Instituto Federal de Educação, Ciência E Tecnologia de Pernambuco Campus Ipojuca Coordenação Da Licenciatura em Química Licenciatura em Química
Instituto Federal de Educação, Ciência E Tecnologia de Pernambuco Campus Ipojuca Coordenação Da Licenciatura em Química Licenciatura em Química
Instituto Federal de Educação, Ciência E Tecnologia de Pernambuco Campus Ipojuca Coordenação Da Licenciatura em Química Licenciatura em Química
PERNAMBUCO
Campus Ipojuca
Licenciatura em Química
Ipojuca
2021
KELVIS CONRAD DO CARMO
Ipojuca
2021
Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Biblioteca do IFPE – Campus Ipojuca
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Profª. Ma. Simone de Melo Oliveira (Presidente-Orientador)
Instituto Federal de Pernambuco
_____________________________________________________
Prof. Ms. Roberto Cesar Mendes M. dos Santos (Membro Externo)
Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco
_____________________________________________________
Profª Ma. Danielle de Farias Tavares Ferreira (Membro Interno)
Instituto Federal de Pernambuco
Ipojuca
2021
AGRADECIMENTOS
Talvez essa seja a página mais difícil de ser escrita, saber usar as palavras
certas e agradecer a todos aqueles que contribuíram não apenas na escrita e pesquisa
desse Trabalho de Conclusão de Curso, mas sim toda a jornada que me fez chegar a
esse momento.
O agradecimento inicial vai aos meus pais e aos meus filhos, aos meus pais
que me ensinaram que a educação pode mudar o ser, e hoje aqui estou para ser mais
um educador, profissão essa que quem sabe já estava entrelaçada nas minhas
escolhas, desde os incentivos ou caminhos que só pude trilhar graças a vocês. Aos
meus filhos Gabriel e Emanuel com carinho, te ver crescerem sempre vai ser minha
motivação, quero passar o resto da minha vida aprendendo a ser pai com vocês.
A minha noiva, eu sei Luana, você teve muita paciência comigo, principalmente
quando eu sumia para fazer o meu TCC, vou compensar tudo isso agora que tudo
passou.
A todos os meus professores que estiveram nas diferentes fases da minha vida,
vocês que me moldaram com seu profissionalismo, caráter e competências, aqui
estou como um fruto do trabalho de vocês, espero poder ser a fonte de inspiração
para meus estudantes tanto quanto vocês foram para mim.
Aos meus amigos de curso, todos vocês me ajudaram com toda a paciência,
descontração e confiança, em especial aos meus amigos Danilo, Douglas Miguel,
Izabela, José Everton e José Pedro, talvez eu não os tenha agradecido da forma com
que vocês merecem, então por isso os eternizo nessas palavras, vocês sempre me
passaram a confiança que muitas vezes eu não acreditava ter e ainda acho que por
muito fui superestimado, mas foi com a ajuda de vocês que aqui estou, obrigado por
cada conselho e trabalho em grupo que só pude ter com vocês, e Miguel, quem sabe
um dia eu posso provar a feijoada da sua mãe (essa é só para os entendedores).
E por últimos, mas não menos importante, agradeço a você também querido
leitor, que disponibilizou um pouco do seu tempo para a leitura desse trabalho, esse
não é só mais um trabalho, é o fim de um ciclo, nele despejei toda a minha
responsabilidade, aprendizado e desejos, é com ele que quero me despedir dessa
nova fase da melhor forma possível, é com ele também que quero iniciar essa nova
jornada cheia de desafios que é ser professor, então, por onde começamos?
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.”
Immanuel Kant
RESUMO
O ensino no Brasil tem se transformado ao longo dos anos, marcado pelas fases da
história do país. Com essas transformações, marcos importantes para a educação,
como a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº 5.652/71, que preceituou a oferta de um
conhecimento comum para todo o território brasileiro, e o ensino de Ciências passa a
integrar o currículo nacional. A atual LDB nº 9.394/96 consolidou o Ensino Médio como
parte da Educação Básica brasileira, e alterada pela Lei nº 13.415/2017, apresenta
um novo formato para este nível de ensino. Assim, este trabalho se dispôs a analisar
as proposições para o ensino da Química, enquanto componente curricular do Ensino
Médio, a partir da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do
Novo Ensino Médio. Com a aplicação de um questionário misto identificamos
percepções de docentes de Química e de membros da gestão escolar que atuam na
rede de ensino de Pernambuco, bem como de licenciandos em Química. Por meio de
pesquisa bibliográfica identificamos as mudanças para o ensino de Química, e o
andamento da implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio nos estados da
federação. Com essa pesquisa pudemos constatar os conhecimentos dos
participantes sobre as mudanças propostas, bem como as perspectivas para o ensino
de Química no Novo Ensino Médio.
