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HJ Maculuve - A Pessoa Como Sujeito Moral

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I

Centro de Monografias e Trabalhos Científicos


hermenegildojanuario@gmail.com
whatsaPP: 844488663

A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)

Hermenegildo Januário Maculuve

Curso: Lic. Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Introdução á Filosofia
Ano de frequência: 2o Ano

Maputo, Abril de 2024


Índice
1.Introdução ................................................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos do Trabalho................................................................................................................. 3

1.1.1. Objectivo Geral .............................................................................................................................. 3

1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................................. 3

1.2. Metodologia usada ........................................................................................................................ 4

2. Fundamentação Teórica ................................................................................................................ 5

2.1. Definição dos conceitos ................................................................................................................ 5

2.1.1. Pessoa .............................................................................................................................................. 5

2.2. Pessoa humana em suas relações ................................................................................................. 5

2.3. Consciência moral e seus Graus .................................................................................................. 6

2.3.1. Graus de consciência ..................................................................................................................... 6

2.4. Aspectos da ética ........................................................................................................................... 7

2.5. Ética VS Moral .............................................................................................................................. 7

3. Conclusão ....................................................................................................................................... 9

4. Bibliografia................................................................................................................................... 10
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1. Introdução
O presente trabalho é concebido no âmbito dos estudos da cadeira de Introdução á Filosofia e
tem como objectivo, compreender a pessoa humana como um sujeito moral.
Assim, debruçar-se-á sobre o conceito de Pessoa nas várias perspectivas (Jurídica, Psicológica,
Ética, Personalista, Social, Metafísica); A Pessoa em suas relações: a sua relação consigo mes-
mo, com os outros seres humanos, com Deus, com a natureza e com o trabalho; a consciência
moral; graus da consciência; ética e moral; e por fim sobre os aspectos da ética individual.
O desenvolvimento desta pesquisa é de extrema importância pois ira munir o estudante de co-
nhecimentos filosóficos sobre a pessoa como sujeito moral.
Portanto, para a elaboração deste trabalho recorreu-se à revisão bibliográfica das obras que ver-
sam sobre o assunto, bem como de artigos extraídos na internet e que foram devidamente citadas
e colocadas na referência bibliográfica do trabalho. Assim, como forma de permitir melhor com-
preensão do trabalho, propôs-se a seguinte estrutura: Parte Introdutória - é composta pela intro-
dução e objectivos do trabalho, esta parte apresenta a visão geral do trabalho, a sua relevância no
âmbito académico e social. Desenvolvimento - Revisão da Literatura, onde faz-se o enquadra-
mento teórico e conceptual, apresenta-se as definições e discussão dos conceitos sobre a temática
em estudo. Desfecho - apresenta as considerações finais e as referências bibliográficas.

1.1.Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral


» Compreender a pessoa humana como um sujeito moral.

1.1.2. Objectivos Específicos


» Discutir o conceito da pessoa nas várias perspectivas (Jurídica, Psicológica, Ética, Personalis-
ta, Social, Metafísica);
» Descrever a Pessoa em suas relações: a sua relação consigo mesmo, com os outros seres hu-
manos, com Deus, com a natureza e com o trabalho;
» Identificar os graus da consciência assim como os os aspectos da ética individual;
» Diferenciar a ética da moral.
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1.2. Metodologia usada


Para a elaboração deste trabalho recorreu-se à revisão bibliográfica das obras que versam sobre o
assunto, módulo da disciplina, manuais, bem como de artigos extraídos na internet.
Na perspectiva de (Chemin, 2015, p.56), a pesquisa bibliográfica perpassa todos os momentos do
trabalho académico e é utilizada em todas as pesquisas. A autora destaca que é uma pesquisa
realizada em diversos tipos de materiais, sendo eles: obras literárias, obras de divulgação, livros
de referência, periódicos, materiais virtuais, entre outros.
Lakatos & Marconi (2003) definem quatro fontes como instrumentos para a pesquisa bibliográfi-
ca: a Imprensa Escrita, que é a pesquisa realizada em jornais e revistas; a pesquisa em Meios
Auditivos, aplicada em análise de pesquisas audiovisuais, rádio, filmes e televisão; a pesquisa em
Material Cartográfico, que consiste na análise de mapas e gráficos; e a pesquisa bibliográfica,
realizada em Publicações, tais como livros, teses, monografias, publicações avulsas, pesquisas,
entre outras. Após a leitura, análise e produção de ficha leitura, digitou-se o trabalho que apre-
senta de forma clara as referencias bibliográficas usadas e/ou consultadas.
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2. Fundamentação Teórica
Este tópico diz respeito á revisão de literatura cujo objectivo é apresentar sinteticamente os temas
importantes que respondem ao objectivo central da pesquisa. Portanto são discutidos os seguintes
subtemas: conceito da Pessoa humana nas diversas perspectivas; Pessoa em suas relações; graus
da consciência; aspectos da ética assim como a diferença entre ética e moral.

