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O Olhar Da Psicologia Do Trabalho Sobre o Idoso e Sua Pespectiva Psicoemocional Final

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


ESTÁGIO BÁSICO I

CLEYFSON LUIS DA SILVA NEVES

MARCIA OLIVEIRA DA SILVA

MERCIA MARIA MONTEIRO SANTOS

RAFAEL PEDRO RODRIGUES DE OLIVEIRA

RANNIERY MEDEIROS MELO FERREIRA

O OLHAR DA PSICOLOGIA DO TRABALHO SOBRE O IDOSO E SUA


PESPECTIVA PSICOEMOCIONAL

MACEIÓ-ALAGOAS
09/2023
CLEYFSON LUIS DA SILVA NEVES
MARCIA OLIVEIRA DA SILVA
MERCIA MARIA MONTEIRO SANTOS
RAFAEL PEDRO RODRIGUES DE OLIVEIRA
RANNIERY MEDEIROS MELO FERREIRA

O OLHAR DA PSICOLOGIA DO TRABALHO SOBRE O IDOSO E SUA


PESPECTIVA PSICOEMOCIONAL

Artigo em construção apresentado como


requisito parcial para obtenção de nota,
referente a I Unidade Formativa da
disciplina de Estágio Básico I, sob a
orientação do Prof. Lucas Emmanuel do
Nascimento Soares

MACEIÓ-ALAGOAS
09/2023
O OLHAR DA PSICOLOGIA DO TRABALHO SOBRE O IDOSO E SUA
PESPECTIVA PSICOEMOCIONAL

CLEYFSON LUIS DA SILVA NEVES


MARCIA OLIVEIRA DA SILVA
MERCIA MARIA MONTEIRO SANTOS
RAFAEL PEDRO RODRIGUES DE OLIVEIRA
RANNIERY MEDEIROS MELO FERREIRA ¹
LUCAS EMMANUEL DO NASCIMENTO SOARES²

A aposentadoria traz consigo seus aspectos positivos, abre uma oportunidade para refletir
sobre a velhice, sobre as sensações do corpo velho e, sobretudo, sobre o lugar que a velhice dá
à vida. É o reflexo que mantém a imagem do colaborador. é importante voltar o olhar para a
saúde mental dos trabalhadores, visto que os aspectos emocionais e psicológicos estão ligados
ao exercício da profissão, à dinâmica organizacional e aos processos produtivos, contando que
a meia-idade é o destino de todo trabalhador, é imprescindível que haja um cuidado voltado
ao clima organizacional do trabalho. É importante voltar o olhar para a saúde mental dos
trabalhadores, visto que os aspectos emocionais e psicológicos estão ligados ao exercício da
profissão, à dinâmica organizacional e aos processos produtivos, contando que a meia-idade é
o destino de todo trabalhador, é imprescindível que haja um cuidado voltado ao clima
organizacional do trabalho.

PALAVRAS- CHAVES: Idoso; Aposentadoria; Estudo; Saúde Mental; Trabalho.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................5

2 METODOLOGIA...............................................................................................................................7

2 OBJETIVOS.......................................................................................................................................8

2.1 Objetivo Geral..............................................................................................................................8

2.2 Objetivo Específico......................................................................................................................8

3. JUSTIFICATIVA...............................................................................................................................9

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.....................................................................................................10

5 CONCLUSÃO..................................................................................................................................13
1 INTRODUÇÃO
__________________________________________________________________________