Education in Brazil has been transformed over the years, marked by the phases of the
country's history. With these transformations, important milestones for education, such
as the Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n º 5.652 / 71, which prescribed the provision
of common knowledge for the entire Brazilian territory, and the teaching of Sciences,
became part of the national curriculum. The current LDB 9.394/96 consolidated High
School as part of Brazilian Basic Education, and amended by Law 13.415/2017, it
presents a new format for this level of education. Thus, this work presents an analysis
of the propositions for the teaching of Chemistry, as a curricular component of High
School, from the implementation of the Base Nacional Comum Curricular (BNCC) and
the New High School. With the application of a questionnaire, we identified the
perceptions of Chemistry teachers and members of the school management who work
in the Pernambuco school system, as well as undergraduates in Chemistry. Through
bibliographic research, we identified the changes for the teaching of Chemistry, and
the progress of the implementation of BNCC and New High School in the states of the
federation. With this research we were able to verify the participants' knowledge about
the proposed changes, as well as the perspectives for teaching Chemistry in New High
School.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
1. INTRODUÇÃO 14
2. OBJETIVOS 16
2.1 Objetivo geral 16
2.2 Objetivos específicos 16
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
3.1 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 17
3.1.1 Orientações sobre a nova proposta curricular para o Ensino Médio 21
3.1.2 O ensino de Química no novo Ensino Médio 26
3.1.3 Orientações para implementação da nova proposta de carga horária
para o Ensino Médio 30
3.2 Algumas reflexões sobre o processo de implementação do Novo Ensino
Médio 33
3.2.1 Situação das ações da adequação curricular pelas redes estaduais de
ensino 33
3.2.2 Reflexões sobre o processo de pensar e implementar a BNCC 34
4. METODOLOGIA 38
4.1 Tipo de pesquisa e método desenvolvido 38
4.2 Procedimentos para a coleta produção dos dados 39
4.3 Perfil dos participantes do estudo 41
4.4 Análise dos dados produzidos 44
5. RESULTADO E DISCUSSÕES 45
6. CONSIDERAÇÕES 56
REFERENCIAS 59
APÊNDICES 63
APÊNDICE: Questionários aplicados aos participantes Erro! Indicador não
definido.
APÊNDICE B: Questionário aplicado a membro da Equipe
Gestora/Coordenação Pedagógica 66
APÊNDICE C: Questionário aplicado aos/às licenciandos (as) de Química 69
14
1 INTRODUÇÃO
formativos são a parte flexível [do currículo], que os jovens poderão escolher cursar
de acordo com seus interesses e a capacidade de oferta das redes e escolas” (MPB,
2020).
2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem sua gênese nas necessidades
do sistema educacional brasileiro, bem como nas insurgências oriundas das
discussões realizadas por vários organismos internacionais em decorrência da
profunda crise que o mundo passava, tanto no aspecto econômico como educacional,
em meados dos anos 1980 e 1990 do século passado.
Bald e Fassini (2017) também refletem que o currículo comum nacional tinha
outro objetivo, visto que para fortalecer as orientações sobre a formação técnica
"[...] foi emitido o Parecer nº 45 em 1972 e em 1975 o Parecer nº 76,
ambos com foco quase que exclusivamente na formação técnica e
estabelecendo meios de praticamente “obrigar” todos os alunos a
terem uma formação técnica. Acreditavam alguns legisladores da
época, que essa formação técnica em larga escala garantiria o
desenvolvimento da economia nacional.” (BALD; FASSINI, 2017, p.8).
