Currículo Lattes - Atualizado-Páginas
Currículo Lattes - Atualizado-Páginas
Currículo Lattes - Atualizado-Páginas
Imprimir
currículo
Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande (2021). Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração,
atuando principalmente nos seguintes temas: modelos ambientais, sustentabilidade, ferramentas e gestão estratégica.
(Texto informado pelo autor)
Nome civil
Nome Ana Isabelle Gomes Lopes
Dados pessoais
Filiação Edson Júlio Lopes de Paula e Suzana Gomes de Melo Lopes
CPF 132.605.824-01
Endereço
eletrônico E-mail para contato : anaisabelle00@hotmail.com
E-mail alternativo anaisaadm10@gmail.com
Formação acadêmica/titulação
2022 - 2024 Mestrado em ADMINISTRAÇÃO.
Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campina Grande, Brasil
Título: Caminhabilidade em vias Urbanas: uma análise sob a perspectiva do pedestre, Ano de obtenção:
2024
Formação complementar
2021 - 2021 Curso de curta duração em GESTÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. (Carga horária: 24h).
ESCOLA DE GESTÃO DO PARANÁ, EGP, Brasil
2021 - 2021 Curso de curta duração em SUSTENTABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. (Carga horária: 28h).
INSTITUTO SERDEZELLO CORRÊA - ESCOLA SUPERIOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃ, TCN,
Brasil
2021 - 2021 Curso de curta duração em GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PEQUENOS NEGÓCIOS. (Carga
horária: 40h).
Escola Nacional de Administração Pública, ENAP, Brasília, Brasil
2021 - 2021 Curso de curta duração em INTRODUÇÃO À GESTÃO PARTICIPATIVA. (Carga horária: 40h).
Agência Nacional de Águas, ANA, Brasília, Brasil
2021 - 2021 Curso de curta duração em AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE PROGRAMAS E POLÍTICAS SOCIAIS. (Carga
horária: 36h).
Escola Nacional de Administração Pública, ENAP, Brasília, Brasil
2019 - 2020 Curso de curta duração em Etiqueta Empresarial. (Carga horária: 10h).
Cursos Online SP do Brasil, CURSOS ONLINE SP, Porto Alegre, Brasil
2020 - 2020 Curso de curta duração em Como vender pela internet. (Carga horária: 4h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_impcv.trata Página 1 de 5
Currículo Lattes 04/04/2024 12:53
2020 - 2020 Curso de curta duração em Como Reconhecer Características empreendedoras. (Carga horária: 4h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
2020 - 2020 Curso de curta duração em Internacionalização de startups. (Carga horária: 2h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
2020 - 2020 Curso de curta duração em Gestão Financeira. (Carga horária: 3h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
2020 - 2020 Curso de curta duração em Como unir forças para crescer. (Carga horária: 2h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
2019 - 2020 Curso de curta duração em Recolocação Profissional. (Carga horária: 10h).
Cursos Online SP do Brasil, CURSOS ONLINE SP, Porto Alegre, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Oratória e Apresentação em Público. (Carga horária: 25h).
Cursos Online SP do Brasil, CURSOS ONLINE SP, Porto Alegre, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Organização Pessoal. (Carga horária: 10h).
fundaçao bradesco, FB, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Postura e Imagem Profissional. (Carga horária: 10h).
fundaçao bradesco, FB, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Introdução à Gestão de Projetos. (Carga horária: 10h).
fundaçao bradesco, FB, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Introdução à Ciência de Dados 2.0. (Carga horária: 8h).
DATA SCIENCE ACADEMY, DSA, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Iniciando um pequeno grande negócio. (Carga horária: 30h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em A liderança na gestão de equipes. (Carga horária: 3h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
2019 - 2019 Curso de curta duração em Relacionamento Interpessoal. (Carga horária: 10h).
Cursos Online SP do Brasil, CURSOS ONLINE SP, Porto Alegre, Brasil
2017 - 2017 Curso de curta duração em MS Excel 2010 - Básico. (Carga horária: 11h).
fundaçao bradesco, FB, Brasil
2017 - 2017 Curso de curta duração em MS Excel 2010 - Avançado. (Carga horária: 20h).
fundaçao bradesco, FB, Brasil
2017 - 2017 Curso de curta duração em Aprender a empreender. (Carga horária: 16h).
SEBRAE, SEBRAE, Brasil
Bolsista do(a): SEBRAE
2017 - 2017 Curso de curta duração em Excel 2010 - Intermediário. (Carga horária: 10h).
Fundação Bradesco, BRADESCO, Osasco, Brasil
Atuação profissional
1. Prefeitura Municipal de Sousa - PMS
Vínculo
institucional
2021 - 2021 Vínculo: Estágio , Enquadramento funcional: Estagiária , Carga horária: 20, Regime: Parcial
Outras informações:
Estágio realizado na Secretaria de Administração Municipal
Vínculo
institucional
2023 - 2023 Vínculo: Estagio , Enquadramento funcional: Estagiária , Carga horária: 20, Regime: Parcial
Outras informações:
Estágio docência na Disciplina Administração da Produção e Operações 1
2022 - Atual Vínculo: Bolsista , Enquadramento funcional: Estudante , Carga horária: 20, Regime: Parcial
2020 - 2020 Vínculo: Bolsista , Enquadramento funcional: Monitor , Carga horária: 12, Regime: Parcial
Outras informações:
Métodos e Técnicas da Pesquisa Científica
2018 - 2019 Vínculo: Bolsista , Enquadramento funcional: Monitor , Carga horária: 12, Regime: Parcial
Outras informações:
Matemática Básica
Projetos
Projetos de
pesquisa
2019 - 2020 Mapeamento dos modelos e ferramentas de gestão socioambiental para o setor lácteo.
Descrição: Objetivo Geral: Mapear os modelos e ferramentas de gestão socioambiental que poderão ser
utilizados pelo setor lácteo. Objetivos Específicos: Quantificar por meio de dados secundários o setor
lácteo; Levantar na literatura informações sobre os impactos socioambientais das atividades do setor
lácteo. Verificar os possíveis modelos e ferramentas socioambientais que poderão ser utilizados no setor
lácteo. Desenvolver um sistema de indicadores de gestão socioambiental que possa contribuir para
avaliar os impactos ambientais negativos do setor lácteo..
Situação: Concluído Natureza: Projetos de pesquisa
Alunos envolvidos: Graduação (1);
Integrantes: Ana Isabelle Gomes Lopes; Maria de Fátima Nóbrega Barbosa (Responsável)
Descrição: O estudo tem por objetivo analisar as práticas de gestão socioambientais dos atores
envolvidos com a atividade de laticínios no município de Sousa - PB. Tem por objetivos
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_impcv.trata Página 2 de 5
Currículo Lattes 04/04/2024 12:53
Projeto de
extensão
Descrição: O Pré-Vestibular Solidário da UFCG tem o objetivo de contribuir para a construção de políticas
sociais afirmativas viabilizando a ampliação das condições de acesso e permanência de jovens e adultos,
oriundos de escolas públicas.
Situação: Concluído Natureza: Projeto de extensão
Alunos envolvidos: Graduação (1);
Integrantes: Ana Isabelle Gomes Lopes; Janeide Cavalcante Albuquerque (Responsável)
Áreas de atuação
1. Administração
Idiomas
Inglês Compreende Razoavelmente , Fala Razoavelmente , Escreve Razoavelmente , Lê Razoavelmente
Prêmios e títulos
2022 Bolsista FAPESQ-PB, Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado da Paraíba
Producão
Produção bibliográfica
3. LOPES, A. I. G.
Sistema de Gestão Ambiental para a Indústria do Setor de Laticínios: Um estudo bibliométrico.
INTERNATIONAL JOURNAL OF DEVELOPMENT RESEARCH. , v.11, p.46008 - 46012, 2021.
4. LOPES, A. I. G.
Aplicabilidade das ferramentas de gestão Empresarial Usadas nos Empreendimentos Dos Discentes Do
Curso De Administração. Revista Brasileira de Direito e Gestão Pública. , v.8, p.918 - 931, 2020.
1. LOPES, A. I. G.; Meneses, V. P; ANDRADE, E. L.; FIGUEIREDO, J. A. F.; DANTAS, M. R. A.; SILVA, T. F.
P.; SOUSA, F. W. M.; FERREIRA, L. S.; SILVEIRA, M. V. M.; LINS, A. G.
ANÁLISE DE FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DE LOGÍSTICA EM UMA EMPRESA DE DISTRIBUIÇÃO
DE BEBIDAS In: AS CIÊNCIAS SOCIAIS E OS AVANÇOS NA SOCIEDADE.1 ed.Curitiba: Editora Atena,
2022, v.1, p. 345-358.
2. LOPES, A. I. G.; ANDRADE, E. L.; DANTAS, M. R. A.; SOUSA, M. S. R.; MENESES, V. P.; Sara Acácio
Evangelista; PAULINO, G. S.
Aplicabilidade das Ferramentas de Gestão Empresarial Estratégias usadas nos Empreendimentos dos
Discentes do Curso de Administração In: ADMINISTRAÇÃO: Gestão, Empreendedorismo e Marketing 3.1
ed.Ponta Grossa: Atena Editora, 2022, v.3, p. 302-313.
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_impcv.trata Página 3 de 5
Currículo Lattes 04/04/2024 12:53
6. LOPES, A. I. G.
Aplicabilidade das ferramentas de gestão Empresarial Usadas nos Empreendimentos Dos
Discentes Do Curso De Administração, 2019. (Outra,Apresentação de Trabalho)
Eventos
Eventos
Participação em eventos
3. XXIV ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, 2022.
(Congresso)
UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE ECOEFICIÊNCIA NO SETOR DE LATICÍNIOS.
4. XXIV ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, 2022.
(Congresso)
Isomorfismo institucional nas práticas de sustentabilidade: Uma análise empresas de alimentos
processados listadas no IBOVESPA no ano de 2021.
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_impcv.trata Página 4 de 5
Currículo Lattes 04/04/2024 12:53
Totais de produção
Produção bibliográfica
Eventos
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_impcv.trata Página 5 de 5
04/04/2024, 10:58 SEI/UFCG - 4328739 - Ata de Defesa
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
POS-GRADUACAO EM ADMINISTRACAO
Rua Aprigio Veloso, 882, - Bairro Universitario, Campina Grande/PB, CEP 58429-900
Ao primeiro dia do mês de abril do ano de dois mil e vinte e quatro, às quatorze horas e trinta
minutos, reuniu-se, na forma e termos dos art. 62 a 64 do Regulamento Geral dos Cursos e Programas de
Pós-graduação Stricto Sensu da UFCG e dos meios regulamentares do Programa de Pós-graduação em
Administração da UAAC-CH-UFCG, a Comissão Examinadora de que trata a Portaria nº 11/2024 da
Coordenação do Programa de Pós-graduação em Administração, composta pelos
Professores/pesquisadores doutores: PATRÍCIA TRINDADE CALDAS, docente do Programa de Pós-
graduação em Administração/UFCG; Prof. Dr. Prof. Dr. ALLAN GUSTAVO FREIRE DA SILVA, do Centro de
Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG, ANA CECÍLIA FEITOSA DE VASCONCELOS,
ORIENTADOR(A). Juntamente com a mencionada comissão examinadora, estava o(a) candidato(a) ao grau
de MESTRE em Administração ANA ISABELLE GOMES LOPES, assim como eu, Mery Cristina Pascoal de
Melo, secretária dos trabalhos, e o público presente. A defesa ocorreu de modo presencial na Sala 301 do
Bloco BC1, com participação remota por videochamada do examinador externo. Abertos os trabalhos, a
presidente da Comissão Examinadora, Profa. Ana Cecília Feitosa, apresentou os membros da Banca
Examinadora e o roteiro da defesa e julgamento da dissertação de Mestrado intitulada “Caminhabilidade
em vias urbanas: Uma análise sob a perspectiva do pedestre”, produzida pelo(a) citado(a) candidato(a),
sob sua orientação. O(a) presidente concedeu a palavra pelo prazo de até trinta minutos ao (a)
candidato(a), o(a) qual após salientar a importância do assunto desenvolvido defendeu o conteúdo de sua
dissertação. Concluída a exposição e defesa do(a) candidato(a), o(a) presidente passou a palavra a cada
membro da Comissão Examinadora, a começar pelo examinador externo, para as devidas considerações,
correções e arguição do estudo defendido pelo candidato(a). Logo após, foi a vez das considerações do
membro interno da banca examinadora e, por fim, o(a) orientador(a) falou acerca da produção do
trabalho defendido e das contribuições das sugestões recebidas. Em seguida, o(a) Senhor(a) Presidente
da Comissão Examinadora determinou a pausa da sessão pelo tempo necessário ao julgamento da
dissertação, em sessão secreta com a Comissão Examinadora, pedindo a retirada dos demais da sala,
inclusive do(a) candidato(a). Concluído o julgamento e retomada a sessão, o(a) Sr(a). Presidente anunciou
o resultado no qual cada Examinador emitiu seu parecer, resultando: Profa. Dra Patrícia Trindade Caldas -
nível APROVADO, Prof. Dr. Prof. Dr. Allan Gustavo Freire da Silva - nível APROVADO, e Profa. Dra. Ana
Cecília Feitosa de Vasconcelos - nível APROVADO, tendo assim, o(a) candidato(a) obtido o Conceito
APROVADO. Após suas palavras finais e do(a) candidato(a), o(a) Presidente da Comissão Examinadora
encerrou a sessão, da qual lavrei a presente ata, que vai ser assinada eletronicamente por mim, Secretária
dos trabalhos, , pelos membros da Comissão Examinadora e pelo(a) candidato(a) aprovado(a). Campina
Grande, 01 de abril de 2024.
https://sei.ufcg.edu.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=4800413&infra_sist… 1/2
04/04/2024, 10:58 SEI/UFCG - 4328739 - Ata de Defesa
Documento assinado eletronicamente por ANA ISABELLE GOMES LOPES, Usuário Externo, em
03/04/2024, às 16:40, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 8º, caput, da
Portaria SEI nº 002, de 25 de outubro de 2018.
https://sei.ufcg.edu.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=4800413&infra_sist… 2/2
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - CCJS
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - UACC
CERTIDÃO
Certifico que Ana Isabelle Gomes Lopes, matricula 317130458, atuou como
MONITORA BOLSISTA do componente curricular MATEMÁTICA BÁSICA da
UACC/CCJS/UFCG no projeto de monitoria intitulado PARTICIPAÇÃO,
INTEGRAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO DO
ENSINO, vinculado ao Programa de Monitoria da UFCG, no período acadêmico
2018.1 com carga horária de 192 horas.
Ana Isabelle Gomes Lopes1, Ellen Letícia Gonçalves Andrade2 & Valéria Pereira de Meneses3
Resumo: O departamento de logística é considerado um dos mais importantes dentro das organizações, e
quando se trata de uma empresa de distribuição de bebidas, certamente é de indispensável atenção. Desse
modo, o principal objetivo dessa pesquisa foi entender quais as ferramentas estratégicas de logística usadas
em uma empresa localizada no sertão paraibano que atua no setor de bebidas. Para isso, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica, além do envio online de um questionário estruturado, para o responsável do
departamento logístico, com base na literatura pertinente ao tema. Então, como resultado desse trabalho,
foi percebido que a empresa exerce as estratégias de liderança de custos, terceirização, logística reversa,
alianças estratégicas e parte do método push e pull concentrando apenas nas puxadas. Contudo, o gerente
do departamento não conseguiu identificar a utilização das estratégias de integração vertical e logística
retardada na empresa. Dessa forma, sugere-se que a empresa busque aperfeiçoar ainda mais essas
estratégias, sem esquecer da necessidade de aperfeiçoamento das mesmas, para com o intuito de se
manterem sempre competitivas no mercado.
Palavras-chave: Ferramentas estratégicas; Logística; Distribuição de bebidas.
Abstract: The logistics department is considered one of the most important within the associations, and
when it comes to a beverage distribution company, it is certainly essential attention. Thus, the main
objective of this research was to understand which strategic logistics tools are used in a company located
in the interior of Paraíba that operates in the beverage sector. For this, a bibliographical research was carried
out, in addition to the online submission of a structured questionnaire to the person in charge of the logistics
department, based on relevant literature. So, as a result of this work, it was noticed that the company
exercises cost leadership strategies, outsourcing, reverse logistics, strategic alliances and part of the push
and pull method, concentrating only on pulls. However, the department manager was unable to identify the
use of the vertical integration and delayed logistics strategies in the company. In this way, it is customizable
that the company seeks to further improve these strategies, without forgetting the need to improve them, in
order to remain competitive in the market at all times.
Keywords: Strategic tools; Logistics; Beverage distribution.
___________________
*Autor para correspondência
Recebido para publicação em 15/10/2021; aprovado em 04/03/2022.
1
Graduada em administração, Universidade Federal de Campina Grande, anaisabelle00@hotmail.com; ORCID: 0000-0001-
7325-3779;*
2
Graduada em administração, Universidade Federal de Campina Grande, eleticia977@gmail.com; ORCID: 0000-0001-5252-
5819;
3
Graduada em administração, Universidade Federal de Campina Grande, valeriaadm2017@gmail.com; ORCID: 0000-0003-
2194-8290.
Revista Interdisciplinar e do Meio Ambiente - ISSN 2674-693X - v.4, n.1, 2022, e144.
Análise de Ferramentas Estratégicas de Logística em uma Empresa de Distribuição de Bebidas
INTRODUÇÃO
De acordo com Ballou (1993) a logística vem desempenhando um papel fundamental nas
organizações. Isso, já que, sua ciência anda sendo utilizada de maneira a auxiliar as empresas na distribuição
e busca dos insumos produtivos dos quais necessitam para a entrega do produto final aos seus clientes.
Além de contribuir de modo a proporcionar o menor custo possível para a organização e minimizar o tempo
de produção e entrega, sendo este fator contribuinte para o sucesso organizacional. Desse modo, fornece
aos seus clientes entregas precisas do produto do qual é solicitado. Sua boa gestão aumenta a
competitividade no âmbito mercadológico, uma vez que, as empresas se aprimoram e trabalham em
conjunto, com os seus fornecedores, com o intuito de obter controle sob os mesmos, monitorando-os
constantemente a fim de garantir bons preços e boas formas de pagamentos (BALLOU, 1993).
Avanços tecnológicos, sociais e econômicos estão em constantes mudanças na sociedade. Esses,
são fatores de suma importância que devem ser observados frequentemente para que ocorra um
planejamento contínuo, verificando as informações decorrentes do surgimento de variações mercadológicas
(TENÓRIO et al, 2014).
Uma mudança que ocorreu no Brasil e no mundo, afetando todo o âmbito empresarial devido à
gravidade da situação enfrentada foi o surgimento do novo vírus contagioso denominado COVID 19. Esse,
no que lhe concerne, obrigou por motivos de segurança pessoal e coletiva, o isolamento e distanciamento
social, na tentativa de diminuir a disseminação da doença. Com isso, as empresas tiveram que reformular
suas estratégias com a perspectiva de se manterem no mercado durante a crise, o que afetou inclusive o
setor de bebidas, uma vez que está relacionado a ambientes que sofreram seu impacto.
Para Brasil e Rocha (2010) é importante realizar o planejamento organizacional, no que se diz
respeito ao setor estratégico logístico da organização, objetivando o aumento da competitividade,
desenvolvimento e produtividade, de forma que o trabalho ocorra em conjunto para a obtenção de êxito.
Tendo assim que dotar-se de estratégias logísticas para chegar-se a devidas soluções possíveis dos
problemas que surgem diante das adversidades mercadológicas. Para tanto, o setor de bebidas pode adotar
algumas estratégias, que facilitarão a funcionalidade da logística, tais como: liderança de custos,
terceirização, logística reversa, integração vertical, logística retardada, e Push e Pull.
O processo logístico está fortemente ligado ao setor de bebidas. Isso, quando considerado que passa
por longos processos desde a sua fabricação até a entrega do produto final na mesa do consumidor, tendo
como desafio entregar a bebida certa, no local certo e no tempo certo, com o menor custo possível. Esse
objetivo, por sua vez, é almejado por toda e qualquer organização independente do seu segmento.
Entendendo como um grande desafio desse setor, a cadeia de distribuição, é necessário um estudo para
avaliar o uso de possíveis ferramentas de estratégias logística, para atender da melhor forma a necessidade
demandada. De acordo com Castro et al. (2011), trata-se de distantes pontos de entrega, da fábrica até
distribuidores, restaurantes, conveniências dentre outros.
Diante das informações expostas, é possível compreender que para se manterem vivas e
competitivas as organizações tiveram que adaptar seus métodos, de forma a gerar estratégias em todos os
setores. Portanto, este trabalho terá como objetivo responder a seguinte pergunta: quais as ferramentas
estratégicas de logística usadas por uma empresa localizada no sertão paraibano que atua no setor de
bebidas?
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta sessão serão abordadas características gerais sobre as estratégias logísticas, além das
principais ferramentas estratégicas de logística usadas pelas empresas do segmento de distribuição de
bebidas.
Estratégias Logísticas
As estratégias logísticas estão presentes nas organizações desde a década de 50, momento este em
que as empresas passaram a preocupar-se com o sistema logístico e com a satisfação do consumidor final.
Nunes (apud BRASIL; ROCHA, 2010, p. 42) propõe que as estratégias logísticas formam um conjunto de
componentes que são capazes de provocar mudanças na esfera dos negócios e consequentemente alavancar
o desenvolvimento organizacional.
Em síntese, como nos assegura Brasil e Rocha (2010), as estratégias de logística contemplam as
atividades da cadeia de suprimento, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento competitivo, em função
dos stakeholders presentes nesse segmento. Além de aumentar a competitividade empresarial, as estratégias
visam otimizar e minimizar os custos ao longo da cadeia e agregar valor ao produto da organização
(CHOPRA e MEINDL, 2002).
Desde o início das coletas de informações sobre as estratégias logísticas, nota-se o surgimento de
diferentes soluções e adequações de táticas, para cada setor da economia. Conforme explicado acima, o
diferencial competitivo proporcionado por elas tem grande relevância para as empresas, o tornando
indispensável para as que desejam conquistar uma fatia do mercado em que estão inseridas.
Segundo Porter (1990), as estratégias logísticas determinam uma posição para a organização, entre
elas a lucrativa e a sustentável, tratando inegavelmente de forças que repelem a concorrência. O autor deixa
claro que as estratégias têm como base tornar as empresas diferentes na perspectiva dos consumidores,
criando uma personalidade única para a organização e gerando vantagem sobre os seus concorrentes.
Pode-se dizer que o alicerce para a satisfação das atividades logísticas é a habilidade que a empresa
desenvolve para aplicar e utilizar de forma eficiente e eficaz as estratégias apoiadas pela divisão dos
consumidores em grupos segmentados. "O resultado que se espera é que em todas as etapas a logística
comprove sua eficácia, realizando as tarefas, mas sempre com segurança, pontualidade e qualidade”
(FERNANDES, 2012, p. 15). Conforme mencionado pelo autor, a efetividade desse processo vai ser
comprovado com a aprazibilidade das necessidades dos seus clientes.
Atualmente, empresas em ascensão e principalmente as que produzem em grande escala como, por
exemplo, as do segmento de bebidas utilizam estratégias logísticas. De acordo com Filho (2012) às
estratégias logísticas contribuem para que as organizações obtenham lucros, reduzam os custos benefício
dos produtos e melhorem o atendimento ao cliente. Conforme explicado acima, o setor de bebidas é um dos
principais beneficiários dessas estratégias.
Filho (2012), deixa claro que é necessário ser prudente nas operações logísticas, já que essas
representam uma parte significativa dos custos logísticos na organização. Esse é o motivo pelo qual é
importante frisar esse ponto, uma vez que essa dimensão interage de forma direta e indireta em todo fluxo
interno e externo da empresa.
As estratégias logísticas que mais são utilizadas no mercado atual, incluindo no setor de bebidas
são: liderança de custos, terceirização, logística reversa, integração vertical, logística retardada, e Push e
Pull. As estratégias devem ser preparadas em conjunto com o planejamento da organização para que
maximizem seu desempenho e adaptem-se às mudanças do ambiente (BRASIL E ROCHA, 2011).
Tipos de Estratégias
Algumas estratégias logísticas que são utilizadas no segmento de bebidas foram escolhidas para
serem definidas conceitualmente com o objetivo de embasar teoricamente o desenvolvimento deste
trabalho.