O desenvolvimento humano não se limita a uma determinada faixa etária; pode ser
entendido como dinâmico, heterogêneo, situacional e acontecendo O paradigma do ciclo de
vida sugere, ao longo da vida. Para Este paradigma leva em conta uma compreensão do
desenvolvimento que, entre outros fatores, situações vivenciadas subjetivamente, dinâmicas
geracionais e Mudanças na formação histórica pessoal (XAVIER et al., 2017).
A distância do trabalho foi um desafio. Abandonar o emprego é provavelmente a perda
mais importante na vida social das pessoas e pode levar a outras perdas que tendem a afetar a
sua estrutura psicológica no futuro. A aposentadoria pode levar a perdas materiais,
psicológicas e sociais, que podem levar à diminuição da autoestima e da motivação e,
consequentemente, a doenças mentais que refletem crises de depressão, alcoolismo, ansiedade
e até suicídio.
Todavia a aposentadoria traz consigo seus aspectos positivos, abre uma oportunidade
para refletir sobre a velhice, sobre as sensações do corpo velho e, sobretudo, sobre o lugar que
a velhice dá à vida. É o reflexo que mantém a imagem do colaborador.
Aposentadoria, nesse sentido, significa rever toda a rotina anterior, repensar velhos
hábitos, adotar novos e buscar uma vida mais ativa. Isso pode incluir a retomada de projetos e
atividades antigas que foram suspensas ao longo do dia e a assunção de responsabilidades
vitalícias. A aposentadoria é, portanto, uma transição importante na vida dos idosos.
A organização mundial de saúde (OMS), refere-se como pessoa idosa o indivíduo cujo
atingiu seus 60 anos de idade. A lei do estatuto do idoso regula os direitos assegurados as
pessoas nesta faixa etária (Lei n 10.741) de 1.º de outubro de 2003, está lei, tornou-se uma
referência para as políticas que envolvem os idosos. (BRASIL, 2003, p.1)
Segundo o IBGE, o aumento da população idosa, trouxe uma reestruturação
organizacional, ao aumento da população idosa; em 1950, o Brasil ocupava o 16.º colocado
no ranking mundial, em 1985, ficou em 11.º lugar e em 2025 deverá estar ocupando o 6.º
lugar, entre 1950 e 2025, a população brasileira terá aumentado em 5 vezes e a população de
idosos será de 15 vezes maior (IBGE; 2009).
Um estudo do IBGE, reportou que as pessoas com 60 anos ou mais ocuparam 27% das
áreas de trabalho com o envelhecimento da população espera-se que se eleve a permanência
5
desse trabalhador no mercado de trabalho. Sendo assim irá inflacionar a condição de trabalho
para a população idosa, levando um super déficit na área previdenciária, na qual acarretará
diversos problemas para a população, tendo em vista que o benefício da aposentadoria irá
sofrer mudanças severas, que por conseguinte abalará em todos os sentidos o público, tanto
como na esfera social como na esfera individual.
Entretanto, é importante voltar o olhar para a saúde mental dos trabalhadores, visto
que os aspectos emocionais e psicológicos estão ligados ao exercício da profissão, à dinâmica
organizacional e aos processos produtivos, contando que a meia-idade é o destino de todo
trabalhador, é imprescindível que haja um cuidado voltado ao clima organizacional do
trabalho (CHAVES; COSTA; ALVES, 2007).
Um dos mais recentes objetivos da saúde mental não se limita a tratar ou prevenir
doenças, mas sim a trabalhar para mobilizar recursos para melhorar a saúde das pessoas.
Segundo Bregg (1984), não é apenas a ausência de doenças que é importante, mas também o
desenvolvimento global das pessoas e comunidades. Como resultado, o foco na saúde mental
mudou da doença para o bem-estar e as observações sobre como os humanos vivem suas
vidas diárias.
Para Dejours (1994), a psicopatologia tradicional baseia-se no modelo clássico da
fisiopatologia dos distúrbios que afetam o corpo. Dedica-se especificamente ao diagnóstico de
doenças mentais, transtornos psicóticos orgânicos, esquizofrenia, transtornos de humor e
diversos transtornos de personalidade.

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2 METODOLOGIA
__________________________________________________________________________

Para realização do presente trabalho, procedeu-se a busca de trabalhos nacionais por


