Ministério Do Comércio
Ministério Do Comércio
Ministério Do Comércio
INTRODUÇÃO
O comércio é uma actividade económica realizada em toda a parte do mundo, e que vem
se desenvolvendo e modernizando desde a idade média que era classificado como uma das artes
mecânicas, o que tem provocado um processo de mudanças no mundo. Actualmente as trocas
comerciais entre países está desencadeando marcos cada vez mais importante. É possível
perceber que o comércio teve um desenvolvimento muito complexo pois antigamente baseava-
se na troca de um produto por outro para hoje ser tido como um dos meios mais rentáveis e
lucrativos capaz até de modificar a situação económica de um país, uma empresa ou
organização. Neste contexto podemos afirmar que o comércio não é apenas um meio de
arrecadação de meios monetários, mas também é o meio capaz de dinamizar as relações entre
os países no que concerne a novos investimentos.
O comércio pode ser realizado entre países, o que chamamos de comércio externo, nesse
caso o país se organiza para importar ou exportar. Exportar é quando um produto ou bem é
vendido para fora do país e importar consiste na entrada de um produto estrangeiro no país.
A pesquisa foi realizada em forma de estudo de caso, isso quer dizer que, ela refere-se
somente a uma situação específica, ou seja, os resultados aqui apresentados e encontrados se
referem a grupos pesquisados e que apenas se referem ao Ministério do Comércio angolano
situado em Luanda.
7
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
PROBLEMATIZAÇÃO
O comércio é a forma mais sofisticada que o ser humano desenvolveu para elevar a
satisfação das sociedades e dos indivíduos, depois do advento da produção. Isto significa que,
trocando mercadorias, o bem estar das comunidades e dos indivíduos pode elevar-se para além
daqueles patamares que poderiam ser atingidos somente pela própria produção.
PROBLEMA DE PESQUISA
OBJECTIVO GERAL
8
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
1- Analisar a situação comercial em Angola;
2- Abordar como são feitas as operações de comércio interno e comércio externo em
Angola;
3- Identificar o papel que o Ministério do Comércio tem, no que concerne o comércio
interno e externo de Angola.
HIPÓTESES
JUSTIFICATIVA
O interesse por esse tema de estudo, deve-se a sua natureza social e relevância
profissional, pelo facto de estudos sobre o comércio interno e comércio externo serem pouco
abordados nas intituições de ensino e na nossa sociedadde de um modo geral. O comércio
interno e externo fazem parte de um país, empresa ou organização pois englobam todo um
conjunto de factores fundamentais para o desenvolvimento do mesmo quer no sentido
económico como social. O comércio é um factor chave no desenvolvimento económico. O uso
prudente do comércio pode impulsionar o desenvolvimento de um país e criar ganhos absolutos
para os parceiros comerciais envolvidos. O comércio tem sido apontado como uma ferramenta
importante no caminho para o desenvolvimento por economistas proeminentes. No entanto, por
este motivo tão pertinente de interesse social e económico buscamos neste trabalho, trazer uma
síntese acerca deste tema complexo e importante que faz parte de todo país, empresas
comerciais e não só.
9
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
10
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
“A forma primitiva de comércio se dava pelo escambo e com o tempo houve uma
evolução, no período colonial se intensificou as relações comerciais de tal forma que houve a
necessidade de ter uma matéria prima de troca universal, foi então que começou a
comercialização mais intensa com o dinheiro” (BRYTO; ET AL, 2012)
Para Novaes (2007), citado por Bryto; et al (2012), “no início do desenvolvimento do
comércio moderno, os produtos eram intercambiados directamente nos postos de troca, sendo
que na época as moedas não tinham a credibilidade financeira para serem universalmente
aceitas. Era a fase do escambo”.
Segundo a Lei das Actividades Comerciais (Lei nº 1/07 de 14 de Maio), define comércio
como sendo a actividade económica que consiste em comprar bens para os vender no mesmo
estado físico, bem como prestar serviços mercantis, em estabelecimentos comerciais e outros
lugares apropriados.