Liderança de Custos
De acordo com Kotler (apud MARINHO et al, 2019), a liderança de custos é uma das estratégias
mais utilizadas na logística do mercado atual. O objetivo desta, é reduzir ao máximo os custos logísticos
que compreendem todo o fluxo, desde a obtenção da matéria prima até chegar ao cliente final. Portanto,
essa é uma das estratégias mais vantajosas para a organização, já que ela faz com que a empresa lidere os
custos entre suas concorrentes.
A liderança em custos tem como foco a produção em larga escala, para que seja alcançado um
grande número de vendas e com isso reduzir o custo da operação logística. "Para alcançar baixos custos de
produção, adotam-se práticas tais como a padronização e automação do processo, utilização de materiais
de menor custo, publicidade intensa e uma distribuição intensiva com uma forte pressão nos canais de
atacado e varejo." (GONTIJO; GESSNER, 2015, p. 14).
Terceirização
Segundo Nunes (2001), a terceirização tem como base a aquisição do produto ou serviço da empresa,
que não faz parte da atividade chave do negócio. Empresas que utilizam a terceirização são especialistas no
seu segmento, assim essa estratégia configura-se como uma forma de reduzir custos e manter a qualidade
frente às produções em larga escala
De acordo com Wanke (2004), os principais motivos para que as empresas terceirizam suas
atividades são: redução dos custos logísticos, flexibilidade nas operações, controle das atividades logísticas,
busca por uma maior eficiência, expansão no mercado, aumento dos serviços logísticos oferecidos aos
clientes, busca de maior know-how e melhoria dos sistemas de informação.
Logística Reversa
A logística reversa é uma interfase do processo logístico que inicia no consumo do produto e passa
pelas etapas seguintes de embalagem e transporte até chegar à sua origem. Essas etapas fazem parte do
ciclo de vida do produto onde é avaliado os seus impactos da embalagem sobre o meio ambiente (Lambert
et al. apud BRASIL e ROCHA, 2010).
Araújo (2007), diz que a logística reversa é utilizada pelas empresas com o objetivo de conseguir
vantagens estratégicas, dentre elas destaca: razões competitivas, redução de custos, diferenciação da
imagem corporativa e adequação das questões ambientais.
A satisfação do cliente é o ponto chave de toda empresa que deseja obter lucros, para isso é
necessário que as organizações tenham a capacidade de gerenciar o retorno de produtos, que estão fora das
exigências do consumidor, apresentam defeitos, ou precisam ser descartados após sua utilização
(LACERDA,2007).
Integração Vertical
A integralização vertical tem o objetivo de reduzir custos como, por exemplo, os de produção,
vendas e distribuição. A redução de custos e riscos é o atrativo para empresas que adotam essa estratégia
(PORTER, 2004).
A verticalização para Gontijo e Gessner (2015) atua nas atividades da cadeia de suprimentos,
permite o domínio do processo e da cadeia, além de uma maior liberdade de decisão e gerenciamento de
custos.
Logística Retardada
A logística retardada é o processo em que ocorre a estratégia de atrasar a fabricação ou a entrega do
produto final, com o objetivo de reduzir riscos de mudanças no ambiente logístico (BRASIL e ROCHA,
2010).
Conforme Brasil e Rocha (2010, p. 51) “a logística retardada na empresa é utilizada para controlar
situações em que as previsões são incertas e é também utilizada, como apoio para a fábrica não parar de
produzir por falta de pedidos e por fim, evitando o gerenciamento de estoque nas lojas".
Push e Pull
Segundo Rodrigues e Colmenero (2018) algumas empresas utilizam como estratégia logística o
sistema Push (empurrar) e Pull (puxar). O objetivo de empurrar e puxar os estoques da empresa é ajustar
os fluxos de produção e distribuição do produto no mercado.
A estratégia puxar e empurrar possibilita usar a flexibilização de estoques de acordo com a demanda
do mercado, tornando assim uma vantagem competitiva sobre os concorrentes, além de reduzir custos
operacionais.
METODOLOGIA
A presente pesquisa possui o caráter exploratório, ao buscar dados e informações sobre o tema
abordado; e descritivo, pois ela tem como objetivo analisar e registrar as características de um determinado
ambiente. Segundo Gil (2009), pesquisa descritiva é aquela que tem como principal objetivo a descrição de
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao finalizar as leituras relacionadas à temática durante a fase de fundamentação teórica, foi enviado
um questionário estruturado para o responsável pelo departamento logístico da empresa analisada. Isso foi
feito com intuito de analisar o uso das principais ferramentas de logística estratégica utilizadas pela
empresa.
Apresentação da Empresa
A distribuidora de bebidas analisada, é uma empresa localizada no interior da Paraíba, no município
de Sousa-PB. Esta, no que lhe concerne, é uma empresa de médio porte e atende o município sede e todo o
alto sertão paraibano, na forma de distribuição de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Ainda, faz parte do
grupo AmBev, e atualmente possui uma rede de 145 funcionários, que estão divididos em vários
departamentos. Dessa forma, 65% dos colaboradores estão envolvidos na logística organizacional, sendo
41,5% de entregadores, 12,2% de armazém e 6,8% na puxada.
Assim, no que diz respeito à importância que a empresa demonstra para com o departamento
logístico, o gerente do setor afirmou que é fundamental para o negócio, já que, sem ela seria apenas uma
empresa comercial e não teria o potencial percebido atualmente. Além disso, a empresa é considerada uma
das principais fontes de renda municipal, sendo assim chamada por causa da quantidade de empregados,
principalmente na logística.
No sentido estratégico, o setor é responsável por 25% do orçamento organizacional. Dessa maneira,
é visto como uma repartição com poder competitivo, já que é gerador de uma parte considerável do
faturamento mensal da organização. Dessa forma a empresa que possui programas de incentivos financeiros
em todas as áreas, prioriza a gestão de meios e materiais através de remuneração variável de acordo com o
nível e a função, baseada na produção mensal e anual.
produtos. Dessa maneira, não está na diferença entre produtores e consumidores adotar esse método. Na
realidade ele se concentra em uma verticalização integrada do processo institucional.
A logística retardada é uma ferramenta estratégica que provoca um atraso na fabricação ou na
entrega do produto final, com o objetivo de reduzir riscos de mudanças no ambiente logístico, como por
exemplo, um aumento nos preços de uma semana para outra. Quando perguntado sobre a utilidade desse
mecanismo, o gerente de logística disse que não usa porque a empresa é apenas distribuidora. Contudo,
essa resposta é insatisfatória, já que justamente a empresa distribuidora deve decidir conjuntamente com a
indústria sobre a distribuição e produção ou não de um produto, de forma a aproveitar alguma irregularidade
do mercado consumidor.
No que toca à formação de alianças estratégicas, a empresa atua constantemente na forma de efetuar
treinamento para liderança onde a companhia seleciona líderes em diferentes segmentos para compartilhar
seu benchmarking ou suas melhores práticas. Analisando essa resposta, é entendido que a instituição
desenvolve esse programa de liderança internamento, que por sua vez estabelece contato com outras
empresas a fim de obter resultados positivos, ou seja, a formação de compromissos na forma de parceria
com empresas auxiliares, podendo até mesmo serem contratadas como terceirizadas. Um exemplo dessa
situação pode ser que o gerente de logística, na condição de líder se reúna a uma terceirizada de segurança,
que por sua vez ao perceber os relatórios da organização, resolva se aliar a ela e ofertar seus serviços por
um custo mais baixo que para as demais.
Se tratando do método push (empurrar) e pull (puxar) a empresa adota apenas as puxadas, onde o
sistema atualiza o estoque. Além disso, de acordo com a venda média, os simuladores de estoque adotados
sinalizam o stock-out e estak-over, permitindo a compreensão dos produtos que estão abaixo ou acima da
média de venda. Essa, por sua vez, auxilia a empresa em assuntos relacionados a compras e gestão de
estoque, além de mostrar diretamente aos gestores quais produtos carecem de mais promoção e quais podem
ter sua promoção reduzida, que é o caso de algum item que mesmo que não haja publicidade ou aumento
nos preços, ainda será consumido pelo mercado alvo.
Para finalizar foi perguntado sobre quais as medidas usadas e alterações realizadas nas atividades
em relação à pandemia causada pelo novo vírus Covid-19. Assim, foi constatado que novos hábitos como
implantação de regras rigorosas de higienização, distanciamento social, implantação do sistema home
Office e reuniões e treinamentos on-line foram iniciadas com intuito de promover o distanciamento social,
e consequentemente a contaminação dos colaboradores com esse vírus. É necessário ressaltar que esses
métodos foram utilizados em todos os departamentos da empresa e não apenas na logística, embora tenha
ganhado ênfase por promover o contato constante com pessoas do ambiente externo, no sentido da
realização de recebimento e entrega das mercadorias.
CONCLUSÕES
O presente trabalho teve como objetivo, analisar as estratégias logísticas adotadas em uma empresa
de distribuição de bebidas de médio porte, no interior do Estado da Paraíba e os impactos causados no setor
logístico em razão da pandemia do Covid-19. Buscou-se associar as teorias mais utilizadas atualmente com
a prática da empresa.
O trabalho foi delimitado a analisar uma empresa de distribuição de bebidas de acordo com os
seguintes passos: levantamento da fundamentação teórica das estratégias logísticas; a metodologia adotada
foi determinada, sob a perspectiva do segmento da empresa e do questionário utilizado para o
desenvolvimento da discussão, com o intuito de identificar as estratégias logísticas utilizadas; e análise dos
resultados, a partir da coleta de dados.
As principais estratégias logísticas empregadas nas empresas de distribuição de bebidas e que
obtiveram ligação com o objeto de estudo, foram: liderança de custos, terceirização, logística reversa,
alianças estratégicas e parte do método push e pull concentrando apenas nas puxadas.
O entrevistado não conseguiu identificar a utilização das estratégias de integração vertical e logística
retardada na empresa. Sobre as mudanças no setor logístico durante o período de pandemia verificou-se a
adoção de medidas preventivas e de distanciamento social, além de treinamentos e utilização do sistema
Home Office.
A partir desses resultados, recomenda-se a instituição buscar um plano de melhorias para
aprimoramento do uso dessas ferramentas, entendendo que a aplicação eficaz destas podem aumentar o
desempenho institucional, por exemplo em relação a satisfação do cliente, que consequentemente
aumentará os lucros, seja pela priorização na hora da compra, ou pela boa fama propagada entre os
consumidores desse serviço.
O objetivo do trabalho foi alcançado, todavia houveram limitações, como a não permissão para uma
visita in loco para entendimento prático de como as ferramentas são aplicadas. Assim, propõe-se que novas
pesquisas sejam feitas a partir desse estudo a verificação do impacto da utilização de diversas estratégias
no orçamento da empresa, como também estender a pesquisa para as demais empresas do segmento e
setores similares.
REFERÊNCIAS
[1] ARAÚJO, I. C. F. Logística Reversa como ferramenta estratégica. 2007, 54 p. Monografia (TCC) -
Departamento de Engenharia da Produção, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
[4] BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão logística de cadeias de suprimentos.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
[5] CASTRO, A. A. Et al. Logística da distribuição em uma empresa de bebidas. XIII Encontro
Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós- Graduação – Universidade
do Vale do Paraíba. Disponível em:
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0756_1043_01.pdf. Acesso em: 01 nov.
2020.
[6] CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Pearson, 2002.
[9] GIL, A. C. Como elaborar projetos de Pesquisa. 4ª Ed. 12ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.
RESUMO
A partir do início do século XXI o mundo passou por diversas mudanças que
trouxeram benefícios para a sociedade, mas por outro lado, gerou uma série de
prejuízos socioambientais para esta mesma sociedade. As empresas do setor de
laticínios são consideradas potencialmente poluidoras do meio ambiente. A partir de
suas atividades industriais influenciam diretamente nos impactos ambientais. Diante
disso, esta pesquisa se propõe a analisar as práticas de gestão socioambientais dos
atores envolvidos com a atividade de laticínios no município de Sousa – PB. Para
atingir esse objetivo foi realizado um levantamento teórico, além de aplicação de
questionários aos orgãos e responsáveis pelo setor de laticínios do município. Os
principais resultados revelaram que a maior dificuldade da implantação do sistema de
gestão ambiental nestas empresas ocorre pela falta de investismeto dos seus gestores
aliado as demandas dos orgãos governamentais. Entretanto, mesmo em meio as
dificuldades, as empresas estudadas reconhecem que necessitam aprimorarem suas
práticas ambientais e para isso procuram soluções simples com baixo custo. Mediante
isso, recomenda-se que estas organizações agregem sistemas de gestão ambiental ao
processo produtivo dos seus produtos, mesmo que não possuam capital suficiente para
implantação da norma ISO 14.001. Assim, é possível iniciarem suas melhorias com a
implementação da norma de gestão da qualidade ISO 9.000, visto que essa abrirá
caminhos para o melhormento contínuo.
ABSTRACT
In the early of the 21st century, the world has undergone several changes that brought
benefits to the society, but on the other hand, generated a series of social and
environmental damages for this same society. Dairy companies are considered
potentially environmentally polluting. From their industrial activities directly
influence the environmental impacts. Given this, this research aims to analyze the
socioenvironmental management practices of the actors involved with the dairy activity
in the municipality of Sousa - PB. To achieve this objective, a theoretical survey was
carried out, as well as the application of questionnaires to the organs and responsible
for the dairy sector of the municipality. The main results revealed that the biggest
difficulty of the implementation of the environmental management system in these
companies is due to the lack of investment of their managers allied to the demands of
the governmental bodies. However, even in the midst of difficulties, the companies
studied recognize that they need to improve their environmental practices and seek
simple solutions with low cost. Therefore, it is recommended that these organizations
add environmental management systems to the production process of their products,
even if they do not have sufficient capital to implement the ISO 14.001 standard. Thus,
it is possible to begin their improvements with the implementation of the ISO 9000
quality management standard, as this will pave the way for continuous improvement.
1 INTRODUÇÃO
A primeira motivação para a elaboração desse projeto parte do pressuposto que
as empresas apesar de movimentarem a economia, podem causarem danos ao meio
ambiente. Sendo a empresa um ente potencialmente gerador de impactos ambientais
negativos ao meio ambiente, justifica-se de sua parte uma atitude de co-
responsabilidade no sentido de mitigar esses impactos oriundos da atividade
empresarial desenvolvida nos diversos ramos econômicos.
Outra motivação diz respeito à não existência no Centro de Ciências Jurídicas
e Sociais, de nenhum projeto de pesquisa que aborde questões socioambientais ligadas
às empresas do setor de laticínios, poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais no
município de Sousa – PB. Esta cidade, pólo de desenvolvimento estadual, necessita de
melhor conduta empresarial quanto a qualidade do meio ambiente por meio de
estratégias sustentáveis em suas atividades, daí porque, esse projeto poderá contribuir
com a incorporação por parte das empresas pesquisadas dos princípios da
sustentabilidade.
O município agrega em seu interior capital e trabalho, que em parte, migram de
cidades circunvizinhas. Assim, projetos que permitam ganhos lucrativos, sociais e
ambientais, induz um sentido de relevânica acadêmica e união entre a comunidade
acadêmica e a sociedade.
Mudanças ocorreram nas últimas décadas com ganhos para a sociedade, por
outro lado, trouxeram prejuízos socioambientais para essa mesma sociedade. Nesse
2 OBJETIVOS
Objetivo Geral: Analisar as práticas de gestão socioambientais dos atores
envolvidos com a atividade de laticíniios no município de Sousa – PB.
Objetivos Específicos: caracterizar o setor de laticínios; verificar as possíveis
ferramentas e modelos socioambientais utilizados pelas empresas; identificar as
práticas de gestão socioambientais dos atores envolvidos com a atividade de laticínios;
descrever a percepção de alguns stakeholders acerca das práticas socioambientais dos
atores envolvidos com a atividade de laticínios
3 MATERIAL E MÉTODOS/METODOLOGIA
Nessa pesquisa foi adotado o método dedutivo, uma vez que parte da
compreensão dos modelos e ferramentas ambientais existentes na literatura e sua
correspondência com as práticas socioambientais das empresas, ou seja, de uma
perspectiva geral, os modelos e ferramentas de gestão ambiental, para uma perspectiva
particular, as práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas.
com funcionários e a
comunidade local.
4 REFERÊNCIAL TEÓRICO
No sentido de responder aos objetivos dessa pesquisa foram abordadas
informações sobre Cadeia Produtiva do Setor Lácteo; Gestão Ambiental e por fim,
serão apresentados alguns estudos correlatos que subsidiarão quando da análise dessa
pesquisa.
Outras pesquisas foram feitas por Dalmoro e Cyrne (2017) e Filho e Rosa
(2017), estes buscaram descrever as principais práticas de gestão ambiental nas
empresas do Rio Grande do Sul e de Goiás consecutivamente. Nestas, entende-se que
um dos pilares para uma ótima gestão ambiental é o envolvimento da alta
administração na gestão ambiental, afinal é do topo da torre hierárquica da empresa
que provém as principais decisões. Assim, quanto mais a administração geral das
empresas sousenses apoiarem e se envolverem na causa ambiental, melhor serão os
resultados provenientes desse investimento.
A empresa B chegou a conclusão que o principal motivo para ainda não possuir
uma boa gestão socioambiental é o fato de ainda ser uma empresa de pequeno porte.
Portanto, a empresa B infelizmente conta com várias barreiras e a falta de fatores que
potencializem o desenvolvimento dessas práticas na empresa, como concluiu Martins,
Filho e Nagano (2016). Estes concluíram que a maioria das especificidades das
empresas de menor porte está relacionada ao surgimento de barreiras à gestão
ambiental e, por outro, que ainda são poucos os fatores com potencial de facilitar o
desenvolvimento de práticas ambientais nessas empresas.
Administração jurídica
Sobre a legislação ambiental, a empresa A possui fiscalização da
Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA) e do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA). Estas auditorias são
realizadas em média a cada 6 (seis) meses. A empresa realizou investimentos, através
do aumento do aparelho do tratamento de água para melhorar as questões ligadas a
legislação ambiental. A empresa B, da mesma forma possui fiscalização dos órgãos
SUDEMA e IBAMA. Para otimizar as questões relacionadas a legislação ambiental a
empresa fez investimentos através do tratamento de resíduos líquidos.
Silveira, Alves e Flaviano (2014) mostraram através da sua pesquisa que uma
das principais práticas para implementação de um SGA é a adequação a legislação.
Portanto isso é um ponto positivo para as empresas A e B, visto que estas já se
enquadram a legislação vigente.
Contudo a pesquisa de Pereira, Antunes, Mineiro, Barbosa e Antonialli (2017)
aponta que a administração na maioria das empresas lácteas brasileiras só atende as
questões ambientais na medida em que as leis vigentes no Brasil impõem. Sendo
assim, as empresas A e B devem repensar suas práticas ambientais, visto que não
devem ser percebidas como obrigações impostas por lei, pelo contrário este é um fator
diferencial, sendo que os consumidores estão cada dia mais atentos a questões
ambientais nos produtos.
Administração financeira
Tendo em consideração a administração financeira a empresa A considerou
impossível responder questões relacionadas ao nível de investimento financeiro
destinado ao melhoramento da legislação ambiental ou outros investimentos para áreas
relacionadas ao meio ambiente. A empresa B não teve condições de fazer essa
mensuração, pois a mesma não realiza investimentos em questões ambientais e o
investimento que foi realizado para melhorar os processos referentes a legislação
ambiental não houve registro da soma dos valores investidos.
Junior e Olave (2014) realizaram um estudo nesse sentido, para identificar e
analisar os benefícios econômicos alcançados com a Implantação da Gestão Ambiental
na empresa de laticínios Santa Maria Ltda., localizada na cidade de Nossa Senhora da
Glória, Estado de Sergipe. Destaca-se a declaração de que a implantação da gestão
ambiental se iniciou por exigências legais e passou a ser um componente estratégico
que proporcionou redução de custos, novas oportunidades de negócio e melhoria da
imagem organizacional.
A falta de recursos financeiros, é um dos principais motivos que desestimulam
as empresas a investirem na implementação de um SGA. Uma vez que as empresas
não possuem dinheiro suficiente para investimentos, elas dão prioridade a cortes na
gestão ambiental. Isso acontece porque essas empresas assim como as empresas A e B,
desconhecem os benefícios empregados com o SGA. Silva, Bortoluzzi e Bertolini
(2017), concluem que um dos principais benefícios decorrentes de um melhor
gerenciamento ambiental é a conscientização dos consumidores que passarão a
observar nos produtos e serviços a responsabilidade ambiental e estarão dispostos a
contribuir financeiramente para tal.
Administração de recursos humanos
Uma das abordagens da gestão de recursos humanos, diz respeito a
treinamento, desenvolvimento e educação. No tocante a isso, a empresa A atual com
um programa de educação interno com todos os funcionários e a comunidade local na
forma de treinamento diário. A empresa B, não adotou ainda nenhum programa de
educação, desenvolvimento ou educação. Esta disse que ainda não possui esse tipo de
programa porque a gestão socioambiental na empresa ainda está iniciando.
Pesquisa e desenvolvimento
No quesito pesquisa e desenvolvimento, a empresa A ainda não possui
nenhuma certificação ambiental nos seus produtos. Entre 2015 e 2016 a empresa
tentou implantar a norma ISO, entretanto percebeu-se que antes de implantar a norma
existiam prioridades internas, o que acabou fazendo com que a norma não fosse
colocada a norma. A empresa B, por sua vez aplica nos seus produtos a certificação do
Serviço de Inspeção Estadual (SIE).
Uma das formas de mensuração do nível de maturidade de um Sistema de
Gestão Ambiental é possuir a certificação ISO 14001 (PEIXE, CRISTINA, BORNIA,
TEZZA e CAMPOS, 2019). As empresas A e B, ainda não possuem um SGA escrito,
porém devem estar atentas a esse fator. Estas, podem adotar um SGA, mas esse só
será reconhecido como maduro e eficaz quando a empresa obtiver a
certificação exigível, sendo a ISO 14001.
Compras
No que diz que diz respeito aos padrões exigíveis pelas empresas aos seus
fornecedores, quanto a compra da sua matéria prima principal a empresa A atende aos
padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
dando ênfase a qualidade do leite do campo até a indústria. A empresa tem total
controle no campo, começando na alimentação dos animais até a temperatura de
conservação do leite na movimentação da fazenda à indústria e armazenagem. A
empresa B não possui nenhum padrão de exigência ao comprar o leite, mas faz estudos
de amostragem para verificar se o leite está puro ou se contém algum tipo de resíduo.
Os gestores justificam que não possui nenhum padrão porque o leite é recolhido nas
fazendas e misturados por pessoas entregam na indústria, isso dificulta o conhecimento
de quem foi fazendeiro que vendeu o leite em maus condições de uso.
Produção e manutenção
Quanto à implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), a empresa
A disse que ainda não possui. Esta realiza apenas um controle ambiental interno com
os órgãos fiscalizadores SUDEMA e IBAMA. A empresa ao perceber os impactos
ambientais gerados pelas suas atividades, buscou implantar uma estação de tratamento
de água e melhorar a gestão de resíduos. A empresa B, por sua vez, não possui nenhum
SGA, pois ainda está despertando para trabalhar questões ambientais. A empresa é
conhecedora de quais os impactos que as atividades empresariais podem causar ao
meio ambiente, mas ainda não adotou nenhuma atitude para minimizar esses impactos.
5 CONCLUSÃO
O presente estudo teve como principal objetivo analisar as práticas de gestão
socioambientais dos atores envolvidos com a atividade de laticíniios no município de
Sousa – PB. Para isso foram realizadas entrevistas com as empresas de laticínios do
município e seus stakeholders, para identificar como essas organizações se comportam
em relação ao meio ambiente.
Os resultados dessa pesquisa mostraram que essas empresas reconhecem a
importância que deve ser dada às questões ambientais. Por isso essas estão em busca
de melhorias nas questões socioambietais. Um fator desestimulante, talvez o principal,
é a escassez de recursos financeiros e falta de incentivos governamentais. Contudo,
mesmo diante das dificuldades, estas empresas de forma independente estão
encontrando meios de organização para melhor cuidar do meio ambiente, protejendo
assim a biosfera e as pessoas que nela habitam.
No que se refere aos objetivos específicos, com o intuito de atender o primeiro
e o segundo, foram feitas entrevistas nas empresas para conhecer as principais
características das empresas de laticínios e dessa forma saber quais as possíveis
ferramentas e modelos socioambientais utilizados pelas empresas. Com isso foi
de melhor preservar o meio ambiente, propõe-se para novas pesquisas que sejam
utilizadas todas as etapas da cadeia produtiva do leite.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao PIBIC/CNPq–UFCG por permitir que essa pesquisa tenha sido realizada
da melhor forma e a minha orientadora, professora Doutora Maria de Fátima Nóbrega
Barbosa.