2.1.Definição dos conceitos


2.1.1. Pessoa
O conceito de "pessoa", na filosofia, é difícil de definir de forma que seja universalmente aceite,
devido à sua variabilidade histórica e cultural e as controvérsias que cercam o seu uso em alguns
contextos e em diferentes linhas filosóficas.
Etimologicamente, pessoa deriva do latim persona, ae, “máscara de teatro; por extensão, papel
atribuído a essa máscara, carácter, personagem [...] ”. (Mounier, 1976,p.16)
Portanto, para Cotrim (2002), pessoa é uma entidade que tem certas capacidades ou atributos
associados a personalidade, sendo que essas capacidades ou atributos podem incluir a autocons-
ciência, a noção de passado e futuro, entre outros. (p.31)
Por outro lado, Abbagnano (2003) defende que, filosoficamente, uma pessoa é o ser humano
como agente moral, ou seja, aquele que realiza uma acção moral e ajuíza sobre ela.
Das definições supracitadas podemos concluir que ser uma pessoa está associado à existência de
racionalidade, consciência de si, controlo e capacidade para agir, etc.

2.2.Pessoa humana em suas relações


Para Cordi (2003), a pessoa está sujeita à influência do meio social por intermédio da família, da
escola, dos amigos e dos meios de comunicação de massa (principalmente a televisão). Assim,
ela vai adquirindo aos poucos princípios morais. Portanto, ao nascer o sujeito se depara com um
conjunto de normas já estabelecidas e aceitas pelo meio social. Este é o aspecto social da moral.
(p.64)
Portanto, a maneira como a consciência individual vai reagir diante das normas depende tanto de
elementos referentes à pessoa (formação pessoal, carácter, temperamento) quanto de factores e
instituições sociais (regime político, organização social, sistema económico, instituições cultu-
rais, meios de comunicação em massa) que podem criar possibilidades ou impor obstáculos à
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realização da moral. Assim, podemos dizer que pertence ao vasto campo da moral a reflexão
sobre as seguintes perguntas:
» O que devo fazer para ser justo?
» Quais valores devo escolher para guiar minha vida?
» Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida?
» Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo mesmo, com meus seme-
lhantes e com a natureza?
» Que tipo de atitudes devo praticar como pessoa e cidadão?

A relação do homem consigo mesmo é marcada pela inquietação e pelo desespero. A relação do
homem com o mundo, outros seres humanos e na natureza, são dominadas pela angústia. Não
obstante, a relação do homem com Deus seria talvez a única via para a superação da angústia e
do desespero. Contudo, é marcado pelo paradoxo de ter de compreender pela fé o que é incom-
preensível pela razão.

2.3.Consciência moral e seus Graus


Segundo Chauí (2003) para que haja conduta moral é preciso que exista uma pessoa (sujeito,
agente) consciente, isto é, aquele conhece a diferença entre o bem e o mal, certo e errado, permi-
tido e proibido, virtude e vício.
A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também se reconhece como capaz de
julgar o valor dos actos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo
por isso responsável por suas acções e sentimentos, bem como pelas consequências do que faz e
sente.

2.3.1. Graus de consciência

A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele. Por-
tanto, Glock (2003), apresenta os seguintes graus de consciência:
» Consciência passiva: temos uma vaga e confusa percepção de nós mesmos e do que se
passa a nossa volta. Ex.: o momento que precede o sono ou o despertar.
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» Consciência vivida mas não reflexiva: tem a característica de ser egocêntrica, de perceber
os outros e as coisas apenas a partir de nossos sentimentos. É típico, por exemplo, das
pessoas apaixonadas.
» Consciência activa e reflexiva: aquela que reconhece a diferença entre o interior e o exte-
rior, entre si e os outros. Esse grau de consciência que permite a existência da consciência
em suas quatro modalidades, isto é, eu, pessoa, cidadão e sujeito.

