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Cantiga de Roda

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PROFª KARINE SILVA

As cantigas de roda são músicas folclóricas cantadas em uma roda. Também


conhecidas como cirandas, elas representam aspectos lúdicos das manifestações
socioculturais populares.
Pelo fato de serem cantadas e dançadas nas brincadeiras infantis, são constituídas
de textos simples, repetitivos e ritmados. Assim, elas acabam colaborando com a
aprendizagem por meio da fixação. Essas canções infantis populares não possuem
um autor, ou seja, as letras consistem em textos anônimos que se adaptam e se
redefinem ao longo do tempo, nesse sentido carregam uma melodia de ritmo limpo e
rápido, favorecendo a imediata assimilação. Estão incluídas nas tradições orais em
inúmeras culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, incorporando
elementos das culturas africana, europeia (principalmente portuguesa e espanhola) e
índia. Na matriz cultural brasileira tem uma característica interessante que é autoria
coletiva (ou anônima) pelo fato de serem passadas de geração a geração. Atreladas
ao ato de brincar, consistem em formar um grupo com várias crianças (ou adultos),
dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo
equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade
da criança ou ao seu imaginário e geralmente com coreografias. As cantigas hoje
conhecidas no Brasil têm origem europeia, mais especificamente de Portugal e
Espanha. As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um país.
Através dela dá-se a conhecer costumes, cotidiano das pessoas, festas típicas do
local, comidas, brincadeiras, paisagem, crenças.

As cantigas de roda estão bastante presentes no contexto da Educação Infantil. Essas


experiências auxiliam na formação física e intelectual da criança, penetrando no seu
subconsciente e favorecendo o seu equilíbrio. As crianças gostam de cantigas curtas
e repetitivas. São mais fáceis de aprender e têm mais relação com o seu mundo. Elas
transferem o seu mundo de faz de conta para o mundo real e assim as possibilidades
de construírem o seu próprio conhecimento de maneira significativa aumentam.
Cantigas de Roda são um tipo de canção popular, que estão diretamente relacionadas
com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore
brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar
uma música com características próprias, com melodia e ritmo equivalentes à cultura
local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu
universo imaginário e, geralmente, coreografadas. Cascudo (2001, p.102) afirma que:
Essas melodias passam de geração em geração, entoadas pelos adultos ajudam a
entreter, embalar e fazer adormecer as crianças. Hoje em dia elas não são tão
presentes na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes
como os computadores, celulares, tablets, entre outras tecnologias. Geralmente,
possuem características peculiares como: repertório de fácil acesso, anonimato na
autoria. É recheada de rimas, repetições e trocadilhos e por isso permitem a
aproximação entre as crianças, a expansão da criatividade, o despertar da atenção e
a valorização da própria cultura. As canções são simples, com frases e sons repetidos,
agradam muito e são facilmente aprendidas. São atividades lúdicas que podem ser
desenvolvidas nos espaços de educação infantil e são fundamentais para o
desenvolvimento da criança, o que possibilita experiências que as transportam ao
mundo imaginário, realizando sonhos e fantasias, aprendendo a respeitar os outros e
a participar de grupo. Além disso, possuem uma tradição popular oral e musical
riquíssima o que fortifica ainda mais a importância de sua permanência no contexto
da Educação Infantil. Não há como detectar o momento em que as cantigas de roda
surgiram, já que além de terem autoria anônima, são continuamente modificadas,
adaptando-se à realidade do grupo de pessoas que as canta. São também criadas
novas cantigas naturalmente em qualquer grupo social. Como podemos confirmar, é
de acordo com a sua utilização pelas crianças que a cantiga vai se tornando popular.
As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem europeia, mais especificamente,
portuguesa ou espanhola. Não é notável, porém, esta origem, pois as mesmas já se
adaptaram tanto ao folclore brasileiro que são o retrato do país. As cantigas de roda
são de extrema importância para a explanação da cultura de um local. Através dela é
possível conhecer os costumes, o cotidiano das pessoas, as festas típicas do local,
as comidas, as brincadeiras, a paisagem, a flora, a fauna, as crenças, dentre muitas
outras coisas. Brincando de roda a criança se exercita completamente. É como se
poesia, música e dança se unissem num único contexto. Assumem uma importância
didática e pedagógica que estão intimamente relacionadas e favorecem uma interação
entre alunos e ambiente escolar. A música é um dos melhores meios de expressão e
socialização do ser humano, quando trabalhada e explorada de maneira organizada
e orientada.
CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