De acordo com a Lei das Actividades Comerciais (Lei nº 1/07 de 14 de Maio), actividade
comercial é a actividade realizada profissionalmente com o objectivo de lucro, por pessoas
11
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo Rousseau (2008), assim, esta actividade tem como objectivo fazer chegar os
bens aos lugares onde são necessários quer em qualidade, quer em quantidade.
Rousseau ( 2008) ainda aborda que, para satisfazer as necessidades, não basta que um
bem seja produzido, é necessário que chegue aos consumidores, de forma cómoda e em
quantidades certas. Para isso existe um conjunto de actividades que estabelecem ligação entre
a produção e o consumo.
Rousseau (2008), diz que para que os bens passem da fase de produção até ao seu
consumo, é necessário:
A compra dos bens aos produtores;
O seu transporte até aos armazéns;
A armazenagem dos bens;
O fraccionamento e a embalagem dos bens, em quantidades acessíveis ao consumidor;
A comercialização dos bens, ou seja, a sua colocação nos locais próprios, de forma a
serem adquiridos pelos consumidores.
12
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
1. O comércio independente
“Esta forma de comércio constituído na maioria das vezes por empresas familiares, de
dimensões relativamente pequenas, onde empregam um reduzido número de trabalhadores, ou
até mesmo nenhum, pois se encontram a cargo do proprietário e operam normalmente num
único ponto de venda” (ROUSSEAU, 2008).
13
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Para Rousseau (2008), este comércio encontra-se espalhado por centros habitacionais,
junto dos consumidores ou em pequenos centros urbanos.
2. Comércio associado
“O comércio associado compreende à empresas que mantêm a sua independência
jurídica, associando uma ou mais actividades, de modo a obter vantagens, e a competir com o
comércio integrado” (ROUSSEAU, 2008)
Segundo Rousseau (2008), “Esta forma de comércio, devido à sua grande dimensão,
reúne as funções grossistas e retalhista, explorando cadeias em pontos de vendas identificados
pela mesma insígnia, e, aplicando políticas comuns de gestão”
14
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
As grandes superfícies especializadas: são lojas de grande dimensão, dirigidas para uma
mesma gama de produtos, bastante especializada;
Franchising1: onde empresas que, apesar de serem jurídicas e independentes umas das
outras, estão ligadas por contrato à empresa mãe – o franqueador – aplicando políticas
de gestão comuns.
“A actividade comercial data desde que o homem pensou em trocar alguns bens com os
que lhe faziam falta por necessidade. Ao longo dos anos instituições foram criadas por forma a
organizar essa actividade”. (MINCO, 2019)
Segundo o MINCO (2019), “Em Angola, na época colonial a estrutura que respondia
pela actividade comercial era a Secretaria de Estado da Economia. As transformações que
marcaram a actividade comercial nos períodos pré e pós-independência foram caracterizadas
por três grandes etapas:
Como aparelho do Estado para o Comércio foi criado na fase de transição para a
independência o Secretariado de Estado do Comércio e Economia, que funcionou até o ano de
1976, passando a partir de 1977 a ser denominado Ministério do Comércio Interno. Na mesma
altura também foi criado o Ministério do Comércio Externo com o papel preponderante nas
transacções comerciais com o Exterior. Criação da Empresa Pública de Abastecimento
“EMPA”, com vocação para actividade de importadora, grossista, retalhista e também da gestão
dos hotéis, restaurantes e similares.
1
Franchising: franquia- em portugês, é um sistema estratégico utilizado em administração que permite replicar
locais ou mercados em um mesmo conceito de negócio.
15
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
16
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Nesta etapa, já se vislumbrava a ideia da fusão dos dois Ministérios que se ocupavam
da actividade comercial, Ministério do Comércio Interno e Ministério do Comércio Externo.
Esta decisão vem se materializar em 1989, ao adoptar a denominação de Ministério do
Comércio Interno e Externo.