REFERÊNCIAS
PEIXE, B.S.C.; CRISTINA, A.; BORNIA, A.C.; TEZZA, R.; CAMPOS, L.M.S.;
Fatores
relacionados com a maturidade do sistema de gestão ambiental de empresas industriais
brasileiras. Revista de administração de empresas FGV EAESP, v.59, n°1, p. 29-42,
2018.
Article History: A partir do início do século XXI, está acontecendo uma mudança no cenário industrial. As
Received 17th January, 2021 empresas que anteriormente visavam apenas obtenção de lucro, estão sendo forçadas pelos
Received in revised form consumidores a adequar em sua produção modelos e ferramentas de gestão ambiental. Nesta
26th February, 2021 perspectiva, as indústrias de laticínios como potenciais poluidoras do meio ambiente precisam
Accepted 04th March, 2021 rever seus antigos modelos de gestão. Desse modo, neste artigo buscou-se analisar as
Published online 13th April, 2021
características da produção científica sobre sistemas de gestão ambiental no setor de laticínios,
Key Words: por meio de uma pesquisa bibliográfica na base de dados Web of Science, utilizando as leis de
Zipf, Lotka, e Bradford para a realização da pesquisa. Os resultados indicam um período de
Digital culture; Machine man;
equilíbrio na publicação dos temas pesquisados (2001-2015), com aumento das publicações a
Mediation; Interaction.
partir de 2016. Por fim, foi possível identificar as principais publicações, relacionando por ano e
*Corresponding author: Ana Isabelle autores, como também quantificar os dados das publicações nesses temas.
Copyright © 2021, Ana Isabelle Gomes Lopes. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits
unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Citation: Ana Isabelle Gomes Lopes, 2021. “Sistema de gestão ambiental para a indústria do setor de laticínios: um estudo bibliométrico”, International
Journal of Development Research, 11, (04), 46008-46012.
segmentos produtivos mais avançados tecnologicamente. Porém, esta Referencial Teórico, informando na seguinte sequência: sistema de
política inovadora, está atualmente agregando valores a todos os gestão ambiental (environment management system) e setor de
ramos de organizações. Isto acontece porque cada vez mais os laticínios (dairy industry). A obtenção dos dados foi realizada no
consumidores cobram das empresas certificações de responsabilidade segundo semestre de 2019. Com a obtenção do quantitativo de artigos
ambiental, a fim de satisfazerem as suas necessidades de adquirirem encontrados foi realizado o mapeamento da evolução da quantidade
bens que sejam sustentáveis para o planeta. Dessa forma, a de artigos publicados ao longo do tempo, afim de saber as tendências
implementação de um SGA tornou-se um fator de competitividade de interesse pelo tema (CRESWELL, 2010). A partir da análise foi
empresarial, uma vez que melhora a visão do consumidor em possível apresentar os resultados em forma de gráficos e tabelas que
detrimento das demais empresas que não possuem, o que eleva as demonstram: evolução das publicações por ano; áreas de publicação
vendas da empresa, e consequentemente seus lucros. Além disto, dos artigos; as 20 publicações mais citadas; autores com mais
deve ser levado em consideração as possíveis economias como água e publicações; os 20 journals com maior número de publicações.
energia, o que reduzirá os gastos desta empresa (PIACENTE, 2005). Complementando a pesquisa bibliométrica, foram realizadas
Pinto e Mardegan (2009) concordam com essa perspectiva ao construções gráficas através do software Vosviewer® v.1.6.10, para o
mostrarem que atualmente certificações de qualidade são buscadas sistema Windows, obtendo como resultados a montagem de duas
pelas empresas. Visto que o mercado está sempre aumentando. Com figuras que deram suporte para todos os resultados desta pesquisa. O
o nível de competitividade nos tempos modernos os consumidores tratamento dos dados dessa pesquisa foi realizado por meio de um
buscam não apenas produtos e serviços com baixo valor monetário, método misto, ou seja, se utilizou de técnica quantitativa e qualitativa
acima disso está a responsabilidade social da empresa, certificadas (por meio da análise de conteúdo) numa proporção que contribuiu
através de resoluções como a NBR ISO 14.001. Outros benefícios para obter esclarecimentos consistentes e complementares acerca da
mostrados são: organizações que adquirem esta certificação têm problemática que se propôs a investigar.
obtido resultados. Melhoria da imagem empresarial, os consumidores
reconhecem que a empresa é responsável com o meio ambiente.
Elevado comprometimento dos funcionários, estes trabalham com RESULTADOS E DISCUSSÕES
mais entusiasmo, pois os mesmos reconhecem que suas atitudes
beneficiam também a comunidade externa a empresa. A Figura 1 representa a evolução das publicações relacionadas por
Comprometimento e criatividade para novos desafios, os ano, por meio da pesquisa na Web of Science utilizando os tópicos
colaboradores terão certeza que seu trabalho é importante para a Sistema de Gestão Ambiental e Setor de Laticínios. Com os
conservação do meio ambiente, toda a equipe organizacional irá resultados obtidos, percebe-se que existe um crescimento no número
buscar novos meios para se reinventarem a fim de preservar sempre de publicações ao longo dos anos, entretanto é um crescimento de
mais, pois terão um objetivo em comum. Melhoria das relações com forma irregular. De forma que em 2001 houve apenas 1 (uma)
órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas, a publicação, enquanto em 2016 chegou a um nível recorde no século
organização será apontada por todos como responsável e XXI com 24 (vinte e quatro) publicações (Figura 1).
ecologicamente correta, atraindo cada vez mais pessoas que a
apoiarão, contribuindo no marketing da empresa (PINTO e Quadro 1. Leis para a pesquisa bibliométrica
MARDEGAN, 2009).
Lei Descrição
Frequência de ocorrência de palavras em um texto para
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Zipf
propor indexações.
Observa a produtividade dos autores, fundamentada na
Lotka premissa de que o número de publicações de alguns
A fim de alcançar o objetivo proposto nesta pesquisa realizou-se
pesquisadores é maior que de outros.
inicialmente uma busca na base de dados Web os Science , para Estima o grau de relevância de periódicos em uma área de
coletar os dados necessários na estruturação dos resultados. Para isso, conhecimento científico. Pressupõe que os artigos
foi utilizado o caminho de acesso da Universidade Federal de Bradford pioneiros sobre determinado tema são publicados em
Campina Grande, direcionado para o Portal da CAPES até a referida periódicos apropriados, atraindo mais artigos sobre o
base de dados. Assim foi feito um recorte de artigos sem assunto e tornando referência na temática em questão.
especificações temporais, a fim de analisar todas as produções Fonte: Guedes e Borschiver (2005).
bibliográficas encontradas nesta base de dados. Também não houve
filtragem relacionada ao idioma para que pudessem ser analisados O primeiro artigo publicado que relaciona os dois construtos foi no
todos os artigos publicados. Para a seleção, foram especificados os ano de 2001, ocorrendo aumentos gradativos não lineares com o
tópicos “environment management system”, acrescentado “and” e passar do tempo. Desse modo, à partir de 2011, ou seja, uma década
colocado como segundo termo “dairy industry”, para resultados dos depois, as publicações aumentaram para uma média de 10
artigos de sistema de gestão ambiental no setor de laticínios. Dessa publicações por ano. Exalta-se o ano 2016 onde aconteceu o maior
forma, esta pesquisa é classificada como bibliográfica e descritiva, número de trabalhos acadêmicos na área. Os resultados encontrados
uma vez que se utilizou de materiais didáticos, como livros e artigos na figura 2 relacionam as áreas de publicações dos artigos, com isso é
científicos para a construção do referencial teórico, encontrados nas possível analisar que a área com maior número de artigos publicados,
bases de dados Spell e Web of Science. Estas, por sua vez, foram correspondendo a 113 publicações de artigos do total é Agriculture
escolhidas por propiciar e fornecer dados, através de relatórios e (113), seguida da área de Food Science technology (45); Veretinary
estatísticas para um amplo conjunto de resultados de pesquisas, além Sciences (25); Environmental Sciences Ecology (21); Bunisses
da sua importância quando comparada a outras bases. A pesquisa Economics (11); Engineering (11). Seguida de outras áreas com
focou na produção científica com a análise de dados realizada por quantidade inferior a 10 artigos publicados. Com os resultados
meio da análise descritiva, análise bibliométrica e análise observados é possível perceber que, à respeito do construto de
bibliográfica, respectivamente. Na análise descritiva foi realizada a tópicos, na base de dados pesquisada cerca de 38% dos artigos
obtenção de dados quantitativos acerca dos artigos, com o publicados foram na área de Agriculture. Com a utilização da Lei de
mapeamento da evolução na quantidade de artigos publicados ao Lotka, apresentam-se na Tabela 1 os artigos com maior número de
longo dos anos. A análise bibliométrica foi realizada conforme a citações, informando o autor responsável, o Periódico (Journal) que
sugestão de Guedes e Borschiver (2005), que descreve três leis para a foi publicado e o ano da publicação. O artigo com maior número de
sistematização da pesquisa bibliométrica, conforme explicadas no citações é A review of the cousins of poor fertiliry in hight milk
quadro abaixo. As leis presentes no quadro possibilitaram o producing dairy cows, no ano de 2011, com 277 citações; posterior, o
direcionamento necessário para a pesquisa bibliométrica, como artigo Production diseases of the transmition cow, de Mulligam e
também permitiram definir quais as palavras-chaves para a pesquisa Doherty, do ano de 2008, obteve 158 citações.
dos artigos. Para realização da pesquisa foram utilizadas palavras-
chaves obtidas com a revisão da literatura, exposta no tópico
46010 International Journal of Development Research, Vol. 11, Issue, 04, pp. 46008-46012, April, 2021
Figura 1. Evolução das Publicações sobre Sistema de Gestão Ambiental no Setor de Laticínios
Ambos os estudos demonstram importância para o tema e para a Ao relacionar os principais autores informado na Figura 3, apenas
literatura acerca da temática Sistema de Gestão Ambiental no Setor Cady, Capper, Powell e Von estão representados pelos seus artigos na
de Laticínios. As linhas 1 e 2 da Tabela 1 relacionam na sequencia as tabela 1. Nisto, existe apenas uma parceria existente entre Cady e
duas publicações com maior número de citações, em seguida forma Capper, no trabalho intitulado The environmental impact of
relacionados outros 8 artigos publicados que demonstram importância recombinant bovine somatotropin (sbST) use in dairy production, do
para os temas pesquisados. Um ponto em destaque é o ano em que ano de 2008, contendo 79 citações em outros artigos, ficando na
foram publicados os dois primeiros artigos, o qual o primeiro foi no quinta colocação no número de citações. Entretanto os autores dos
ano de 2001 e em seguida no ano de 2002, sendo que nenhum destes artigos com maior número de citações não estão em destaque como
trabalhos pioneiros estão contidos na lista dos mais citados. A figura autores que mais publicaram. Complementando a pesquisa e a
3 gerada com a pesquisa dos temas gerada da base de dados Web of demonstração gráfica de dados bibliográficos, foi utilizado o software
Science evidencia o nome dos 20 principais autores, sendo Cady R.A; Vosviewer®, com a determinação de um mapa, adotando os critérios
Tempelman R.J; Capper J.L; Chapman D.F; Powell J.M e Von a seguir: no primeiro momento foi escolhida a opção Criate a map
Keyserlingk M.A.G, os autores mais representativos, com a based on bibliographic data, que a escolha desta opção possibilita a
publicação de três trabalhos cada, seguido por autores com duas montagem um mapa baseado em dados bibliográficos.
publicações cada.
Seguido a estruturação do mapa e passando para a segunda etapa, como: autores, periódicos, ano de publicação, citações e
existe a opção Choose type of analysis and counting method, a qual volume.
foram selecionadas as opções: Type of analysis (Cooccurrence);
Countig method (Full counting); Unit of analysis (All keywords). Na Com os resultados obtidos e demonstrados por meio de tabelas
terceira etapa da construção do mapa, intitulado de Choose
Threshold, foi instituído o Minimum number of occurrnces of a
e gráficos, constatou-se a influência de autores em publicações
keyword, delimitando em dez itens o número mínimo de ocorrências, do tema, identificando os artigos que possuem maior número
passando de 692 palavras existentes caso o mínimo fosse duas, para de citações. Nesse sentido, destaca-se que os temas passaram
30 itens como limite em ligações entre variáveis na montagem do por um período de estagnação, mas obtendo um aumento em
mapa. Com as etapas de construção do mapa gráfico estabelecidas, publicações em décadas posteriores. Tal aspecto também
foi possível a elaboração de dois mapas gráficos que relacionam e influenciou as produções na área de Agriculture, considerando
separam as palavras-chaves por clusters, sendo que o primeiro cluster a área com maior número de publicação entre as relacionadas.
demonstra que as palavras-chaves com maior relação e frequência são O estudo estabelece uma contribuição ao possibilitar a
Inteligência, Agricultura e Estudos, respectivamente. No segundo utilização de um método para a pesquisa bibliométrica, que
mapa há a representação, por cores, dos anos de publicação a qual
representam os termos encontrados. Na demonstração do mapa
estabelece critérios claros e direcionados por meio das leis de
bibliográfico é possível observar a existência dos dois grupos de Zipf, Lotka e Bradford, podendo tais leis serem aplicadas em
artigos (clusters), separados por cor, mas produzindo uma ligação diversas áreas e pesquisas de trabalhos publicados. A pesquisa
entre os itens e estudos. Dentre as palavras mais usadas para as e o direcionamento do estudo contribuem também para o
ligações, depois de Agricultura e Estudos, está a palavra qualidade, avanço do conhecimento, por conduzir e estabelecer uma
que mesmo estando em uma posição de ligação com o grupo verde, ligação entre duas variáveis que se relacionam em abordagens
interage com o grupo de palavras em vermelho. Nesse ponto, pode-se teóricas, além de encontrar termos que crescem no mercado de
considerar o termo qualidade como um elo de ligação entre os trabalho, devido a maiores níveis de conscientização das
estudos encontrados na pesquisa. Considerando os filtros utilizados pessoas em relação ao assunto. Como limitação estabelece o
no Vosviewer® versão 1.6.10 para o sistema Windows®, foi possível
estabelecer uma relação entre os artigos publicados por meio de
filtro aplicado a pesquisa, que utilizou a Base de Dados Web of
palavra-chave e os anos de publicação, separados por cores, na escala Science, selecionando os artigos completos publicados em
que consta na Figura 5. Na escala as publicações estão relacionadas a Periódicos que relacionavam Sistema de Gestão Ambiental e o
partir da cor mais escura, anterior ao ano de 2010, havendo uma Setor de laticínios, não havendo delimitação do tempo. Com
mudança das cores até o amarelo claro, que representa o ano de 2014 isso, a pesquisa pode ser aplicada em novas bases de dados e
e posterior. Os anos expostos na escala estão relacionadas com as incluindo outros trabalhos sobre o tema.
publicações relacionadas na Tabela 1, que demonstram que mais da
metade dos estudos foram publicados entre os anos de 2012 e 2014.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, R. O. B.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A.
B. Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao
desenvolvimento sustentável. São Paulo, Makron Books,
2000.
CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo,
quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
DIAS, R. Gestão ambiental: Responsabilidade social e
Sustentabilidade. Atlas, 2° ed. 2011.
GUEDES, V., BORSCHIVER, S. Bibliometria: uma
ferramenta estatística para a gestão da informação e do
conhecimento, em sistemas de informação, de
comunicação e de avaliação científica e tecnológica.
Fonte: Dados da pesquisa
CINFORM – Encontro Nacional de Ciência da
Informação VI, v. 6, 2005.
Figura 5. Publicações por data PEIXE, B. C. S. Mensuração da maturidade do sistema de
gestão ambiental de empresas industriais utilizando a
Os estudos que relacionam as palavras Farmer e milk production teoria da resposta ao item. Doctoral Thesis, Universidade
estão em uma cor azulada, pautados entre os anos de 2010 e 2011, já Federal de Santa Catarina, Florianópolis -SC, 2014
a Dairy Farm está em uma cor amarelada, aproximando do ano de PIACENTE, F. J. Agroindústria canavieira e o sistema de
2014. gestão ambiental: o caso das usinas localizadas nas bacias
hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
CONCLUSÃO Universidade Estadual de Campinas, Campinas- SP,
Dissertação de mestrado, 2005.
Para responder à questão da pesquisa que buscou analisar as PINTO, T. J. A.; MARDEGAN, Y. M. L. Implementação do
características da produção científica em Sistema de Gestão sistema de gestão ambiental: Fatores críticos de sucesso.
Ambiental e sua relação com o setor de laticínios, foi realizado Ciências Farmacêuticas: Sistema de Gestão Ambiental, p.
um estudo bibliométrico, utilizando a base de dados Web of 296-320, 2009.
Science para identificar publicações de artigos que relacionam STEVENS, P. A., BATTY, W. J., LONGHURST, P. J., &
a temática descrita. Por meio da delimitação do estudo, DREW, G. H. A critical review of classification of
utilizando as técnicas para filtrar e selecionar artigos que organisations in relation to the voluntary implementation
relacionavam os temas propostos nesse estudo, foi possível of environmental management systems. Journal of
chegar a um quantitativo de publicações que foram analisadas Environmental Management, 2012, p.206-212.
de acordo com características relacionadas aos seus conteúdos,
*******
Aplicabilidade das ferramentas de gestão empresarial estratégica usadas nos
empreendimentos dos discentes do curso de administração
Applicability of strategic business management tools used in the developments of
administrative course students
Resumo
v. 8/ n. 3 (2020)
Julho/Setembro
No Brasil o número de microempreendimentos cresce exponencialmente,
e umas das causas é o alto nível de desemprego entre a classe
Aceito para publicação em economicamente ativa. Muitos desses empreendimentos são fundados por
29/06/2020. bacharéis em administração, que geralmente abrem seu próprio negócio
ainda durante o curso. Nessa perspectiva esse artigo se propôs a
1
Graduanda em administração, investigar como os alunos do curso de administração da Universidade
Universidade Federal de Federal de Campina Grande – Campus Sousa colocam em prática os
Campina Grande. E-mail: conhecimentos básicos da administração estratégica adquiridos em sala
anaisabelle00@hotmail.com. de aula nos seus microempreendimentos. Esta pesquisa classifica-se
como exploratória e descritiva, uma vez que investigou as práticas de
gestão estratégica utilizadas pelos discentes a partir do conhecimento
adquirido em sala de aula na vida prática, para isso foi feita uma revisão
na literatura e realizadas entrevistas com os alunos. No estudo observou-
se que as ferramentas de gestão estratégica ciclo PDCA, a análise SWOT
e a matriz BCG são utilizadas como ferramenta de gestão estratégica.
Entretanto não são aplicadas sistematicamente, além disso ainda são
reconhecidas como peças-chave para o alcance dos objetivos
organizacionais. Dessa forma, é indicado que estes administradores e
donos do seu próprio negócio atentem para as ferramentas de gestão
estratégica, reconhecendo nestas o potencial de diferenciar sua empresa
no mercado e assim aumentar as chances de crescimento.
Abstract
In Brazil, the number of micro enterprises grows exponentially and one
of the causes is the high level of unemployment among the economically
active class. Many of these endeavors are founded by bachelors of
business who usually start their own business during the course. From
this perspective, this article proposed to investigate how the students of
the administration course of the Federal University of Campina Grande -
Sousa Campus (Universidade Federal de Campina Grande - Campus
Sousa) put into practice into their micro enterprises the basic knowledge
of strategic management acquired in the classroom. This research is
classified as exploratory and descriptive, as it investigated the strategic
management practices used by students from the knowledge acquired in
the classroom in practical terms, for this it was made a literature review
and interviews with the students were conducted. In the study it was
observed that the PDCA cycle, the SWOT analysis and the BCG matrix
are used as strategic management tools. However, they are not systematically applied, besides they are still
recognized as a key element to the achievement of organizational objectives. Thus, it is indicated that these
managers and owners of their own business give attention to the strategic management tools, recognizing in
them the potential to differentiate their company in the market and thus increase the chances of growth.
1. Introdução
empreendimento por necessidade está como uma das causas para tantos microempreendimentos
chegarem à falência. No Brasil, a concorrência no mercado de trabalho aumenta exponencialmente
e isso faz com que as pessoas desempregadas automaticamente comecem a vender, quase sempre
bens, e logo tornar-se um microempreendedor individual. Levando em consideração esta situação,
geralmente são pessoas com pouca experiencia profissional na área de negócios, que não demonstra
o interesse necessário para empreender, assimilando seu negócio apenas a uma solução de
emergência, não percebendo nele uma oportunidade (VALE, CÔRREA e REIS, 2014).
O código civil no artigo 966 afirma que empresário é um profissional que exerce uma
atividade econômica organizada com movimentação ou produção de bens e serviços (Código Civil,
2002). Dessa maneira, não pode ser considerado empresário o indivíduo que apenas compra e vende
bens ou serviços, sem que seja reconhecida nessa pessoa as demais características desta função.
O ciclo de Deming ou ciclo PDCA, possui nome autoexplicativo na medida em que mostra
que deve acontecer permanentemente. Dessa maneira, nunca chegará ao fim, uma vez que suas
etapas são contínuas (CÔRREA e CÔRREA, 2011).
O PDCA é formado por quatro etapas básicas, conhecidas até mesmo por pessoas leigas em
todo o mundo, depois de sua ascensão no Japão pós-guerra. Este, no que lhe diz respeito pode ser
aplicável a qualquer organização, por ser de fácil acesso (ABNT, 2008).
Conforme Côrrea e Côrrea (2011), essas etapas são:
P – Plan: planejar, constitui a fase inicial do ciclo e é considerada muitas vezes uma das
mais importantes, sendo reconhecida atualmente o momento mais trabalhoso.
D – Do: executar, é o processo de colocar em prática as ideias previstas no planejamento.
Quanto mais realistas forem as propostas pré-estabelecidas, menos serão as chances de haver falhas
no desenvolvimento do projeto.
C – Check: verificar ou checar, neste momento será feita uma análise dos dados obtidos
durante a execução, para dessa forma perceber erros e falhas que não estavam previstas no
processo.
A – Action: agir, aqui serão feitas as correções necessárias ao processo, de forma a gerar um
novo planejamento e dessa forma tornar contínuo o ciclo.
Este método foi criado na década de 1920, por Walter A. Shewhart, e alguns anos após
disseminado por Willian Edward Deming. Entretanto, ainda no século XXI mostra-se eficiente na
gestão empresarial, principalmente quando aliado a outras ferramentas potencializadoras (CÔRREA
e CÔRREA, 2011).
De acordo com Kotler (2012), a análise SWOT, também pode ser chamada de análise
FOFA. Isso porque a função principal dessa análise é estudar quais as forças, fraquezas,
oportunidade e ameaças de uma empresa. Para a partir desses dados, a administração monitorar
fatores do ambiente interno e externo.
Para Maneger (2007), ao analisar seu ambiente externo, a empresa estará percebendo as suas
principais ameaças e oportunidade ao seu negócio. Assim sendo, esta organização estará preparada
para possíveis mudanças no macro e no microambiente. Enquanto, o ambiente interno pode revelar
as forças e fraquezas de certa organização. Mostrando para esta mesma organização quais os seus
limites no tocante a eficácia e eficiência.
Esta técnica geralmente está inserida no plano de negócios da organização, e constitui uma
peça chave para o estabelecimento das metas organizacionais (KOTLER, 2012).
A ferramenta de gerenciamento conhecida como matriz BCG, foi criada em 1963 por Bruce
Henderson. Esta, por sua vez, é uma forma de decisão estratégica para descobrir elos quantitativos
relacionados ao setor de mercado escolhido por alguma empresa com essa mesma empresa, no
tocante ao seu mix de produtos (BARBOZA E ROJO, 2015).
De acordo com Kotler (2000), o Boston Consulting Group, mais conhecida como matriz
BCG está dividida visualmente em quatro quadrantes. Nesta, os produtos estão divididos com base
em dois fatores, o crescimento do mercado e market share relativo.
Market share é um termo original da língua inglesa, traduzido como participação de
mercado. Em português, e é a fatia ou quota de mercado que uma empresa tem no seu segmento ou
no segmento de um determinado produto. (SIGNIFICADOS, 2019)
Dessa forma, no primeiro quadrante estão inseridos os produtos com baixo crescimento de
mercado e alto market share relativo, estes itens são popularmente chamados de “vaca leiteira”. No
segundo quadrante, estão os produtos com altas taxas de crescimento e market share, sendo
chamados de “estrelas”. O terceiro quadrante, contém os itens com baixo Market share e alto
crescimento no mercado, conhecido como “ponto de interrogação” e por fim no último quadrante
estão os produtos com baixa participação no mercado e baixas taxas de crescimento, identificados
como “abacaxi” (KOTLER e KELLER, 2016).
