Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Fundamentos Da Pedagogia III GRUPO

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Planificação- entende-se como sendo um guia que um individuo pode criar e usar, de

modo a realizar suas tarefas ou actividades de forma sequenciada.

Planificação é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades em
termos de organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para
programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão
intimamente ligado à avaliação. Libânio (2013).

A Importância Da Planificação

A Planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da


acção docente, articulando a actividade escolar e a problemática do contexto social. A
escola, os professores e alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o
que acontece no meio escolar está atravessado por influências económicas, políticas e
culturais que caracterizam a sociedade de classe. Isso significa que os elementos da
escolar objectivos-conteúdos-métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um
significado genuinamente político. Por essa razão a planificação, é uma actividade de
reflexão a cerca das nossas opções e acções; se não pensarmos didaticamente sobre o
rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos
pelos interesses dominantes da sociedade. Libânio (2013).

Funções Da Planificação

 Explicar os princípios, directrizes e procedimentos do trabalho docente que as


segurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto
social (o posicionamento filosófico, político-pedagógico e profissional);
 Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de
modo que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de
um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
 Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna
possível inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de
ensino: os objectivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos
e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e
avaliação que intimamente relacionada aos demais.
 Facilitar a preparação das aulas: seleccionar o material didáctico em tempo
hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar. Replanejar o trabalho
frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas. Para que os planos
sejam efectivamente instrumentos para a acção, devem ser como guia de
orientação e devem apresentar ordem sequencial, objectividade, coerência,
flexibilidade.

Tipos De Plano

Existem três tipos de plano: Plano da escola, Plano de aula e Plano de Ensino.

O Plano Da Escola é um documento mais global; expressa orientação geral que


sintetiza, de um lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais amplo e, de
outro, as ligações do projecto pedagógico da escola com os planos de ensino
propriamente ditos.

O Plano De Ensino (ou plano de unidade) é a previsão dos objectivos e tarefas


do trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido
por unidades sequenciais, no qual aparecem objectivos específicos, conteúdos e
desenvolvimento metodológicos. O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do
conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um carácter específico.

O Plano De Aula é um detalhamento do plano de ensino. As unidades e


subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e
sistematizadas para uma situação didáctica real. A preparação de aulas é uma tarefa
indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar em um documento escrito
que servirá não só para orientar acções do professor como também para possibilitar
constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o
aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências conjugando a
prática e reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática constantemente
transformada para melhor.

Organização do Processo Pedagógico

Os processos pedagógicos são processos intencionais, deliberados, que têm por


objectivo promover, em contextos culturais definidos e de modo sistematizado, relações
significativas entre o aprendiz e o conhecimento produzido pelos homens em seu
processo social e histórico de produção das condições materiais de sua existência.

Objecto.

O Pedagogo não possui quanto ao seu objecto de estudo um conteúdo


intrinsecamente próprio, mas um domínio próprio (a educação), e um enfoque próprio
(o educacional), que lhe assegurara seu carácter científico.

Objectivos.

A Pedagogia assenta-se no desenvolvimento de serviços científico-técnicos que


permitem a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do próprio processo
pedagógico, do processo educacional e do processo educativo.

O Objectivo da Pedagogia é a reflexão, a crítica, a ordenação e a sistematização do


processo educativo.

Componentes.

Componente é aquilo que faz parte da composição de um todo. Trata-se de


elementos que, através de algum tipo de associação ou contiguidade, dão lugar a um
conjunto uniforme.

Os componentes do Processo de Ensino-Aprendizagem, também chamados de


Categorias da Didáctica, são organizados por componentes pessoais e não pessoais.

Os componentes pessoais são:

 O Professor;
 Aluno;

Os componentes não pessoais são:

 Problema;
 Objecto;
 Objectivo;
 Conteúdo;
 Método;
 Meios;
 Formas organizativas; e Avaliação.

Elementos Estruturais.

Elemento estrutural é cada uma das partes diferenciadas ainda que vinculadas nas
quais pode ser dividida uma estrutura.

São os elementos estruturais:

 Objectivos;
 Conteúdos;
 Metodologia;
 Recursos;
 Relação professor-aluno, e Avaliação.