As músicas de roda exercitam a capacidade de socialização, habilidade necessária


em qualquer ambiente que exija convivência e traquejo social, uma vez que ao longo
da vida, a “roda” terá cenários bem mais amplos: a escola, o trabalho, a cidade, o país
e a família que o adulto vier a formar e assim participar. Apesar de todos os benefícios
anteriormente citados que as cantigas de roda podem oferecer para o
desenvolvimento integral das crianças, essa prática está cada vez mais ausente da
realidade infantil. Muitas transformações vêm ocorrendo e uma delas é o abandono
as brincadeiras mais simples. Ou seja, a expressiva presença da tecnologia chega
com força e atinge os valores, atitudes e comportamentos das crianças. Promover o
contato com as cantigas de roda é oportunizar que as crianças revivam, experimentem
hábitos que estavam ligados o nosso passado que fazem parte da base da construção
do nosso povo e inevitavelmente fazem parte das nossas manifestações culturais.
Alencar (2010, p. 111) ainda diz que: As cantigas-de-roda integram o conjunto das
canções anônimas que fazem parte da cultura espontânea, decorrente da experiência
de vida de qualquer coletividade humana e se dão numa sequência natural e
harmônica com o desenvolvimento humano. As canções têm suas múltiplas facetas
que envolvem desde o contexto cultural até a trajetória da humanidade, porém tiveram
seu papel educativo, servindo a um propósito, de acordo com as circunstâncias
experimentadas por cada povo e pelo efeito que esta provoca na alma humana. Não
há dúvidas de que as cantigas de roda são ferramentas indiscutivelmente importantes
para a Educação Infantil, porém o papel do professor vai muito mais além que
meramente apresentá-las. É preciso que ele atue de modo que essas canções sejam
trabalhadas de maneira contextualizada. É necessário que o educador explore as
cantigas de roda não só a fim de desenvolver o aspecto cognitivo e motor, mas
também com o intuito de trabalhar a dimensão cultural presente nessas canções. É
preciso incluir em nossas práticas essas músicas e extrapolar todas as suas
possibilidades.

A importância de cantigas de rodas na educação infantil

Objetivos:

- Proporcionar o desenvolvimento de aprendizagem através da ludicidade das


cantigas de roda;
- Resgatar a cultura das cantigas de roda;
- Estimular a percepção, visual, motora e auditiva;
- Desenvolver a lateralidade, noções de espaço e autonomia;
- Conhecer as características de uma cantiga de roda.

Metodologia:

Para cada cantiga você pode trabalhar diversos temas e eixos com sua turma. Vou
dar algumas ideias com as cantigas abaixo.
Fonte:
https://editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD1_SA17_ID1304_04
082016091518.pdf

VAMOS PRATICAR!!

Escravos de Jó
Sete e sete são quatorze, com mais

Os escravos de Jó sete, vinte e um

Jogavam caxangá Tenho sete namorados só posso

Tira, põe, casar com um

Deixa o zabelê ficar Namorei um garotinho do colégio

Guerreiros com guerreiros militar

Fazem ziguezigue zá O diabo do garoto, só queria me

Guerreiros com guerreiros beijar

Fazem ziguezigue zá. Todo mundo se admira da macaca

fazer renda

Eu entrei na roda Eu já vi uma perua ser caixeira de

uma venda.
Ai, eu entrei na roda

Ai, eu não sei como se dança


Fui ao Tororó
Ai, eu entrei na “rodadança”

Ai, eu não sei dançar


Fui no Tororó beber água não achei Marinheiro só

Achei linda Morena Foi o balanço do mar

Que no Tororó deixei Marinheiro só.

Aproveita minha gente Meu limão, meu limoeiro


Que uma noite não é nada
Meu limão, meu limoeiro,
Se não dormir agora
Meu pé de jacarandá,
Dormirá de madrugada
Uma vez, tindolelê,
Oh! Dona Maria,
Outra vez, tindolalá.
Oh! Mariazinha, entra nesta roda

Ou ficarás sozinha!
Peixe vivo

Marcha soldado Como pode o peixe vivo

Viver fora d’água fria?