4. Método da pesquisa
5. Resultado
atua nesse segmento há 3 anos e suas atividades são realizadas e gerenciadas totalmente por um
aluno do CCJS.
Este empreendimento no setor de serviços de informática e desing gráfico não utiliza a
análise de SWOT, uma vez que no seu mercado local não possui concorrente, por ser um pequeno
município, esta empresa atua como um serviço único nesse campo. Por esse mesmo motivo não faz
sentido para a empresa a análise de SWOT, sendo utilizada apenas como meio para perceber
possíveis melhorias.
Entretanto, em relação ao ciclo de Deming, o administrador está sempre atento ao
planejamento semanal, utilizando como recurso planilhas do MS-Excel para programar os prazos de
entregas das atividades, não permitindo que o trabalho seja acumulado e dessa forma provoque
atrasos nos prazos de entrega, o que provocaria insatisfação nos seus clientes e perdas de trabalhos.
Além dessas, ainda são utilizadas planilhas para controle financeiro.
Este negócio é administrado por uma atual aluna do CCJS, está atuando no mercado há
cerca de 6 anos e atualmente possui instalações na cidade de Sousa – PB. O ateliê trabalha
unicamente com serviço de maquiagem e quem executa essa tarefa é a mesma pessoa que
administra.
A administradora dessa pequena empresa afirmou utilizar o ciclo de Deming, pois é um
instrumento de suma importância para ter controle das operações. Isso mostra-se eficaz quando é
necessária reposição de produtos, decorrentes de atividades como períodos com altas taxas sazonais
de demanda, ou em caso contrário, quando o planejamento mostra que a demanda é muito baixa
fazendo com que seja percebido a necessidade de campanhas de marketing.
A empresa ainda utiliza a ferramenta da matriz BCG, uma vez que nesse segmento de
mercado sempre acontecem fenômenos de modismo. Esta análise permite a gestão saber quais as
preferências dos seus clientes e conhecer quais os itens que estão em alta no mercado.
Por fim, é utilizado a análise SWOT, que se mostra desde o início do negócio como a
principal ferramenta utilizada, pois permite que a maquiadora busque cada vez mais a excelência,
através da inspiração relacionada a experiência de outras profissionais com mais visibilidade no
mercado.
A empresa estudada atua no mercado há 3 anos. Esta é uma empresa familiar de pequeno
porte e atualmente é dirigida por um discente do curso de administração do CCJS. A instituição
comercializa produtos de conveniência em geral, mas possui como principal produto de venda
bebidas (por ser os produtos mais comprados em conveniências locais).
Nessa microempresa é utilizado de forma eficaz frequentemente apenas a ferramenta de
gestão estratégica matriz BCG. Isto, para não haver perdas como vencimento e estragos físicos de
produtos por baixa rotatividade.
O gestor reconhece a importância das demais ferramentas, dessa forma o mesmo afirmou
que o ciclo PDCA se fosse utilizado traria melhorias consideráveis para a logística. A ferramenta
ainda não é utilizada simplesmente pela falta de controle, mas ao perceber as transformações
geradas pelo uso dela a administração pensa em métodos para aos poucos começar a utilizar essa
ferramenta. Além dessa, é entendido que a análise de SWOT é importante para esta empresa, a
partir da percepção de mercado que será mostrada a esta loja de conveniências. Dessa forma,
permitindo a expansão do empreendimento.
5.5 Fotografia
A sociedade do setor de fotografia é uma empresa sem instalações físicas, mas que atua no
mercado atendendo a demanda de pessoas da cidade de Sousa e suas circunvizinhanças. É formada
por duas pessoas, sendo que uma delas está cursando administração. Sua atuação no mercado é de
apenas 1 ano.
A empresa de fotografia estudada para os fins desse trabalho utiliza como ferramenta de
gestão estratégica apena o ciclo PDCA, porém entre as empresas analisadas é o que utiliza o ciclo
com mais excelência, na visão da pesquisadora.
O ciclo inicia com o planejamento do como atender o cliente, qual a quantidade de clientes
para determinada época, qual a personalidade individual de cada cliente, afim de que seus clientes
tenham níveis de satisfação superior ao dos seus concorrentes. A partir desse plano são realizadas as
atividades e sempre estudados os resultados, com propósito de melhorar sempre o atendimento ao
cliente.
Trata-se de uma companhia instalada no município de Cajazeiras. Esta, por sua vez, é
caracterizada como MPE. Está colaborando com a economia da sua região a aproximadamente 2
anos e 6 meses. Como as demais citadas, esta também é administrada por um aluno do CCJS.
Por sua vez, esta união de pequenas empresas, utiliza como ferramentas o ciclo PDCA e a
análise de SWOT. O primeiro, quando através de planilhas faz planejamentos de quanto comprar
(com base na previsão de demanda), e planejamentos financeiros. A segunda para fazer a formação
de preços, com base nos preços concorrentes e ter conhecimento sobre qual a melhor forma de se
posicionar no mercado, para atrair o maior número de clientes possíveis.
O empreendedor afirmou que neste segmento de mercado não há necessidade de fazer uma
matriz BCG, por se tratar de itens que não possuem diferença entre si. Assim os clientes não se
baseiam em qualidade do produto, mas em questões como satisfação no atendimento, prazo de
entrega e comodismo.
Uma empresa familiar que já está no mercado de Sousa – PB, há 34 anos. Pode-se perceber
pelo tempo de atuação que é uma empresa madura, entretanto os antigos gestores não possuem
formação para expandir o negócio. Contudo, um dos atuais proprietários está cursando
administração e tem inserido algumas técnicas aprendidas no curso em seu negócio.
Este empreendimento, por sua vez, não faz nenhuma das etapas do ciclo PDCA, o gestor
sustenta-se no fundamento familiar que já está na terceira geração para tomar as decisões e dessa
forma dar o melhor direcionamento ao negócio.
No que diz respeito a análise SWOT não é possível fazer essa análise, pois se trata de uma
matéria prima delicada e de alto valor monetário, o que faz com que muitos concorrentes não sejam
fiéis ao processo químico na elaboração das joias. Como esse problema é quase totalmente
constante não é possível identificar ao certo o nível de fidelidade dos produtos.
Dessa forma, a única ferramenta utilizada é a matriz BCG. A empresa é considerada
referência em alianças no mercado local, por mostrar um produto de maior qualidade que os
demais.
O uso de quase nenhuma ferramenta de gestão estratégica segundo o gestor acontece porque
o ouro, que é a principal matéria prima utilizada, é um produto valioso e que requer além de prática,
um nível de confiança por parte do proprietário com os funcionários. Assim, o aumento de mão-de-
obra é quase impossível, tornando sobrecarregado os poucos funcionários que são adequados ao
cargo.
No que diz respeito a incidência de aplicabilidade das três ferramentas de gestão estratégica
analisadas, nessa amostra de 7 empreendimentos foram percebidos o uso em todos eles, totalizando
12 ferramentas utilizadas. Dentre estes o ciclo PDCA é o mais utilizado com índice de
aproximadamente 42%, isso mostra o quanto esta ferramenta é essencial a qualquer negócio
(Quadro 1). A segunda ferramenta mais utilizada é a matriz BCG com índice de aproximadamente
33%, utilizado na maioria das vezes apenas para conhecer as preferências dos consumidores, não
levando em consideração os demais benefícios dessa ferramenta. Quanto a ferramenta análise de
SWOT foi utilizado em 25% dos negócios, sendo utilizado principalmente para estudo da
concorrência e conseguir melhorar de acordo com a tendência da demanda.
Além destas ferramentas foram encontradas empresas que utilizam outras ferramentas. Estas
são missão e visão; valores; previsão de vendas e planejamento financeiro. Para o ciclo PDCA, as
microempresas usam planilhas do MS-Excel, principalmente na etapa de planejamento por permitir
o desenho do fluxo em que as atividades devem ocorrer.
6. Considerações finais
O presente artigo teve como objetivo principal analisar como os alunos do curso de
administração da Universidade Federal de Campina Grande – Campus Sousa colocam em prática os
conhecimentos básicos da administração estratégica adquiridos em sala de aula nos seus
microempreendimentos. Para isso foram realizadas entrevistas com os alunos que possuem esse tipo
de empresa e assim obter informações de como acontece essa relação no dia-a-dia das empresas.
Os resultados dessa pesquisa mostraram que os alunos reconhecem a importância dessas
ferramentas, percebendo as melhorias que elas proporcionam quando utilizadas. Por isso a maioria
já utiliza algumas ferramentas de gestão estratégica nos seus empreendimentos, e os que ainda não
utilizam estão buscando maneiras de como implantar. Um fator desestimulante é a cultura de que
pequenas empresas não precisam de gestão estratégica. Apesar disso, estes microempreendedores
estão percebendo novas possibilidades, isto é, analisando alternativas para expandirem seus
empreendimentos.
Apesar da grande quantidade de pequenas empresas que se encontram no mercado, é
possível perceber a ascensão daquelas que mais se adequam ao mercado, através de inovações não
oferecidas pela concorrência. Nesse momento a administração estratégica se apresenta como uma
peça chave para o diferencial empresarial.
É certo que estas empresas analisadas já utilizam algumas práticas estratégicas, todavia é
proposto que estas ferramentas estejam em constante aperfeiçoamento. Além disso, devem ser
percebidas como um segredo para dar a empresa possibilidades de crescimento. Assim não serão
utilizadas sem objetivos específicos, pelo contrário, estarão sempre aliadas aos objetivos
empresariais. Para as empresas que ainda não utilizam nenhuma das práticas, é proposto que
comece inicialmente com as ferramentas básicas, como por exemplo definir qual a missão e a visão
da empresa. Em seguida sejam vistas técnicas de planejamento, assim introduzindo o ciclo PDCA.
Com o alcance do objetivo traçado, entretanto, as conclusões em relação aos resultados têm
um alcance limitado. Dentre as limitações da pesquisa pode ser destacado: o pouco tempo
disponível para realização da pesquisa, interferindo no nível de envolvimento dos alunos que muitas
vezes não disponibilizaram de tempo para responder aos questionários e a participação de órgãos
auxiliadores de micro e pequenas empresas, neste caso o SEBRAE.
Referências
BARBOZA, J. V. S.; ROJO, C. A. Diagnóstico estratégico em uma empresa do setor moveleiro por
meio das análises SWOT, matriz BCG e 5 forças de Porter. Revista da Micro e Pequena
Empresa, v. 9, n. 1, p. 103-116, 2015.
CÓDIGO CIVIL. Art. 966 do Código Civil - Lei 10406/02, 2002. Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-
2002. Acesso em: 20 set. 2019.
KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice-
Hall, 2000.
Kotler, P.; Keller, K. L. Marketing management, ed. 15, New York: Pearson.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14.ed. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2012.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico. 23 ed. São Paulo: Editora
Atlas S.A.,2007.
345
empresa localizada no sertão paraibano que atua no setor de bebidas. Para isso, foi
realizada uma pesquisa bibliográfica, além do envio online de um questionário
estruturado, para o responsável do departamento logístico, com base na literatura
pertinente ao tema. Então, como resultado desse trabalho, foi percebido que a
empresa exerce as estratégias de liderança de custos, terceirização, logística reversa,
alianças estratégicas e parte do método push e pull concentrando apenas nas
puxadas. Contudo, o gerente do departamento não conseguiu identificar a utilização
das estratégias de integração vertical e logística retardada na empresa. Dessa forma,
sugere-se que a empresa busque aperfeiçoar ainda mais essas estratégias, sem
esquecer da necessidade de aperfeiçoamento das mesmas, para com o intuito de se
manterem sempre competitivas no mercado.
1. INTRODUÇÃO
346
monitorando-os constantemente a fim de garantir bons preços e boas formas de
pagamentos (BALLOU, 1993).
Avanços tecnológicos, sociais e econômicos estão em constantes mudanças
na sociedade. Esses, são fatores de suma importância que devem ser observados
frequentemente para que ocorra um planejamento contínuo, verificando as
informações decorrentes ao surgimento de variações mercadológicas (TENÓRIO et
al, 2014).
Um setor que está fortemente interligado com o processo logístico é o setor de
bebidas. Isso, quando considerado que passa por longos processos desde a sua
fabricação até a entrega do produto final na mesa do consumidor, tendo como desafio
entregar a bebida certa, no local certo e no tempo certo, com o menor custo possível.
Esse objetivo, por sua vez, é almejado por toda e qualquer organização independente
do seu seguimento. Entendendo como um grande desafio desse setor, a cadeia de
distribuição, é necessário um estudo logístico para atender de melhor forma sua
necessidade demandada. De acordo com Castro et al. (2011), trata-se de distantes
pontos de entrega, da fábrica até distribuidores, restaurantes, conveniências dentre
outros.
Uma mudança que ocorreu no Brasil e no mundo, afetando todo o âmbito
empresarial devido à gravidade da situação enfrentada foi o surgimento do novo vírus
contagioso denominado COVID 19. Esse, no que lhe concerne, obrigou por motivos
de segurança pessoal e coletiva, o isolamento e distanciamento social, na tentativa de
diminuir a disseminação da doença. Com isso, as empresas tiveram que reformular
suas estratégias com a perspectiva de se manterem no mercado durante a crise, o
que afetou inclusive o setor de bebidas, uma vez que está correlacionado a ambientes
citados anteriormente que sofreram seu impacto.
Para Brasil e Rocha (2010) é importante realizar o planejamento organizacional
no que se diz respeito ao setor estratégico logístico da organização, objetivando o
aumento da competitividade, desenvolvimento e produtividade, de forma que o
trabalho ocorra em conjunto para a obtenção de êxito. Tendo assim que dotar-se de
estratégias logísticas para chegar-se a devidas soluções possíveis dos problemas que
surgem diante das adversidades mercadológicas. Para tanto, o setor de bebidas pode
adotar algumas estratégias, que facilitarão a funcionalidade da logística, tais como:
liderança de custos, terceirização, logística reversa, integração vertical, logística
retardada, e Push e Pul.
347
Diante das informações expostas, é possível compreender que para se
manterem vivas e competitivas as organizações tiveram que adaptar seus métodos,
de forma a gerar estratégias em todos os setores. Portanto, este trabalho terá como
objetivo responder a seguinte pergunta: quais as ferramentas estratégicas de logística
usadas por uma empresa localizada no sertão paraibano que atua no setor de
bebidas?
2. METODOLOGIA
3. REFERENCIAL TEÓRICO
348
logístico e com a satisfação do consumidor final. Nunes (apud BRASIL; ROCHA, 2010,
p. 42) propõe que as estratégias logísticas formam um conjunto de componentes que
são capazes de provocar mudanças na esfera dos negócios e consequentemente
alavanca o desenvolvimento organizacional.
Em síntese, como bem nos assegura Brasil e Rocha (2010), as estratégias de
logística contemplam as atividades da cadeia de suprimento, com o objetivo de facilitar
o desenvolvimento competitivo, em funções dos stakeholders presentes nesse
seguimento. Além de aumentar a competitividade empresarial, as estratégias visam
otimizar e minimizar os custos ao longo da cadeia e agregar valor ao produto da
organização (CHOPRA e MEINDL, 2002).
Desde o início das coletas de informações sobre as estratégias logísticas, nota-
se o surgimento de diferentes soluções e adequações de táticas, para cada setor da
economia. Conforme explicado acima, o diferencial competitivo proporcionado por
elas tem grande relevância para as empresas, o tornando indispensável para as que
desejam conquistar uma fatia do mercado em que está inserida.
Segundo Porter (1990), as estratégias logísticas determinam uma posição para
a organização, entre elas a lucrativa e a sustentável, tratando inegavelmente de forças
que repelem concorrência. O autor deixa claro que as estratégias têm como base
tornar as empresas diferentes na perspectiva dos consumidores, criando uma
personalidade única para a organização e gerando vantagem sobre os seus
concorrentes.
Pode-se dizer que o alicerce para a satisfação das atividades logísticas é a
habilidade que a empresa desenvolve para aplicar e utilizar de forma eficiente e eficaz
as estratégias apoiadas pela divisão dos consumidores em grupos segmentados. "O
resultado que se espera é que em todas as etapas a logística comprove sua eficácia,
realizando as tarefas, mas sempre com segurança, pontualidade e qualidade”
(FERNANDES, 2012, p. 15). Conforme mencionado pelo autor, a efetividade desse
processo vai ser comprovado com a aprazibilidade das necessidades dos seus
clientes.
Atualmente, empresas em ascensão e principalmente as que produzem em
grande escala como, por exemplo, as do segmento de bebidas utilizam estratégias
logísticas. De acordo com Filho (2012) as estratégias logísticas contribuem para que
as organizações obtenham lucros, reduzam os custos benefício dos produtos e
349
melhorem o atendimento ao cliente. Conforme explicado acima, o setor de bebidas é
um dos principais beneficiados dessas estratégias.
Filho (2012), deixa claro que é necessário ser prudente nas operações
logísticas, já que essas representam uma parte significativa dos custos logísticos na
organização. Esse é o motivo pelo qual é importante frisar esse ponto, uma vez que
essa dimensão interage de forma direta e indireta em todo fluxo interno e externo da
empresa.
As estratégias logísticas que mais são utilizadas no mercado atual incluindo
no setor de bebidas são: liderança de custos, terceirização, logística reversa,
integração vertical, logística retardada, e Push e Pull. As estratégias devem ser
preparadas em conjunto com o planejamento da organização para que maximizem
seu desempenho e adaptem-se as mudanças do ambiente (BRASIL E ROCHA,
2011).
350
3.2.2 Terceirização
351
A verticalização para Gontijo e Gessner (2015) atua nas atividades da cadeia
de suprimentos, permite o domínio do processo e da cadeia, além de uma maior
liberdade de decisão e gerenciamento de custos.
Para Nunes (2001) as alianças logísticas é uma forma rápida utilizada para
capacitar estrategicamente às áreas da empresa, é realizada através de alianças com
organizações que possui os conhecimentos que serão pertinentes a outra
organização.
O objetivo das alianças é reduzir os custos operacionais e de armazenamento
da empresa de forma a oferecer sempre a melhor qualidade do serviço ao consumidor.
A aliança como estratégia possibilita o desenvolvimento de serviços logísticos
customizados (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2006).
352
4. RESULTADOS
353
são feitas as divisões de pacotes e centros de custos, sendo possível planejar um
orçamento com custos fixos e variáveis, utilizando simuladores em todos os sentidos
do departamento logístico.
Em relação ao uso de terceirizados, os mesmos são contratados para serviços
de segurança, suporte médico e serviços de manutenção e abastecimento da frota,
além de serviços de frete em períodos sazonais, ou seja, os de demandas
esporádicas. Portanto, atividades que são consideradas não fundamentais no
desenvolvimento do processo, podem facilmente serem terceirizadas por outras
pessoas ou empresas, reduzindo custos de contratação e pagamento de salários para
funcionários prestadores de serviços pouco úteis.
Quando questionado sobre a prática de logística reversa como uma ferramenta
estratégica para a logística, o gerente disse que a empresa não é produtora, apenas
distribuidora e por isso não conseguem atuar mais eficazmente nesse sentido.
Contudo, é utilizado nos processos de produtos retornáveis, de modo que ao serem
efetuadas as entregas aos clientes, esse ativo retorna para a revenda e
posteriormente para a fábrica, onde passa pelo processo de higienização e recarga do
líquido.
Se tratando do método de integração vertical, em que há liberdade de
gerenciamento da cadeia de suprimento foi afirmado que não é utilizada, uma vez que
a mesma não se posiciona como produtora. Entretanto, a cadeia de suprimentos pode
ser usada também por empresas distribuidoras, na forma de minimizar o
distanciamento entre os níveis e pessoas envolvidas no processo de entrega e gestão
dos produtos. Dessa maneira, não está na diferença entre produtores e consumidores
adotar esse método. Na realidade ele se concentra em uma verticalização integrada
do processo institucional.
A logística retardada é uma ferramenta estratégica que provoca um atraso na
fabricação ou na entrega do produto final, com o objetivo de reduzir riscos de
mudanças no ambiente logístico, como por exemplo, um aumento nos preços de uma
semana para outra. Quando perguntado sobre a utilidade desse mecanismo, o
gerente de logística disse que não usa porque a empresa é apenas distribuidora.
Contudo, essa resposta não possui nenhum fundamento, já que justamente a
empresa distribuidora deve decidir conjuntamente com a indústria sobre a distribuição
e produção ou não de um produto, de forma a aproveitar alguma irregularidade do
mercado consumidor.
354
No que toca a formação de alianças estratégicas, a empresa atua
constantemente na forma de efetuar treinamento para liderança onde a companhia
seleciona líderes em diferentes segmentos para compartilhar seu benchmarking ou
suas melhores práticas. Analisando essa resposta, é entendido que a instituição
desenvolve esse programa de liderança internamento, que por sua vez estabelecem
contato com outras empresas a fim de obter resultados positivos, ou seja, a formação
de compromissos na forma de parceria com empresas auxiliares, podendo até mesmo
serem contratadas como terceirizadas. Um exemplo dessa situação pode ser que o
gerente de logística, na condição de líder se reúna a uma terceirizada de segurança,
que por sua vez ao perceber os bons relatórios da organização, resolva se aliar a ela
e ofertar seus serviços por um custo mais baixo que para as demais.
Se tratando do método push (empurrar) e pull (puxar) a empresa adota apenas
as puxadas, onde o sistema atualiza o estoque. Além disso, de acordo com a venda
média os simuladores de estoque adotados sinalizam o stok-out e estak-over,
permitindo a compreensão dos produtos que estão abaixo ou acima da média de
venda. Essa, por sua vez, auxilia a empresa em assuntos relacionados a compras e
gestão de estoque, além de mostrar diretamente aos gestores quais produtos
carecem de mais promoção e quais podem ter sua promoção reduzida, que é o caso
de algum item que mesmo que não haja publicidade ou aumento nos preços, ainda
será consumido pelo mercado alvo.
Para finalizar foi perguntado sobre quais as medidas usadas e alterações
realizadas nas atividades em relação à pandemia causada pelo novo vírus Covid-19.
Assim, foi constatado que novos hábitos como implantação de regras rigorosas de
higienização, distanciamento social, implantação do sistema home Office e reuniões
e treinamentos on-line forma iniciadas com intuito de promover o distanciamento
social, e consequentemente a contaminação dos colaboradores com esse vírus. É
necessário ressaltar que esses métodos foram utilizados em todos os departamentos
da empresa e não apenas na logística, embora tenha ganhado ênfase por promover
o contato constante com pessoas do ambiente externo, no sentido da realização de
recebimento e entrega das mercadorias.
355
5. CONCLUSÃO
356
REFERÊNCIAS
CASTRO, Arnaldo Alves de. Et al. Logística da distribuição em uma empresa de bebidas.
XIII Encontro Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-
Graduação – Universidade do Vale do Paraíba. Disponível em:
<http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0756_1043_01.pdf>. Acesso em:
01 nov. 2020.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de Pesquisa. 4ª Ed. 12ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.
NUNES, F. R. M. A influência dos fluxos logísticos sobre o tamanho e a idade das empresas
fabricantes de jeans femininos para adolescentes e jovens. Tese (Doutorado), Universidade
Federal de Santa Catarina, 2001.
357
TENÓRIO, F. G. et al. Implicações das mudanças tecnológicas para a administração pública
brasileira. Cadernos EBAPE, v. 2, n. 2, Rio de Janeiro, Jul 2004.
358
Editora chefe
Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Editora executiva
Natalia Oliveira
Assistente editorial
Flávia Roberta Barão
Bibliotecária
Janaina Ramos
Projeto gráfico
Camila Alves de Cremo
Daphynny Pamplona
Gabriel Motomu Teshima 2022 by Atena Editora
Luiza Alves Batista Copyright © Atena Editora
Natália Sandrini de Azevedo Copyright do texto © 2022 Os autores
Imagens da capa Copyright da edição © 2022 Atena Editora
iStock Direitos para esta edição cedidos à Atena
Edição de arte Editora pelos autores.
Luiza Alves Batista Open access publication by Atena Editora
Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição
Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0
Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade
exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora.
Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores,
mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do
Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de
neutralidade e imparcialidade acadêmica.