2.4.Aspectos da ética
Ética é uma área da filosofia que busca problematizar as questões relativas aos costumes e à mo-
ral de uma sociedade, sem recorrer ao senso comum e está relacionada com os aspectos morais
das actividades e do comportamento das pessoas. Assim, destacam-se quatro princípios e/ou as-
pectos éticos, tais como: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça (COSTA; GAR-
RAFA; OSELKA, 1998).

2.5.Ética VS Moral
Enquanto, para Cordi (2003, p.62), “ética é uma reflexão sistemática sobre o comportamento
moral. Ela investiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade”, Cotrim (2002)
define a ética como um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido de explicitar os seus
pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência humana que sustentam
uma determinada moral.
De acordo com as definições supracitadas podemos entender que é através da ética que compre-
endemos, explicamos, justificamos, analisamos, criticamos e, se assim quisermos, aprimoramos a
moral da sociedade. Ou seja, a ética, em última análise, é a definidora dos valores e juízos que
norteiam a moral.
Na perspectiva de Cotrim (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que
orientam o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada comunida-
de ou grupo social. A moral é normativa a partir de um conjunto de regras, valores, proibições e
tabus que provêm de fora do ser humano, ou seja, que são cultivados ou impostos pela política,
costumes sociais, religiões ou ideologias. Assim sendo, a moral varia de sociedade para socieda-
de e é mutável, sendo que está directamente relacionada com práticas culturais.
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Enfim, a ética e a moral apresentam uma relação de complementaridade visto que a partir dos
fatos morais a ética tira conclusões elaborando princípios sobre o comportamento moral.
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3. Conclusão
Depois duma leitura minuciosa das obras e artigos que debruçam sobre a Pessoa humana como
sujeito moral, foi possível compreender que numa visão filosófica, uma pessoa é uma entidade
que tem certas capacidades ou atributos associados a personalidade, sendo esta, sujeita à influên-
cia do meio social por intermédio da família, da escola, dos amigos e dos meios de comunicação
de massa. Ao conjunto de preceitos que regulam a conduta das pessoas, chamam-se normas mo-
rais. Por outro lado, temos a ética, um conceito que diz respeito a reflexão da moral.
No que tange a relação e/ou a diferença entre a ética e a moral foi possível concluir que o concei-
to da Ética é mais amplo e rico do que o de Moral, visto que a Ética implica em reflexão teórica
sobre moral e revisões racionais e críticas sobre a validade da conduta humana, sendo o estudo
geral do que é bom ou mau, correto ou incorrecto, justo ou injusto, adequado ou inadequado,
independentemente das práticas culturais.
O cumprimento da moral só pode ser efectuado por indivíduos conscientes (pessoas), pois a
consciência moral não só conhece as diferenças culturais, mas também se reconhece como capaz
de julgar o valor dos actos, das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sen-
do por isso responsável por suas acções e sentimentos, bem como pelas consequências do que a
pessoa faz e sente. Portanto, a consciência pode ser passiva, vivida e activa.
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4. Bibliografia
» MONDIN, B. (1980). O Homem, que é ele? Elementos da Antropologia Filosófica; 7ª edição, edições
Paulinas, S.Paulo.
» ALVES, Fátima et al. (1997). A Chave do Agir - Introdução à Filosofia 10º Ano, Texto editora, Lis-
boa.
» ABBAGNANO, Nicola. (2003). Dicionário de Filosofia, Martins Fontes, S. Paulo, 2003
» GLOCK, Rosana Soibelmann, GOLDIM, José Roberto. (2003). Ética profissional é com-
promisso social. Mundo Jovem. Porto Alegre: PUCRS.
» CHAUÍ, Marilena de Souza. (2003). Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática.
» CORDI, Cassiano. (2003). Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione.
» COTRIM, Gilberto. (2002). Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15. ed. São
Paulo.
» MOUNIER, Emmanuel. (1976). O personalismo. Trad. Lisboa: M. Fontes.
» BUBER, Martin. (2001). Eu e Tu. Trad. Newton Aquiles Von. São Paulo: Centauro editora,
2001

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