Noções de Embriologia Básica
Noções de Embriologia Básica
Noções de Embriologia Básica
EMBRIOLOGIA BUCAL
Prof. Ma. Letícia Kalline
Ementa
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
• BREW, M. C.; FIGUEIREDO, J. A. P. Histologia Geral para a Odontologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
• FERRARIS, M. E. G.; MUÑOZ, A. C. Histologia e Embriologia Bucodental. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
• MELFI, R. C. Histologia e Embriologia Oral. São Paulo: Santos, 2010.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
• ARANA, V. Histologia e Embriologia Oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
• AVERY, J. K. Desenvolvimento e Histologia Bucal. Porto Alegre: Artmed, 2007.
• BATT BALOGH, M. Anatomia, Histologia e Embriologia dos Dentes e das Estruturas Orofaciais. São Paulo: Manole,
2008.
• JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
• NARCISO, M. S. Sobotta. Atlas de Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
• TEN CATE, A. R. Histologia Bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Noções de embriologia
básica.
• A formação do embrião sempre fascinou os homens, que em
diferentes momentos demonstraram curiosidade em saber de sua
origem, tanto da espécie como do processo formador do indivíduo.
• A embriologia é a parte da ciência que trata do desenvolvimento
humano, compreendido entre a fertilização e o nascimento.
• O desenvolvimento pré-natal estende-se por 40 semanas após a
fertilização, fecundação do ovulo pelo espermatozoide, sendo as
primeiras 8 semanas caracterizadas por intensas alterações
morfológicas do embrião.
• Aristóteles é considerado o “pai da Embriologia”, pois era um
observador dos seres vivos no seu meio e, quando não podia
observá-los, interrogava os pescadores, caçadores, pastores e a
partir disso fazia então seus relatos.
• No século XVII a ciência fez consideráveis progressos devido a um
novo olhar dos sábios perante a investigação científica e ao
aperfeiçoamento dos meios técnicos de investigação, como a
invenção do microscópio.
• Porém, nesse período era ignorado o papel dos ovários e
desconhecidos os espermatozoides e a fecundação.
• Acreditava-se na existência de uma semente-fêmea, que,
misturada ao esperma no útero materno, originaria um composto
de onde provinha o feto. Essa ideia ficou conhecida como a Teoria
da Semente Dupla.
• Hertwig (1875) descreveu as seguintes fases do processo de
fecundação: penetração de um único espermatozoide no gameta
feminino; formação da membrana vitelina; individualização do
núcleo espermático que se aproxima do núcleo-fêmea e com ele
se funde; segmentação do ovo.
• Avanços recentes no campo da biologia molecular permitem a
utilização de técnicas mais sofisticadas nas análises dos embriões.
Também a histoquímica, a imuno-histoquímica e a microscopia
eletrônica estão sendo cada vez mais usadas na Embriologia
Humana
• Do mesmo modo, com o advento da fertilização in vitro nos anos
1970, também os estágios iniciais do desenvolvimento humano
foram analisados através das técnicas acima citadas.
• O ciclo de vida humano é marcado por eventos como a
fecundação, o nascimento de um novo indivíduo, a passagem pela
infância, pela adolescência e a chegada à idade adulta, quando os
indivíduos atingem a maturidade sexual e tornam-se capazes de
produzir gametas.
• Quando os meninos e as meninas nascem, apresentam o sistema
reprodutor formado, estando presentes as gônadas e a genitália
externa. Embora os testículos e ovários sejam reconhecíveis
anatomicamente, estes ainda não apresentam condições
morfológicas e fisiológicas de produzir os gametas.
• Na formação dos testículos e ovários, além das células somáticas,
é essencial que haja também outra população de células, que são
as germinativas. Essas células germinativas darão origem aos
gametas.
• Na fecundação, ocorre a determinação cromossômica do sexo. No
caso de ser um espermatozoide que contenha o cromossomo Y, o
zigoto (XY) terá potencial para formar a estrutura dos testículos.
• Caso o espermatozoide contenha o cromossomo X, o zigoto (XX)
terá potencial para formar os ovários.
• Embora o sexo dos embriões seja determinado geneticamente
durante a fecundação, as gônadas começam a se formar entre a 5a
e a 6ª semana após a fecundação.
• Tanto os embriões masculinos como os femininos apresentam
gônadas morfologicamente idênticas no início do desenvolvimento,
denominadas gônadas indiferenciadas.
• Na gônada indiferenciada não é possível identificar se ela é
testículo ou ovário. São formadas por cordões sexuais primitivos,
derivados das células somáticas e pelas células germinativas, as
quais originarão espermatogônias ou ovogônias.
• A estrutura básica de um testículo é microscopicamente reconhecível
nos embriões a partir da 7a semana de desenvolvimento intrauterino. Já
a estrutura de um ovário só será reconhecida por volta da 8ª ou 9ª
semana de desenvolvimento.
• Os testículos formam primeiro que o ovulo porque no momento da
fecundação o espermatozoide possuir o cromossomo Y, o zigoto será XY.
No cromossomo Y, há um gene SRY que codifica o fator de determinação
testicular (FDT).