Conselho Editorial
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Prof. Dr. Adilson Tadeu Basquerote Silva – Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
Prof. Dr. Alexandre de Freitas Carneiro – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Alexandre Jose Schumacher – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná
Prof. Dr. Américo Junior Nunes da Silva – Universidade do Estado da Bahia
Profª Drª Ana Maria Aguiar Frias – Universidade de Évora
Profª Drª Andréa Cristina Marques de Araújo – Universidade Fernando Pessoa
Prof. Dr. Antonio Carlos da Silva – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Gasparetto Júnior – Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Arnaldo Oliveira Souza Júnior – Universidade Federal do Piauí
Prof. Dr. Carlos Antonio de Souza Moraes – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Crisóstomo Lima do Nascimento – Universidade Federal Fluminense
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Prof. Dr. Daniel Richard Sant’Ana – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Deyvison de Lima Oliveira – Universidade Federal de Rondônia
Profª Drª Dilma Antunes Silva – Universidade Federal de São Paulo
Prof. Dr. Edvaldo Antunes de Farias – Universidade Estácio de Sá
Prof. Dr. Elson Ferreira Costa – Universidade do Estado do Pará
Prof. Dr. Eloi Martins Senhora – Universidade Federal de Roraima
Prof. Dr. Gustavo Henrique Cepolini Ferreira – Universidade Estadual de Montes Claros
Prof. Dr. Humberto Costa – Universidade Federal do Paraná
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
Prof. Dr. Jadilson Marinho da Silva – Secretaria de Educação de Pernambuco
Prof. Dr. Jadson Correia de Oliveira – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. José Luis Montesillo-Cedillo – Universidad Autónoma del Estado de México
Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Kárpio Márcio de Siqueira – Universidade do Estado da Bahia
Profª Drª Keyla Christina Almeida Portela – Instituto Federal do Paraná
Profª Drª Lina Maria Gonçalves – Universidade Federal do Tocantins
Profª Drª Lucicleia Barreto Queiroz – Universidade Federal do Acre
Prof. Dr. Luis Ricardo Fernandes da Costa – Universidade Estadual de Montes Claros
Prof. Dr. Lucio Marques Vieira Souza – Universidade do Estado de Minas Gerais
Profª Drª Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Profª Drª Marianne Sousa Barbosa – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Marcelo Pereira da Silva – Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Profª Drª Maria Luzia da Silva Santana – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Miguel Rodrigues Netto – Universidade do Estado de Mato Grosso
Prof. Dr. Pedro Henrique Máximo Pereira – Universidade Estadual de Goiás
Prof. Dr. Pablo Ricardo de Lima Falcão – Universidade de Pernambuco
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Rita de Cássia da Silva Oliveira – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Prof. Dr. Rui Maia Diamantino – Universidade Salvador
Prof. Dr. Saulo Cerqueira de Aguiar Soares – Universidade Federal do Piauí
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Profª Drª Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. William Cleber Domingues Silva – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Administração: gestão, empreendedorismo e marketing 3
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-258-0056-1
DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.561221603
Atena Editora
Ponta Grossa – Paraná – Brasil
Telefone: +55 (42) 3323-5493
www.atenaeditora.com.br
contato@atenaeditora.com.br
DECLARAÇÃO DOS AUTORES
Os autores desta obra: 1. Atestam não possuir qualquer interesse comercial que constitua um conflito
de interesses em relação ao artigo científico publicado; 2. Declaram que participaram ativamente da
construção dos respectivos manuscritos, preferencialmente na: a) Concepção do estudo, e/ou
aquisição de dados, e/ou análise e interpretação de dados; b) Elaboração do artigo ou revisão com
vistas a tornar o material intelectualmente relevante; c) Aprovação final do manuscrito para
submissão.; 3. Certificam que os artigos científicos publicados estão completamente isentos de dados
e/ou resultados fraudulentos; 4. Confirmam a citação e a referência correta de todos os dados e de
interpretações de dados de outras pesquisas; 5. Reconhecem terem informado todas as fontes de
financiamento recebidas para a consecução da pesquisa; 6. Autorizam a edição da obra, que incluem
os registros de ficha catalográfica, ISBN, DOI e demais indexadores, projeto visual e criação de capa,
diagramação de miolo, assim como lançamento e divulgação da mesma conforme critérios da Atena
Editora.
DECLARAÇÃO DA EDITORA
A Atena Editora declara, para os devidos fins de direito, que: 1. A presente publicação constitui apenas
transferência temporária dos direitos autorais, direito sobre a publicação, inclusive não constitui
responsabilidade solidária na criação dos manuscritos publicados, nos termos previstos na Lei sobre
direitos autorais (Lei 9610/98), no art. 184 do Código penal e no art. 927 do Código Civil; 2. Autoriza
e incentiva os autores a assinarem contratos com repositórios institucionais, com fins exclusivos de
divulgação da obra, desde que com o devido reconhecimento de autoria e edição e sem qualquer
finalidade comercial; 3. Todos os e-book são open access, desta forma não os comercializa em seu
site, sites parceiros, plataformas de e-commerce, ou qualquer outro meio virtual ou físico, portanto,
está isenta de repasses de direitos autorais aos autores; 4. Todos os membros do conselho editorial
são doutores e vinculados a instituições de ensino superior públicas, conforme recomendação da
CAPES para obtenção do Qualis livro; 5. Não cede, comercializa ou autoriza a utilização dos nomes e
e-mails dos autores, bem como nenhum outro dado dos mesmos, para qualquer finalidade que não o
escopo da divulgação desta obra.
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 2................................................................................................................15
AÇÕES DA GESTÃO PÚBLICA NO ENFRENTAMENTO DOS AVANÇOS DA COVID-19
NO BRASIL
Maria Alice Carvalho da Silva
Matheus Assunção Cardoso de Carvalho
Vanessa Souza Lima
Mara Águida Porfírio Moura
Kelsen Arcângelo Ferreira e Silva
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216032
CAPÍTULO 3................................................................................................................27
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS NA GESTÃO
DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA NO SERVIÇO PÚBLICO
Thiago Davi Rosa
Lucas Guerreiro
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216033
CAPÍTULO 4................................................................................................................45
GASTOS EM SAÚDE NA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ: UM ESTUDO
SOBRE A APLICAÇÃO E ÁREAS DE PRIORIDADES NO ORÇAMENTO PÚBLICO
Roberto Rivelino Martins Ribeiro
Laís Tamires de Sá Custódio
Juliane Andressa Pavão
Kerla Mattiello
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216034
CAPÍTULO 5................................................................................................................63
ESTUDO DO PROGRAMA DE SAÚDE NA ESCOLA NO PROCESSO DE PREVENÇÃO
DE DOENÇAS
Hortência Araújo Reis
Guilherme dos Santos Rocha
Mara Águida Porfírio Moura
Kelsen Arcângelo Ferreira e Silva
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216035
SUMÁRIO
CAPÍTULO 6................................................................................................................80
O PROCESSO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA, A CULTURA
ORGANIZACIONAL E O JOGO DA SEDUÇÃO
Roseane Grossi Silva
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216036
CAPÍTULO 7................................................................................................................95
UM ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DAS MÍDIAS SOCIAS NO COMPORTAMENTO DE
COMPRA DO CONSUMIDOR NA GASTRONOMIA GOURMET
Adriana Queiroz Silva
Igor Antonio Slociak
João Pedro Batistel
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216037
CAPÍTULO 8..............................................................................................................108
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL PARA
O BEM DA SOCIEDADE COMUM
Matias Vinicius Araújo Santos
https://doi.org/10.22533/at.ed.5612216038
CAPÍTULO 10............................................................................................................129
VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA: GERAÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA
Paulo André Dias Jacome
Pítias Teodoro Lacerda
Letícia Santana Ferreira
Alyson Santana e Silva
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160310
CAPÍTULO 11............................................................................................................145
ORGANIZATIONAL CLIMATE AND STRATEGIES: MIPYME OF THE METALWORKING
SECTOR
Araceli Nolasco Vásquez
Alejandra Torres López
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160311
CAPÍTULO 12............................................................................................................155
PRÁTICAS DE ECOINOVAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE AS DIMENSÕES ECO-
ORGANIZACIONAIS, ECO-PROCESSOS E ECO-PRODUTOS NAS INDÚSTRIAS TÊXTIL
SUMÁRIO
DO SUL BRASIL
Marcia Sierdovski
Marlete Beatriz Maçaneiro
Marcos Roberto Kuhl
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160312
CAPÍTULO 13............................................................................................................172
ELEMENTOS DO PILAR SOCIAL DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL:
UM ESTUDO SOBRE AS PRÁTICAS NAS 150 MELHORES EMPRESAS PARA SE
TRABALHAR NO BRASIL
Marcia Sierdovski
Silvio Roberto Stéfani
Sandra Mara de Andrade
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160313
CAPÍTULO 14............................................................................................................193
AS EMPRESAS MAIS VERDES DO MUNDO: UMA ANÁLISE DAS EMPRESAS
BRASILEIRAS LISTADAS NO RANKING GLOBAL 100 DA CORPORATE KNIGHTS
Helen Cristina Ribeiro Soares
Matheus Florêncio Fernandes
Mara Águida Porfirio Moura
Kelsen Arcângelo Ferreira e Silva
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160314
CAPÍTULO 15............................................................................................................204
ESTUDO SOBRE AS PRÁTICAS DE ENGENHARIA REVERSA POR MEIO DA ANÁLISE
DAS ATIVIDADES PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS DO AÇAÍ QUANDO
ADOTADO O CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES E TEMPO
José Luiz Nunes Fernandes
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160315
CAPÍTULO 16............................................................................................................226
CONTRIBUIÇÃO DO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE NA TOMADA DE DECISÕES
ESTRATÉGICAS EM INDÚSTRIA MOVELEIRA
Mônica Stormowski
Adelino Pedro Wisniewski
Anderson Pinceta
Antonio Roberto Lausmann Ternes
Denise Felber Chaves
Janice Walter
Marcos Rogério Rodrigues
Nedisson Luis Gessi
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160316
CAPÍTULO 17............................................................................................................239
MENSURAÇÃO DO GRAU DE MATURIDADE NA GESTÃO DE PESSOAS NA INDÚSTRIA
SUMÁRIO
MOVELEIRA
Mônica Stormowski
Luis Cláudio Eifert (In Memoriam)
Alexandre Chapoval Neto
Anderson Pinceta
Antonio Roberto Lausmann Ternes
Denise Felber Chaves
Juliane Colpo
Nedisson Luis Gessi
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160317
CAPÍTULO 18............................................................................................................253
FINANCIAMENTO ECONÔMICO. A CHAVE PARA O SUCESSO DAS INDÚSTRIAS DE
PANIFICAÇÃO NA ZONA CENTRO-NORTE DE TLAXCALA, MÉXICO?
Ximena Oróztico Cerón
Jorge Luis Castañeda Gutierrez
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160318
CAPÍTULO 19............................................................................................................260
GESTÃO DE ESTOQUE: ANÁLISE DA GESTÃO DE ESTOQUES POR MEIO DA
APLICAÇÃO DA CURVA ABC NA ATACADISTA COMERCIAL BIRIBA LTDA, NO
MUNICÍPIO DE PATOS DE MINAS/MG
Lusiane Batista dos Santos
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160319
CAPÍTULO 20............................................................................................................272
APLICAÇÃO DAS MATRIZES SWOT E BCG E DAS 5 FORÇAS DE PORTER EM UMA
EMPRESA DO SEGMENTO DE ROUPAS
Ariadne Guerra Souza
Denny Gabriel Xavier Torres
Mariana Paiva Brito
Paloma dos Santos Alves Nunes
Taliana Samara Cavalcante de Freitas
Vanessa Nóbrega da Silva
Amanda Paiva e Silva
Bruno Pereira Diniz
Isabella Thyfany Cavalcante Palmeira
José Cordeiro do Nascimento Júnior
José Leonardo Figueiroa Burgos
Karla Isabelle Alves de Sousa
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160320
CAPÍTULO 21............................................................................................................288
VISÃO DOS FUNCIONÁRIOS SOBRE MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO
DE CASO EM UMBANCO PRIVADO
Isabella Rezende de Faria
Evelyn de Souza Silva Leites
SUMÁRIO
Thiago Rodrigues Moreira
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160321
CAPÍTULO 22............................................................................................................302
APLICABILIDADE DAS FERRAMENTAS DE GESTÃO EMPRESARIAL ESTRATÉGICA
USADAS NOS EMPREENDIMENTOS DOS DISCENTES DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Ana Isabelle Gomes Lopes
Ellen Letícia Gonçalves Andrade
Mairlly Roana Araújo Dantas
Maria do Socorro Rufino de Sousa
Valeria Pereira de Meneses
Sara Acácio Evangelista
Gildeilson Silva Paulino
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160322
CAPÍTULO 23............................................................................................................316
PLANEJAMENTO DE MARKETING DIGITAL NA EDITORA UFSM: UM ESTUDO DE CASO
Gustavo de Souza Carvalho
Daniel Arruda Coronel
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160323
CAPÍTULO 24............................................................................................................336
ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E DIMENSÃO CULTURAL: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
Roseane Grossi Silva
https://doi.org/10.22533/at.ed.56122160324
SOBRE O ORGANIZADOR......................................................................................354
ÍNDICE REMISSIVO..................................................................................................355
SUMÁRIO
CAPÍTULO 22
APLICABILIDADE DAS FERRAMENTAS DE GESTÃO
EMPRESARIAL ESTRATÉGICA USADAS NOS
EMPREENDIMENTOS DOS DISCENTES DO CURSO
DE ADMINISTRAÇÃO
1 | INTRODUÇÃO
No brasil o número de cursos de administração cresce exponencialmente. Dentre
diversos motivos, é possível citar que isso acontece porque é um curso com baixo custo
de implementação. Além disso, como existem muito cursos consequentemente muitas
pessoas conseguem obter o diploma, gerando uma massa muito grande de profissionais
no mercado. (NICOLINI, 2003).
Contudo, o mercado não consegue absorver tantos profissionais, e para não ficarem
sem emprego estes bacharéis acabam optando na maioria das vezes por empreender na
área que mais lhe interessa, ou muitas vezes na área que está em crescimento no mercado
local.
Na década de 1985, foram realizadas pesquisas para mensurar a importância
das micro e pequenas empresas no Brasil e foi constatado que estas empresas eram
responsáveis por 21% do PIB nacional. Contudo as pesquisas com esse objetivo cessaram
e apenas anos mais tarde o SEBRAE contratou a fundação Getúlio Vargas para novas
pesquisas. A última realizada em 2011, mostrou que os pequenos negócios nesse mesmo
ano contribuíram com 27% do PIB. Quando comparados os valores monetários com o ano
de 2001 e 2011, em uma década esse valor cresceu em mais de 100%. (SEBRAE, 2014)
Esta pesquisa é motivada por um problema diário dos graduandos em administração,
que geralmente aprendem o conteúdo ministrado em sala de aula, mas não conseguem
coloca-lo em prática na vida fora dos muros universitários.
Outra motivação é a grande quantidade de alunos que mesmo ainda cursando as
2 | FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Kotler (2012), a análise SWOT, também pode ser chamada de análise
FOFA. Isso porque a função principal dessa análise é estudar quais as forças, fraquezas,
oportunidade e ameaças de uma empresa. Para a partir desses dados, a administração
monitorar fatores do ambiente interno e externo.
Não é conhecido ao certo quem foi o verdadeiro idealizador dessa técnica, porém
se sabe que surgiu a partir de vários estudos como por exemplo, a pesquisa de Albert
Humphrey em 1960 - 1970, sobre a fortune 500 dos Estados Unidos. (SANTOS, 2019).
Para Maneger (2007), ao analisar seu ambiente externo, a empresa estará
percebendo as suas principais ameaças e oportunidade ao seu negócio. Assim sendo, esta
organização estará preparada para possíveis mudanças no macro e no microambiente.
Enquanto, o ambiente interno pode revelar as forças e fraquezas de certa organização.
Mostrando para esta mesma organização quais os seus limites no tocante a eficácia e
eficiência.
Esta técnica geralmente está inserida no plano de negócios da organização, e
constitui uma peça chave para o estabelecimento das metas organizacionais. (KOTLER,
2012).
A ferramenta de gerenciamento conhecida como matriz BCG, foi criada em 1963 por
Bruce Henderson. Esta, por sua vez, é uma forma de decisão estratégica para descobrir
3 | MÉTODO DA PESQUISA
O presente estudo teve como objeto de pesquisa pequenos negócios administrados
pelos alunos das turmas 2015.1 a 2017.1 do curso de administração da Universidade
Federal de Campina Grande. A princípio foi realizado um levantamento teórico sobre o
tema em livros, artigos e periódicos para aprofundar e fundamentar a análise dos dados.
Dessa forma, no início do mês de outubro de 2019 iniciou-se a pesquisa de campo,
onde realizou-se entrevistas com os alunos sobre seus negócios e foram coletados os
dados necessários para estudo do caso, resultando no atendimento do objetivo proposto.
Para a coleta dos dados foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado baseado nos
conhecimentos obtidos a partir da leitura de estudos correlatos.
A pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva. Exploratória, uma vez que
apresenta um novo conceito a ser usado pelas empresas, visto que propôs aperfeiçoamentos
para as ferramentas de gestão estratégica utilizadas. Considera-se descritiva porque
foi elaborado um estudo sistematizado, contendo as variáveis que influenciam direta e
indiretamente o objetivo da pesquisa.
4 | RESULTADO
No decorrer dessa pesquisa foram realizadas entrevistas com alunos do curso
de administração do Centro de Ciências jurídicas e Sociais da Universidade Federal de
Campina Grande que possuem pequenos negócios em suas cidades. Nesses momentos os
mesmos foram questionados sobre as ferramentas de gestão estratégica utilizadas pelas
suas empresas. Ou seja, o uso de ferramentas estudas em sala de aula na vida prática de
um microempreendedor. Dessa forma, foram analisados 8 empreendimentos de diferentes
4.5 Fotografia
A sociedade do setor de fotografia é uma empresa sem instalações físicas, mas
que atua no mercado atendendo a demanda de pessoas da cidade de Sousa e suas
circunvizinhanças. É formada por duas pessoas, sendo que uma delas está cursando
administração. Sua atuação no mercado é de apenas 1 ano.
A empresa de fotografia estudada para os fins desse trabalho utiliza como ferramenta
5 | CONCLUSÃO
O presente artigo teve como objetivo principal analisar como os alunos do curso de
administração da Universidade Federal de Campina Grande – Campus Sousa colocam em
prática os conhecimentos básicos da administração estratégica adquiridos em sala de aula
nos seus microempreendimentos. Para isso forma realizadas entrevistas com os alunos
que possuem esse tipo de empresa e assim obter informações de como acontece essa
REFERENCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9001/2008: Sistema de
gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
BARBOZA, J. V. S.; ROJO, C. A. Diagnóstico estratégico em uma empresa do setor moveleiro por meio
das análises SWOT, matriz BCG e 5 forças de Porter. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 9, n. 1,
p. 103-116, 2015.
CÓDIGO CIVIL. Art. 966 do Código Civil - Lei 10406/02, 2002. Disponível em: https://www.jusbrasil.
com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002. Acesso em: 20 set.
2019.
KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice-Hall,
2000.
Kotler, P.; Keller, K. L. Marketing management, ed. 15, New York: Pearson.KOTLER, P.; KELLER, K. L.
Administração de marketing. 14.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
NICOLINI, A. Qual será o futuro das fábricas de administradores? Fórum educação em administração,
RAE, V. 43, N° 2, p. 44-54, 2003.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico. 23 ed. São Paulo: Editora
Atlas S.A.,2007.
SANTOS. V. M. Matriz SWOT: Quais as origens da matriz estratégica mais famosa? Blog Melhoria
de processos. Campinas – SP, 05 fev. 2019. Disponível em: https://www.fm2s.com.br/swot
origens/#comment-6995. Acesso em: 17 set. 2019.
A
Administração 1, 2, 7, 14, 16, 18, 22, 27, 29, 30, 39, 44, 50, 52, 61, 62, 80, 83, 92, 93, 94,
106, 111, 112, 129, 177, 190, 192, 222, 223, 225, 226, 228, 229, 237, 238, 239, 250, 251,
252, 254, 261, 262, 271, 286, 287, 289, 298, 299, 302, 303, 304, 306, 307, 308, 309, 310,
311, 312, 313, 331, 332, 333, 350, 352
Arranjos produtivos locais 7, 223, 334, 335, 338, 342, 343, 349, 350, 351
Atacado 260, 261, 263, 270
B
Banco 6, 13, 14, 114, 115, 116, 117, 118, 120, 121, 126, 143, 154, 202, 230, 288, 295, 300,
352
Brasil 3, 5, 2, 3, 7, 9, 10, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 44, 45,
46, 47, 48, 49, 50, 52, 61, 62, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 80,
81, 84, 85, 86, 87, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 110, 130, 131, 133, 144, 155, 156, 159, 161,
163, 164, 169, 170, 172, 173, 174, 177, 180, 181, 183, 187, 188, 190, 191, 192, 193, 196,
201, 202, 204, 205, 213, 221, 223, 224, 241, 286, 302, 303, 304, 305, 313, 325, 332, 337,
342, 347, 349, 350
C
Cidadãos 46, 47, 50, 67
Cluster 128, 161, 167, 169, 334, 338, 347, 350, 351
Compra 4, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 104, 105, 106, 107, 119, 261, 277, 279, 280, 305, 320,
330
Consultoria 3, 27, 29, 31, 34, 38, 43, 196, 197, 203, 337
Consumidor 4, 95, 96, 97, 99, 101, 102, 104, 105, 106, 107, 108, 131, 194, 196, 207, 212,
261, 278, 279, 282, 285, 317, 323, 325, 327, 328, 340
Contabilidade 5, 61, 62, 192, 203, 222, 223, 226, 227, 228, 229, 230, 232, 234, 235, 236,
237, 286, 350
Covid-19 3, 3, 13, 15, 16, 17, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 114, 117, 119, 120, 126, 127, 128,
148, 150, 281
Cultura 4, 18, 20, 68, 74, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 121, 176, 181,
186, 234, 275, 294, 312, 337, 344, 345, 349
Curva ABC 260, 262, 264, 265, 266, 267, 268, 269
Custeio baseado em atividades e tempo 5, 204, 205, 208, 213
E
Empreendedor 97, 108, 109, 205, 206, 233, 245, 299, 310, 337
Empreendedorismo 1, 2, 4, 108, 111, 113, 202, 313, 344
Empresa 6, 88, 89, 90, 91, 92, 95, 96, 97, 98, 108, 112, 118, 120, 132, 137, 144, 158, 159,
165, 168, 172, 176, 178, 179, 183, 185, 186, 189, 190, 193, 194, 195, 196, 197, 198, 201,
202, 203, 205, 206, 207, 208, 209, 223, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 232, 233, 234, 235,
236, 237, 239, 240, 241, 242, 243, 244, 245, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 253, 257, 258,
260, 261, 262, 263, 270, 271, 272, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 281, 282, 283,
284, 285, 286, 287, 288, 289, 290, 291, 292, 293, 294, 295, 296, 297, 298, 299, 300, 301,
302, 304, 305, 306, 307, 308, 309, 310, 311, 312, 316, 317, 318, 319, 320, 321, 322, 324,
325, 331, 338, 347, 349
Energia 4, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 142, 143, 155, 156, 157,
160, 165, 167, 169, 177, 201, 202, 203, 208, 217, 218, 220
Engenharia reversa 5, 204, 205, 206, 207, 212, 213, 221, 222, 223, 224, 225
Estoque 6, 233, 260, 261, 262, 263, 264, 270, 279, 280, 283
Estudo de caso 6, 7, 27, 29, 43, 74, 93, 222, 227, 228, 231, 232, 240, 242, 251, 260, 263,
287, 288, 297, 314, 322, 333, 351
F
Faturamento 235, 318
Financiamento 6, 1, 2, 13, 14, 29, 48, 51, 52, 133, 138, 143, 253, 254, 255, 256, 257, 258,
294, 297, 338, 339
Forças de porter 6, 272, 273, 274, 284, 285, 287
Funcionários 6, 84, 161, 165, 169, 178, 179, 182, 189, 192, 246, 248, 258, 288, 289, 290,
293, 294, 295, 296, 297, 298, 300, 311
G
Gastos 3, 1, 11, 45, 47, 52, 53, 55, 56, 57, 60, 61, 65, 100, 114, 121, 123, 125, 126, 137,
I
Indústria 5, 162, 164, 170, 177, 191, 193, 202, 206, 226, 227, 228, 232, 239, 240, 241, 242,
245, 250, 252, 257, 277, 344
Inovação 23, 25, 108, 109, 156, 157, 158, 159, 160, 165, 171, 176, 191, 240, 249, 278, 299,
315, 335, 337, 338, 340, 343, 344, 345, 347, 349, 350, 352
M
Marketing 1, 2, 7, 95, 96, 98, 102, 106, 107, 112, 117, 118, 127, 246, 271, 286, 287, 309,
313, 314, 315, 316, 317, 318, 319, 320, 321, 322, 323, 324, 325, 327, 329, 330, 331, 332,
333
Matriz BCG 273, 274, 275, 276, 282, 283, 285, 286, 306, 311
Matriz SWOT 273, 274, 275, 279, 281, 282, 285, 287, 313
Microempreendimentos 302, 304, 305, 311
Motivação 6, 246, 288, 289, 290, 291, 292, 294, 295, 296, 297, 299, 300, 301, 303
O
Orçamento 3, 14, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 60, 61, 62, 132, 133, 137, 321,
322, 324
Organização 15, 16, 17, 20, 28, 32, 33, 34, 35, 36, 51, 69, 81, 83, 84, 87, 88, 89, 90, 92,
93, 97, 98, 110, 157, 158, 160, 161, 163, 165, 169, 174, 176, 177, 178, 185, 187, 217, 232,
236, 241, 242, 243, 244, 250, 251, 253, 258, 259, 260, 261, 270, 271, 273, 274, 275, 276,
277, 278, 279, 280, 281, 284, 285, 289, 290, 296, 297, 304, 305, 306, 315, 317, 318, 319,
320, 322, 323, 325, 340, 341
P
Pandemia 3, 12, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 23, 24, 25, 26, 102, 115, 116, 117, 119, 120, 127,
279, 280
Q
Quebras estruturais 3, 1, 2, 3, 7, 12, 13
QVT 172, 173, 176, 177, 179, 184, 185, 186, 187, 188, 189
R
Responsabilidade social 108, 109, 112, 174, 187, 192, 203
Revisão sistemática 7, 334, 336, 346, 348, 349
S
Saúde 3, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 52, 53, 54,
58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 172, 173,
175, 176, 177, 178, 182, 183, 184, 187, 188, 189, 191, 210, 211, 289, 294, 297, 342, 346
Serviço público 3, 27, 29, 43
Sociedade 4, 17, 18, 19, 20, 64, 65, 67, 68, 73, 80, 81, 84, 85, 86, 87, 89, 90, 91, 92, 108,
109, 110, 111, 157, 160, 164, 174, 178, 190, 193, 194, 196, 202, 229, 239, 250, 254, 273,
304, 309, 317, 340, 341, 352
Sustentabilidade 5, 2, 3, 14, 108, 109, 111, 112, 143, 157, 162, 172, 173, 174, 175, 178,
179, 182, 183, 184, 185, 186, 187, 188, 189, 190, 192, 195, 196, 198, 202, 203, 233, 245
T
Tomada de decisão 12, 175, 226, 227, 229, 236, 263, 274
V
varejo 177, 261, 318
Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição
Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0
Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade
exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora.
Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores,
mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do
Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de
neutralidade e imparcialidade acadêmica.
Conselho Editorial
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Prof. Dr. Adilson Tadeu Basquerote Silva – Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
Prof. Dr. Alexandre de Freitas Carneiro – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Alexandre Jose Schumacher – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná
Prof. Dr. Américo Junior Nunes da Silva – Universidade do Estado da Bahia
Profª Drª Ana Maria Aguiar Frias – Universidade de Évora
Profª Drª Andréa Cristina Marques de Araújo – Universidade Fernando Pessoa
Prof. Dr. Antonio Carlos da Silva – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Gasparetto Júnior – Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Arnaldo Oliveira Souza Júnior – Universidade Federal do Piauí
Prof. Dr. Carlos Antonio de Souza Moraes – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Crisóstomo Lima do Nascimento – Universidade Federal Fluminense
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Prof. Dr. Daniel Richard Sant’Ana – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Deyvison de Lima Oliveira – Universidade Federal de Rondônia
Profª Drª Dilma Antunes Silva – Universidade Federal de São Paulo
Prof. Dr. Edvaldo Antunes de Farias – Universidade Estácio de Sá
Prof. Dr. Elson Ferreira Costa – Universidade do Estado do Pará
Prof. Dr. Eloi Martins Senhora – Universidade Federal de Roraima
Prof. Dr. Gustavo Henrique Cepolini Ferreira – Universidade Estadual de Montes Claros
Prof. Dr. Humberto Costa – Universidade Federal do Paraná
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
Prof. Dr. Jadilson Marinho da Silva – Secretaria de Educação de Pernambuco
Prof. Dr. Jadson Correia de Oliveira – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. José Luis Montesillo-Cedillo – Universidad Autónoma del Estado de México
Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Kárpio Márcio de Siqueira – Universidade do Estado da Bahia
Profª Drª Keyla Christina Almeida Portela – Instituto Federal do Paraná
Profª Drª Lina Maria Gonçalves – Universidade Federal do Tocantins
Profª Drª Lucicleia Barreto Queiroz – Universidade Federal do Acre
Prof. Dr. Luis Ricardo Fernandes da Costa – Universidade Estadual de Montes Claros
Prof. Dr. Lucio Marques Vieira Souza – Universidade do Estado de Minas Gerais
Profª Drª Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Profª Drª Marianne Sousa Barbosa – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Marcelo Pereira da Silva – Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Profª Drª Maria Luzia da Silva Santana – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Miguel Rodrigues Netto – Universidade do Estado de Mato Grosso
Prof. Dr. Pedro Henrique Máximo Pereira – Universidade Estadual de Goiás
Prof. Dr. Pablo Ricardo de Lima Falcão – Universidade de Pernambuco
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Rita de Cássia da Silva Oliveira – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Prof. Dr. Rui Maia Diamantino – Universidade Salvador
Prof. Dr. Saulo Cerqueira de Aguiar Soares – Universidade Federal do Piauí
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Profª Drª Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. William Cleber Domingues Silva – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Administração: gestão, liderança e inovação 2
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-258-0636-5
DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.365221110
Atena Editora
Ponta Grossa – Paraná – Brasil
Telefone: +55 (42) 3323-5493
www.atenaeditora.com.br
contato@atenaeditora.com.br
DECLARAÇÃO DOS AUTORES
Os autores desta obra: 1. Atestam não possuir qualquer interesse comercial que constitua um conflito
de interesses em relação ao artigo científico publicado; 2. Declaram que participaram ativamente da
construção dos respectivos manuscritos, preferencialmente na: a) Concepção do estudo, e/ou
aquisição de dados, e/ou análise e interpretação de dados; b) Elaboração do artigo ou revisão com
vistas a tornar o material intelectualmente relevante; c) Aprovação final do manuscrito para
submissão.; 3. Certificam que os artigos científicos publicados estão completamente isentos de dados
e/ou resultados fraudulentos; 4. Confirmam a citação e a referência correta de todos os dados e de
interpretações de dados de outras pesquisas; 5. Reconhecem terem informado todas as fontes de
financiamento recebidas para a consecução da pesquisa; 6. Autorizam a edição da obra, que incluem
os registros de ficha catalográfica, ISBN, DOI e demais indexadores, projeto visual e criação de capa,
diagramação de miolo, assim como lançamento e divulgação da mesma conforme critérios da Atena
Editora.
DECLARAÇÃO DA EDITORA
A Atena Editora declara, para os devidos fins de direito, que: 1. A presente publicação constitui apenas
transferência temporária dos direitos autorais, direito sobre a publicação, inclusive não constitui
responsabilidade solidária na criação dos manuscritos publicados, nos termos previstos na Lei sobre
direitos autorais (Lei 9610/98), no art. 184 do Código penal e no art. 927 do Código Civil; 2. Autoriza
e incentiva os autores a assinarem contratos com repositórios institucionais, com fins exclusivos de
divulgação da obra, desde que com o devido reconhecimento de autoria e edição e sem qualquer
finalidade comercial; 3. Todos os e-book são open access, desta forma não os comercializa em seu
site, sites parceiros, plataformas de e-commerce, ou qualquer outro meio virtual ou físico, portanto,
está isenta de repasses de direitos autorais aos autores; 4. Todos os membros do conselho editorial
são doutores e vinculados a instituições de ensino superior públicas, conforme recomendação da
CAPES para obtenção do Qualis livro; 5. Não cede, comercializa ou autoriza a utilização dos nomes e
e-mails dos autores, bem como nenhum outro dado dos mesmos, para qualquer finalidade que não o
escopo da divulgação desta obra.
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 2................................................................................................................16
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NO AMBIENTE ACADÊMICO:
UM ESTUDO DE CASO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – UNIPAM
Andrêssa Pereira Sousa
Ana Paula Lara Vasconcelos Ramos
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211102
CAPÍTULO 3................................................................................................................30
METAPROCESSOS EM GESTÃO
Sérgio Luís Haas
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211103
CAPÍTULO 4................................................................................................................36
A GESTÃO COMO FONTE DE ATUAÇÃO EFETIVA DO PROFISSIONAL SECRETÁRIO
EXECUTIVO
Suzane Silva de Sousa Barbosa
Fabiana Carla Bezerra Vitaliano
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211104
CAPÍTULO 5................................................................................................................56
ANÁLISE DE MERCADO POTENCIAL PARA A EXPANSÃO DE UMA EMPRESA DE
ADQUIRÊNCIA EMPREGANDO GEOMARKETING E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
GEOGRÁFICAS
Evelyn Santos da Conceição
Alan José Salomão Graça
Leandro Luiz Silva de França
Sonia Maria Lima Silva
Ingrid dos Santos Araujo
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211105
CAPÍTULO 6................................................................................................................73
IMPACTO EMOCIONAL DEL ESTRÉS EN EL DESEMPEÑO DE LOS TRABAJADORES
EN UNA EMPRESA EN LA FRONTERA DE JUÁREZ-EL PASO TEXAS
Felipe Dávila Soltero
Claudia Cervantes Montoya
Beatriz Eugenia Ochoa Rivera
Sebastián Gloria Zúñiga
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211106
SUMÁRIO
CAPÍTULO 7................................................................................................................80
IMPACTOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA
CERÂMICA DA REGIÃO DE CRICIÚMA/SC
Vinícius Ortolan Salvador
Abel Correa de Souza
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211107
CAPÍTULO 8................................................................................................................95
INFLUÊNCIA NA GESTÃO DE RELACIONAMENTO DE CLIENTES NA SATISFAÇÃO
DAS SUAS NECESSIDADES
Augusto Castigo Choquice
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211108
CAPÍTULO 9..............................................................................................................102
MAPEAMENTO DOS MODELOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO AMBIENTAL PARA O
SETOR LÁCTEO
Ana Isabelle Gomes Lopes
Maria de Fátima Nóbrega Barbosa
https://doi.org/10.22533/at.ed.3652211109
CAPÍTULO 11............................................................................................................135
LA EDUCACIÓN FINANCIERA, ESTRATEGIA DE PYMES
Marina Elizabeth Salazar Herrera
https://doi.org/10.22533/at.ed.36522111011
CAPÍTULO 12............................................................................................................148
GOVERNANÇA: O CASO DE UMA FAMÍLIA E SEU EMPREEDIMENTO
Eduarda Frizzo Moraes
Jaíne Machado de Abreu
Rosane Maria Seibert
Neusa Gonçalves Salla
Grace Kelly Holtz Scremin
https://doi.org/10.22533/at.ed.36522111012
CAPÍTULO 13............................................................................................................166
ESTUDIO DE LOS FACTORES INTANGIBLES EN LOS EMPRENDEDORES TEXTILES
DE LA ZONA MAZAHUA DE SAN FELIPE DEL PROGRESO
Dulce María Castolo Servín
Alba Cruz López
SUMÁRIO
Araceli López Camacho
https://doi.org/10.22533/at.ed.36522111013
CAPÍTULO 14............................................................................................................174
ENTREPRENEURIAL AND SUSTAINABLE PUBLIC MANAGEMENT
Ilmar Polary Pereira
https://doi.org/10.22533/at.ed.36522111014
CAPÍTULO 15............................................................................................................197
GERENCIAMENTO DE CUSTOS PÚBLICOS: UMA ANÁLISE DO MODELO UTILIZADO
NUM CAMPUS DE UNIVERSIDADE PÚBLICA DO INTERIOR DE PERNAMBUCO
Paulo Henrique Meneses Brasil
Helder Caran Ferreira dos Santos
https://doi.org/10.22533/at.ed.36522111015
SOBRE O ORGANIZADOR......................................................................................209
ÍNDICE REMISSIVO..................................................................................................210
SUMÁRIO
CAPÍTULO 9
MAPEAMENTO DOS MODELOS E FERRAMENTAS
DE GESTÃOAMBIENTAL PARA O SETOR LÁCTEO
1 | INTRODUÇÃO
Durante a evolução da civilização a sociedade passou por grandes mudanças. A
partir do século 17. A revolução industrial provocou no mundo variações não imaginadas
anteriormente, como superpopulação, e consequentemente, elevações incontroláveis nos
sistemas produtivos. Desse modo, os danos causados ao meio ambiente aumentaram, já
que a extração de matéria prima cresceu, além dos altos índices de poluição na forma de
efluentes líquidos, sólidos e gaseificados lançados irresponsavelmente na biosfera.
O capitalismo foi um dos responsáveis pelas mudanças negativas ao meio ambiente.
Isso foi provocado, porque o sistema econômico incentiva o consumo desenfreado, fazendo
com que as indústrias estejam sempre superaquecidas. Assim, nasceram as primeiras
ações do desenvolvimento sustentável, um modelo proposto pela Organização das Nações
Unidas, para melhor equilibrar as demandas sociais, econômicas e ambientais (SANTOS
e WEBER, 2019).
Desde o despertar do desenvolvimento sustentável diversos modelos e ferramentas
socioambientais têm sido colocados à disposição da sociedade, com o escopo de lidar com
a relação homem-natureza. Conforme Seiffert (2007), dentre vários instrumentos, existem
os de abrangência micro e esfera pública, os de abrangência micro e esfera privada, os
instrumentos econômicos de gestão ambiental e a Educação Ambiental. No que tange ao
social existem diversos modelos de Responsabilidade Social. A observância pela empresa
de instrumentos de gestão ambiental de forma integrada poderá contribuir para uma boa
governança com os atores sociais locais, melhorando o desenvolvimento local sustentável.
Diante desse despertar verde, os custos com melhoramentos ambientais começaram
a ser considerados investimentos empresariais. O setor de laticínios, foi alvo desses
investimentos, tendo em vista que sua produção envolve fatores como queima de madeira,
danificando o ambiente com emissão de CO2 e retirada de árvores e poluição dos solos e
rios com efluentes líquidos.
Para esta pesquisa foi escolhido o setor de laticínios, porque além das especificações
acima, este é um importante setor industrial para a economia do país, sendo considerado
um dos setores de maior contribuição para o PIB nacional. (CARVALHO, 2010, apud
SEBRAE, 2009).
2 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nessa pesquisa foi adotado o método dedutivo, uma vez que partiu da compreensão
dos modelos e ferramentas ambientais existentes na literatura e sua correspondência com
as práticas socioambientais do setor em estudo, ou seja, de uma perspectiva geral, os
modelos e ferramentas de gestão ambiental, para uma perspectiva particular, as práticas
de gestão socioambiental adotadas pelo setor lácteo.
De acordo com a classificação de Vergara (2013), as pesquisas podem ser
classificadas quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins: foi uma pesquisa
exploratória, descritiva e bibliométrica. Quanto aos meios: trata-se de uma pesquisa
bibliográfica e documental.
Os dados bibliográficos foram obtidos por meio de teses, dissertações e revistas
disponibilizadas em bancos de dados na internet. Enquanto os dados secundários
da pesquisa foram obtidos a partir de documentos encontrados em sites dos órgãos e
instituições que disponibilizam informações atualizadas do setor. Para tanto, foram
observadas as publicações dos últimos 3 anos.
Os dados bibliométricos foram obtidos no banco de dados Web of Science. Para
isto, foram pesquisados trabalhos de todos os anos, utilizando como palavras-chave, os
termos “Setor de laticínios”, e o modelo em estudo, a saber, sistema de gestão ambiental
e ecoeficiência.
O tratamento dos dados dessa pesquisa foi realizado por meio de uma abordagem
qualitativa por meio da análise de conteúdo dos documentos pesquisados. Para a pesquisa
bibliométrica, foi utilizado o Vos viewer 1.6.12, sendo gerados mapas com base em co-
ocorrência de palavras chaves.
3 | REFERENCIAL TEÓRICO
A fim de responder os objetivos dessa pesquisa, foram abordadas na literatura
informações relacionadas aos principais modelos e ferramentas de gestão ambiental para
o setor de laticínios. Além disso, serão levantados os resultados obtidos na pesquisa da
Web of Science, que subsidiaram o mapeamento desses modelos para o setor lácteo.
Este instrumento de gestão ambiental busca fazer com que os efluentes lançados
pela produção cheguem ao lugar ideal, não sendo expelido no meio ambiente, destruindo o
mesmo. Por isso, este método deve ser considerado imprescindível para a gestão ambiental
nas empresas de iniciativa privada (SIMONS, 2006). Entretanto, para que a técnica seja
validada é necessário que a organização entenda o conceito de holismo, sabendo que
todos os setores estarão envolvidos no processo de mudança (SILVA et. al., 2017).
4.2.3 Ecoeficiência
5 | CONCLUSÃO
O presente estudo teve como objetivo principal mapear os modelos e ferramentas
de gestão socioambiental que poderão ser utilizados pelo setor lácteo. Para isso, foi
realizada uma pesquisa bibliográfica e bibliométrica com o software Vos viewer 1.6.12, para
identificar na literatura os principais modelos e ferramentas de gestão ambiental eficazes
para o setor de laticínios.
Os resultados dessa pesquisa mostraram que embora o setor de laticínios tenha
uma predisposição para causar danos ambientais, muitos desses prejuízos podem ser
gerados através de alguns instrumentos de gestão ambiental. Desse modo, as indústrias
conscientes de sua responsabilidade ambiental e social, devem buscar conhecer as
principais ferramentas ambientais, podendo construir um modelo personalizado de acordo
com as maiores demandas percebidas na sua empresa, ou podem adquirir um modelo
pronto, como por exemplo o SGA proposto pela Associação Brasileira de Normas e
Técnicas.
Para isso foi realizada uma pesquisa documental panorâmica para entender como
se comporta o setor estudado. Com isso foi possível identificar potencialidades deste setor,
no que diz respeito a questões ambientais, sociais e econômicas. Ainda, foi desenvolvida
uma revisão bibliográfica para saber quais os impactos causados por estas empresas e
desenvolver um sistema de indicadores para os modelos e ferramentas de gestão ambiental.
Conduzindo ao entendimento da necessidade de adequação destas práticas neste
segmento, uma vez que, investimentos em ações ambientais conduzirão as organizações
a crescimentos econômicos de curto à longo prazo, além dos benefícios socioambientais
afetando toda a comunidade interna e externa à organização. Por fim, foi verificada através
de pesquisas bibliométrica com o software Vosviewer 1.6.12, quais os principais modelos e
ferramentas de gestão ambiental para o setor lácteo, sendo: sistema de gestão ambiental,
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao PIBIC/CNPq–UFCG por permitir que essa pesquisa tenha sido
realizada da melhor forma e a minha orientadora, professora Doutora Maria de Fátima
Nóbrega Barbosa
BARBOSA, C.S.; MEDONÇA, R.C.S.; SANTOS, A.L.; PINTO, M.S. Aspectos e impactos ambientais
envolvidos em um laticínio de pequeno porte. Rev. Inst. Laticínios, n° 366, p. 28-35, 2009.
BARBOSA, M., RODRIGUES, D., & BARBOSA, E. Práticas Socioambientais nas Empresas do
Município De Sousa – Paraíba: Contribuições ao Desenvolvimento Local Sustentável. Reunir - Revista
De Administração Contabilidade E Sustentabilidade, 3(1), p. 103-124, 2013.
DIAS, R. Marketing ambiental: ética, responsabilidade social e competitividade nos negócios. São
Paulo: Atlas, 2007.
LOPES, J. A. Indicadores de ecoeficiência para micro e pequenas empresas (MPE) que atuam
no fornecimento de produtos: conceitos e ferramentas. 1° Congresso Sul-Americano de Resíduos
sólidos e Sustentabilidade, Gramado, 2018. Disponível em: http://www.ibeas.org.br/conresol/
conresol2018/I-030.pdf. Acesso em: 03 maio 2020.
MARINHO, M. M. O.; AGRA FILHO, S. S.; ORRICO, S. R. M.; SANTOS, F. C. Avaliação de impacto
ambiental como instrumento de estímulo à produção limpa: desafios e oportunidades no Estado da
Bahia. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 6, n. 3, p. 132-144, 2012.
NEETZOW, R. F.W.; OLIVEIRA, J. M.; SOUZA, A. V. Sistema de avaliação em produção mais limpa
– SAPmaisL: Promovendo a melhoria contínua. International workshop advances in cleaner
production, São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.advancesincleanerproduction.net/second/files/
sessoes/6a/4/R.%20F.%20W.%20Neet zow%20-%20Resumo%20Exp%20-%206A-4.pdf. Acesso em:
01 maio 2020.
PEIXE, B.; TREIERWEILLER, A.; BORNIA, A.; TEZZA, R.; CAMPOS, L. Fatores relacionados com
a maturidade do sistema de gestão ambiental de empresas industriais brasileiras. Revista de
administração de empresas, V. 59, N° 1, Jan./Fev. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S003475902019000100029file:///C:/U sers/anais/Downloads/Marinho_
Agra_Orrico_Santos_2012_Avaliacao-de-impacto-ambiental_1 1624.pdf. Acesso em: 09 fev. 2020.
SEVERO, E. A.; BARBOSA, A. S. F.; MOTA, S. M.; OLIVEIRA, M. B. A Influência do Marketing Verde no
Consumo Sustentável: Uma ‘Survey’ no Rio Grande do Norte. Desenvolvimento em Questão, v. 18, n.
51, p. 268-280, 2020.
SILVA, A.; MORAES, J. GUTERRES, L.; BURIN, H. Contribuições da produção mais limpa,
ecoeficiência e sustentabilidade como alternativa de agregação de valor para uma cooperativa de
materiais reciclados. Desafio online, v. 5, n. 2, 2017. Disponível em: file:///C:/Users/anais/Downloads/
Silva_Moraes_Guterres_Burin_2017_Contribuicoes-da-Produ cao-mais_46468.pdf. Acesso em: 09 nov.
2019.
SIMONS, M. O. Educação ambiental na empresa: mudando uma cultura. In: VILELA JR. Alcir. e
DEMAJOROVIC, Jacques. Modelos e ferramentas de gestão ambiental: desafios e perspectivas
para as organizações. São Paulo: Editora SENAC, 2006.
TAUBE, F.; GIERUS, M.; HERMANN, A.; LOGES, R.; SCHONBACH, P. Prados e globalização –
desafios para a pesquisa de forragem no Noroeste da Europa. The journal of the British Grassland
Society, 2013.
