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Observação de uma Célula Vegetal

Escrito por Héber Pires / Gedalva Maria Bentes Santos Pires

Material (fig 1):

Lâminas de microscopia;

Lamínula;

Pinça;

Microscópio óptico;

Cebola, para fornecer um epitélio (retirado, na hora, de um catófilo de cebola );

Corante - azul de metileno ou vermelho neutro ou fuccina ácida - corante diluído (solução
0,1%).

OBS - Pode-se usar lugol para corar o núcleo: 100g de H2O destilada + 6g de iodeto de

potássio + 4g de iodo

Procedimentos:

Retirar com o auxílio da pinça a epiderme (camada fina), do catófilo (escama) - cortar uma
cebola ao meio, longitudinalmente, em seguida repetir o mesmo corte em uma das metades da
cebola e retirar a escama (figs 1a e 1b);

Colocar uma gota de água sobre a lâmina (fig 1c);

Colocar a epiderme sobre a gota de água da lâmina (fig 1d);

Colocar uma gota de corante sobre a epiderme (foi utilizado azul de metileno - fig 1e);

Colocar a lamínula sobre a epiderme (figs 1f e 1g);

Observar ao microscópio em diversos aumentos (fig 1h);

Aumentos usados: Ocular de 5 X com Objetivas de 40/0,1 – 160/0,17 e 10/025 – 160/0,17.

Ocorrência:

O corante age destacando o material observado.


Conclusões:

Observa-se as células alongadas e limitadas por paredes celulares;

O citosol é delimitado pelo vacúolo de suco celular (espaço aparentemente vazio) núcleos.

OBS : Esta experiência pode ser realizada, em caso de necessidade, usando somente a
gota de água sobre a lâmina, a epiderme sobre a água e a lamínula sobre a epiderme.
Neste caso perderemos certos detalhes.

Em uma boa preparação é possível observar o núcleo com dois nucléolos.

Apoio Financeiro

revista júnior de investigação

Volume 1 (1), Abril de 2012

91

Sobre o(s) autor(es)

Relato

91

Loremipsiummmmm

Organização Celular e Observação Microscópica

Cell organization and Microscopic Observation

Mariana Fernandes Diz Lopes

mariana.lopes@hotmail.com

Prof. Odete Fernandes

Agrupamento de Escolas Abade de Baçal - Bragança

odete.ramos19@gmail.com

Resumo

Com a atividade experimental desenvolvida pretendia-se comparar e observar as diferenças


entre as

células eucarióticas animais e vegetais. A principal diferença observada foi a presença da


parede celular
nas células vegetais e a ausência dela nas células animais. Também era pretendido aprender a
utilizar

o microscópio ótico, para aumentar a experiência aquando da sua utilização, compreendendo


assim

as alterações feitas por ele à imagem real e avaliando as diferentes ampliações e o efeito
produzido

por estas alterações na imagem real. Percebeu-se que a imagem observada no microscópio
ótico,

para além de ampliada é invertida e simétrica. Descobriu-se a importância do uso dos


corantes para

realçar os organelos a observar, bem como técnicas de preparação de lâminas.

Palavras-chave: célula animal, célula vegetal, microscópio

INTRODUÇÃO

Segundo Silva, Mesquita, Gramaxo, Santos, Baldaia e Félix (2008), na hierarquia de


organização da vida,

a célula ocupa um lugar particular, pois constitui a mais pequena unidade estrutural em que as
propriedades

da vida se manifestam. No entanto, até ao século XVII a sua existência era desconhecida e só
com o avanço

progressivo das técnicas de observação e com a persistência de muitos investigadores esta


unidade de estrutura

e função dos organismos tem vindo a ser cada vez mais conhecida.