meio de consulta nas bases de dados SciELO, com os seguintes descritores: Idoso AND
Aposentadoria AND Depressão AND Trabalho AND Saúde mental. Visando evitar a perda de
quaisquer publicações, os estudos foram inicialmente analisados através de seus títulos.
Foram definidos como critérios de inclusão para este estudo: artigos científicos nacionais,
abrangência do período de publicação entre os anos de 2003 e 2018, com restrição ao idioma
português. Posteriormente, procedeu-se a uma leitura dos resumos para selecionar os
trabalhos que mais se adequassem ao tema e aos objetivos deste trabalho, reduzindo o número
para 6 artigos. Foram excluídos artigos repetidos e que não abordavam a temática em estudo.
Quadro 1 – Identificação dos artigos selecionados
Autores Ano Título
1. BULLA, Leonia Capaverde 2003 Trabalho e aposentadoria: as repercussões
sociais na vida do idoso aposentado.
2. ANTUNES, Marcos Henrique; 2016 Aposentadoria, saúde do idoso e saúde do
MORÉ, Carmen Leontina Ojeda trabalhador: revisão integrativa da
Ocampo produção brasileira.
3. SILVA, Michele Macedo da; 2018 Idoso, depressão e aposentadoria: Uma
TURRA, Virgínia; revisão sistemática da literatura.
CHARIGLIONE, Isabelle Patriciá
Freitas Soares
4. SANTO, Fatima Helena Espirito; 2014 Limites e possibilidades do idoso frente à
GÓES, Pedro Marcio Freitas de; aposentadoria.
CHIBANTE, Carla Lube de Pinho
5. Xavier, C. M. N., Bueno, K. M. 2017 A aposentadoria na perspectiva
P., Assis, L. O., Almeida, S. C., & ocupacional: continuidade do curso de
Assis, M. G. vida e novas possibilidades.
6. PAOLINI, Karoline Silva 2016 Desafios da inclusão do idoso no
mercado de trabalho.

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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Conscientizar a prevenção de cuidados psicológicos para que a psicologia do trabalho
seja capaz de fazer a associação entre a adoção de estratégias de cuidados específicos à
manutenção da saúde mental durante a jornada de trabalho dos colaboradores da empresa,
auxiliando o idoso na sua jornada psicoemocional diante da perspectiva previdenciária e na
sua jornada de trabalho prolongada.

2.2 Objetivo Específico


A) Promover a disseminação da importância da saúde para o idoso

B) Incentivar a reintegração social para o idoso em estado de fragilidade


psicoemocional.

C) Amparar idosos em situações da jornada de trabalho prolongada.

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3. JUSTIFICATIVA
__________________________________________________________________________

As mudanças ocorridas tanto na vida individual quanto na concepção do trabalho


humano quanto na forma como ele são organizadas exigem da psicologia uma contribuição
mais crítica e objetiva para o alcance dos objetivos acima mencionados. A psicologia, tal
como está habituada a funcionar, constitui, portanto, um ramo do conhecimento que se renova
em resposta ao apelo da modernidade, procurando preencher lacunas que antes não existiam
(FREUD, 2019).
A Psicologia do Trabalho constitui, hoje, um campo de aplicação dos conhecimentos
oriundos da ciência psicológica a questões relacionadas ao trabalho humano, com vistas a
promover a saúde do trabalhador e sua satisfação em relação ao trabalho. Este ambicioso
objetivo tem obrigado os especialistas em Recursos Humanos a buscarem a produção
científica na área de Saúde Mental, de Psicologia Social, de Administração, de Ergonomia e
de outras áreas, a fim de responderem às questões que lhes são apresentadas no cotidiano.
Diante disso o objetivo da psicologia do trabalho vem para auxiliar os idosos na sua
perspectiva psicoemocional diante das constantes problemáticas acerca da aposentadoria e
jornada de trabalho, a fim de tornar essa etapa mais sustentável em termos de saúde. A
princípio essa condição está inteiramente ligada a qualidade de vida coletiva da 3ª idade. Vem
com o objetivo de dar um envelhecimento ativo e participativo, para continuarem a
desempenhar seu papel social, enquanto ente dentro da sociedade, ajudando-os a compreender
seus papeis fundamentais e entender a suas individualidades (LARANGEIRAS, 1999).
Desta forma inseri-los no mercado de trabalho, seria uma ótima forma de interação
social, trazendo consigo o sentimento de utilidade e o sentido de compartilhar experiencias
com as novas gerações, mas não deixando de esquecermos da questão do auxílio
previdenciário, onde a presença da psicologia do trabalho se faz necessário para auxiliar os
idosos a delimitar suas perspectivas para adentrar nessa fase com a situação psicoemocional
estável (HELOANI, 1996).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
__________________________________________________________________________

O presente artigo categorizado como 1, foca na relação entre trabalho e aposentadoria


uma provável repercussão social na vida do idoso aposentado, o artigo 2 e 6 abordam uma
revisão integrativa da produção brasileira e dá américa latina em relação a aposentadoria,
saúde do idoso e saúde do trabalhador, o artigo 3 refere-se a uma revisão sistemática da
literatura acerca dos idosos, depressão e aposentadoria, o artigo 4 teve como premissa um
estudo qualitativo referente a aposentadoria, artigo 5 teve como foco a aposentadoria na
perspectiva ocupacional e a continuidade do curso de vida e novas possibilidades.