A
Administração 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23,
24, 25, 26, 27, 28, 29, 34, 36, 38, 39, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 52, 53, 54, 55, 83, 93, 95,
102, 115, 116, 119, 130, 131, 132, 133, 134, 150, 151, 153, 154, 155, 156, 158, 159, 161,
162, 164, 165, 174, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 184, 187, 193, 194, 195, 196, 197,
198, 201, 206, 207, 208, 209
Administrador 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 15, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 38, 201
Área de estudo 61, 62, 63, 65
Assessoria 37, 42, 52, 54, 55, 126, 127, 161
Atitudes 17, 38, 40, 43, 45, 52, 114
B
Brasil 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 19, 20, 46, 47, 48, 55, 56, 62, 71, 72, 81, 82,
83, 86, 91, 100, 101, 108, 115, 116, 117, 128, 133, 134, 143, 150, 164, 177, 178, 180, 181,
183, 184, 193, 194, 195, 197
C
Capital 16, 18, 62, 70, 78, 79, 107, 114, 119, 125, 132, 141, 150, 151, 154, 166, 168, 169,
171, 172
Clientes 22, 47, 58, 85, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 111, 112, 119, 120, 124, 125, 137, 139, 157,
158, 167, 169, 171, 191, 199
CLT 83, 84
Competências 1, 5, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 27, 28, 36, 37, 38, 39,
40, 41, 42, 43, 44, 45, 47, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 120, 121, 182, 183, 188, 189, 190
Conhecimentos 5, 8, 9, 10, 17, 18, 19, 20, 23, 24, 26, 27, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 52,
158, 199, 204
Consultoria 9, 20, 37, 42, 54
Consumidor 56, 57, 58, 98, 99, 114
Criciúma 80, 82, 86
Currículo 4, 8
Custo 58, 80, 81, 82, 83, 84, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 124, 125, 202
D
Desemprego 80, 81, 84, 89, 90, 108, 117
F
Família 84, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 160, 161, 162, 163,
164, 165
G
Geomarketing 56, 57, 58, 59, 60, 70, 71, 72
Gerência 39, 41, 43, 54, 177
Gerenciamento 9, 19, 36, 45, 51, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 205, 206, 207,
208
Gestão 1, 2, 5, 6, 8, 9, 11, 14, 16, 17, 18, 20, 22, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36,
37, 38, 39, 40, 42, 43, 44, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 81, 82, 93, 95, 96, 97, 98,
99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 107, 108, 109, 110, 111, 113, 114, 115, 116, 121, 123, 127,
129, 130, 133, 148, 149, 152, 153, 155, 156, 157, 160, 161, 162, 164, 165, 174, 175, 176,
177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 195, 196,
197, 198, 201, 202, 205, 206, 207, 208, 209
Gestor 9, 25, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 43, 44, 45, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 55, 86, 157, 180, 181
Governança 31, 46, 47, 103, 148, 149, 150, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160,
162, 163, 164, 165, 180, 197
I
Inovação 21, 41, 43, 99, 113, 117, 120, 183, 190, 195, 209
J
Juárez 73, 75
L
Legislação 80, 81, 82, 83, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 151, 159, 206
Líder 25, 40, 193
Liderança 21, 25, 26, 27, 28, 36, 37, 39, 40, 41, 43, 45, 126, 179, 193, 196
M
Marketing 16, 19, 20, 22, 56, 57, 58, 71, 72, 85, 95, 96, 97, 100, 101, 102, 103, 107, 110,
112, 114, 115, 116, 195
Mercado 5, 8, 16, 18, 19, 20, 23, 27, 29, 30, 31, 32, 36, 37, 38, 41, 42, 56, 57, 58, 59, 60,
64, 69, 70, 89, 92, 97, 99, 100, 117, 119, 124, 125, 127, 151, 155, 159, 160, 164, 165, 167,
168, 169, 170, 172, 177, 181
Metaprocessos 30, 31, 32, 33, 34, 35
Modelos 9, 19, 20, 27, 46, 47, 55, 102, 103, 104, 105, 113, 114, 116, 117, 121, 123, 137,
138, 140, 167, 178, 194, 206
Motivação 40, 43, 45, 121, 126
N
Negociação 9, 19, 39, 40, 44, 45, 92
O
Orçamento 52, 55, 126, 200, 202, 203, 205, 206
P
Planejamento 11, 19, 21, 25, 29, 33, 34, 35, 38, 39, 41, 43, 45, 52, 55, 62, 101, 107, 108,
111, 112, 113, 117, 119, 120, 122, 123, 124, 126, 127, 128, 129, 130, 153, 161, 179, 199,
200, 201, 202, 206, 207, 208
R
Relacionamento 24, 27, 28, 56, 60, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 124, 125, 126, 159
Responsabilidade social 18, 23, 102, 103, 106, 107, 110, 112, 114, 115, 116
T
Trabalho 1, 3, 4, 5, 8, 9, 11, 14, 16, 17, 20, 21, 22, 23, 27, 29, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41,
42, 45, 51, 53, 54, 55, 56, 61, 63, 66, 67, 70, 81, 83, 84, 85, 89, 96, 99, 100, 115, 125, 131,
150, 158, 159, 181, 182, 183, 187, 188, 189, 196, 198, 200, 204, 207, 208
U
Universidade 2, 4, 13, 14, 36, 50, 55, 71, 72, 80, 116, 130, 131, 165, 174, 186, 190, 191,
192, 193, 197, 198, 205, 207, 209
Introdução
Caminhar faz parte da vida de todos os seres humanos, já que todos são pedestres e momentaneamente estão utilizando outros meios de transporte. A escolha
do ambiente de caminhada é influenciada pela qualidade do ambiente construído para o pedestre. As calçadas se configuram no ambiente do pedestre na
cidade. Um dos assuntos mais debatidos atualmente, pelo seu potencial de melhoramento da qualidade de vida nas cidades, é a caminhada. Estudar a
caminhada sob a perspectiva do pedestre, altera notoriamente a importância dada às dimensões e variáveis da caminhabilidade.
Problema de Pesquisa e Objetivo
Considerar o olhar do pedestre altera significativamente a importância dada às dimensões da caminhabilidade, especialmente a urgência da revitalização das
calçadas. Desse modo, esta pesquisa se propôs a responder o seguinte questionamento: Quais os direcionamentos das publicações acadêmicas de modelos de
caminhabilidade? Mapear as publicações científicas de modelos de caminhabilidade, no peíodo de 1945 até 2022, avançando na compreensão sobre o
desenvolvimento do campo, analisando as principais publicações, seus respectivos autores, temas abordados e sua agenda futura de pesquisa.
Fundamentação Teórica
O conceito de caminhabilidade está associado ao quão convidativo um ambiente é para o pedestre. Os estudos de caminhabilidade, permitiram compreender
que alguns fatores, como a segurança, conectividade, estética e acessibilidade, alteram a vontade das pessoas de andar em determinado trecho. Portanto,
alguns modelos de caminhabilidade foram propostos, promovendo espaços mais caminháveis em lugares como a Dinamarca e Estados Unidos.
Metodologia
Foi adotado o estudo bibliométrico na base de dados internacional Web Of Science, e contou com o apoio do software Vos Vosviewer®. Para a pesquisa
bibliométrica, optou-se por atender às recomendações de Guedes e Borschiver, utilizando as leis de Zipf, Lotka e Bradford.
Análise dos Resultados
Os resultados apontaram para 315 artigos, dos quais apenas 34 (11%) de fato, adotaram a perspectiva do pedestre na proposição do modelo. Nota-se que
embora o tema esteja agregado em vários campos do conhecimento, cada um destes está estudando a caminhabilidade por sua própria ótica, sem considerar
uma perspectiva interdisciplinar. A análise dos dados qualitativos, identificou a formação de clusters, mostrando algumas divisões dos estudos, de acordo com
o interesse de cada grupo de pesquisadores.
Conclusão
Os dados permitiram entender que há pouca cooperação entre os diferentes campos do conhecimento na proposição dos modelos de caminhabilidade
existentes. Assim, recomenda-se que especialistas de áreas de conhecimento diferentes formem redes de pesquisas, no intuito de tornar mais interdisciplinar as
pesquisas de modelos de caminhabilidade.
Referências Bibliográficas
GEHL, J. Cidades para pessoas. Tradução de Anita di Marco. 2a edição, São Paulo, Perspectiva, 2013. GUEDES, V.; BORSCHIVER, S. Bibliometria: uma
ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica.
CINFORM – Encontro Nacional de Ciência da Informação VI, v. 6, 2005. JACOBS, J. Morte e Vida de Grandes Cidades. Tradução de Carlos S. Mendes
Rosa. WMF Martins Fontes, 3 edição, São Paulo, 2011.
Palavras Chave
Bibliometria, Gestão urbana, Pedestres
1 INTRODUÇÃO
Andar pode ser considerada uma das ações mais naturais na vida dos seres humanos.
A caminhada é importante em várias dimensões da vida humana, envolvendo a locomoção
para atividades diárias e de lazer, a saúde física, até questões como senso de comunidade e
movimentação de capital financeiro entre a comunidade local.
Andar a pé é, como qualquer outro meio de transporte, não apenas uma ação que
acontece no contexto do ambiente construído. Contudo, de acordo com Boongaling, Luna e
Samantela (2021) e Speck (2016) a escolha do ambiente de caminhada é influenciada –
positiva ou negativamente – tanto pela qualidade do ambiente construído quanto pelas
demandas das atividades cotidianas. Assim, Dijst, Jong e Van Eck (2002), concluíram que os
formuladores de políticas devem ser mais sensíveis às diferenças interpessoais de
acessibilidade.
Alguns fenômenos foram contemplados nas últimas décadas. Inicialmente, a
superlotação das cidades, que por sua vez conduziu ao fenômeno de espalhamento das
cidades. Este conceito, surgiu em 1960, em estudos na cidade de Los Angeles e está
relacionado ao crescimento econômico e social das margens urbanas, já que os centros não
são capazes de suportar todas as necessidades demandadas pelos moradores, além da
especulação imobiliária e da impossibilidade do poder público de controlar o crescimento
territorial (PASSAS et al., 2012).
De acordo com Carneiro et al. (2019), esse distanciamento dos centros contribuiu
efetivamente para a exclusão dos moradores aos benefícios de parte da cidade. Entretanto,
para facilitar o deslocamento, percebe-se um aumento na quantidade de veículos circulando
nas cidades, como resposta ao distanciamento dos locais de acesso à população. Isso fez com
que a população adotasse esse método de deslocamento como primordial.
Ao perceber essa inversão de prioridades, no início da década de 1990, Calthorpe
(1993) lançou as bases do Desenvolvimento Orientado ao Trânsito (DOT). Este, faz menção a
um desenvolvimento pautado na mobilidade sustentável, baseada em meios de transporte
públicos e a mobilidade ativa, em detrimento aos meios de transporte individuais. Em meio a
esse modais alternativos, destaca-se a caminhabilidade como meio de transporte essencial.
Nesse sentido, no Brasil foi formulada a Lei Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Nº
12.587), que atribui aos municípios a necessidade de planejar suas próprias políticas de
mobilidade, pautada em incentivos aos meios de transporte sustentável (BRASIL, 2012).
As pesquisas de mobilidade devem incluir o pedestre, uma vez que todos são
pedestres, e momentaneamente estão utilizando outros meios de locomoção, sendo este, o
mais influenciado no processo de caminhada. Em consonância com Jacobs (2011), são as
pessoas que entregam vida às cidades, de modo que, na ausência destas, até mesmo as grandes
cidades, estão morrendo. Portanto, é para estas que o espaço urbano deve ser construído.
As calçadas se configuram como o espaço das pessoas nas cidades (JACOBS, 2011).
Entretanto, são espaços com cuidados negligenciados, por exemplo, quando os proprietários
dos lotes são os responsáveis pela construção e manutenção do espaço, embora ele seja
público (VASCONCELLOS, 2017).
Um dos temas mais importantes e discutidos, como promotores de qualidade de vida
urbana, é o pedestre, levando em consideração os benefícios da caminhada, desde as
melhorias ambientais, físicas e psicológicas do pedestre, até a dimensão financeira.
1
Para aprimorar a qualidade do ambiente urbano de caminhada, diversos pesquisadores
se dedicaram a propor modelos de caminhabilidade, analisando as fragilidades e
potencialidades da caminhabilidade nas vias urbanas (ALFONZO, 2005; FRANK, 2006;
WALFORD et al., 2011; LEE, ZEGRAS e BEN-JOSEPH, 2013; KEYVANFAR,
SHAFAGHAT e LAMIT, 2018). Modelos de caminhabilidade pautados em dimensões e
variáveis urbanas se configuram em excelentes formas para analisar as condições de
caminhabilidade, e acompanhar os impactos das políticas públicas, isso pode ser percebido
principalmente em trabalhos internacionais, quando essas ferramentas foram posteriormente
utilizadas na construção da gestão urbana (GEHL, 2013; KASRAIAN, 2021).
De acordo com Medeiros (2019), considerar o olhar do pedestre altera
significativamente a importância dada às dimensões da caminhabilidade, especialmente a
urgência da revitalização das calçadas. Desse modo, esta pesquisa se propôs a responder o
seguinte questionamento: Quais os direcionamentos das publicações acadêmicas de modelos
de caminhabilidade?
Assim sendo, esse trabalho tem como objetivo principal mapear as publicações
científicas de modelos de caminhabilidade, no período de 1945 até 2022, avançando na
compreensão sobre o desenvolvimento do campo, analisando as principais publicações, seus
respectivos autores, temas abordados e sua agenda futura de pesquisa. Para tanto, foi adotado
o estudo bibliométrico no mapeamento das publicações da base de dados internacional Web
Of Science, e para análise dos dados, se fez uso do software Vos Vosviewer®.
O estudo bibliométrico revela-se importante, uma vez que seus resultados possuem
capacidade de contribuir, especialmente, com a comunidade acadêmica. Uma vez
identificados os modelos de caminhabilidade, os pesquisadores podem se debruçar para
estudar a caminhabilidade em seu locus de pesquisa. Além disso, esta pesquisa apresenta uma
agenda de pesquisa que possibilita avanços no campo de estudo, por conduzir e estabelecer
uma ligação entre variáveis que se relacionam em abordagens teóricas, além de relacionar
uma temática que ascende na gestão urbana, mas ainda com lacunas a serem discutidas nas
publicações científicas.
Além desta seção introdutória, o presente estudo estrutura-se em mais quatro seções:
revisão de literatura acerca da caminhabilidade, procedimentos metodológicos, os principais
resultados obtidos e por fim, as considerações finais da pesquisa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CAMINHABILIDADE: O QUE SE PENSA E FAZ?
Caminhabilidade, no inglês Walkability, é um termo criado para definir as condições
de caminhada de um pedestre em um determinado espaço geográfico (KELLY et al., 2011).
Ainda, Ghidini (2011) comenta que a caminhabilidade está relacionada ao quanto um
ambiente é amigável e convidativo para o pedestre.
Nabipour, Rosenberg e Nasseri (2022) identificaram que políticas públicas como
redução do nível de estresse do tráfego, controle de tráfego nas interseções, utilidades para
pedestres, conectividade da rede viária e faixas de pedestres marcadas e passarelas para
pedestres, são as ações que convidam as pessoas a caminharem. Além disso, na perspectiva de
Fancello, Congiu e Tsoukiàs (2020), moradores e gestores municipais devem trabalhar
conjuntamente no intuito de tornar as cidades mais caminháveis.
Nesse sentido, alguns projetos urbanos estão sendo desenvolvidos para promover a
caminhabilidade, a saber, Nova York alargou as calçadas da Broadway em 2008 (GEHL,
2013); em 2002, Londres começou a cobrar taxas de pedágio, levando a redução da
quantidade de automóveis em áreas da cidade (GEHL, 2013); Manhattan, em Nova York,
remodelou as ciclofaixas, de modo que em pouco tempo o número de ciclistas dobrou
(SADIK-KHAN; SOLOMONOW, 2016), e em Copenhague foram feitas políticas de
2
incentivo às bicicletas, de modo que atualmente muita gente usa a bicicleta como meio de
transporte diário, e assim foram feitas melhorias nas ciclovias (GEHL, 2013).
Gehl (2013) diz que primeiro as pessoas moldam as cidades e depois são moldadas por
elas. Nesse caso, o exemplo de Copenhague mostra perfeitamente que seus habitantes
moldaram seu ambiente físico e em seguida, o ambiente moldou o comportamento da
população em relação à preferência pelo uso das bicicletas em detrimento ao automóvel
(GEHL, 2013).
Da mesma forma, se houver melhorias e incentivos à caminhabilidade, as pessoas
andarão mais. Esses incentivos são as melhorias nos indicadores considerados importantes,
sejam os tocantes à estrutura física ou os referentes à estrutura não palpável, como a
segurança (NABIPOUR; ROSENBERG; NASSERI, 2022).
Nesse sentido, reafirma-se a necessidade de aprofundar os conhecimentos a respeito
da caminhabilidade nas vias urbanas, entendendo o que já foi realizado e quais os seus efeitos
na sociedade.
Com base nisso, na próxima seção são apresentados os procedimentos metodológicos
utilizados para o mapeamento dos modelos de caminhabilidade, no período de 1945 até 2022.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Lei Descrição
Bradford - Estima o grau de relevância de um periódico em determinada área, acreditando que artigos
pioneiros publicam em periódicos apropriados e por sua vez, atraem mais trabalhos
3
A partir dessas recomendações, foram buscados os artigos pertinentes à pesquisa, de
acordo com os filtros apresentados no próximo tópico.
Após a seleção dos filtros, foi realizada uma leitura dos tópicos (título, resumo e
palavras-chave) e procedimentos metodológicos dos trabalhos, com a intenção de aprofundar
a compreensão de como se deram as pesquisas de modelos de caminhabilidade. Como
resultado dessa condução metodológica, obteve-se como resultado 315 artigos.
Como complemento à pesquisa bibliométrica, foram realizadas construções gráficas
através do software VosViewer v.1.6.10 para o Sistema Windows, obtendo como resultados
figuras e análises que deram suporte para os resultados desta pesquisa.
A partir do software VosViewer v.1.6.10 foi possível identificar clusters de frequência
de uso das palavras-chave nos trabalhos de modelos de caminhabilidade. Para isso, foram
obedecidas as instruções descritas nos manuais de utilização do software (ECK; WALTMAN,
2018).
A partir dos critérios definidos e da execução das fases propostas, obteve-se os
resultados apresentados no próximo tópico.
4
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Essa seção apresentará os resultados da pesquisa, por meio de uma revisão dos
modelos de caminhabilidade.
De acordo com a Figura 1, o ano de 2004 é o primeiro a aparecer. Isto se deve ao fato
de que entre os anos de 1945 e 2003 não haver registro de publicação de artigo científico na
plataforma Web of Science sobre o tema. Ademais, dentre os 315 trabalhos encontrados,
apenas 34 consideraram efetivamente a ótica do pedestre na sua proposição.
O primeiro artigo encontrado na base de dados pesquisada foi em 2004, denominado
Comparing transit-oriented development sites by walkability indicators. Este pressupôs que as
oportunidades para o movimento de pedestres é um elemento chave na compreensão e
avaliação de projetos de Desenvolvimento Orientado ao Trânsito. Assim sendo, os autores
utilizaram SIG para investigar o nível de acesso ofertado ao pedestre entre a parada de trânsito
e a área imediatamente circundante. Isso, através do uso de indicadores de caminhabilidade,
de forma comparativa, usando Portland e Oregon como lócus da pesquisa (SCHLOSSBERG;
BROWN, 2004).
Considerando a ótica do pedestre, o primeiro modelo de caminhabilidade foi proposto
somente em 2011, no trabalho "A comparison of three methods to assess the walkability of the
pedestrian environment", desenvolvido por Kelly et al. (2011). Estes, buscaram aumentar a
compreensão dos fatores que influenciam os níveis de caminhada e escolha de rotas para
pedestres, por meio de três métodos, sendo uma ferramenta computacional em que foi
5
possível analisar as preferências declaradas, uma pesquisa observacional nas ruas, para
identificar as preferências percebidas e, posteriormente, um questionário em movimento.
A partir de então, ainda que em passos lentos, começaram a surgir outras pesquisas de
caminhabilidade na qual foram consideradas a perspectiva do pedestre, como o estudo de Koh
e Wong (2013), o qual avaliou quais fatores de compatibilidade de infraestrutura afetam a
disposição das pessoas para selecionar a rota de caminhada/ciclismo desejada para as viagens
de última milha e estabeleceu um índice de caminhabilidade/ciclabilidade para avaliar o
ambiente. Entretanto, vale ressaltar que essa quantidade de pesquisas, ainda possui um
número inexpressivo em relação a quantidade de modelos que não se atentam à ótica do
usuário final.
Por fim, ao dividir a quantidade de anos em que as pesquisas de caminhabilidade
começaram a ser desenvolvidas, nota-se que de 2004 até 2015, apenas quatro trabalhos
consideraram a perspectiva do pedestre. Posteriormente, de 2016 até 2022, foram encontradas
mais 30 pesquisas com modelos de caminhabilidade, indicando um novo despertar para a
forma de compreensão da temática.
6
French, S.;
Sense of Community and Its Association With the Environment and
88 Wood, L.; 2014
Neighborhood Built Environment Behavior
Learnihan, V.
7
Ao analisar os principais autores informados na Figura 2, é percebido que apenas
Giles-Corti, Yin e Frank estão como autores dos artigos com maior quantidade de citações. O
primeiro, é parceiro de autoria no trabalho Sense of community and its relationship with
walking and neighborhood design, sendo o artigo mais citado. O segundo, participou da
autoria dos trabalhos Measuring visual enclosure for street walkability: Using machine
learning algorithms and Google Street View imagery, e The impact of street network
connectivity on pedestrian volume. Sobre Frank, este fez parceria no trabalho Sense of
community and its relationship with walking and neighborhood design, juntamente com Wood
e Giles-Corti.
O quadro a seguir mostra de forma breve a relação dos autores com artigos com maior
número de citações (quadro 4).
Poucos autores dos artigos com maior número de citações estão em destaque como
autores que mais publicaram. Isso, por sua vez, ressalta que nem sempre os autores com maior
número de publicação são os mais importantes para a temática pesquisada, uma vez que não
possuem os trabalhos mais citados.
Acerca desses autores, existe uma ausência de administradores com grande quantidade
de publicações. Ainda que os trabalhos estejam classificados em áreas como estudos
ambientais, transporte, sustentabilidade ou ciências ambientais, os trabalhos tendem a estarem
concentrados nas primeiras áreas que adotaram a temática. Então, por se tratarem de áreas de
concentração multidisciplinares, é esperado que profissionais de vários campos publiquem
seus trabalhos.
8
Apenas Arellana (2018), Park (2014), Fonseca (2022) e Larrañaga (2014) propuseram
modelos que consideraram a perspectiva do pedestre. Embora esses sejam os autores com
maior quantidade de publicações, cada um deles publicou somente um artigo em que foi
colocado um modelo sob a ótica do pedestre, o que revela a fragilidade da compreensão de
que os modelos de caminhabilidade sempre devem ser formulados de acordo com as
preferências e necessidades do usuário final, quando até mesmo os teóricos que já
despertaram para essa visão, por vezes, ainda pesquisam a qualidade das vias urbanas apenas
sob a ótica de especialistas ou das ferramentas objetivas.
Journal Volume
Sustainability 34
International Journal of Environmental Research and Public Health 15
Journal of Transport Health 15
Transportation Research Record 14
Journal of Transport Geography 13
Journal of Urban Planning and Development 12
Landscape and Urban Planning 7
Health Place 7
Cities 6
Transportation Research Part D Transport and Environment 6
9
Quanto mais estudos existem em determinada área, mais ações são criadas no mesmo
sentido (MEINARD, 2017). Assim, quanto mais uma comunidade pesquisa sobre a
caminhabilidade, maior é a tendência de que o conhecimento seja dissipado e exista cobrança
social para com os governantes, no sentido de melhorar os ambientes, os tornando
caminháveis (MEINARD, 2017).
10
agenda de pesquisa, que apresenta os principais temas estudados e identificados com a análise
dos clusters de palavras-chave (Quadro 5).
Quadro 5 - Agenda de pesquisa
Clusters N de itens N de ocorrências Tema central
C1 - Vermelho 31 404 Estudos de caminhabilidade de forma generalista
C2 - Verde 26 207 Percepção da relação do ambiente com a caminhada
C3 - Azul 20 231 Benefícios da caminhada para a saúde
C4 - Amarelo 20 166 Caminhabilidade como transporte para jovens e crianças
C5 - Roxo 19 259 Sistemas de indicadores de caminhabilidade
C6 - Cinza 18 160 Caminhada para o desenvolvimento sustentável
C7 - Laranja 18 213 Ferramentas tecnológicas para análise da caminhabilidade
C8 - Marrom 17 139 Benefícios da caminhada para a saúde
C9 - Rosa 17 302 Modelos multicritério de caminhabilidade
Fonte: Resultados da pesquisa (2022)
11
SHAFAGHAT e LAMIT, 2018). Em contrapartida, uma quantidade inferior de trabalhos
concedeu a devida importância à perspectiva do pedestre na proposição dos modelos.
Com a revisão dos tópicos e procedimentos metodológicos dos artigos encontrados na
base de dados, percebeu-se que embora o termo pedestrian* tenha sido especificado na base
de dados, apenas 34 dos 315 artigos (11%), propuseram modelos de caminhabilidade
considerando a perspectiva do pedestre. Isso pode ser explicado porque os termos
pedestre/pedestres estão próximos ao objetivo de estudo, as vias urbanas, podendo ser
considerados termos generalistas nas pesquisas de caminhabilidade.
A seguir, será apresentado um quadro com os títulos dos artigos e respectivos autores
dos modelos de caminhabilidade propostos sob a perspectiva do pedestre (quadro 6).