Pensamento Pedagógico Moderno

Um dos primeiros actos de uma série de ideias (pensamento) relativas ao


pensamento social moderno sem dúvida foi o de buscar a abolição do conceito
repressivo de homem cristão tradicional. Ou seja, o conceito do homem fruto do pecado
carnal, difundido pelo cristianismo, passou a ser questionado institucionalmente tão
logo a racionalidade científico burocrático se constituiu como modelo explicativo e de
construção da realidade sociocultural moderna.

Nos séculos XVI, XVII e XVIII a sociedade iniciaria os processos de mudanças


culturais (científicas), socioeconómicas e políticas significativas, que resultaram de
rupturas com o absolutismo da Igreja católica e modo de produção e de organização
socioeconómica agrário-feudal. O Pensamento Pedagógico Moderno foi sendo
estruturado num contexto de transformações sob diferentes dimensões da vida social.
Estariam lançadas as primeiras ideias culturais e científicas que comporiam um
conjunto de instituições de socialização e de produção do conhecimento que nos
acostumamos a compreender como estruturas do mundo moderno.

A história das ideias pedagógicas associa-se à ideia de progresso pela via da


educação como factor de desenvolvimento social, que se daria pela inclusão dos
indivíduos, obviamente respeitando um sistema de hierarquização nos processos de
produção capitalista, (industrialização). A racionalização das estruturas (instituições
burocráticas) dependia da disseminação de ideias que consolidariam um imaginário
colectivo de progresso pelo avanço técnico-científico. Assim, a Educação Geral ou
Profissionalizante passaram a ser uma “actividade instrucional e instrumental”
universalizada para atender os trabalhadores livres e filhos, mas não como prática social
formadora de homens partícipes do projecto societário moderno.

Gadotti (2001), em seu livro sobre as ideias pedagógicas, ressalta que o período
compreendido como predominante de uma pedagogia moderna (Capítulo 6) representa
um estágio em que a educação se configuraria na perspectiva de carácter intencional ou
instrucional. Um processo sociocultural de muitas mudanças nas instituições
tradicionais, pois o que era ensinado em muitos locais fora considerado obsoleto ou
tendencioso, uma vez que no início a educação intencional esteve a serviço da classe
dominante, o clero e a monarquia.

Muitos teóricos, literatos e cientistas contribuíram para o pensamento


pedagógico moderno nas sociedades Ocidentais, contudo neste trabalho tratamos a
nossa abordagem a partir de uma breve história das ideias.

A Educabilidade do Homem

Segundo Kant (como citado em Schulz, p.654) “O homem é a única criatura que
precisa ser educada” (Kant, 1996, p. 11). Kant, a partir dessa afirmação, promove uma
comparação entre os animais racionais e irracionais.

Estes desde o nascimento já são o que são pelo próprio instinto. Seus filhotes
precisam ser alimentados para sobrevivência apenas num curto espaço de tempo, pois
“Os animais, logo que começam a sentir alguma, usam as próprias forças com
regularidade, isto é, de tal maneira que não se prejudicam a si mesmos” (Kant, 1996, p.
11), enquanto que o homem, de acordo com Kant (como citado em Schulz, p.655)

O homem tem necessidade de cuidados e de formação. a formação compreende a


disciplina e a instrução. Nenhum animal, quanto saibamos, necessita desta última, uma
vez que nenhum deles aprende dos seus ascendentes qualquer coisa, a não ser aqueles
pássaros que aprendem a cantar (Kant, 1996, p. 14).

O homem carece, além do que chama de cuidados, superar sua animalidade


quando infante (criança) para atingir sua humanidade, e esse vir a ser se dá por meio da
educação, é um continuum individual e da espécie. Por isso, diz: “O homem não pode
tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele
faz” (KANT, 1996, p. 15). Apreende-se daí que a educação é uma necessidade, o que
pode ser ainda identificada de várias formas, dentre elas porque a criança ao nascer é
totalmente dependente de cuidados e de protecção física, é carente de ser alimentada e
protegida, o que requer, desde cedo, uma pedagogia do cuidado com vistas ao destino,
ao fim do homem, a sua humanização.