Outrossim, a LDB nº 9394/96, no Inciso IV de seu Artigo 9º, afirma que cabe à
União
“[...] estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e
seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica
comum.” (BRASIL, 1996)
50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final
da vigência deste PNE;
META 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para
toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo
menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE;
META 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final
do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no
ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento);
META 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo
menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação
básica;
META 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as
etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da
aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para
o IDEB.” (BRASIL, 2014).
Vale ressaltar que o próprio texto da BNCC orienta que a base não deve ser
vista como um currículo pronto, mas como um conjunto de orientações para nortear o
trabalho das equipes pedagógicas locais na formulação dos currículos dos sistemas
e das redes escolares, indicando as competências, habilidades e conteúdo que se
espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo das etapas e modalidades da
Educação Básica em qualquer parte do Brasil.
“Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a
fragmentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento
do regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja
balizadora da qualidade da educação. Assim, para além da garantia
de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes
e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os
estudantes (...)” (BRASIL, 2018, p.10; grifo nosso)
21
modelo, criticado por ser considerado um modelo único de currículo do Ensino Médio,
por um modelo diversificado e flexível, sendo organizado com formação geral básica
e itinerários formativos. Segundo a Lei nº 13.415/2017, que alterou a atual LDB, em
seu Art. 36 estabelece que
O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional
Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser
organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares,
conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos
sistemas de ensino, a saber: I – linguagens e suas tecnologias; II –
matemática e suas tecnologias; III – ciências da natureza e suas
tecnologias; IV – ciências humanas e sociais aplicadas; V – formação
técnica e profissional. (BRASIL, 2017)
Então, como parte flexível do currículo, os itinerários devem ser ofertados pelas
redes de ensino, observando-se que
24
municípios também devem apresentar regras claras para que os estudantes possam
pensar sobre as escolhas dos itinerários formativos que desejam cursar no Ensino
Médio, como podemos ver na Figura 2:
Pontos bem diferentes aos apresentados para o ensino de ciências que, que
são:
• Matéria e energia.
• Vida e evolução.
• Terra e universo.
de aula, para que o estudo das Ciências da Natureza e suas tecnologias oportunize a
formação de cidadãos críticos para a sociedade (BRASIL, 2018).
“Pretende-se, também, que os estudantes aprendam a estruturar
discursos argumentativos que lhes permitam avaliar e comunicar
conhecimentos produzidos, para diversos públicos, em contextos
variados, utilizando diferentes mídias e tecnologias digitais de
informação e comunicação (TDIC), e implementar propostas de
intervenção pautadas em evidências, conhecimentos científicos e
princípios éticos e socioambientalmente responsáveis.” (BRASIL,
2018, p.552)
Como já citado, a BNCC reporta que falta aos estudantes brasileiros uma
melhor leitura de mundo, a partir da aplicação dos conhecimentos adquiridos durante
a sua formação em Ciências. Então para que um (uma) estudante do Ensino Médio
estude Química em seu percurso formativo, ele deverá escolher o itinerário de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Ao escolher esse itinerário na parte flexível
do seu currículo, o estudante deverá também estudar Biologia e Física. (BRASIL,
2018).
30
Este formato do ensino de Química no Novo Ensino Médio vem sendo criticado
por entidades como a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e a Sociedade
Brasileira de Ensino de Química (SBEnQ), que no XIII Encontro de Educação Química
da Bahia (XIII EDUQUI), ocorrido de 12 à 14 de novembro de 2019, elaboraram um
documento com o apoio de outras entidades.
Médio, teremos 1.800 (mil e oitocentas) horas para a formação geral básica e 1.200
(mil e duzentas) horas dedicadas aos itinerários formativos.
Esse Guia traz uma explicação sobre as mudanças propostas, como também
traz um caminho sugerido para a implementação progressiva do Novo Ensino Médio,
que deve considerar estudos e diagnósticos das redes, a (re)elaboração do currículo
da rede e a implementação da nova arquitetura do Ensino Médio (BRASIL, 2018,
p.20). O documento Guia de implementação do novo Ensino Médio (BRASIL, 2018)
traz exemplos de como as redes estaduais de educação podem distribuir essa carga
horária, a distribuição vai depender de cada rede escolar, vemos algum desses
exemplos na Figura 3:
Fonte: Imagem disponível na página 18 do Guia de implementação do no Ensino Médio (BRASIL, 2018).
