desregulação dos genes – alterações cromossômicas;
Alteração de genes supressores do tumor – p53;
Genes que regulam fatores de crescimento, favorecendo a
angiogênese,
genes que regulam a produção das Metaloproteinases – MMP
– quebra da membrana basal;
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FASES DA CARCINOGÊNESE
Carcinogênese ou Oncogênese são termos que designam o
processo de desenvolvimento de uma neoplasia, desde as
alterações mais precoces do DNA, que supostamente ocorrem
em uma só célula ou em um pequeno grupo delas, até a
formação de um tumor que pode destruir o organismo do
hospedeiro.
Caracteriza-se por modificações progressivas do perfil
biológico da célula, com alterações de sua capacidade de
proliferação, diferenciação, sobrevida e interação com o
meio ambiente.
FASES:
1) Iniciação
2) Promoção
3) Progressão
4) Manifestação
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T – TAMANHO do tumor
N – Metástase em NODOS linfáticos
M – Metástases à distância
SISTEMA TNM
Objetivos:
Gospodarowicz et al (2004)
Patel, Shah (2005)
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SISTEMA TNM
Estágio Classificação TNM Sobrevida em 5 anos
Estágio I T1 N0 M0 85%
Estágio II T2 N0 M0 66%
NEOPLASIAS
Tratamento
Fatores:
Tumor: Duração, localização, TNM e gradação
Paciente: Idade, perfil imunológico e estado geral
Modalidades
Cirurgia
Radioterapia
Quimioterapia
Imunoterapia
Terapia gênica
Necessidade de atendimento multidisciplinar
Prognóstico
Benignas – Melhor
Malignas – Reservado, em geral pior
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Consequências para os
pacientes
Debilitação no quadro geral;
Depressão neurológica;
Depressão imunológica;
Sequelas cirúrgicas;
Caquexia do câncer;
Anemia;
Diagnostico tardio – pior prognóstico;
Pode cursar com cura, recidiva ou óbito;
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