Outra razão de a educação ser necessidade é que, ao nascer, a criança, o ser


humano, não é nem bom nem mau por natureza, mas apresenta tendência para, e daí a
necessidade da educação para que não venha depender de vícios, sendo desde cedo
educada para uma futura autonomia. Ele mesmo responde a pergunta que faz: “o
homem é moralmente bom ou mau por natureza? Não é bom nem mau por natureza,
porque não é um ser moral por natureza. Torna-se moral apenas quando eleva a sua
razão até aos conceitos do dever e da lei” (KANT, 1996, p. 102).

A educação é ainda uma necessidade porque o ser humano para superar e


desenvolver sua humanidade precisa desvencilhar-se da menoridade, o que por si só é
difícil. Para isso, ele precisa da educação. É difícil o homem por si só passar da
animalidade para a humanidade – uma segunda natureza a ser alcançada por meio da
educação. “A espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com
suas próprias forças, todas as qualidades naturais, que pertencem à humanidade. Uma
geração educa a outra” (KANT, 1996, p. 12). A educação também é necessária para que
os homens atinjam a maioridade. É pela educação que se atinge a autonomia e a
moralidade como condições para uma vida ética – fim da educação. Daí a pergunta:
“Quanto tempo deve durar a educação? Até o momento em que a natureza determinou
que o homem se governe a si mesmo” (KANT, 1996, p. 33).

Processo Da Educabilidade

De acordo com (Schulz, s/d)

Kant não vê a educação como um simples dado, um mero ato mecânico, pode-
se entender que ele a concebe como um processo contínuo, pois o resultado
final pretendido passa pelo processo educacional sobre o qual repousa a
perfeição não só do indivíduo, mas também da raça humana, ou seja, da espécie
humana. Tomar então o ato educativo como processo em sua forma objectiva
implica fases distintas. Kant, portanto, divide o processo educativo em
diferentes estágios conforme apresentado no livro Sobre a pedagogia.

Segundo (Schulz, s/d) resumidamente, Kant divide a educação em três estágios:


cuidado, disciplina e instrução, conforme indicado no trecho: “Por educação entende-se
o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a
formação” (KANT, 1996, p. 11). A educação é, desse modo, um processo que perpassa
essas fases. A primeira fase, denominada educação física, diz que: “A educação física
consiste propriamente nos cuidados materiais prestados às crianças ou pelos pais, ou
pelas amas de leite, ou pelas babás” (Kant, 1996, p. 39). São os cuidados (Wartung)
tomados no sentido de prevenir para que as crianças não “façam uso nocivo de suas
forças” (Kant, 1996, p. 11).

Correntes Pedagógicas E Modelos Pedagógicos Actuais

Correntes Pedagógicas

Corrente pedagógica é um conjunto de doutrinas que regem uma prática


educativa, formulada por uma teoria da educação e embasada por dada concepção
filosófica.

Para fins didácticos, podemos dizer que as principais correntes da pedagogia são:

 Tradicional;
 Comportamental;
 Montessoriana;
 Renovadora;
 Tecnicista;
 Sócio-cultural;
 Humanista;
 Libertadora;
 Cognitivista;
 Critico-social de conteúdos;
 Piagetiana;
 Construtivista.

Corrente Tradicional
A escola tradicional, que reinou soberana até a década de 1950, tem o professor
como foco central, orientando o conteúdo do ensino proporcionando ao aluno o
conhecimento da evolução das ciências e das grandes realizações da civilização, através
da História.

A metodologia tradicional tem como princípio a transmissão dos conhecimentos


através da aula do professor, geralmente expositiva e sequencialmente predeterminada e
fixa, conferindo ênfase à repetição de exercícios, com exigências de memorização dos
conteúdos.

Corrente Comportamental

Na corrente comportamental predomina o método científico, visando à


experimentação científica. O homem é o produto do meio ambiente e deve ser orientado
no sentido de exercer o sentido pleno sobre a natureza. A educação e o ensino devem
enfatizar o conhecimento do mundo exterior, de serem orientados dentro de um
processo de transmissão de cultura de geração em geração, visando adequar o indivíduo
para o convívio colectivo, em sociedades civilizadas.

Cabe ao professor o planejamento adequado dos conteúdos curriculares, de


forma a promover o desenvolvimento eficaz do sistema de aprendizagem.