32
Fonte: Imagem disponível na página 13 do Guia de implementação do no Ensino Médio (BRASIL, 2018)
Fonte:https://movimentopelabase.org.br/acontece/bncc-monitoramento-da-implementacao-do-novo-
ensino-medio/. Acesso em: 23 de janeiro de 2021.
A reforma do atual Ensino Médio foi prevista como estratégia para algumas
metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), por exemplo, a meta 3
do PNE defende a “Universalização progressiva do atendimento escolar de jovens de
15 a 17 anos, além da renovação do Ensino Médio, com abordagens interdisciplinares
e currículos flexíveis.” (BRASIL, 2018, p.07), como também para solucionar alguns
desafios que o Ministério da Educação aponta:
“O modelo atual não tem respondido de forma satisfatória a esses
desafios. A desconexão entre os anseios da juventude e o que a
escola exige dela manifesta-se nos indicadores de frequência e
desempenho da etapa: em 2016, 28% dos estudantes de Ensino
Médio encontravam-se com mais de 2 anos de atraso escolar e 26%
dos estudantes abandonaram a escola ainda no 1º ano; quanto ao
IDEB, a variação positiva foi de apenas 0,3 ponto entre 2005 e 2011,
ficando estagnado desde então e abaixo das metas estabelecidas.”
(BRASIL, 2018, p.06)
pautas sobre temáticas sociais possa ser atrelada à troca da comissão elaboradora
da Base, que ocorreu após o impedimento em 2016 da Presidenta Dilma Rousseff, no
seu segundo mandato (2015 - 2018), como foi relatado por Marcondes (2018),
membro da equipe que participava da elaboração dessas duas primeiras versões.
Outro ponto a ser pensado se refere ao que Corrêa; Morgado (2018) e Piccinini;
Andrade (2018) nos relata e que versa sobre a parceria com grupos de empresas
privadas na idealização do novo formato de ensino. Ambos citam o Movimento pela
Base, grupo formado por entidades não governamentais que deram suporte na
reformulação da BNCC. Corrêa; Morgado (2018) citam que a BNCC teve influência de
modelos internacionais “que tem por objetivos a performatividade dos alunos [...] para
o sucesso” (CORRÊA; MORGADO, 2018, p.7). Para eles, a participação desses
grupos modificou a estrutura da BNCC e “[...] realça as fronteiras entre os campos
sociais e econômicos [...]” (CORRÊA; MORGADO, 2018, p.7).
Apesar dos desafios inerentes e das críticas ao seu modelo, a BNCC – Ensino
Médio emerge de proposta para algo a ser implementado pelas redes e sistemas de
ensino, apresentando um novo formato de ensino que visa o protagonismo dos
estudantes, buscando através da autonomia proporcionar na escola um local de
aprendizado tanto social quanto educacional, de acolhimento de juventudes e planos
de vida (BRASIL, 2018).
38
4 METODOLOGIA
Para que uma pesquisa seja realizada ela deve passar por etapas que vão
desde o planejamento e formulação de um problema, à busca do conhecimento já
existente, chegando à coleta de dados e aos resultados encontrados. Para Gil a
pesquisa (2002) “exige que as ações desenvolvidas ao longo de seu processo sejam
efetivamente planejadas” (GIL, 2002, p.19).
2 A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro
clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. Disponível em:
https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid. Acesso em: 31 de dezembro de 2020.
3 Pesquisas e formulários. Formulários personalizados para pesquisas e questionários, sem qualquer custo
adicional. Reúna tudo em uma planilha e analise dados diretamente no Planilhas Google. Disponível em:
https://www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/. Acesso em: 05 de outubro de 2020
40
entendimento de que este também é um perfil que pode ser considerado jovem. Outro
dado importante refere-se ao ano de ingresso no curso: 04 (quatro) ingressaram em
2015, 05 (cinco) em 2016, 03 (três) em 2017 e 01 (um) em 2018, e que podemos
considerar que estes licenciandos tiveram informações/orientações sobre a nova
BNCC e o Novo Ensino Médio.