• Esse fator induz à diferenciação da gônada em testículo. No caso do
zigoto ser XX, não há o gene SRY e, portanto, não há o FDT. Então, a
gônada indiferenciada não tem um estímulo masculinizante. A ausência
desse estímulo leva à diferenciação em ovário, que ocorre sempre mais
tardiamente do que a diferenciação em testículo.
• O desenvolvimento começa pela fertilização, processo onde o
espermatozoide, gameta masculino, e o gameta feminino, oócito,
unem-se para produzir o zigoto.
• Os gametas derivam das células germinativas primordiais.
• As características de um novo individuo são determinadas por
genes específicos em cromossomos herdados do pai e da mãe.
• Os seres humanos tem cerca de 35.000 genes em 46 cromossomos
• Nas células somáticas os cromossomos aparecem como 23
homólogos, formando o numero diploide de 46.
• Celulas somáticas são todas as células do corpo que possuem o
conjunto gênico completo, denominadas como diploides.
• Os gametas (células reprodutivas) não correspondem as células
somáticas.
• Se o individuo é feminino o par sexual é XX, se for masculino é XY.
• Um cromossomo de cada par se deriva do gameta materno, o
oócito, e um do gameta paterno, o espermatozoide.
• Cada gameta contém, portanto, um numero haploide de 23
cromossomos, e a união dos gametas na fertilização restaura o
numero diploide de 46.
• Mitose é o processo onde uma célula se divide, dando
origem a duas células-filhas, que são geneticamente
idênticas a célula-mãe.
• Cada célula recebe o completo integral de 46
cromossomos.
• Cada cromossomo replica seu DNA, dando origem a uma
nova célula.
• Meiose, é a divisão celular que ocorre nas células
gametogênicas para gerar gametas masculinos e
femininos, espermatozoides de oócitos,
respectivamente.
• A meiose precisa de duas divisões celulares, meiose I e
meiose II, para reduzir o numero de cromossomos ao
numero haploide de 23.
• Assim como na mitose, ao inicio da meiose I as células
gametogênicas masculinas e femininas replicam seu DNA,
de modo que cada um dos 46 cromossomo s é duplicado
em cromátides irmãs.
• Em contraste coma mitose, porém, os cromossomos
homólogos se alinham então em pares, um processo
designado como sinapse.
• O emparelhamento é exato e ponto a ponto, exceto pela
combinação XY. Os pares homologos se separam então
em duas células-filhas. Logo depois disso a meiose II
separa cromátides irmãs. Cada gameta contem então 23
cromossomos.
• Crossing over ou Crossover
• Os crossovers, ocorrem na meiose I, são troca de segmentos de
cromátides entre cromossomos homólogos pareados.
• Segmentos das cromátides se desprendem e são trocados ao se
separarem os cromossomos homólogos. Ocorre somente na
meiose.
• Essa troca de material genético visa aumentar a variabilidade
genética. Por causa dessa troca aumenta o numero de diferentes
cromossomos.
• Por mais que sejamos parecidos somos diferentes por essa aumento da
variabilidade genética.
Crossover
• Ciclo ovariano
• Na puberdade as mulheres começam a apresentar ciclos mensais
regulares, que são controlados pelo hipotálamo. Os hormônios hormônio
folículo-estimulante (FSH) e Hormonio Luteinizante (LH), estimulam e
controlam as alterações cíclicas no ovário.
• No geral o ciclo dura 28 dias, podendo ser mais.
• O FSH influencia no estimulo dos folículos que em condições normais
liberam um oocito por ciclo.
• Em meados dos ciclo há um aumento na secreção de LH, que auxilia na
maturação do oocito, completando a meiose I e iniciando a meiose II.
• Há o estimulo da progesterona pelas células foliculares e então
ocorre a ruptura folicular e a oocitação, liberação do oócito.
• Após a oocitação as células sob influencia do LH, apresentam um
pigmento amarelado e se transformam em células lúteas, que
formam o corpo lúteo e secretam o homônimo progesterona, que
junto aos homônimos estrogênios preparam a mucosa uterina
para implantação do embrião, caso o oócito seja fecundado.
• Ao penetrar na tuba uterina o oócito é movimentado pelos
cílios. Em humanos o oócito fecundado chega a luz uterina em
cerca de 4 a 5 dias.
• Caso não haja a fertilização o corpo lúteo atinge o
desenvolvimento máximo, em seguida diminui de
tamanho devido a degeneração das células lúteas e
forma uma massa de tecido cicatricial fibrotico, o corpo
albicante.
• A produção de progesterona diminui, precipitando
sangramento menstrual.
• Se houver fertilização a gonadotrofina coriônica humana
(HCG) impede a eliminação do corpo lúteo que continua
a se desenvolver e liberar progesterona até o final do
quarto mês, depois disso eles regridem lentamente.
• A gametogênese da formação ao ovócito (ovogênese) e ao
espermatozoide (espermatogênese). Essa formação ocorre através
da meiose onde os números de cromossomos são reduzidos para
23.
• Perturbações da meiose durante a gametogênese, resultam na
formação de gametas cromossomicamente anormais. Caso esses
gametas sejam fertilizados ocorre a desenvolvimentos anormais
como a síndrome de down.
Fecundação