Mas, no ano a seguir houve outra fusão com o Ministério da Indústria, passando assim
a ser denominado Ministério do Comércio e Indústria. Esta experiência foi efémera uma vez
que deu-se por conta que não havia melhor articulação no desempenho das funções no seio da
nova estrutura ministerial. Após essa cisão com o Sector da Indústria, o Sector do Comércio
passou a ser chamado Ministério do Comércio e Turismo, porque já nessa altura havia maior
interesse em desenvolver a área de Turismo e Hotelaria.
Do ponto de vista organizacional, esta etapa foi marcada pelas seguintes características:
17
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
3º- De 1996 a 2007 – Criação de Bases Gerais e Jurídicas Legais sobre Reformas do
Comércio e criação de novas estruturas físicas modernas para o comércio.
A partir de 1996, foi retirado a esse Sector toda actividade ligada ao Turismo, Hotelaria
e Similares para ser criado o Ministério de Hotelaria e Turismo. Daí, o Sector do Comércio
ficou denominado Ministério do Comércio até a presente data. Nessa fase de consolidação da
paz, Angola tinha aderido a várias organizações, entre outras:
18
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Comércio, camionistas e comerciantes para o exterior do país, deixando um grande caos nesse
sector”
“De acordo com Perito, comércio interno é o que acontece no território de um país, é
também chamado de comércio interior ou doméstico. É regido por um conjunto de regras
exclusivas para cada nação, geralmente chamado de código de comércio” (MOUTINHO, 2017)
Para Amadeu Leitão Nunes secretário de Estado, citado pelo jornal ANGOP (2018),
“não obstante esta perspectiva de evolução, o sector do Comércio apresenta hoje um conjunto
de desafios associados ao comércio interno e externo, nas vertentes da procura, oferta e
regulação, que devem ter resposta nos próximos cinco anos”.
O jornal ANGOP (2018), aborda que os serviços mercantis em Angola registaram uma
evolução significativa no período de 2007 à 2017, tendo-se observado um crescimento de
109%, totalizando 86 mil e 496 estabelecimentos.
“As redes comerciais grossistas e retalhistas, em todo o território, são constituídas por
53 mil e 171 estabelecimentos comerciais. Face ao ano 2007, registou-se um aumento de cerca
de 17 mil e 500 estabelecimentos.” (JORNAL ANGOP, 2018)
Segundo Jornal de Angola (2017), “Em 2017 Angola vendeu mais do que comprou ao
estrangeiro no segundo trimestre, obtendo um saldo positivo da balança comercial de 817.706
19
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
milhões de Kwanzas, mais 17 por cento que em 2016, anunciou o Instituto Nacional de
Estatística (INE).
Entre Abril e Junho, afirma o relatório do comércio externo relativo à aquele período,
as exportações angolanas aumentaram 8,6 por cento face ao mesmo lapso de tempo de 2016,
para um volume de negócios total de 1.339 milhões de kwanzas. (JORNAL DE ANGOLA,
2017)
O Jornal de Angola (2017) aborda que Portugal é apontado no como o principal país de
origem das aquisições angolanas ao estrangeiro no segundo trimestre deste ano, com 17,3 por
cento do total (14,89 em todo o ano de 2016), equivalente a 90.175 milhões de kwanzas.
20
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
O Reino Unido começou o ano de 2017 em terceiro lugar nas vendas a Angola,
que subiram quase 125 por cento em termos homólogos, para uma quota de
mercado de 8,00 por cento, equivalente a 40.166 milhões de kwanzas. No
plano inverso, durante o primeiro trimestre, a China reforçou a posição de
maior comprador das exportações angolanas, com uma quota de 62,6 por
cento no primeiro trimestre de 2017 ou 858.280 milhões de kwanzas, um
crescimento superior, em valor, a 97 por cento, face às compras realizadas
pela China no mesmo período de 2016. (JORNAL DE ANGOLA, 2017)
O Jornal de Angola (2017), ainda aborda que a Índia, que surgiu no segundo lugar,
aumentou as compras a Angola em 6,5 por cento, para 89.460 milhões de kwanzas, seguida da
África do Sul com uma quota de 4,1 por cento ou 56.570 milhões de kwanzas.
