Benilde Dantas de Melo
Benilde Dantas de Melo
Benilde Dantas de Melo
Seus primeiros poemas foram “Exaltação”, “Fulô de Maio”, “Aos teus anos”, “As
tuas santas cartas”, dedicados a Judite, na época sua namorada.
Escreveu o primeiro livro, um romance intitulado “MOLEQUE DE RUA” que não
chegou a ser publicado por ter sido roubado a bordo.
Escreveu para vários jornais, onde teve sua coluna especial pelas cidades
onde residiu: Em Salvador, com o pseudônimo de Luiz Marinho, no jornal
“IMPARCIAL”, em Fonte Nova/MG no “Jornal O POVO”, em São Manoel/MG
no jornal “O LABOR”, em Carangola/MG na “GAZETA DE CARANGOLA, em
Sapucaia/RJ, no jornal “A SAPUCAIA”, em Recife/PE no jornal “ESTRELAS DE
JUNHO”, em Vitória/ES nos jornais “A TRIBUNA” e “FOLHA CAPIXABA” e no
Rio de Janeiro/RJ no jornal “DIÁRIO DE NOTÍCIAS”.
Sofrido, abatido, perseguido pela polícia, conseguiu chegar a sua cidade natal,
após ter passado por uma experiência terrível que quase de tirou a vida. Tal
fato ocorreu quando um sertanejo, reconhecendo nele, por seus rastros, um
homem da cidade, prendeu-o, ameaçando-o de morte com uma faca.
Ao ser primeiro revistado pelo sertanejo e seus filhos, encontraram m seu bolso
apenas moedas, um de cem réis e outra de duzentos réis. (Estas moedas
encontravam-se ainda guardadas com a sua família). Diante disto, e surpreso,
o homem disse-lhe: “vejo que você é uma pessoa honesta, não é um ladrão.
Nós vamos ajudá-lo a sair deste aperreio”. Deram-lhe uma calça velha, camisa,
alpercata e um saco contendo farinha de mandioca e rapadura para ser
carregado às costas, de maneira que ele se identificasse com qualquer um dos
trabalhadores da região. Indicaram-lhe o caminho para atingir o sítio de José
Tinoco, seu primo. Lá chegando, e não o encontrando, pediu ao empregado um
cavalo selado e partiu em direção a Ceará-Mirim.
Sendo mais tarde reconhecido voltou a ser perseguido, tendo de fugir com a
família para a Ilha de Itaparica. Neste mesmo local encontrava-se também
foragido Carlos Lacerda. Ao ser preso e temendo igual sorte, apesar da ajuda
que lhe davam os pescadores da ilha, resolveu Benilde fazer regressarem a
esposa e filha a Natal, ao mesmo tempo em que tornou a se refugiar na casa
de Gastão Câmara em Salvador.
CANTO DO CANAVIAL