Marcha Soldado
Como pode o peixe vivo
Cabeça de Papel
Viver fora d’água fria?
Se não marchar direito
Como poderei viver,
Vai preso pro quartel
Como poderei viver,
O quartel pegou fogo
Sem a tua, sem a tua,
A polícia deu sinal
Sem a tua companhia?
Acorda acorda acorda
Os pastores desta aldeia
A bandeira nacional.
Já me fazem zombaria

Os pastores desta aldeia


Marinheiro só
Já me fazem zombaria

Oi, marinheiro, marinheiro, Por me ver assim chorando

Marinheiro só Sem a tua, sem a tua companhia.

Quem te ensinou a navegar?

Marinheiro só Pai Francisco


Foi o balanço do navio,
(Essa cantiga também é uma peludo

broncadeira. O Pai Francisco fica Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo!

fora da roda enquanto todos A Barata diz que tem uma cama de

cantam:) marfim

Pai Francisco entrou na roda É mentira da barata, ela tem é de

Tocando seu violão! capim

Da…ra…rão! Dão! Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de

Vem de lá seu delegado capim.

E Pai Francisco foi pra prisão.

(Pai Francisco se aproxima da A canoa virou


roda, requebrando, e escolhe
A canoa virou
um companheiro para substituí-lo.)
Por deixá-la virar,
Como ele vem
Foi por causa da Maria
Todo requebrado
Que não soube remar
Parece um boneco
Siriri pra cá,
Desengonçado.
Siriri pra lá,
(A brincadeira recomeça.)
Maria é velha

A barata diz que tem E quer casar

Se eu fosse um peixinho
A barata diz que tem sete saias de
E soubesse nadar,
filó
Eu tirava a Maria
É mentira da barata, ela tem é uma
Lá do fundo do mar.

Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só


Alecrim
A Barata diz que tem um sapato de

veludo Alecrim, alecrim dourado


É mentira da barata, o pé dela é Que nasceu no campo

Sem ser semeado


Oi, meu amor, Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá

Quem te disse assim, Para me enxugar, ô Iá-iá

Que a flor do campo Esta despedida, ô Iá-iá

É o alecrim? Já me fez chorar, ô Iá-iá…

Alecrim, alecrim aos molhos,

Por causa de ti Se esta rua fosse minha


Choram os meus olhos
Se esta rua,
Alecrim do meu coração
Se esta rua fosse minha,
Que nasceu no campo
Eu mandava,
Com esta canção.
Eu mandava ladrilhar,

Com pedrinhas,
A gatinha parda
Com pedrinhas de diamantes,

A minha gatinha parda, que em Só pra ver, só pra ver

Janeiro me fugiu Meu bem passar

Onde está minha gatinha, Nesta rua, nesta rua tem um bosque

Você sabe, você sabe, você viu ? Que se chama, que se chama

Eu não vi sua gatinha, mas ouvi o solidão

seu miau Dentro dele, dentro dele mora um

Quem roubou sua gatinha anjo

Foi a bruxa, foi a bruxa pica-pau. Que roubou, que roubou meu

coração

A rosa amarela Se eu roubei, se eu roubei teu

coração,
Olha a Rosa amarela, Rosa
Tu roubaste, tu roubaste o meu
Tão Formosa, tão bela, Rosa
também
Olha a Rosa amarela, Rosa
Se eu roubei, se eu roubei teu
Tão Formosa, tão bela, Rosa
coração, Adeus menina, eu vou me embora

É porque, é porque te quero bem Não sou daqui,ai, sou lá de fora

Meu bonito Boi Barroso,que eu já

Balaio dava por perdido

Deixando rastro na areia logo foi


Eu queria se balaio, balaio eu queria
reconhecido.
ser

Pra ficar dependurado, na cintura de


Boi da cara preta
“ocê”

Balaio meu bem, balaio sinhá Boi, boi, boi

Balaio do coração Boi da cara preta

Moça que não tem balaio, sinhá Pega esta criança que tem medo de

Bota a costura no chão careta

Eu mandei fazer balaio, pra guardar Não, não, não

meu algodão Não pega ele não

Balaio saiu pequeno, não quero Ele é bonitinho, ele chora coitadinho.

balaio não

Balaio meu bem, balaio sinhá Cachorrinho


Balaio do coração.
Cachorrinho está latindo lá no fundo

do quintal
Boi Barroso
Cala a boca, Cachorrinho, deixa o

Eu mandei fazer um laço do couro do meu benzinho entrar

jacaré Ó Crioula lá! Ó Crioula lá, lá!