Corrente Montessoriana

A pioneira e fundadora desta corrente é Maria Motessori, fisioterapeuta e


educadora, tendo desenvolvido, na Itália, em 1907, um sistema educacional com
materiais didácticos que objectivam despertar interesse espontâneo na criança, obtendo
uma concentração natural nas tarefas, para não cansá-las ou desinteressá-las. Diverge
fundamentalmente da escola tradicional.

Até os dias de hoje o método é considerado original no sentido em conferir total


liberdade as crianças que, por sua vez, permanecem livres para se movimentarem pela
sala de aula e suas próprias actividades, utilizando materiais apropriados, tentando
sempre gerar o ambiente propício à auto-educação.

Corrente Renovadora
Inteiramente antagónicas aos modelos educacionais tradicionais, o movimento
da “pedagogia renovada” é uma resposta directa aos excessos da vertente tradicional,
constituindo-se numa concepção pedagógica que inclui inúmeras correntes, e que de
uma maneira ou de outra, estão ligadas ao movimento da escola nova ou escola activa
(escolanovismo).

Em oposição à escola tradicional, a escola nova confere ênfase ao princípio da


aprendizagem por descoberta, estabelecendo que a atitude de aprendizagem, que, por
sua vez, aprendem fundamentalmente pela experiência, ou seja, pelo que descobrem por
si mesmos. Neste contexto, o professor passa a ser visto como orientador e facilitador
do processo de busca de conhecimento que, por sua vez, deve partir do aluno, ou
melhor, das motivações espontâneas dos mesmos.

Corrente Tecnicista

A década de 70 assistiu a um acentuado desenvolvimento e proliferação da


corrente que se denominou de “tecnicismo educacional”, totalmente inspirado nas
teorias behavioristas da aprendizagem e da abordagem sistémica do ensino.

Portanto, as práticas educacionais da época definiram uma prática pedagógica


altamente burocrática, controla da e dirigida pelo professor, com um currículo pouco
flexível

Aliada a actividades mecânicas, inseridas numa proposta educacional rígida,


conteudista e passível de ser totalmente programada em detalhes.

Corrente Sócio-Cultural

A característica principal desta escola é a sua preocupação direccionada


totalmente para as questões sociais, visando possibilitar uma maior participação do
povo nos processos de formação de sua própria cultura.

O individuo é visto como sujeito activo e participante na aquisição e construção


do conhecimento, inserido no contexto histórico. É um ser práxis, que age e reflecte
sobre o mundo, com o claro objectivo de transformá-lo. O individuo interage,
continuamente, com a sociedade, em um processo permanente de transformação.
A metodologia adoptada por esta escola baseia-se na criação de simulações
realistas, com um conteúdo adaptado a essa finalidade.

Corrente Humanista

Para a corrente humanista, o individuo é peça chave e principal colaborador da


construção dos saberes humanos, de modo que toda ênfase é referida a vida emocional e
psicológica do aluno, bem como em suas relações interpessoais. O professor é um
facilitador, um orientador para levar o conhecimento ao aluno, cultivando as
experimentações práticas junto com os próprios alunos.

Na escola humanista, o ensino procura gerar um ambiente propício à


aprendizagem, fazendo com que todos os alunos participem do processo educativo.
Preocupa-se, igualmente, com a promoção da capacidade de auto-aprendizagem do
aluno, com vista a acelerar seu desenvolvimento intelectual e afectivo, valorizando a
autonomia e a autodeterminação, no combate à heteronomia (dependência de tudo e de
todos).

A metodologia adoptada, portanto, deve promover o relacionamento


interpessoal, a autonomia do educando e a troca de experiências.

Corrente Libertadora

No final dos anos 70 e início dos anos 80, a abertura política decorrente do final
do regime militar coincidiu com a intensa mobilização dos educadores em busca de uma
educação crítica a serviço das transformações sociais, económicas e políticas em vigor,
objectivando a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade. Ao lado
das denominadas teorias “pedagogia libertadora” e da “pedagogia crítico social dos
conteúdos”, que foram as correntes adoptadas pela facção de educadores marxistas.

Nessa proposta, a actividade escolar está concentrada em discussões de temas


sociais e políticos, bem como em acções directas sobre a realidade social vigente na
época: analisam-se os problemas, seus factores determinantes, ao mesmo tempo em que
se tenta organizar uma forma de actuação capaz de transformar a realidade social e
política do país.