Acrescentam os autores referidos que, em 1665, Robert Hooke publicou um conjunto de


desenhos relativos

a observações realizadas com um microscópio construído por ele mesmo e, algum tempo
mais tarde, Anton

Van Leeuwenhoek realizou também várias observações com o seu próprio microscópio.
Tanto um como o

outro fizeram observações notáveis e os seus trabalhos encorajaram outros a utilizar o


microscópio na análise

de material biológico. Seguiram-se muitas observações e pesquisas, mas só no século XIX se


reconheceu a célula
como a unidade funcional de todos os organismos vivos.

Foi, então, no século XIX que os cientistas alemães Mathias Schleiden (botânico) e Theodor
Schwann

(zoólogo) propuseram as primeiras bases da Teoria Celular: “os seres vivos são constituídos
por células e estas

são a unidade estrutural da vida” (Matias & Martins, 2008, p. 29). Alguns anos mais tarde,
Rudolf Virchow,

um médico e biólogo alemão, ampliou o significado desta Teoria, que atualmente assenta nas
seguintes

generalizações: “a célula é a unidade básica de estrutura e função do seres vivos; todas as


células provêm de

células preexistentes; a célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de


hereditariedade dos seres

vivos” (Silva et al., 2008, p. 24).

No decurso do tempo houve a evolução de duas grandes categorias de células: as


procarióticas e eucarióticas.

As células procarióticas, como por exemplo as bactérias, são de estrutura muito simples e o
seu núcleo não é

individualizado, designando-se por nucleoide. As células eucarióticas, tais como as


observadas na experiência

laboratorial que a seguir se descreve, têm estrutura complexa, têm um núcleo bem
diferenciado do citoplasma

que é limitado pelo invólucro nuclear. Dentro destas podemos distinguir as células animais
das vegetais pois

apresentam algumas diferenças a nível estrutural, embora em ambas se apresentem três


constituintes fundamentais:

a membrana celular, o citoplasma e o núcleo. A membrana celular, ou membrana


citoplasmática, é uma estrutura

fina e dinâmica que regula o fluxo de materiais entre a célula e o meio. O citoplasma
apresenta uma massa

semifluida no seio do qual se encontram várias estruturas celulares como o núcleo, as


mitocôndrias, os ribossomas

e os lisossomas. (Silva et al., 2008, p. 28 )


Uma célula duma planta, ou seja, uma célula vegetal, para além das estruturas referidas
anteriormente, tem uma

parede celular a qual protege a célula e a ajuda a manter a sua forma, bem como vacúolos. Já
as células animais

não apresentam parede celular e os vacúolos são em pequeno número e geralmente


temporários, residindo aqui

a sua principal diferença. (Silva et al, 2008, p. 28 e 29)

No entanto, para proceder à observação das células necessitamos de um microscópio ótico


composto,

Também conhecido por MOC. Na tabela 1 encontram-se os seus principais constituintes

Para proceder à observação microscópica é necessário aplicar algumas técnicas de modo a


obter uma

melhor visualização dos componentes do material microscópico, uma vez que as células são
de reduzidas

dimensões e, além disso, não apresentam contraste entre os seus constituintes.

Com estas técnicas o material será melhor visualizado e as suas características originais irão
manter-se

semelhantes, sendo conservado por um maior período de tempo. Isto deve-se ao facto de as
células se danificarem

devido à evaporação do meio de montagem, que é acompanhado de um processo progressivo


de degradação.

A coloração é uma técnica importante em microscopia, pois permite evidenciar estruturas


celulares pouco

percetíveis. Além disso, determinados constituintes celulares têm a capacidade de absorver


alguns corantes daí

que se tornam mais percetíveis e são facilmente identificados (Coloração (microscopia), 2003
).

MaTeRIaIs e MeTODOlOgIas

Material Utilizado:

- Microscópio

- Lâminas e lamelas
- Vidro de relógio

- Caixa de dissecação

- Pipetas

- Material para observar: células da epiderme da túnica da cebola e células do epitélio bucal.