Segundo António (2019), citado pela Economia & Finanças (2019, p.10) “Entre os
produtos que já possuem o selo “Feito em Angola” estão: a água mineral, fraldas descartáveis,
guardanapos, papel higiénico, rolo de cozinha, sumos, produtos agrícolas, frutícolas, ovos,
frangos, carteiras escolares, iogurtes, gelados, bolos, pães e outros”.
Segundo António (2019), citado pela Economia & Finanças (2019, p.10), de forma de
incentivo o presidente da AIA, José Severino (2019), falava à margem da Feira Alimentícia
2019, a decorrer de 8 a 11 do mês (maio), em Luanda, apontou também a ausência no evento
das empresas nacionais de comércio e distribuição moderna ligadas às grandes superfícies
comerciais.
21
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo Severino (2019), citado pela Economia & Finanças “referiu que a feira é um
bom princípio para a apresentação empresarial, já que visa a especialização e a criação de
sinergias entre os vários actores que estão no ramo alimentar”
Segundo o presidente da AIA José Severino (2019) citado pela Economia & Finanças,
defende ainda um desconto no Imposto Industrial de três ou cinco por cento para os expositores,
assegurando que as feiras são das mais rápidas formas de se fazer negócios, aliado a outras
componentes. Defende sobretudo maior flexibilidade nas políticas do Governo, como: não
sermos tão rígidos, sobretudo com os pequenos empresários, que são fundamentais no
desenvolvimento da economia.
Segundo Mateus (2019), citado por Economia & Finanças (2019, p.7), “hoje 40 por
cento dos produtos comercializados em superfícies comerciais é nacional, tanto em quantidade
quanto em qualidade, mas lamenta as dificuldades que continuam patentes no escoamento e
conservação de produtos”.
Para Mateus (2019), citado por Economia & Finanças (2019, p.7), “também é nesses
eventos onde se fortalece a relação directa entre o produtor e o consumidor, principalmente
através da troca de informações sobre os diversos processos de produção”.
Segundo Mateus (2019), citado por Economia & Finanças (2019, p.7), “a busca por
melhor qualidade de vida, passa necessariamente por mudanças de hábitos alimentares e feira
sobre alimentos, além de fomentar o consumo interno, surge como uma grande alternativa à
padronização dos supermercados”.
22
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo Setekela citado por economia & finanças 2019 p.7 (2019) “O programa que o
Governo criou visa valorizar os produtos nacionais e estimular a produtividade, aliada à
qualidade para promover o consumo interno, reduzir a importação e incentivar a exportação”.
Para Setekela (2019), citado por Economia & Finanças (2019, p.8) “Angola está a
tornar-se auto-suficiente em muitos produtos, como por exemplo ovos, batata rena, banana,
água mineral, batata-doce, mandioca e cimento”.
Segundo Setekela Economia & Finanças 2019, p.8 “Nos supermercados, estes produtos
são os que menos demoram nas prateleiras. António Nobre, funcionário público opta pela
compra de produtos avícolas nacionais, pois são mais naturais e oferecem melhor qualidade à
ementa”.