Artigo 1 (BULLA, 2003) Propõe repensar a relação entre trabalho, reforma e idade e os
setores que representam a maioria da população atual. O trabalho é considerado essencial para
garantir a qualidade de vida das pessoas que são frequentemente excluídas do mercado de
trabalho e não têm muitas oportunidades de reintegração. Dificuldades essas que são
discutidas, devida às situações que os idosos enfrentam para permanecer no mercado de
trabalho e o quão importante é preparar-se para a fase da reforma, á medida que é necessário
continuar a participar em todas as esferas da vida social e lutar pela concretização dos seus
direitos.

Artigo 2 (ANTUNES., et al 2016) e artigo 6 (KAROLINE, 2016) tem como princípio um


estudo uma revisão integrativa que teve como objetivo analisar a produção científica
brasileira, dá américa latina e do Caribe sobre aposentadoria, saúde do idoso e saúde do
trabalhador. Foi realizada uma revisão da literatura, com busca em três bases de dados
eletrônicas Literatura Brasileira, Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). A pesquisa foi realizada
utilizando-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) idoso, mercado de
trabalho, política pública, aposentadoria, trabalho, envelhecimento e saúde.

Artigo 3 (SILVA., et al 2018) este estudo, propõe a hipótese de que a aposentadoria se


refere a um processo de perda progressiva, que está diretamente relacionado à probabilidade
de desenvolver depressão em decorrência do envelhecimento. O objetivo deste estudo foi
corroborar reflexões e resultados apresentados em estudos nacionais e internacionais que
discutem processos de envelhecimento, aposentadoria e depressão na última década.
10
Artigo 4 (SANTO., et al 2014) Estudo qualitativo sobre a visão de idosos sobre a
aposentadoria por meio de entrevistas semiestruturadas com 15 idosos aposentados
matriculados no curso de geriatria e gerontologia da Universidade Federal Fluminense (RJ).
Aprovação, o projeto foi aprovado. Agência CEP Número 125 294. Concluiu-se que os
constrangimentos percebidos como negativos e as oportunidades percebidas como positivas
estavam ambas associadas ao planeamento para a reforma antecipada, que por sua vez estava
associada à melhoria da qualidade de vida dos idosos.

Artigo 5 (XAVIER., et al 2017) O aumento da expectativa de vida contribui para que os


aposentados estejam empregados há muitos anos e necessitem de um novo sentido de trabalho
em suas vidas. A literatura carece de compreensão de como os sujeitos abordam tarefas que
formarão novas rotinas. O objetivo deste artigo é compreender, na perspectiva dos
aposentados, como o trabalho realizado ao longo da vida participa da reorganização do
trabalho na aposentadoria.

Os resultados deste estudo indicam que há carência de publicações científicas sobre


aposentadoria, saúde do idoso e saúde do trabalhador no Brasil. Os resultados globais
associados a cada estratégia utilizada para encontrar a produção não parecem corresponder
diretamente ao processo de envelhecimento populacional. Este problema tem volume de
produção limitado e requer atenção e resposta imediata. Dentre as características
metodológicas dos artigos analisados podemos perceber a proliferação de pesquisas
qualitativas por meio de entrevistas semiestruturadas, o que corresponde à necessidade de
compreender os detalhes e significados que surgem desta fase da vida.

No entanto, foi proposto uma nova forma que de fato introduza uma abordagem
quantitativa do diálogo que pode medir aspectos relacionados à conexão entre o tema de
interesse e sua profundidade. Em termos das categorias temáticas propostas, é geralmente
possível identificar uma variedade de fatores que afetam claramente o estado de saúde dos
trabalhadores, idosos e pensionistas, incluindo questões socioeconómicas, étnicas, raciais e de
género.

Destaca-se a necessária discussão sobre condições efetivas de trabalho, a partir de


políticas e práticas de gestão que promovam condições insalubres que podem levar ao
adoecimento, ao absenteísmo e até à aposentadoria por invalidez. Segundo Zanelli., et al

11
(2010) estas questões podem ter um impacto direto na qualidade de vida dos trabalhadores
ativos e inativos, na forma como planeiam e implementam a reforma, e podem potencialmente
criar condições que dificultam o ajuste e a resposta aos períodos.