- Corantes: soluto de lugol e azul metileno

Metodologia

Actividade A – Observação de células da epiderme do bolbo da cebola

1º - Recortámos uma porção da cebola em forma de um quadrado. (1)

2º - Retirámos a epiderme dessa porção com a ajuda de uma pinça.(2)

3º - Colocámos uma gota de soluto de lugol na lamela e colocámos a epiderme da cebola bem
distendida sobre

A gota do corante. (3)

4º - Cobrimos cuidadosamente o material com a lamela. Colocámos a amostra na lâmina e de


seguida a água

Por cima da mesma amostra. Segurando na lâmina e na ponta da lamela e ao mesmo tempo
na outra ponta da

Lamela com a agulha lanceolada, baixámo-la cuidadosamente para que a água se espalhasse
por toda a lamela. (4)

5º - Observámos ao microscópio.

Revista júnior de investigação

ISSN 2182-6277 - Volume 1 (1), Abril de 2012

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Resultados

Actividade A

Nesta actividade, observámos células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola com soluto
de lugol, também

Com as três ampliações já referidas na primeira experiência realizada. Pudemos visualizar o


núcleo, o citoplasma,
A membrana celular e a parede celular desta célula vegetal

Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de Bragança

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ISSN 2182-6277 - Volume 1 (1), Abril de 2012

Actividade B

Na actividade experimental B, observámos células eucarióticas animais com as três


ampliações utilizadas

nas experiências anteriores, no entanto temos apenas registo das duas primeiras ampliações, a
de 40x e a de 100x

Porque não nos foi possível tirar a fotografia da ampliação 400x

Ampliação 400x – Células com o núcleo muito bem definido e facilmente observável.

Discussão

Actividade A

Na observação das células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, células eucarióticas
vegetais,

Conseguimos distinguir quatro dos seus constituintes: a parede celular, o citoplasma, a


membrana celular e o

Núcleo. Na primeira ampliação vimos muitas células separadas entre si pela parede celular,
mas à medida que

Fomos aumentando a ampliação conseguimos aumentar o grau de detalhe, embora e


diminuindo o número

de células a observar. Assim, na segunda ampliação conseguimos distinguir já bastante bem a


parede celular

e o núcleo. Por último, a imagem obtida na ampliação final era muito nítida e conseguimos
ver claramente os

constituintes da célula já referidos. As células eram finas e estavam “coladas” umas nas
outras. Utilizámos o soluto

de lugol para evidenciar a parede celular.

Actividade B
Na última actividade procedemos à observação de células do epitélio bucal, ou seja, de
células eucarióticas

Animais. Estas células não apresentavam parede celular e não se conseguiam distinguir tão
bem os seus componentes

e os seus bordos estavam ligeiramente dobrados. Isto deve-se ao facto de não apresentarem
parede celular e,

Portanto, a célula não estar restrita a um espaço e com uma forma definida, como acontece
nas células vegetais.

Na primeira ampliação, as células tinham um tamanho muito reduzido e não era possível
distinguir os seus

Constituintes, mas apenas distinguir as várias células. Na ampliação de 100x pudemos


distinguir já o núcleo, bem

Como na de 400x. Como corámos a amostra com azul-de-metileno as células estavam azuis e
o núcleo adquiriu

a cor azul escura, assim como a membrana celular e o citoplasma que coraram num azul mais
claro, permitindo

Assim visualizar melhor os constituintes das células melhor, devido aos contrastes.

Conclusões

Com a realização destas actividades experimentais pudemos tirar algumas conclusões em


relação à célula. A

Célula é a unidade estrutural de todos os seres vivos, no entanto, há diferentes tipos de


células, visto que as

Células observadas eram claramente distintas. Observando células vegetais e animais


confirmámos que enquanto

as primeiras apresentam parede celular, as segundas já não a possuem e identificámos


diferentes estruturas

Constituintes da célula, como o núcleo que contém a informação genética. Para melhor
diferenciarmos estas

Estruturas, utilizámos corantes específicos. Através destes corantes torna-se possível realçar
as estruturas celulares

que não contrastam suficientemente de modo a tornarem-se distintas umas das outras o que
permite uma
Observação mais pormenorizada da preparação e, neste caso específico, a aquisição de um
conhecimento mais

Aprofundado acerca dos constituintes da célula eucariótica animal e vegetal.


