Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Mitologia Medieval

Fazer download em pdf
Fazer download em pdf
Você está na página 1de 4
" aa cida usd rempe’ det de se faz em ruinas as por na stade, havia pedido ao rei mi a cedido a vont, d ze aMegialiiec eee { ando o rei apresent Bia 4 nae ae sige a Hh 4 proposta diante do c Hberagdo dos cativos = sabia ope 5 iscurs i onsel e Tkinkall p 10 cheio de faltas de reg Iho, Zazalla, uma sitet Peito para pécie de as divindad les, con- conselho da cidade para a cersaauhith Para que negassem a a versio hitita e outra hurrita. Proposta. Do poe! ‘i Ma se col Mservam aide da vencell © ejalment um Alberto Bernabé Pajares ambém Epopeia de Gilgamesh; gamesh; Ishtar; Mito; Mesopotamia (reli religiao e mitologi gia); Mito- vert tologia hitita; Mitraf {smo Politefsm 10; Zoroastrisi mo. jagregas Mi cHVAROVA, M. (2016). Fro ittit BA Ee atanitat 1m Hittite to Homer — The Anat Li gpic. Cambridge: ‘ambridge University Press. olian Background of Ancient . nt Greek - ititas entre Oriente y Occid BERNABE, A- (2015). Mitos hitit i iente y Occic lente. Madri: Abada. (1998). “Mitologia hitita”. In: E RA clgity Religién del ceo FAiEbeueseieine iguo. Vol. III: Indoeur bad esate! f ‘opeos. Sabadell: Ausa, 7. : Ausa, p. 5-124. cf ‘os r ri: Trotta. RCIA TRABAZO, J.V. (2002). Textos religiosos hititas. Madri: Tro OFFNER, H.A. (199! ittit t} i Sc iterature. (1998). Hittite Myths. 2. ed. Atlanta: Society of Biblical Li z Mitologia medieval do pelos historiadores. A prépria . himitologi F mitologia medieval é um tema ainda pouco estudai ria problematica; ela natural- Fee ep cpovan inariactl ‘verdade) e varias es eee que “a a doutrina crista como a “historia sagrada” (a itulos Ste eg icba s que a8 mitologias propagavam “f4bulas” (a mentira). Nos ‘Século XX, a luz de ial is ‘mitologia ee acabou por se consolidar ao longo do ?hilippe Walter afirmem jor agem antropol6gica Embora pesquisadores recentes como ‘tna mitologia’ ee que o cristianismo medie e confunde ele mesmo com “Aléntica mitologia. O ena Schmitt e Saal 0 dessa forma is istoriador brasileiro ressalta que precisamos per ‘funcionalidade para “recuperar sua globalidade’, bem como compreen Nesse cag adade Midi Vatiadas Se ae notar quea mitologi ia complexa a i (hebraica, oriental, céltica, gre8% “tian, As fontes eu ago forjou uma unida a nou, muitas y mitolégicas da Idade Média ex! We esses avs pea ee ee - a. Concilios; (2) os pe emus maioria de origem ¢ ‘ penitenciais ou manuais de confesso val “nao st Hilério Franco Junior veem. nel ceber o cristianis- der sua posicao e . a medieval € 0 resultado da combina¢a0 romana, crista, germanica etc.) entido aqueles que # viviam ancia; mas, Como Walter retar, Ele destaca s seguintes: (1) os atos tos literdrios profa- ste} entificar nem as clesidsticas sao 0! res; (3) 08 tex 399. nos e, num dominio préximo, a literatura latina e as crénicas; (4) os textos hagiogrsg, (5) a iconografia. og Os documentos indicados acima, no entanto, sao insuficientes para o entendime, da mitologia medieval. Aqui, Franco Junior nos lembra, com razao, que devemos iad em conta os apécrifos (de “rico conservatério mitografico”) e a propria Biblia (9 “trang repertério mitoldgico do cristianismo”). Com efeito, se por um lado os apocrifos nig era ‘ aceitos como dogmas, por outro, ndo chegaram a ser combatidos pela Igreja, que os ne lizava para preencher o siléncio dos textos canénicos ~ exemplo claro é a Narrativa whe a infancia de Jesus. O Evangelho de Nicodemos, influente apécrifo que conta a “Descidg de Cristo ao Inferno’, ganhou inclusive uma versio em nérdico antigo (Nidtstigningarg. 