Pra laçar o boi barroso, num cavalo Ó Crioula lá! Não sou eu quem caio

pangaré lá!

Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga Atirei um cravo n’água de pesado foi

O teu lugar, ai, é lá na cana ao fundo


Os peixinhos responderam, viva D Vamos dar a meia volta,

Pedro Segundo. Volta e meia vamos dar

O anel que tu me deste

Cai cai balão Era vidro e se quebrou,

O amor que tu me tinhas

Era pouco e se acabou.


Cai cai balão, cai cai balão

Na rua do sabão
A barraquinha
Não Cai não, não cai não, não cai

não Vem, vem, vem sinhazinha

Cai aqui na minha mão! Vem, vem, vem Sinhazinha

Cai cai balão, cai cai balão Vem, vem para provar

Aqui na minha mão Vem, vem, vem Sinhazinha

Não vou lá, não vou lá, não vou lá Na barraquinha comprar

Tenho medo de apanhar! Pé de moleque queimado

Cana, aipim, batatinha

Capelinha de melão Ó quanta coisa gostosa

Para você Sinhazinha.


Capelinha de Melão é de São João

É de Cravo é de Rosa é de
Mineira de Minas
Manjericão

São João está dormindo Sou mineira de Minas,

Não acorda não! Mineira de Minas Gerais

Acordai, acordai, acordai, João! Rebola bola você diz que dá que dá

Você diz que dá na bola, na bola

Ciranda, cirandinha você não dá!

Sou carioca da gema,


Ciranda, cirandinha,
Carioca da gema do ovo
Vamos todos cirandar,
Rebola bola você diz que dá que dá Foi na loja do Mestre André que eu

Você diz que dá na bola, na bola comprei um violão,

você não dá! Dão,dão,dão, um violão

Plim, plim, plim, um pianinho

Na Bahia tem Ai olé, ai olé!

Foi na loja do Mestre André!


Na Bahia tem, tem tem tem

Coco de vintém, ô Ia-iá


Foi na loja do Mestre André
Na Bahia tem!
Que eu comprei uma flautinha,
Na beira da praia
Flá, flá, flá, uma flautinha
Na beira da praia
Dão,dão,dão, um violão
Eu vou, eu quero ver
Plim, plim, plim, um pianinho
Na beira da praia,
Ai olé, ai olé!
Só me caso com você
Foi na loja do Mestre André!
Na beira da praia
Foi na loja do Mestre André
Você diz que não, que não,
Que eu comprei um tamborzinho,
Você mesmo há de ser
Dum, dum, dum, um tamborzinho
Água tanto deu na pedra,
Flá, flá, flá, uma flautinha
Que até fez amolecer,
Dão, dão, dão, um violão
Na beira da praia.
Plim, plim, plim, um pianinho

Ai olé, ai olé!
Na loja do mestre André Foi na loja do Mestre André!

Foi na loja do Mestre André

Que eu comprei um pianinho, O cravo brigou com a rosa


Plim, plim, plim, um pianinho
O cravo brigou com a rosa
Ai olé, ai olé!
Debaixo de uma sacada
Foi na loja do Mestre André!
O cravo saiu ferido lá!

E a rosa, despedaçada Ele faz qui-ri-qui-qui

O cravo ficou doente Já rodei em Mato Grosso, ola lá!

A rosa foi visitar Amazonas e Pará, ola lá!

O cravo teve um desmaio, Encontrei, ola lá!Meu galinho, ola lá!

A rosa pôs-se a chorar.

No sertão do Ceará!
Meu boi morreu
O pobre cego
O meu boi morreu

O que será de mim Minha Mãe acorde, de tanto dormir

Mande buscar outro, oh Morena Venha ver o cego, Vida Minha,

Lá no Piauí cantar e pedir

O meu boi morreu Se ele canta e pede, de-lhe pão e

O que será da vaca vinho

Pinga com limão, oh Morena Mande o pobre cego, Vida Minha,

Cura urucubaca. seguir seu caminho

Não quero teu pão, nem também teu

O meu galinho vinho

Quero só que a minha vida, Vida


Há três noites que eu não durmo, ola
Minha, me ensine o caminho
lá!
Anda mais Aninha, mais um
Pois perdi o meu galinho, ola lá!
bocadinho,
Coitadinho, ola lá! Pobrezinho, ola lá!
Eu sou pobre cego, Vida Minha, não
Eu perdi lá no jardim
vejo o caminho.
Ele é branco e amarelo, ola lá!