Corrente Cognitivista
A corrente cognitivista enfatiza a investigação dos processos centrais do
individuo, bem como a preocupação com a génese dos processos cognitivos. Defende a
interacção do individuo com o meio, ou seja, é interacionista; porém, considera a
aprendizagem como um resultado que vai além da interacção do indivíduo com o meio
ambiente. O objectivo é conferir capacidade ao aluno para assimilar o conhecimento,
com vistas à integração das informações, para processá-las, posteriormente.

O ensino deve favorecer a estratégia de aprendizagem através da metodização


dos esquemas mentais, para facilitar a assimilação dos conteúdos.

A metodologia adoptada pela escola cognitivista é essencialmente motivada pelo


individualismo, ao mesmo tempo em que pelo interativismo, utilizando uma didáctica
permanente voltada para a investigação científica.

Corrente Critico-Social

A “pedagogia crítico-social dos conteúdos” surge no final dos anos 70 e início


da década de 80, no mesmo período da pedagogia libertadora. Sua proposta se
fundamenta na reacção de alguns educadores que, na época, não aceitavam a pouca
relevância que a “pedagogia libertadora”, ou seja, historicamente acumulado que, por
sua vez, deveria constituir importante parte do legado cultural da humanidade.

Desta forma, a visão desta nova corrente pedagógica acredita que não basta ter
como conteúdo escolar as questões sociais atuais, vista de maneira isolada e linear, mas
é necessário que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais
amplas, capazes de conferir aos alunos a capacidade de interpretar suas experiências de
vida e, com isto, defender seus direitos individuais e interesses de classes.

Corrente Piagetiana

Se já era crescente a necessidades de se preocupar com o domínio de


conhecimentos formais que propiciassem uma maior participação activa e crítica na
sociedade se uma adequação psicopedagógica às características de um aluno que pensa,
e que, por isso, precisa ser considerado como ser integral, bem como a de um professor
que, por sua vez, domina conteúdos de valor social e formativo. Esse momento é
caracterizado pelo enfoque centrado no carácter social do processo de ensino de
aprendizagem e é, por sua vez, marcado pela influência da psicologia genética.
Tal enfoque inseriu nas questões pedagógicas aspectos muito relevantes,
especialmente no que diz respeito à maneira como se entende as relações entre:
desenvolvimento e aprendizagem; a importância da relação interpessoal nesse processo;
a relação entre cultura e educação; o papel da acção educativa ajustada às situações de
aprendizagem; e finalmente, às características básicas da actividade de construção dos
esquemas mentais elaborada pelos alunos em cada diferente estágio de sua escolaridade

Corrente Construtivista

Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a


inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da
inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o indivíduo e o meio.

A ideia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a
influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para
construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.

Na concepção construtivista, a forma como se constrói o saber é muito ampla, de


forma que realmente se incluem as acções de descobrir, inventar, redescobrir, criar:
sendo que aquilo que se faz (as acções), ou seja, que se obtém por resultado, é tão
importante quanto o “como” e o “porquê” se faz, estratégia que contribui para que
ênfase também seja conferida ao processo de aprendizagem - e não apenas aos
resultados em si.

Modelos Pedagógicos Actuais

Os modelos pedagógicos são as diferentes abordagens ao ensino que podem ser


realizadas pelos professores na sala de aula. Dependendo do modelo usado, os
professores realizarão uma série de acções e se concentrarão em diferentes partes do
processo de aprendizagem.

Porque existem diferentes formas de aprendizagem, e porque cada aluno é único, os


professores devem estar armados com diferentes modelos pedagógicos para serem
capazes de se adaptar a diferentes situações.

Mesmo assim, os modelos pedagógicos sempre se concentram em três elementos:

 Que se destina a ensinar;


 Como se destina a ensinar;
 Como será medido se a aprendizagem foi alcançada.

Os modelos pedagógicos actuais envolvem também os modelos pedagógicos


passados porque aprendizagem partiu do passado para o presente e desta forma para o
futuro. Os modelos actuais mas utilizados são:

 Tradicionais;
 Comportamentais;
 Construtivistas;
 Cognitivos; ou Sociais.

Você também pode gostar