Compreendemos que o microscópio

Óptico foi uma mais valia ao longo dos tempos e continua a sê-lo, e aprendemos a utilizá-lo
corretamente, utilizando

Todas as suas funcionalidades. Além disso, apercebemo-nos de que a imagem que vemos no
M.O.C. é diferente

da imagem real, sendo ampliada, invertida e simétrica e que as diferentes ampliações nos
permitem ter diferentes

Percepções da constituição de uma célula, sendo umas ampliações mais pormenorizadas que
outras. Para calcular

As ampliações utilizadas, tivemos de multiplicar a ampliação da ocular pela da objetiva,


obtendo a ampliação final

da nossa observação.

Resumindo, as células animais e vegetais são diferentes quanto a algumas estruturas celulares
constituintes

(parede celular e Vacúolo) mas semelhantes noutras estruturas, porque ambas possuem
núcleo, membrana

Celular e organelas idênticos como mitocôndrias, mas é necessário executar técnicas para o
comprovar.

Referências Bibliográficas

Antunes, B. (s.d.). Observação Microscópica de Células Eucarióticas. Obtido em 2 de


Fevereiro de 2012, de Nota

Positiva: http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/biologia/10_celulas_eucarioticas2_d.htm

Gonçalves, S. (1999). A vida ao Microscópio – Técnicas Laboratoriais de Biologia. Porto


Editora.

Matias, O., & Martins, P. (2008). Biologia 10. Porto: Areal Editores.

Silva, A. D., Mesquita, A. F., Gramaxo, F., Santos, M. E., Baldaia, L., & Félix, J. M. (2008).
Terra, Universo

da Vida. Porto: Porto Editora

. ENTOMOLOGIA
NOTA

ASPECTOS BIOLÓGICOS DE SCELOENOPLA BIDENS,

PRAGA DE FILODENDROS(1)

ANDRÉ LUIZ LOURENÇÃO (2,4). CESAR PAGOTTO STEIN(2)

e LUIZ ANTÔNIO FERRAZ MATTHES(3)

(1) Trabalho apresentado no XIII Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado em Recife


(PE), em

20-25 de janeiro de 1991. Recebido para publicação em 6 de agosto de 1990 e aceito em 30


de janeiro de 1991.

(2) Seção de Entomologia Fitotécnica, Instituto Agronômico (IAC), Caixa Postal 28,13001
Campinas, SP.

(3) Seção de Floricultura e Plantas Ornamentais, IAC.

(4) Com bolsa de pesquisa do CNPq.

RESUMO

Há cerca de dez anos vem sendo observada a presença de Sceloenopla

bidens (F., 1792) (Coleoptera: Chrysomelidae: Hispinae) em folhas de Philodendron

spp., em Campinas e outras localidades paulistas. O adulto permanece na face

inferior das folhas, onde se alimenta, causando injúrias características. As larvas

criam-se nas folhas, minando-as e comprometendo o aspecto ornamental da planta.

Em condições de laboratório, o desenvolvimento do inseto desde ovo até emergência

do adulto durou aproximadamente 48dias. Em Campinas, efetuaram-se observações

de seus danos na Floricultura Campineira, em cinco espécies de filodendros

presentes - P. melinonl, P. bipinnatifídurrr, P. erubescens, P. selhom e P. wilsoni

e no parque do Instituto Agronômico (IAC), onde a maioria das espécies não se

encontra identificada. Em ambos os locais, verificou-se comportamento diferenciado

de algumas espécies de filodendros em relação a S. bidens. Não se observou sua

alimentação ou presença em outras epífitas dessa família (Araceae), situadas


próximo a filodendros infestados, sugerindo possível especificidade da espécie com

o gênero Philodendron.