5 RESULTADO E DISCUSSÕES
20% Nenhum
28%
Pouco
Médio
51% Satisfatório
64% 67%
39% 41%
32% 33%
18%
2% 4%
0 1 2 3
Aqui vemos que, conforme o perfil docente, todos os pontos listados demandam
maiores informações/orientações, com destaque para Proposta pedagógica, Trabalho
do professor, Avaliação da aprendizagem, Processo ensino aprendizagem e
Implementação do novo Ensino Médio que aparecem em 50% das respostas do total
de participantes.
Mas, refletimos igualmente, que por não temos dados que indicam estas
ponderações, estes instigam a nossa curiosidade, pois é um questionamento que
deve ser retomado em estudos futuros, por implicar diretamente no trabalho de todos
os agentes da escola.
Trabalho do professor
0 1 2 3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
O Gráfico 6 nos revela que apenas 01 (um) participante assinalou que se sente
confiante, enquanto que 03 (três) professores descrevem terem dúvidas em relação
ao processo ensino aprendizagem no Novo Ensino Médio. Essa semelhança também
pode ser vista em relação às respostas dos membros da gestão escolar, conforme
Gráfico 7.
15%
Inseguro, apesar do
conhecimento, não sei o
23%
que esperar das
proposições apresentadas.
Em dúvida, pois alguns
pontos da proposta ainda
não foram bem
esclarecidos.
Confiante, já que tenho
algum conhecimento sobre
as proposições e concordo
com elas.
Preparado, visto que
compreendo bem o que
está sendo proposto.
62%
vai ser capacitado, de quais formas a escola pode ajudar em seu processo de
desenvolvimento” (Silva; Delgado, 2018, p.45).
Refletimos que um ponto em comum nos três grupos são as respostas que
assinalam as formações, sejam a inicial ou as continuadas, que despontam como
espaço de informação e formação sobre as propostas elencadas pela nova BNCC.
5
5 1
4
1
3
2 IV
1 3 1
1 III
1 1 II
0
Sim, percebi o Não percebi ou não Devido à pandemia Devido à pandemia I
trabalho dos identifiquei nenhum de COVID-19, não de COVID-19,
professores e/ou da evento sobre o pude desenvolver desenvolvi atividades
gestão escolar em processo de atividades presenciais remotas de estágio e
relação a este implementação do na escola campo de tomei conhecimento
processo. Novo Ensino Médio estágio e, por esse sobre o processo de
na escola campo de motivo, não tenho implementação do
estágio. informações sobre o Novo Ensino Médio
referido processo na escola campo de
estágio.
Sete dos estudantes afirmaram que não foram informados sobre algum tipo de
alteração na escola campo de estágio, sendo que desses, cinco já concluíram o
Estágio Curricular IV. Também é possível notar que o problema ocasionado pela
COVID-19 impossibilitou 04 (quatro) estudantes a prosseguirem com seus estágios
presenciais, e que essa condição possa ter diminuído o acesso a informações in loco
dos sobre esta etapa do processo de transição do atual para o Novo Ensino Médio.
A pergunta aberta “A partir da nova proposta para o Ensino Médio, quais suas
principais expectativas em relação ao ensino de Química?” foi feita aos perfis docente
e licenciando em Química e retoma pontos importantes já identificados nas respostas
às perguntas anteriores. Por isso, consideramos importante trazer para as respostas
dos praticantes para o corpo do estudo, e para uma melhor visualização relacionamos
as repostas dos participantes, conforme a seguir:
“Espero que seja mais dinamizada e contextualizada com a realidade
do aluno. Com os itinerários formativos que trabalham em blocos de
55
6 CONSIDERAÇÕES
e do novo Ensino Médio, no tocante à condução destes no âmbito federal. Para além
da compreensão de que críticas são algo natural em um processo de mudanças,
talvez o pouco diálogo durante a elaboração da BNCC tornou estas críticas mais
contundentes, mas elas existem e devem existir para que possamos contribuir com o
processo de melhoria da educação no país.
Uma outra crítica está na própria oferta dos itinerários, é orientado que os
estudantes irão escolher as áreas de conhecimento que eles desejam se aprofundar
em seus estudos no Ensino Médio, mas o que implicará ou interferirá na liberdade de
escolha do estudante? Visto que cabe as redes informar quais itinerários serão
ofertados por escola.