A feira de produtos nacionais é uma tradição que a marca faz questão de
preservar, acompanhando o aumento da qualidade e da quantidade da
produção nacional. O Kero assume o compromisso de continuar a ser um
parceiro seguro na afirmação da produção interna, contribuindo para a maior
desenvoltura da economia nacional, disse o grupo em comunicado enviado às
redacções. (HIPERMERCADO KERO 2019, citado por ECONOMIA &
FINANÇAS 2019, P.8)
Nesse sentido, a Maxi advoga que tem privilegiado a produção nacional por tratar-se de
um modelo de afirmação do peso da economia angolana em África, sobretudo. (MAXI 2019,
citado por ECONOMIA & FINANÇAS 2019, P.8)
23
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo Moutinho (2017), “As compras e as vendas realizadas entre países constituem
o comércio externo. O comércio externo é indispensável, pois todos os países dispõem de
produtos para vender e precisam comprar outros que não possuem”
Segundo o artigo 19º da lei das actividades comerciais (lei nº 1/17 de 14 de Maio), reza
o seguinte:
a) Capacidade comercial;
b) Alvará comercial;
25
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
26
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo MEP (2018), “Com efeito, para que não voltem a ocorrer os fenómenos
constatados no passado, de criação de incentivos perversos para o sector empresarial privado
que beneficiou de apoio e protecção do Estado, a concessão dos benefícios previstos no
PRODESI ficam condicionados à observância, por parte dos beneficiários do sector privado,
que já estejam a operar ou pretendam iniciar a sua actividade, das seguintes condições:
3
Clusters: aglomerados ou agrupados
27
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo MEP (2018), “Estes objectivos serão detalhados para cada uma das fileiras
prioritárias, tendo-se em conta as informações mais realistas que resultarão do trabalho de
diagnóstico e due diligence4 de cada uma das fileiras produtivas seleccionadas”.
Segundo MEP (2014), “Angola dispõe de recursos para ser um país exportador de
referência no comércio internacional. Como referência, no ano 1974, as exportações dos 15
principais produtos não petrolíferos representavam cerca de 44% do total das exportações
nacionais”.
Segundo MEP (2014), “Nesse ano, o valor das exportações desses produtos ascendeu a
cerca de 554,1 milhões de USD que segundo a mesma fonte, representariam hoje 27 vezes o
total das exportações de Angola em 2016 (142 milhões de USD), retirando às exportações
actuais, o petróleo e os diamantes”.
4 Due diligence: diligência prévia, refere-se ao processo de investigação de uma oportunidade de negócio que o
investigador deverá aceitar para poder avaliar os riscos da transacção
28
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
• Banana;
• Leguminosas e Oleaginosas
• Mel
• Palmares;
• Minério de Ferro
• Ouro;
• Quartzo;
• Madeiras;
• Rochas Ornamentais;
• Areias Naturais;
• Sal iodado;
5 Inputs: entrada
29
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
• Serviços e Telecomunicações;
• Turismo”.
Segundo MEP (2014), “A UTPRODESI será uma unidade profissional constituída pelos
Secretários de Estado dos Ministérios presentes na Comissão Interministerial e pelo Vice-
governador do BNA. A UTPRODESI funcionará como um órgão de gestão do Programa (num
modelo de PMO- Project Management Office)6”.
Segundo Souza e Siedenberg (2008, p. 37) “Para o mercado externo, os cuidados devem
ser redobrados, pois trata-se de um ambiente diverso e mais complexo do que o contexto
doméstico. Por isto, recomenda-se sempre um bom estudo das condições do mercado alvo”.
6
Project Management Office: Escritório de gerenciamento de projecto
30
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Para uma empresa nova no mercado, as exigências são ainda maiores, pois
uma vez que vai competir com firmas já estabelecidas, cujos produtos já são
aceites, a estreante no comércio exterior deve apresentar, além do preço
atractivo, também uma qualidade compatível com as exigências do mercado.
Compatível, aqui, significa a mesma qualidade dos outros concorrentes ou
uma qualidade maior. Tudo isto, cuidando do preço. (SOUZA;
SIEDENBERG, 2008).
Segundo Souza e Siedenberg (2008, P. 38) “Por isto, a primeira observação, para a
formação do preço a ser praticado no comércio externo é além dos custos de produção, é claro
uma verificação rigorosa de todos os benefícios fiscais (mecanismos tributários) e financeiros
(por exemplo, tipos de financiamentos) disponíveis para utilização”.
Para Amadeu Leitão Nunes, esta evolução positiva é fruto das políticas
públicas do Executivo que fomentaram o aparecimento e desenvolvimento de
novos grossistas e retalhistas, centros de logística e em paralelo de redes de
comercialização”, referiu Amadeu Leitão no encontro de auscultação ao sector
privado, no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Sector, 2018/2022.
(JORNAL ANGOP, 2018)
Segundo o jornal ANGOP (2018), tal crescimento teve maior evidência, na zona norte
do País, impulsionada pela província de Luanda, seguida da zona sul e centro de Angola.