Termos de indexação: Insecta; Coleoptera; Chrysomelidae; Hispinae; Sceloenopla

bidens (F., 1792); Philodendron spp.

ABSTRACT

BIOLOGICAL ASPECTS OF SCELOENOPLA BIDENS,

PEST OF PHILODENDRON SPP.

The occurrence of Sceloenopla bidens (F., 1792) (Coleoptera: Chrysomelidae:

Hispinae) on Philodendron spp. has been observed in Campinas and other cities of

the State of São Paulo, Brazil. The adults stay in the lower surface of the leaves

onhecidas vulgarmente como filodendros, diversas espécies de

Philodendron (Araceae) são usualmente utilizadas como ornamentais. Constituem

excelente grupo de plantas para interior, já que muitas espécies são de habitat de

baixa intensidade luminosa. O gênero abrange cerca de 200 espécies, a maioria

herbáceas epífitas, distribuídas pela América tropical (BAILEY & BAILEY, 1976).

O Instituto Agronômico (IAC) possui uma coleção de filodendros com,

aproximadamente, 50 espécies, a maioria não identificada. Nesse germoplasma e

em filodendros deoutras localidades paulistas, vêm sendo observadas, desde 198I,

infestações de um Hispinae que causa injúrias à folhagem, prejudicando seu efeito

ornamental. Neste trabalho, é apresentada a identificação e aspectos biológicos do

inseto, bem como os danos causados a diferentes espécies de filodendros.

Identificação

Exemplares coletados sobre P. renauxii (5) (Figura 1) e enviados, em

1984, ao "Systematic Entomology Laboratory, USDA", EUA, foram determinados

pelo Dr. Richard E. White como Sceloenopla bidens (F.) ou espécie muito próxima.

Em 1989, a Dra. Cleide Costa, do Museu de Zoologia da Universidade de São


Paulo,
Comparando esse material com o holótipo de S. bidens depositado no "Muséum

National d'Histoire Naturelle", Paris, concluiu tratar-se da mesma espécie.

Foi descrita como Hispa bidens (FABRICIUS, 1792), posteriormente

Referida no género Cephalodonta (BLACKWELDER, 1944) e, a seguir, transferida

Para Sceloenopla, conforme determinação dos especialistas.

Descrição detalhada da moríologia dessa espécie (larva, pupa e adulto)

é apresentada por COSTA et ai. (1988).

O Insectos incorporados à colecção da Seção de Entomologia Rtotécnica do IAC


sob os números 6.687

e 6.829.

Distribuição geográfica

Segundo BLACKWELDER (1944), S. bidens ocorre na Colômbia, na

Guiana Francesa, no Peru e no Brasil.

Neste trabalho, sua presença foi observada em filodendros nas seguintes

Localidades paulistas: São Paulo, Jundiaí, Louveira, Campinas, Paulínia, Capivari

e Piracicaba.

Aspectos biológicos

Os adultos permanecem na face inferior das folhas de filodendros, onde

se alimentam, causando sintomas característicos (Figura 1 -B, C, D). A alimentação

é sempre feita no sentido das nervuras.

Acompanhou-se seu ciclo sobre P. renauxiiem laboratório, sob condições

não controladas de humidade e temperatura. Esta, no período de ovo até


emergência

do adulto, oscilou entre 19 e 30°C, sendo sua freqüência apresentada na figura 2.

No quadro 1 está listada, de forma resumida, a duração das fases de seu

Desenvolvimento. O acasalamento deu-se durante três dias consecutivos e, uma

Semana após, iniciou-se a oviposição. Os ovos foram colocados em grupos,

Também na face inferior das folhas, entre nervuras. Foram observadas posturas
Variando de um a doze ovos; todavia, são mais comuns grupos de quatro a oito.

Cinco a seis dias depois da oviposição, houve eclosão das larvas, que passaram a

Minar a folha ao lado da postura, com grande número de ovos inviáveis.