4, séc. XIII). Nela, sat curiosamente é chamado de “jétunn” (mitoldgico sigante). Ng realidade, o tema ainda tinha paralelos miticos em outras antigas aventuras (sumérias ¢ gregas) ao mundo inferior. Ja a Biblia, o livro por exceléncia da Idade Média, condena quaisquer tracos miticos (1Tm 4,7, p. ex.), ainda que esteja marcada por eles (na cosmogonia, Pp. ex.). Essas objecies aos elementos mitoldgicos foram seguidas pelos clérigos medievais, que buscavam inces. santemente “desmitologizar” o cristianismo. Trata-se de um Processo que conheceu um notavel desenvolvimento nos séculos XII-XIII, sobretudo com a consolidacao das escolas urbanas e o nascimento das universidades. Ali, como observou Schmitt, a teologia esco- lastica, que se valia da légica abelardiana e da disputatio, procurava diminuir as contradi- g6es e negar a ambiguidade tipica do mito e do simbolo. Tal “desmitologizacao” asseme- Ihava-se Aquela proposta ja entre os gregos antigos; frente ao cristianismo, seus resultados decisivos apareceram somente no Iluminismo. Na Alta Idade Média, grande parte dos relatos miticos circulava oralmente; de forma gradual, muitos foram colocados por escrito e/ou receberam Tepresenta¢Ges iconograficas, sendo reelaborados ao longo do tempo. Os eclesidsticos medievais recolheram e buscaram cristianizar diversas narrativas mitoldgicas da Antiguidade. Uma delas é 0 tema da “psicos- tasia” ou pesagem das almas, com precedentes que podem ser encontrados entre egipcios, hebreus e gregos. Cristianizado, 0 tépico consta em muitas imagens dos séculos XI-XIll, como na Taula de Sant Miquel (Catalunha) eno timpano da Igreja de Sainte-Foy de Conques (Franga), que retratam um julgamento realizado na presenga do diabo e de Sio Miguel. Nao sem razao, a iconografia é uma fonte riquissima para o estudo da mitologia dieval. Objeto paradigmatico, 0 Tapiz de la Creacién (séc. XI-XI1) é um bordado roménico catalao que contém uma profunda simbologia mitico-religiosa. Alguns trabalhos rece” tes indicam que, entre os Personagens biblicos (Addo, Eva, Sansao e Jesus) € romans (Helena) identificados no bordado, estava um proveniente da mitologia grega (rere) Algo significativo a salientar é que as imagens medievais eram muitas vezes inspirades E . textos, como os evangelhos canénicos € os apécrifos. A citada narrativa da “Descida it Cristo ao inferno’, por exemplo, recebeu variadas representacdes imagéticas, com? ae observamos em frontais dos altares de igrejas norueguesas dos séculos XII-XIV. - 400 — Os textos literarios, com marcantes sinais de baa : rali “ing como mananciais da mitologia medieval ee ) Vide (c. 1135-1191). Algumas obras desse france . fam s é S des qu também alanas, como pensam Scott Littleton e rte onagens miticos, como o Gr: ; ind: Ye es elaborar mitos em aal € 0 Rei Artur. Outros a yeferira tae torno de Carlos Magno, q lutores dos séculos XI XII go” e com uma idade que superava os “ » que era visto s XI. : os “duzento, » como 0 “primeii “.-anhas militares do imperador 7 S anos” (A can ro “figanhi Pp carolingio ganharam contornos io de Rolando). As miticos e suplant Suplantaram alidade, como quand _grealidade, af 4 lo uma popular obra mencionava : “glaterra (Cronica do Pseudo-Turpin). que cle havia submetido até a Podem j 1 igualmente ser apon. le Chrétie Bear ae etien de : : ae de raizes eélieas a alee C1 a or), envolyendo objetos SOS romances ¢ Um pouco menos conhecido é i . oe Pp eel lo e © mito de Herdclio, soberano bizantino (6 em dois rom racle e Eraclius) dos séculos X1I-XIII, acabou 10 (610-641) que, Rene “trés dons” . Toa metamorfose: herdi com “t s” (0 conhecimento das pedras, cavalos e souheres) Al foseado num . Algumas carac- rigagdes desse herdi foram inclusive pintadas nos murais de uma igreja em Fra “bach, Alemanha (c. 1350). Para a Europa medieval, outro famoso gov: Bae Sees eo Preste Joao, cujo reino possuia animais fantasticos, entre ae whe inocéfalos, ciclopes ea fénix (Carta do Preste Jodo das indias). snie a descrigdes dessas criaturas imaginarias cram registradas sobretudo nos Bestid- “ios, género ea no qual determinados animais (miticos ou reais) passaram a ter uma ee calstica., Eure os exemplos mais populares estava a figura do unicémio, equi- que possuia, como principal caracteristica, um chifre na testa. De acordo com A tradigdo medieval, uma virgem era utilizada como armadilha para atrair