Segundo o jornal ANGOP (2018), “A matriz de oferta nacional atual apresenta ainda
uma elevada dependência de produtos importados, situação que poderá mudar, gradualmente,
no próximo quinquénio, através de uma maior aposta na produção nacional, agrícola, piscatória
e industrial.”
31
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
32
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Devemos lembrar que as moedas nacionais têm trânsito livre e curso forçado
somente dentro de seus respetivos territórios e que, na sociedade formada por
estados nacionais autônomos e soberanos, não existe um governo que obrigue
todos os países a aceitarem uns as moedas dos outros. Deve haver aceitação
comum, pactuada, ou seja, acordada, assim estas moedas internacionais são
denominadas de divisas. As principais divisas atualmente são o dólar
estadunidense e o ECU7 (Euro). Ao lado delas, também é aceite como meio
de pagamento o ouro (SOUZA e SIEDENBERG, 2008)
“Mas as moedas internacionais não têm curso forçado e poder liberatório dentro dos
territórios dos outros países, ou seja, não têm trânsito livre, excepto em seus próprios países,
pois, no fundo, são apenas moedas nacionais” (SOUZA; SIEDENBERG, 2008, P.41)
Segundo Souza e Siedenberg (2008) “Quanto às formas de pagamentos que existem entre os
países, realizadas com os meios de pagamentos, existem as seguintes modalidades:
Pagamento antecipado - é uma forma que não oferece grande risco ao importador
somente quanto há confiança justificada entre os parceiros. Pelo grau de confiança
exigido, pode ser utilizada nas negociações entre matriz e filial, por exemplo. Ao lado
desta exigência, no entanto, oferece a vantagem para o importador de precaver-se
quanto eventuais oscilações de preços no futuro. Após o ato de embarque da
mercadoria, o exportador encaminha os papéis originais da transação para que o
importador desembarace a encomenda no porto de destino. Cópias devem ser
fornecidas à agência do sistema bancário pela questão de contratação de câmbio da
moeda estrangeira;
33
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
8URC:Uniform Rulles for Collections – regras uniformes para coleções. É um conjunto de regras que ajudam a
auxiliar no processo de cobrança de dívidas ou dinheiro em dívida activa ou bens.
9 UCP: uniform customs and pratice – costumes e práticas uniformes, é uma ferramenta de ajuda abrangente e
prática para bancários, advogados, importadores e exportadores, e todos envolvidos em transações de carta de
crédito em todo o mundo.
10
Superavit: é um termo económico aplicando quando o resultado de uma operação é positivo, utilizado também
em várias ciências.
34
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
11
Deficit: é um termo económico aplicando quando o resultado de uma operação é negativo, o que corresponde a
deficiência.
12
https://pt.wikipedia.org/wiki/balan%c3%a7a_comercial, (2019)
35
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
13 https://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/.../390-politica-comercial, ( 2019).
36
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo o GATT (1994), citado por António (2014), “o princípio em que baseou-se as
regras do GATT foi: Princípio da Nação mais favorecida, que está expresso no artigo I do
acordo:
Qualquer vantagem, valor, privilegio ou imunidade concedida por uma parte contratante
a um produto originado de outro pais ou a ele destinado será , imediata e
incondicionalmente, extensiva a todos os produtos similares originários de territórios de
qualquer outra parte contratante ou a eles destinados”.
Segundo Pereira (2003), citado por António (2014) “dentro do contexto internacional, a
Organização Mundial do Comércio, criada em Janeiro de 1995, é a coluna mestra do novo
sistema internacional do comércio.
Pereira (2003), citado por António (2014) “o acordo que estabelece a OMC determinou
os objectivos da nova organização. Os termos negociados foram os seguintes:
As Partes reconhecem que as suas relações na área do comércio e actividades
económicas devem ser conduzidas com vistas à0 melhoria dos padrões de vida,
assegurando o pleno emprego e um crescimento amplo e estável do volume de renda
real e demanda efectiva, e expandindo a produção e o comércio de bens e serviços, ao
mesmo tempo em que foi permitindo o uso óptimo dos recursos naturais de acordo com
os objectivos do desenvolvimento sustentável, procurando proteger e preservar o
ambiente e reforçar os meios de fazê-lo, de maneira consistente com as suas
necessidades nos diversos níveis de desenvolvimento económico”.