Tem a crista vermelhinha, ola lá!


Peixinho do mar
Bate as asas, ola lá! Abre o bico, ola
Quem me ensinou a nadar rapaz

Quem me ensinou a nadar Que é de Valentim ? Valentim sou

Foi, foi, marinheiro eu!

Foi os peixinhos do mar. Deixa a moreninha, que esse par é

meu!

Pezinho
Roda pião
Ai bota aqui

Ai bota aqui o seu pezinho O Pião entrou na roda, ó pião!

Seu pezinho bem juntinho com o Roda pião, bambeia pião!

meu Sapateia no terreiro, ó pião!

E depois não vá dizer Mostra a tua figura, ó pião!

Que você se arrependeu! Faça uma cortesia, ó pião!

Pirulito que bate bate Atira a tua fieira, ó pião!

Entrega o chapéu ao outro, ó pião!


Pirulito que bate bate

Pirulito que já bateu


Samba Lelê
Quem gosta de mim é ela

Quem gosta dela sou eu Samba Lelê está doente

Pirulito que bate bate Está com a cabeça quebrada

Pirulito que já bateu Samba Lelê precisava

A menina que eu gostava De umas dezoito lambadas

Não gostava como eu. Samba, samba, Samba ô Lelê

Pisa na barra da saia ô Lalá

Que é de Valentim Ó Morena bonita,

Como é que se namora ?


Que é de Valentim ? Valentim Trás
Põe o lencinho no bolso
Trás
Deixa a pontinha de fora.
Que é de Valentim ? É um bom
São João da Rão
seu casamento.

São João Da Ra Rão Teresinha de Jesus

Tem uma gaita-ra-rai-ta Teresinha de Jesus deu uma queda

Que quando toca-ra-roca Foi ao chão

Bate nela Acudiram três cavalheiros

Todos os anja-ra-ran-jos Todos de chapéu na mão

Tocam gaita-ra-rai-ta O primeiro foi seu pai

Tocam gaita-ra-rai-ta O segundo seu irmão

Aqui na terra O terceiro foi aquele

Maria tu vais ao baile, tu “leva” o xale Que a Teresa deu a mão

Que vai chover Teresinha levantou-se

E depois de madrugada, toda Levantou-se lá do chão

molhada E sorrindo disse ao noivo

Tu vais morrer Eu te dou meu coração

Maria tu vais “casares”, eu vou te Dá laranja quero um gomo

“dares” Do limão quero um pedaço

Eu vou te “dares” os parabéns Da morena mais bonita

Vou te “dartes” uma prenda Quero um beijo e um abraço.

Saia de renda e dois vinténs.

Tutu Marambá
Sapo Jururu
Tutu Marambá não venhas mais cá

Sapo Jururu na beira do rio Que o pai do menino te manda matar

Quando o sapo grita, ó Maninha, diz Durma neném, que a Cuca logo vem

que está com frio Papai está na roça e Mamãezinha

A mulher do sapo, é quem está la em Belém

dentro

Fazendo rendinha, ó Maninha, pro


Tutu Marambá não venhas mais cá Nossa Senhora está dentro,

Que o pai do menino te manda Os anjinhos a remar

matar. Rema rema remador, que este barco

é do Senhor

Vai abóbora O barquinho já vai longe

E os anjinhos a remar
Vai abóbora vai melão de melão vai
Rema rema remador, que este barco
melancia
é do Senhor (bis).
Vai jambo sinhá, vai jambo sinhá, vai

doce, vai cocadinha


Você gosta de mim?
Quem quiser aprender a dançar, vai

na casa do Juquinha Você gosta de mim, ó menina?

Ele pula, ele dança, ele faz Eu também de você, ó menina

requebradinha. Vou pedir a seu pai, ó menina,

Para casar com você, ó menina

Vamos maninha Se ele disser que sim, ó menina,

Tratarei dos papéis, ó menina,


Vamos Maninha vamos,
Se ele disser que não, ó menina,
Lá na praia passear
Morrerei de paixão.
Vamos ver a barca nova que do céu

caiu do mar

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