58
Por fim, novas problemáticas são agregadas às apresentadas por este TCC e
que esperamos abordá-las em novos estudos, e que se se relacionam à oferta dos
itinerários formativos, em especial, sobre como o itinerário de Ciências da Natureza e
suas Tecnologias vai ser ofertado pela rede estadual de ensino, bem como como será
realizado o processo de escolha pelos estudantes no Novo Ensino Médio, a partir de
2022.
59
REFERENCIAS
BALD, Volnei André; FASSINI, Edí. Reforma do Ensino Médio: resgate histórico e
análise de posicionamentos a respeito da Lei nº 13.415/17 por meio de revisão de
literatura, 2017. Artigo (Especialização) – Curso de Docência na Educação
Profissional, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 09 set. 2017.
Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/1868. Acesso em: 05 mar. 2020.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Traduzido por Luís Antero Reto, Augusto
Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011. Tradução de: L’Analyse de Contenu.
br/assuntos/noticias/censo-escolar/indicadores-de-fluxo-escolar-apontam-queda-na-
evasao-para-ensino-fundamental-e-medio. Acesso em: 03 dez. 2020.
CECÍLIO, Camila. Novo Ensino Médio: como preparar os alunos para escolher
itinerários formativos, 2019. Nova Escola, Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/18760/novo-ensino-medio-como-preparar-os-
alunos-para-escolher-itinerarios-formativos. Acesso em: 05 fev. 2021.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2002.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra.
Organização e gestão escolar Educação escolar: políticas, estrutura e
organização. 4. ed. Goiânia, Editora Alternativa, 2001. v.1.319.
MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; NETO, Otávio Cruz;
GOMES, Romeu. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21. ed., Rio de
Janeiro: Vozes, 1994.
PICCININI, Claudia Lino; ANDRADE, Maria Carolina Pires de. O ensino de Ciências
da Natureza nas versões da Base Nacional Comum Curricular, mudanças, disputas
e ofensiva liberal-conservadora, 2018. Revista de Ensino de Biologia da
SBEnBio, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 34-50, 2018.
APÊNDICES
APÊNDICE A: Questionários aplicados aos docentes
Quadro 7: Questionário misto aplicado aos docentes de Química
Questionário misto aplicado aos docentes de Química
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Prezado (a) participante.
O presente questionário é parte do conjunto de instrumentos para coleta e construção de dados da
pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do licenciando Kelvis Conrad do Carmo, sob a
orientação da Profª Simone Melo, e se propõe a analisar as proposições para o ensino da Química, a partir
da implementação da nova BNCC e do novo Ensino Médio.
Os dados aqui obtidos são sigilosos e subjetivos, mantendo-se a confidencialidade sobre o/a
participante da pesquisa, em atenção à sua natureza empírica e sua importância acadêmica no processo de
reflexão sobre o ensino da Química e nas discussões sobre a formação do licenciando em Química do IFPE
- Campus Ipojuca.
O tempo estimado para preenchimento do questionário é de, aproximadamente, 10 minutos.
Antecipamos nossos agradecimentos a vossa participação.
PARTE I – IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE:
1. Faixa etária, entre:
● Menos de 25 anos.
● Entre 25 e 29 anos.
● Entre 30 e 39 anos
● Entre 40 e 49 anos
● Entre 50 e 59 anos.
● Entre 60 anos ou mais.
Formação acadêmica:
2. Graduação em:
3. Ano de conclusão:
4. Pós graduação:
● Especialização
● Mestrado
● Doutorado
● Em formação
● Não possuo
Trabalho:
5. Tempo total de docência:
● Menos de 1 ano
● Entre 1 e 5 anos
● Entre 5 e 10 anos
● Entre 10 e 15 anos
● Mais de 15 anos
6. Tempo de docência nesta escola:
● Menos que 1 ano
64
● Entre 1 e 4 anos
● Entre 4 e 8 anos
● Entre 8 e 10 anos
● Mais de 10 anos
7. Atualmente trabalha:
● Apenas na rede estadual de ensino
● Na rede estadual e na rede privada
● Na rede estadual e em outra rede pública de ensino (municipal ou federal)
8. Leciona em turmas:
8 Ensino Fundamental
9 Ensino Médio
10 Educação de Jovens e Adultos/EJA
9. Quantidade de turmas total que você leciona:
● 1a2
● 3a6
● 7 a 10
10. Nesta escola, qual(is) componente(s) curricular(es) você leciona?
11. Em qual (is) turno(s) você trabalha nesta escola? (Pode marcar mais de uma opção):
● Manhã
● Tarde
● Noite
PARTE II – PERGUNTAS SOBRE O OBJETO DE ESTUDO
1. A Lei nº 13.415/2017 propõe uma reforma na grade curricular do Ensino Médio, comumente
denominada “O novo Ensino Médio”, que alterou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu
mudanças na estrutura deste nível de ensino. No que se refere ao “novo Ensino Médio”, qual seu nível de
entendimento sobre...