37
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Pereira (2003), citado por António (2014), “a OMC tem as seguintes funções:
Administrar e aplicar os acordos comerciais multilaterais e plurilaterais, que em
conjunto configuram o novo sistema de comércio;
Servir de foro para as negociações multilaterais entre os membros;
Administrar o entendimento relativo às normas e procedimentos que regulam as
soluções de controvérsias;
Supervisionar as políticas comerciais nacionais, apontando os temas em desacordo com
as regras negociadas (Trade Policy Review Mechanism – TPRM);
Cooperar com as demais instituições internacionais que participam do fomento de
políticas económicas a nível mundial, a exemplo do Fundo Monetário Internacional-
FMI e do Banco Mundial-BIRD;
Assistência técnica e formação ao benefício dos países em desenvolvimento”
Segundo António (2014), “Os princípios abaixo relacionados foram definidos no Acordo
Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT. Contudo, a elaboração das regras, bem como a forma
de implementá-las é de competência exclusiva de cada parte contratante:
Não discriminação
Cláusula da nação mais favorecida (NMF): estende a todos os parceiros comerciais os
benefícios concedidos a um deles;
Tratamento nacional: os bens importados devem receber o mesmo tratamento concedido a
produto equivalente de origem nacional.
38
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Transparência
Obrigação geral de publicação e de notificação das medidas e praticas adoptadas pelos
membros. Esse princípio torna obrigatória a publicação de toda e qualquer norma relacionada
ao comércio.O Acordo não proíbe a protecção às indústrias e sectores nacionais, porém esta
deve ser efectuada, essencialmente, por meio da tarifa para que se possa conhecer claramente o
grau de protecção dispensado pelo país a cada produto e porque este instrumento de protecção
é o que provoca o menor grau de distorção ao comércio internacional. Cabe menção à existência
de tarifas aplicadas e consolidadas.
Base estável para o comércio
A tarifa é considerada a base estável e os níveis máximos de tarifa de importação que cada país
pode praticar são consolidados e figuram em listas por país.
Concorrência Leal
Tão importante quanto o comércio aberto é a concorrência leal. São consideradas desleais a
práticas de dumping e subsídios.
Proibição de restrições quantitativas
O principal dispositivo para regular a competitividade é a tarifa e não a restrição quantitativa.
Proíbe qualquer barreira não-tarifária.
Tratamento Especial e Diferenciado
Os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos devem contar com condições mais
favoráveis de acesso aos mercados dos países desenvolvidos. Essa modificação foi adoptada,
em 1968, para incluir recomendações da CNUCED em prol do crescimento económico dos
menos desenvolvidos. Trata-se da regra do Tratamento Especial e Diferenciado (Parte IV do
GATT);
Excepções
Foram definidas excepções nos seguintes casos:
Salvaguardas ao Balanço de Pagamentos, situação em que qualquer parte contratante pode
utilizar restrições para salvaguardar sua posição financeira. Os países em desenvolvimento
possuem regras especiais para protecção de seus balanços de pagamento e de suas indústrias
nascentes. Adopção de Medidas de Urgência por meio de:
Salvaguardas: permitem a adopção de medidas temporárias em caso de surto de
importação que cause ou ameace causar prejuízo grave aos produtores nacionais;
39
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
14 Waiver: é um termo de origem inglesa, que significa renúncia de um direito ou dispensa exigência.
40
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
41
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
42
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
43
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Segundo Gil (2010) citado por Indo (2018). “a população é um conjunto de indivíduos
(famílias, outras organizações), acontecimentos ou outros objectos de estudo que o investigador
pretende descrever ou para os quais pretende generalizar suas conclusões ou resultados”.