A série de elementos discutidos é importante para o desenvolvimento e implementação da


política de saúde populacional no Brasil. Vale ressaltar que as características identificadas
contribuem sobretudo para o planejamento e implementação de ações de promoção da saúde
das populações idosas e aposentadas, pois permitem analisar alguns dos determinantes sociais
da saúde de acordo com a heterogeneidade das situações envolvidas no processo de saúde.
Trabalho e desenvolvimento intermediário e pós-produção (Franca & Soares, 2009).

Vale ressaltar que esses elementos precisam ser objeto de reflexão e discussão, tanto na
formulação de políticas públicas para atender às populações idosas e aposentadas, quanto na
formação de profissionais que trabalham com esses grupos em diferentes espaços sociais
(FRANCA, 2014).

Esta situação evidencia um problema para os idosos, considerando que o fenómeno da


reforma deve ser considerado em diferentes contextos, onde as experiências podem sobrepor-
se numa perspectiva multidimensional e longitudinal, o que requer educação ao longo de todo
o ciclo de vida individual. Isto sugere, portanto, que o planeamento deste período deve ser
integrado no contexto de vida de cada colaborador, tendo em conta as redes de trabalho, as
relações afetivas e sociais. Também é útil destacar o lugar das redes de apoio nestas situações
de vida, que têm sido destacadas em muitos estudos analíticos, principalmente em relação à
manutenção, convivência e proteção dos laços afetivos.

12
5 CONCLUSÃO
__________________________________________________________________________

Por fim, podemos concluir que a população brasileira está envelhecendo e neste
contexto, o que se espera é que haja um suporte social para que os idosos possam desfrutar de
qualidade de vida e ainda, tenham acesso aos direitos previdenciários.
A realidade dos países dito de terceiro mundo chegou ao Brasil como um indicador de
qualidade de vida para a população, diante das políticas públicas, atualmente, as pessoas
vivem mais, e por isso, precisam de maior suporte em saúde, moradia, respeito, acesso a
educação e até mesmo trabalho. Para tanto, a aposentadoria deve ser vista como um meio de
sustento ao idoso que por toda uma vida trabalhou e desenvolveu uma função ativa em
sociedade.
Mas quando esse idoso não quer apenas gozar da aposentadoria, mas pretende usufruir
de seu direito como trabalhador até após o período da aposentadoria, é visto que, mesmo que
o idoso não queira continuar desempenhando o papel que sempre realizou em sociedade é
importante que ele possua maiores ideações do que fazer quando a terceira idade chegar.
Neste contexto, procura-se vencer o pensamento obsoleto de que o idoso deve esperar
a velhice chegar para receber a aposentadoria, comprar remédios, investir mais em “saúde” e
ajudar seus familiares.
A ideia de envelhecimento atualmente deve vencer esses obstáculos do mesmismo e
recolocar essas pessoas idosas em sociedade, elas podem abrir um negócio, podem continuar
exercendo uma função social, podem viajar, namorar e praticar esportes. As pessoas idosas
devem ser dinâmicas, inseridas em sociedade, sentindo-se úteis e dispostas a levar uma vida
saudável, e esse processo deve ser estimulado por familiares, amigos, profissionais da saúde.
Ainda assim, o profissional psicólogo seja ele social ou mesmo psicólogo do trabalho
deve receber esses idosos buscando incentivá-los a viver da melhor maneira possível,
rompendo com paradigmas e acreditando que a melhor maneira de envelhecer é vivendo;
conhecendo a si mesmo, alcançando seus potenciais, fazendo aquilo que lhe seja possível.
Atuar como um psicólogo no ambiente de trabalho, neste contexto, representa preparar o
ambiente de trabalho para estes colaboradores que por vezes, são vistos como limitados diante
da sua idade. É romper com o paradigma do preconceito e da intolerância, estabelecendo o
respeito.
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REFERÊNCIAS
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saúde do idoso e saúde do trabalhador: revisão integrativa da produção brasileira. Revista
Psicologia Organizações e Trabalho, v. 16, n. 3, p. 248-258, 2016.

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BULLA, Leonia Capaverde. Trabalho e aposentadoria: as repercussões sociais na vida do


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CHAVES, Paulo Guilherme Santos; COSTA, Patrícia. Luíza.; ALVES, Tânia Maria Oliveira.
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