Nenhum Pouco Mediano Satisfatório
Documentos norteadores
Proposta pedagógica
Trabalho do professor
Itinerários formativos
Processo ensino aprendizagem
Implementação do novo Ensino
Médio
Avaliação da aprendizagem
2. Em relação aos tópicos acerca do novo Ensino Médio abaixo relacionados, sobre quais destes
você gostaria de obter mais informações/orientações? Pode assinalar até 03 (três) alternativas:
● Documentos norteadores
● Proposta pedagógica
● Trabalho do professor
● Avaliação da aprendizagem
● Processo ensino aprendizagem
65
● Avaliação da aprendizagem
● Processo ensino aprendizagem
● Implementação do novo Ensino Médio
● Itinerários formativos
3. Para o novo Ensino Médio, a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta
proposições para o processo ensino aprendizagem, em relação a estas proposições como você se
sente?
● Inseguro, apesar do conhecimento, não sei o que esperar das proposições apresentadas.
● Em dúvida, pois alguns pontos da proposta ainda não foram bem esclarecidos.
● Confiante, já que tenho algum conhecimento sobre as proposições e concordo com elas.
● Preparado, visto que compreendo bem o que está sendo proposto.
● Não se aplica
4. Como você tomou conhecimento sobre o novo Ensino Médio e sobre a nova BNCC? Pode
assinalar mais de uma opção.
● Curso de formação continuada oferecido pela rede ou pela escola
● Curso de formação continuada buscado por interesse próprio
● Em reuniões pedagógicas na escola
● Pela mídia (meios de comunicação)
● Em conversa com gestores e/ou outros coordenadores pedagógicos
● Comunicado do Ministério da Educação e/ou da Secretaria Estadual de Educação
● Curso de formação inicial (graduação)
● Em conversa com os estudantes
● Por redes sociais
● Não se aplica.
● Outros
5. Quais suas principais expectativas em relação ao processo de transição do atual modelo para
o novo Ensino Médio?
Obrigado por sua colaboração.
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Documentos
norteadores
Proposta
pedagógica
Trabalho do
professor
Itinerários
formativos
Processo ensino
aprendizagem
Implementação do
novo Ensino Médio
Avaliação da
aprendizagem
2. Em relação aos tópicos acerca do novo Ensino Médio abaixo relacionados, sobre quais
destes você gostaria de obter mais informações/orientações? Pode assinalar até 03 (três) alternativas:
● Documentos norteadores
● Proposta pedagógica
● Trabalho do professor
● Avaliação da aprendizagem
● Processo ensino aprendizagem
● Implementação do novo Ensino Médio
● Itinerários formativos
3. Para o novo Ensino Médio, a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta
proposições para o processo ensino aprendizagem, em relação a estas proposições como você se
sente?
● Inseguro, apesar do conhecimento, não sei o que esperar das proposições apresentadas.
● Em dúvida, pois alguns pontos da proposta ainda não foram bem esclarecidos.
● Confiante, já que tenho algum conhecimento sobre as proposições e concordo com elas.
● Preparado, visto que compreendo bem o que está sendo proposto.
● Não se aplica
4. Como você tomou conhecimento sobre o novo Ensino Médio e sobre a nova BNCC? Pode
assinalar mais de uma opção.
● Na escola campo de estágio
● Pela mídia (meios de comunicação)
● Comunicado do Ministério da Educação e/ou da Secretaria Estadual de Educação
● Curso de formação inicial (graduação)
● Em conversa com os estudantes
● Por redes sociais
● Não se aplica.
● Outros
5. Você conhece as mudanças para o Ensino de Química apresentadas pelo itinerário formativo
de Ciências da Natureza?
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