44
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
2.4 AMOSTRAGEM
Segundo Silvestre e Araujo (2012), citado por Indo (2019),“a entrevista corresponde a
um processo de interação face-a-face entre uma ou mais pessoas (que desempenham o papel de
entrevistado)”. Quanto ao tipo de entrevista usamos a entrevista estruturada, pois utilizamos um
guião de questões.
45
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Ao longo destas pesquisas, tivemos alguns factores que nos dificultaram para a
conclusão do trabalho tais como: a disponibilidade de técnicos da Unidade de pesquisa, para
nos receberem e dar resposta as questões o que levou 20 dias após darmos entrada a carta de
46
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
47
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
48
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Questão nº4- Quais são os procedimentos usados pelo MINCO para importação de
mercadorias?
R: O importador, através do seu Despachante oficial, deve submeter a plataforma SICOEX o
seu pedido de licenciamento e apresentação de quatro cópias da factura proforma pelo
importador junto à Direcção Nacional do Comercio Externo do Ministério do Comércio de
Angola, que emite o licenciamento dando continuidade ao processo. Contudo, é necessário que
o importador seja registrado junto ao Ministério do Comércio.
Interpretação: Para importação de mercadorias são usados procedimentos definidos pelo
Ministério de Comércio, através da plataforma do SICOEX- Sistema Integrado do Comércio
Externo, que é uma ferramenta eficaz na administração e controlo de importação e exportações
de mercadorias, todo comerciante externo deve estar devidamente cadastardo no Sistema.
49
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
As vantagens que poderão advir com adesão de Angola à Zona de Comercio Livre da SADC,
pode-se destacar o alargamento da produção nacional à outros mercados, diversificação na
arrecadação de receitas fiscais e entrada de divisas, criação de novos postos de trabalho directo
e indireto, aumento do investimento, da renda, do consumo e consequentemente o crescimento
económico.
Interpretação: Entendemos que a zona de comércio livre é um sistema que visa ser
implementado para o melhoramento do sector comercial principalmente no que concerne ao
comércio externo, na redução de custos e tarifas de importação e exportação de mercadorias,
onde os comerciantes terão a autonomia de realizar transacções comercias sem a intervenção
do governo o que irá dinamizar o sector comercial interno e externo e estimular as relações
com o exterior. As vantagens que ela traz assenta-se na criação de novos postos de trabalho e o
crescimento económico.
51
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
52
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
53
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos assim assegurar com toda propriedade que, o obejectivo principal desta
pesquisa foi notavelmente alcançado. Por outro lado, consideramos que os objectivos
específicos por nós pretendidos também foram devidamente alcançados com sucesso através
do estudo de caso efectuado no MINCO, com uma interação positiva recebido da parte dos
profissionais com a qual trabalhamos pacientemente para o esclarecimento das dúvidas aqui
levantadas.
54
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
SUGESTÕES
Depois de abordado este tema, com uma grande importância na sociedade e por vezes
pouco abordado nas instituições de ensino, pois sendo que a actividade comercial contribui
muito para o desenvolvimento económico do país seja ele realizado no interior ou exterior , no
entanto podemos sugerir o seguinte:
55
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
REFERÊNCIAS
JORNAL DE ANGOLA, 2017, Luanda; Comércio com exterior é favorável para Angola.
Disponível em: http://Jornaldeangola.sapo.ao/economia_comercio_ com_ exterior _ e
_favorável _ para_ angola [acessado em 23/05/2019]
Jornal Economia & Finanças, 2019. Luanda, 11 nº 555, 25 Abril, 32 p, Edições Novembro
E.P
56
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
Disponível em:
https://www.gestiopolis.com/que-es-comercio-interno-es-relevante-para-la-economia-de-
un-pais/ [acessado em 13/06/2019]
https://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/.../390-politica-comercial
[acessado 02/07/2019]
https://www.youtrading.com/balanca-comercial-voce-sabe-o-que-e-e-como-funciona/
[acessado em 10/07/2019]
57
COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO EM ANGOLA
APÊNDICE
58