De acordo com BONDAR (1931), os hispíneos podem ser divididos em

dois grupos, em função do hábito alimentar das larvas: (a) as que se alimentam

externamente dasfolhas de monocotiledôneas(gramíneas,ciperáceasecanáceas),

envolvendo espécimes de Cephaloliini, Alurnini, Amplipalpini e Arescini, e (b) as que

vivem internamente em folha de monocotiledôneas, representadas por Chalepini,

Uroplatini e Cephalodontini, que é a tribo onde se enquadra Sceloenopla.

As larvas de S. bidens são gregárias e inicialmente se alimentam

posicionando-se lado a lado entre as duas cutículas da folha. Devido ao crescimento

Das larvas e aumento de sua alimentação, as galerias ficam maiores,


comprometendo

O aspecto da planta (Figura 1 -C). Cerca de 25 dias após a eclosão, as larvas


pupam

na própria galeria onde se criaram; verificou-se, todavia, a ocorrência isolada de

Pupas em galerias novas, pequenas e de seu tamanho somente, e separadas da

Galeria mais extensa onde o grupo de larvas se criou, o que indica que a larva se

Locomoveu externamente pela folha até esse local. A fase de pupa durou, em
média,

17 Dias. Adultos obtidos nessas condições e mantidos em gaiolas com troca

Periódica de folhas viveram cerca de seis meses.

Danos em diferentes espécies de Filodendro

Foram feitas observações de danos foliares em espécies de filodendros

na Floricultura Campineira, em Barão Geraldo, e no parque do IAC, ambos em

Campinas.

No primeiro local, as cinco espécies presentes - P. melinonii,

P. bipinnatifidum, P. erubescens, P. selloum e P. wilsoni - apresentavam danos


Foliares decorrentes da alimentação de adultos de S. bidens, sendo, contudo,

Observadas galerias de larvas apenas em P. wilsoni. Outras aráceas, mesmo

Próximas a filodendros infestados, não exibiam sintomas de ataque.

Nos filodendros do parque do IAC, verificou-se ataque generalizado,

Constatando-se, contudo, diferenças de alimentação e presença do inseto em

Função da espécie. Em duas espécies não identificadas, não se encontraram

Adultos nem se observaram injúrias nas folhas, independentemente da época do

Ano; em outras, principalmente P. renauxii (Figura 1-B, C), as injúrias foliares

Foram intensas em todas as folhas, às vezes com extensas galerias decorrentes da

Alimentação das larvas (Figura 1-C). A maioria das espécies teve danos

Intermediários. Os adultos podem ser observados na face inferior das folhas

Praticamente durante o ano todo. Da mesma forma que na Floricultura Campineira,

não se observou alimentação nem presença de adultos em folhas de outras aráceas

Epífitas (Monstera deliciosa, Anthurium spp.) situadas próximo a filodendros

Infestados, o que sugere que essa espécie de inseto possa ser específica do gênero

Filodendro.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao EngQ-Agr9 Newton Erbolato Jr., da Floricultura

Campineira, a colaboração prestada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAILEY, L.H. & BAILEY, E.Z. Hortus third:a concise dictionary of plants cultivated in
the

United States and Canada. New York, McMillan, 1976. 1290p.

BLACKWELDER, R.E. Checklist of the coleopterous insects of Mexico, Central


America,

The West Indies and South America: part I. Washington, D.C., Smithsonian
Institution,

1944. 925p. (Bulletin, 185)


BONDAR, G. Notas biológicas sobre alguns hispineos observados na Bahia. O
Campo,

Rio de Janeiro, 2(6):74-75, 1931.

COSTA, C; VANIN, S.A. & CASARI-CHEN, S.A. Larvas de Coleóptera do Brasil.


São

Paulo, Universidade de São Paulo, Museu de Zoologia, 1988. 282p. + 165


Estampas.

FABRICIUS, J.C. Entomologia sistemática. Afaine, 1792.

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