e capturar 0 animal, 0 que favorecia a identificagao deste com Cristo ¢ Maria. Os autores cristdos -comumente afirmavam que esses seres habitavam 0 pagus (campo), onde 0 paganismo -tinda se encontrava enraizado e contribufa para alimentar o imaginario mitico. Os principais documentos para 0 estudo da mitologia medieval sio as hagiografias. _ Metodologicamente, nao devemos examiné-las com 0 proposito -deiro do falso e, assim, encontrar “indicios de realidade”. Essa abordagem apena: toriczante” no explora o potencial das vidas de santos; © importante nio é saber se tal Santo existiu de fato (alids, muitos eram inventados), mas entender @ ne fan _Mattativas no pensamento e comportamento social. A Legenda aurea, escrita por Jacop : “de V; 3 a mais formidavel coletinea ha: _ tatazze (c, 1230-1298), pode ser considerada como . elacionavam, como _Bogréfica da Idade Média. Nela, cristianismo © mitologia lssict Sa stir. Da mesma Mando Santo Antonio se deparou num florestacom um centauro ¢ “pomance hagio- forma, 0 cj assificado comoum FON ie z citado romance Eracle, que chegou 2 como um guerreiro qu ana ao cal de distinguir 0 verda- is “his- ser cl rizar 0 Amo! - Btificg” : ae co’ evoca a mitologia greco-ro™ taca a i itologia ue “4 Suas vitimas indefesas — alusio ao Cupido. cereada por uma mitologi 3 : Por fim, a cruz, simbolo maior do cristianismo scrifos) € medieris : 01 aes durante a Idade Média. segundo ter do Bden. A Legenda durets P “Madeira da cruz de Cristo provinha da Arvore da WS _401- exemplo, conta que 0 Arcanjo Miguel deu um galho da Arvore da Misericérdig a (filho de Adio), que o plantou no timulo de seu pai. Do galho cresceu uma arvo, re nterrada por ordem do Rei Salomio. Séculos ue, tempos depois, acabou cortada ¢ e : Mais de, a madeira subiu a superficie e os judeus a empregaram para fabricar a cruz dec: Novamente ela desapareceria, sendo encontrada por Helena, mae do Imperador Cons, tantino I. Nao custa lembrar, ainda, que alguns historiadores percebem paralelos entreg Arvore da Vida e a Arvore Césmica descrita em varias mitologias antigas, Guilherme Queiroz de Souza Ver também Mito; Mitologia celta; Mitologia escandinava; Paganismo; Paganismo medieval Religiosidade popular no Medievo. ALBERT, J.-P. (1990). Destins du mythe dans le christianisme médiéval. L'Homme, vol, 30, n, 113, p. 53-72. FRANCO JUNIOR, H. (2010). “Cristianismo medieval e mitologia: reflexes sobre um proble. ma historiografico”. In: A Eva barbada - Ensaios de mitologia medieval. Sao Paulo: Edusp, p- 41-64. (2010). Os trés dedos de Addo - Ensaios de mitologia medieval. Sao Paulo: Edusp. LE GOFF, J. (2010). Heréis e maravilhas da Idade Média. Petrépolis: Vozes. LITTLETON, S. & MALCOR, L. (1994). From Scythia to Camelot: A Radical Reassessment of the Legends of King Arthur, the Knights of the Round Table and the Holy Grail. Nova York: Garland. RAMOS, MJ. (1997). Ensaios de mitologia crista: 0 Preste Jodo e a reversibilidade simbilica Lisboa: Assirio e Alvim. SCHMITT, J.-C. (2014). “Problemas do mito no Ocidente medieval”. In: 0 corpo, os rites, os sonhos, o tempo: ensaios de antropologia medieval. Petrépolis: Vozes, p. 51-71. (1981). “Christianisme et mythologie. Occident médiéval et pensée mythique”. lr BONNEFOY, Y. (org.). Dictionnaire des mythologies. Paris: Flammarion, p. 181-184. SOUZA, G.Q, (2014). A recep¢ao do mito de Herdclio por Gautier d’Arras. Assis: Unesp ftese de doutorado em Histéria]. WALTER, P. (2012). Mitologia crista: festas, ritos e mitos da Idade Média. Maceié: Edufal. Mitologia romana Os relatos fabulosos da mitologia romana constituem-se de representasoes coletivs compartilhadas e transmitidas através de varias geracdes ao longo de séculos.O surgime™” to desses relatos remonta 4 pré-historia dos povos itdlicos (latinos, sabinos etc.), el "2 gregos e de outros que viriam a ser incorporados a partir de diferentes vagas migrator A elaboraco desses mitos buscava expressar o mundo, a realidade humana e4 orige™ -—402-—

Você também pode gostar