12
Walkability, risk perception and safety assessment
Alkheder, S. et al (2022)
among urban college pedestrians in Kuwait
Individuals' perception of walkability: Results of a
conjoint experiment using videos of virtual Liao, B. (2022)
environments
Perceived Walkability and Respective Urban
Fonseca, F. (2022)
Determinants: Insights from Bologna and Porto
The built environment, networks design, and safety
features: An analysis of pedestrian commuting Nabipour, M.; Rosenberg, M. W.; Nasseri, S. H. (2022)
behavior in intermediate-sized cities
Analysis of the impact of street-scale built environment
design near metro stations on pedestrian and cyclist Liu, Y. et al (2020)
road segment choice: A stated choice experiment
Assessing the walkability of pedestrian environment
Wey, w.; Chiu, Y. (2013)
under the transit-oriented development
Assessing Walkability in the City of Buffalo:
Yin, L. (2013)
Application of Agent-Based Simulation
Assessment of factors influencing walkability in
shopping streets of tourism cities: case of Bursa, Arslan, T. V. et al (2018)
Turkey
Conceptual Framework for Walkability Assessment for
Pedestrian Access to Rail Transit Services by using Naharudin, N. et al (2020)
Spatial-MCDA
Developing a street level walkability index in the
Philippines using 3D photogrammetry modeling from Boongaling, Luna e Samantela (2021)
drone surveys
Development and validity of a virtual street walkability
audit tool for pedestrian route choice Shatu, F.; Yigitcanlar, T. (2018)
analysis—SWATCH
Evaluating pedestrian perceptions of street design with
Kasraian, D. et al (2021)
a 3D stated preference survey
Exploring the influence of neighborhood walkability
Zuniga-Teran, A. et al (2019)
on the frequency of use of greenspace
Influence of infrastructural compatibility factors on
Koh, P. P.; Wong, Y. D. (2013)
walking and cycling route choices
Investigating Pedestrian Walkability using a Multitude
Lee et al. (2021)
of Seoul Data Sources
Measuring walkability for distinct pedestrian groups
with a participatory assessment method: A case study Moura, F.; Cambra, P.; Golçalvez, A. B. (2016)
in Lisbon
Modeling Satisfaction with the Walking Environment:
The Case of an Urban University Neighborhood in a Said, M.; Zeid, M. A.; Kaysi, I. (2016)
Developing Country
Pedestrian Satisfaction-Based Methodology for
Prioritization of Critical Sidewalk and Crosswalk Majumdar, et al (2021)
Attributes Influencing Walkability
Planning for Pedestrians with a Participatory
Gonzalez-Urango, et al. (2020)
Multicriteria Approach
13
Walking accessibility for individuals with reduced
Lima, J. P.; Machado, M. H. (2019)
mobility: A Brazilian case study
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o processo de superlotação das cidades, os problemas associados à gestão urbana
começaram a aumentar cada vez mais. No sentido da mobilidade, foi visto um grande
incentivo ao uso de automóveis, sem mensurar os impactos negativos por eles trazidos. Isso,
deixando em segundo plano o método de deslocamento mais natural do ser humano, que é a
caminhada.
Alguns fatores precisam ser revistos e levados em consideração, como a importância
do processo de caminhar na vida das pessoas, as dificuldades percebidas pelos pedestres no
momento do deslocamento, sejam em viagens utilitárias ou em viagens recreativas, e a
necessidade de um método adequado para mensuração da qualidade do ambiente para o
pedestre. Contudo, para que um novo instrumento de mensuração seja proposto, é necessário
que haja um estudo na literatura sobre quais as estratégias já existentes. Nesse sentido, esse
trabalho revisou a literatura de modelos de caminhabilidade, no intuito de mapear as
publicações científicas de modelos de caminhabilidade, no período de 1945 até 2022,
avançando na compreensão sobre o desenvolvimento do campo, analisando as principais
publicações, seus respectivos autores, temas abordados e sua agenda futura de pesquisa.
Dessa forma, foi visto que existem nuances de crescimento do tema ao longo dos
últimos anos, além de outras características das publicações científicas, por exemplo, os
artigos mais citados. Ademais, os dados permitiram entender que há pouca cooperação entre
os diferentes campos do conhecimento na proposição dos modelos de caminhabilidade
existentes. Assim, recomenda-se que especialistas de áreas de conhecimento diferentes
formem redes de pesquisas, no intuito de tornar mais interdisciplinar as pesquisas de modelos
de caminhabilidade.
A pesquisa e o direcionamento do estudo contribuem também para o avanço do
conhecimento, por conduzir e estabelecer uma ligação entre variáveis que se relacionam em
14
abordagens teóricas, além de relacionar uma temática que ascende na gestão urbana, mas
ainda com lacunas a serem discutidas nas publicações científicas.
Em relação às limitações desse trabalho, ressalta-se o fato de que na pesquisa
bibliométrica foi utilizada apenas uma base de dados, que embora seja considerada a mais
completa, ainda não contempla todos os trabalhos.
Como sugestão para pesquisas futuras, é recomendado que sejam realizadas leituras
mais aprofundadas dos modelos de caminhabilidade propostas sob a perspectiva do pedestre.
E nesse sentido, sejam buscados trabalhos de diversos campos do conhecimento, a fim de
propor um modelo capaz de mensurar a qualidade do ambiente de caminhabilidade sob a
perspectiva do pedestre, considerando a maior diversidade de dimensões e indicadores
possíveis, de forma multi e interdisciplinar.
REFERÊNCIAS
ARELLANA, J. et al. Analyzing pedestrian behavior when crossing urban roads by combining RP and
SP data. Transportation Research Part F: Psychology and Behaviour, v. 85, p. 259–275, 2022.
ARSLAN, T. V. et al. Assessment of factors influencing walkability in shopping streets of tourism cities: case of
Bursa, Turkey. International Journal Of Tourism Cities, v. 4, n. 3, 2018.
ALFONZO, M. A. Andar ou não andar? A Hierarquia das Necessidades de Caminhada. Ambiente e
Comportamento, v. 37, 2005.
BOONGALING, C. G. K.; LUNA, D.; SAMANTELA, S. S. Developing a street level walkability index in the
Philippines using 3D photogrammetry modeling from drone surveys. GeoJournal, v. 87, 2021.
BRASIL. Lei Nº 12.587, de 03 de janeiro de 2012. Lei Nacional de Mobilidade Urbana, 2012.
CALTHORNE, P. The next American metropolis: Ecology, community and the American dream. Princeton
Architectural Press, New York, 1993.
CAIN, K. L.; Millstein, R. A.; King, A. C. Contribution of streetscape audits to explanation of physical activity
in four age groups based on the Microscale Audit of Pedestrian Streetscapes (MAPS). Social Science e
Medicine, v. 166, p. 82-92, 2014.
CARNEIRO, M. et al. Espraiamento urbano e exclusão social. Uma análise da acessibilidade dos moradores da
cidade do Rio de Janeiro ao mercado de trabalho. Revista Latinoamericana de Estudos Urbanos Regionais, v.
45, n. 136, 2019.
CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.
ECK, N. J. V.; WALTMAN, L. VOSviewer Manual, 2018.
DIJST, M.; JONG, T.; VAN ECK, J. R. Oportunidades para mudança no modo de transporte: uma exploração de
uma abordagem desagregada. Ambiente e Planejamento B: Planejamento e concepção, v. 29, n. 3, p.
413–430, 2002.
FANCELLO, G.; CONGIU, T.; TSOUKIÀS, A. Mapping walkability. A subjective value theory approach.
Socio-Economic Planning Sciences, v. 72, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.seps.2020.100923
FONSECA, F. et al. Perceived Walkability and Respective Urban Determinants: Insights from Bologna and
Porto. Sustainability, v. 14, 2022. DOI: https://doi.org/10.3390/ su14159089.
FRANK, L. D. et al. Many Pathways from Land Use to Health: Associations between Neighborhood Walkability
and Active Transportation, Body Mass Index, and Air Quality. Journal of the American Planning Association.
v. 72, n. 1, p. 75–87, 2006.
FRENCH, S.; WOOD, L.; LEARNIHAN, V. Sense of Community and Its Association With the Neighborhood
Built Environment. Environment and Behavior, v. 46, n. 6, 2014.
GEHL, J. Cidades para pessoas. Tradução de Anita di Marco. 2a edição, São Paulo, Perspectiva, 2013.
GUEDES, V.; BORSCHIVER, S. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do
conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. CINFORM –
Encontro Nacional de Ciência da Informação VI, v. 6, 2005.
15
GUO, Z.; LOO, B. P. Y. Pedestrian environment and route choice: evidence from New York City and Hong
Kong. Journal of Transport Geography, v. 28, p. 124–136, 2013.
HAJRASOULIHA, A; YIN, L. The impact of street network connectivity on pedestrian volume. Urban Studies,
v. 52, n. 13, 2014.
KASRAIAN, D. et al. Evaluating pedestrian perceptions of street design with a 3D stated preference survey.
Urban Analytics and City Science, v. 48, n. 7, p. 1787–1805, 2021.
KELLY, C. E. et al. Uma comparação de três métodos para avaliar a caminhabilidade do ambiente pedestre.
Journal of Transport Geography, v. 19, 2011.
KOH, P. P.; WONG, Y. D. Influence of infrastructural compatibility factors on walking and cycling route
choices. Journal of Environmental Psychology, v. 36, 2013.
JACOBS, J. Morte e Vida de Grandes Cidades. Tradução de Carlos S. Mendes Rosa. WMF Martins Fontes, 3
edição, São Paulo, 2011.
LARRAÑAGA, A. M.; CYBIS, H. B.B.; STRAMBI, O. Determinação da importância relativa dos atributos
do bairro que estimulam as viagens a pé. Congresso de pesquisa e ensino em transportes. Curitiba, 2014.
LEE, J. S.; ZEGRAS, P. C.; BEN-JOSEPH, E. Safely active mobility for urban baby boomers: The role of
neighborhood design. Accident Analysis and Prevention, v. 61, p. 153-166, 2013.
NAHARUDIN, N. et al. Conceptual Framework for Walkability Assessment for Pedestrian Access to Rail
Transit Services by using Spatial-MCDA. Conf. Series: Earth and Environmental Science, 2020.
PASSAS, L. A. et al. Processo de expansão versus sustentabilidade urbana: reflexão sobre as alternativas de
deslocamento na cidade de João Pessoa, PB. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 4, p. 47-59, 2012.
SANTOS, R. N. M. Bibliometria, Cientometria, Infometria: Conceitos e Aplicações. Tendências da Pesquisa
Brasileira em Ciência da Informação, 2009.
SPECK, J. Cidade Caminhável. Perspectiva, 2016.
VALE, D. S. Transit-oriented development, integration of land use and transport, and pedestrian accessibility:
Combining node-place model with pedestrian shed ratio to evaluate and classify station areas in Lisbon. Journal
of Transport Geography, v. 45, p. 70-80, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2015.04.009.
VASCONCELLOS, E. A. Andar nas cidades do Brasil. In: ANDRADE, V.; LINKE, C. C. Cidades para
pedestres. Rio de Janeiro: Babilonia Cultura Editorial, 2017. cap. 4, p. 43-53.
WALFORD, N. et al. Older people's navigation of urban areas as pedestrians: Measuring quality of the built
environment using oral narratives and virtual routes. Landscape and Urban Planning, v. 100, p. 163-168, 2011.
WOOD, L.; FRANK, L. D.; GILES-CORTI, B. Sentido de Comunidade e sua relação com o caminhar e o design
do bairro. Ciências Sociais e Medicina, v. 70, 2010.
YIN, L.; WANG, Z. X. Measuring visual enclosure for street walkability: Using machine learning algorithms and
Google Street View imagery. Applied Geography, v. 76, p. 147-153, 2016.
ZUNIGA-TERAN, A. A. et al. Exploring the influence of neighborhood walkability on the frequency of use of
greenspace. Landscape and Urban Planning, v. 190, 2019.
16
ISSN: 2359-1048
Novembro 2022
Introdução
Para atender as demandas crescentes dos últimos anos as indústrias passaram a utilizar mais dos recursos naturais, gerando prejuízos ao meio ambiente.
Considerando a finitude desses recursos, o enfoque não deve mais ser apenas nas questões econômicas.
Problema de Pesquisa e Objetivo
Portanto, buscam-se medidas sustentáveis por meio de modelos ecoeficientes, em que a governança visa vantagens econômicas e competitivas aliadas à
responsabilidade socioambiental. Desse modo, neste artigo buscou-se analisar as características da produção científica sobre Ecoeficiência no setor de
laticínios.
Fundamentação Teórica
O setor de laticínios tem contribuições socioeconômicas, porém, suas atividades têm ganhado destaque devido aos seus danos ambientais. (CARVALHO; et
al., 2013). A governança do setor tem enfrentado diversos desafios acerca do desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade para prevenção da poluição.
Metodologia
Pesquisa bibliográfica na base de dados Web of Science, utilizando as leis de Zipf, Lotka e Bradford para a realização da pesquisa.
Análise dos Resultados
Os resultados indicam um período de equilíbrio na publicação dos temas pesquisados (2004-2021), demonstrando ser um tema jovem e ainda pouco explorado
pela pesquisa científica. Por fim, foi possível identificar as principais publicações, relacionando por ano e autores, como também quantificar os dados das
publicações nesses temas.
Conclusão
O estudo estabelece uma contribuição ao possibilitar a utilização de um método para a pesquisa bibliométrica, que estabelece critérios claros e direcionados
por meio das leis de Zipf, Lotka e Bradford, podendo tais leis serem aplicadas em diversas áreas e pesquisas de trabalhos publicados. A pesquisa e o
direcionamento do estudo contribuem também para o avanço do conhecimento, por conduzir e estabelecer uma ligação entre duas variáveis que se relacionam
em abordagens teóricas, além de relacionar uma temática que ascende no mercado, mas ainda pobre em publicações científicas.
Referências Bibliográficas
GUEDES, V., BORSCHIVER, S. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de
comunicação e de avaliação científica e tecnológica. CINFORM – Encontro Nacional de Ciência da Informação VI, v. 6, 2005. HART, S. L., DOWELL, G. A
natural-resource-based view of the fi rm: Fifteen years after. Journal of Management, v. 37, n. 5, p. 1464–1479, 2010.
Palavras Chave
Ecoeficiência, Setor de Laticínios, Bibliometria
UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE ECOEFICIÊNCIA NO SETOR DE
LATICÍNIOS
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Ecoeficiência
Munck e Oliveira (2013) afirmam que a ecoeficiência é uma competência
organizacional além de parte da sustentabilidade ambiental, ficando claro que não existe
sustentabilidade em determinada empresa, seja de ordem pública ou privada, sem a
ecoeficiência. Isto foi confirmado, a partir de uma pesquisa empírica onde funcionários de
determinada organização percebem diariamente os benefícios adquiridos com a ecoeficiência.
Neste caso, é ressaltada a logística reversa, processo que aprimora os problemas anteriores
encontrados no departamento de logística. Assim, além de benefícios econômicos para esta
empresa, são percebidos benefícios ambientais e sociais, uma vez que a sociedade está
intimamente ligada às questões ambientais.
1
A ecoeficiência é um processo econômico e ambiental, que busca de forma rentável
melhorar as práticas organizacionais. Assim, para que seja considerado sustentável deve ser
levado em consideração não apenas a parte ambiental, mas também o econômico em todos os
sentidos, como a economia financeira e a economia ambiental. É importante considerar que
este processo deve elevar os índices de lucratividade da empresa, visto que está relacionado à
prosperidade econômica organizacional (YOUNG; TILLEY, 2006).
Os indicadores atualmente utilizados para medir a ecoeficiência de uma empresa ainda
não estão consolidados, entretanto, existem dois grupos de indicadores considerados de
grande relevância pela comunidade prático/acadêmica: os indicadores do World Business
Council for Sustainable Development - WBCSD e do Global Reporting Initiative – GRI. Com
essa preocupação, Munck, Oliveira e Bansi (2011) realizaram um estudo no intuito de analisar
quais as falhas encontradas nestes dois grupos. Dessa forma, foi entendido que embora estes
indicadores não possuam todas as características necessárias para avaliar a ecoeficiência, eles
poderão dar suporte para um método mais aprimorado de avaliar a ecoeficiência
organizacional.
Nesse sentido, Rohlfes, et al. (2011) destacaram que sobretudo nas pequenas e médias
empresas, essas estratégias mostram-se em segundo plano, sendo as de primeiro com enfoque
no controle da poluição, monitorado pelos órgãos de controle. Portanto, nota-se que as
estratégias priorizadas com ênfase no controle são menos eficientes do que as de prevenção,
no entanto, isso pode ser reestruturado.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
2
A pesquisa focou na produção científica com a análise de dados realizada por meio da
análise descritiva, análise bibliométrica e análise bibliográfica, respectivamente. Na análise
descritiva foi realizada a obtenção de dados quantitativos acerca dos artigos, com o
mapeamento da evolução na quantidade de artigos publicados ao longo dos anos.
A análise bibliométrica foi realizada conforme a sugestão de Guedes e Borschiver
(2005), que descreve três leis para a sistematização da pesquisa bibliométrica, conforme
explicadas no quadro abaixo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A figura 1 representa a evolução das publicações relacionadas por ano, por meio da
pesquisa na Web of Science utilizando os tópicos Ecoeficiência e Setor de Laticínios. Com os
resultados obtidos, percebe-se que o número de publicações por ano é constante, havendo
alterações apenas concernente aos anos 2013, 2016 e 2021 que tiveram dois trabalhos
publicados (Figura 1).
3
Figura 1: Evolução das publicações sobre Ecoeficiência no setor de laticínios
4
No tocante às áreas de publicação, vale informar que um artigo pode se enquadrar em
mais de uma categoria. Isso, por sua vez, explica o fato de constarem 22 trabalhos, quando
somados os contidos em cada área de publicação.
Com a utilização da Lei de Lotka, apresentam-se na Tabela 1 os artigos com maior
número de citações, informando o autor responsável, o Periódico (Journal) que foi publicado
e o ano da publicação. O artigo com maior número de citações é Grassland and globalization
- challenges for northwest European grass and forage research, no ano de 2014, com 61
citações; posterior o artigo Process eco-innovation: assessing meso-level eco-efficiency in
industrial water-service systems, de Levidow et al, do ano de 2016, obteve 51 citações.
Ambos os estudos demonstram importância para o tema e para a literatura acerca da temática
Ecoeficiência no Setor de Laticínios.
5
Private agri-food governance and Higgins,
greenhouse gas abatement: V.; Dibden,
Constructing a corporate carbon J.; Cocklin,
13 economy C. GEOFORUM 2015
AUSTRALIA
Nguyen, N JOURNAL
Status and prospects for Cleaner M. H.; OF DAIRY
Production in the dairy Durham, TECHNOLO
4 food industry R. J. GY 2004
NEW
ZEALAND
JOURNAL
Soliman, OF
Assessing dairy farming eco-efficiency T.; AGRICULTU
in New Zealand: a Djanibekov RAL
3 two-stage data envelopment analysis , U. RESEARCH 2021
6
Figura 3 - Principais Autores
7
Um dos destaques é o periódico Journal of Cleaner Production, que contém 107
citações em seus trabalhos publicados. Nas próximas posições, o Grass and Forage Science,
Polish Journal of Chemical Technology, e o Journal Of Food Engineering, seguidos de outros
com menos de 15 citações.
Complementando a pesquisa e a demonstração gráfica de dados bibliográficos, foi
utilizado o software Vosviewer®, com a determinação de um mapa, adotando os critérios a
seguir: no primeiro momento foi escolhida a opção Create a map based on bibliographic
data, já que a escolha desta opção possibilita a montagem um mapa baseado em dados
bibliográficos. Logo após, na estruturação do mapa, passando para a segunda etapa existe a
opção Choose type of analysis and counting method, na qual foram selecionadas as opções:
Type of analysis (Co - occurrence); Counting method (Full counting); Unit of analysis (All
keywords). Na terceira etapa da construção do mapa, intitulado de Choose Threshold, foi
instituído o Minimum number of occurrences of a keyword, delimitando em três itens o
número mínimo de ocorrências, passando de 848 palavras existentes, para 31 itens como
limite em ligações entre variáveis na montagem do mapa.
Com as etapas de construção do mapa gráfico estabelecidas, foi possível a elaboração
de dois mapas gráficos que relacionam e separam as palavras-chaves por clusters, sendo que o
primeiro cluster demonstra que as palavras-chave com maior relação e frequência são
Eficiência e Indústria de laticínios, respectivamente. No segundo mapa há a representação,
por cores, dos anos de publicação a qual representam os termos encontrados.
8
Considerando os filtros utilizados no Vosviewer® versão 1.6.10 para o sistema
Windows®, foi possível estabelecer uma relação entre os artigos publicados por meio de
palavras-chave e os anos de publicação, separados por cores, na escala que consta na Figura 5.
Na escala, as publicações estão relacionadas a partir da cor mais escura, anterior ao
ano de 2011, havendo uma mudança das cores até o amarelo claro, que representa o ano de
2016 e posterior. Os anos expostos na escala estão relacionados com as 13 publicações
relacionadas na Tabela 1.
5. CONCLUSÃO
9
Zipf, Lotka e Bradford, podendo tais leis serem aplicadas em diversas áreas e pesquisas de
trabalhos publicados.
A pesquisa e o direcionamento do estudo contribuem também para o avanço do
conhecimento, por conduzir e estabelecer uma ligação entre duas variáveis que se relacionam
em abordagens teóricas, além de relacionar uma temática que ascende no mercado, mas ainda
pobre em publicações científicas.
Como limitação estabelece o filtro aplicado à pesquisa, que utilizou a Base de Dados
Web of Science, selecionando os artigos completos publicados em Periódicos que
relacionavam Ecoeficiência e Setor de laticínios, não havendo delimitação do tempo. Com
isso, a pesquisa pode ser aplicada em novas bases de dados, incluindo outros trabalhos sobre o
tema.
REFERÊNCIAS
HART, S. L., DOWELL, G. A natural-resource-based view of the fi rm: Fifteen years after.
Journal of Management, v. 37, n. 5, p. 1464–1479, 2010.
YOUNG, W.; TILLEY, F. Can businesses move beyond efficiency? The shift toward
effectiveness and equity in the corporate sustainability debate. Business Strategy and the
Environment, v.15, p. 402-415, 2006.
10
ISSN: 2359-1048
Novembro 2022
Introdução
A sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável são assuntos complexos e interdisciplinares que vem promovendo diversas concepções de mudanças no
contexto em que estão inseridos. Nesse sentido, muitas empresas são forçadas a inserir em seus ambientes ações sustentáveis, com um viés de integrar as
dimensões ambiental, social e econômica. Dessa forma, impactos sociais e ambientais da ação humana tornam-se gradativamente mais visíveis, o que faz do
desenvolvimento sustentável um local essencial para a sociedade acadêmica investigar, produzir e validar novas informações
Problema de Pesquisa e Objetivo
Neste sentido, ao incorporar práticas e processos sustentáveis algumas organizações optam por utilizar modelos que já foram desenvolvidos e consolidados no
mercado, tendo em vista que terá uma credibilidade aceita. Nesse contexto, ao selecionar esse tipo de práxis, ações isomórficas vão sendo produzidas e
implementadas nas organizações. Portanto, estando atento a isso, esta pesquisa busca analisar a existência de isomorfismo institucional nas práticas de
sustentabilidade por parte das empresas de alimentos processados listados no IBOVESPA (2021).
Fundamentação Teórica
No referencial teórico foram analisados os tópicos sustentabilidade empresarial, isomorfismo institucional. No que diz respeito à decisão de analisar o setor de
alimentos, destaca-se que este é um dos mais importantes setores de atividade comercial, em detrimento da necessidade de alimentação por parte de todos os
seres humanos.
Metodologia
Este estudo é de natureza qualitativa, quanto aos fins é uma pesquisa descritiva. A coleta de dados foi realizada através de fontes secundárias nos sites das
organizações, em seus relatórios integrados, especificamente na parte de sustentabilidade, de quatro empresas, as quais compões o universo do setor em
estudo, são elas: BRF SA, M. DIAS BRANCO, MARFRIG e Minerva.
Análise dos Resultados
A sessão de análise e discussão dos resultados foram apresentadas as principais práticas de sustentabilidade realizadas no ano de 2021 e a existência de práxis
isomórficas adotadas pelas empresas, bem como o tipo de isomorfismo.
Conclusão
Por fim, ao analisar às práticas sustentáveis desenvolvidas na matriz de materialidade o relatório de sustentabilidade das empresas do setor de alimentos
listadas no IBOVESPA 2021 foi possível identificar práticas isomórficas no tocante ao isomorfismo coercitivo e normativo.
Referências Bibliográficas
BARBIERI, J. C. et al. Inovação e sustentabilidade: novos modelos e proposições. Revista de Administração de Empresas, v. 50, n. 2, p. 146-154, 2010.
DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de
Administração de empresas, v. 45, n. 2, p. 74-89, 2005. FEIL, A. A.; SCHREIBER, D. Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável: desvendando as
sobreposições e alcances de seus significados. Caderno EBAPE.BR. v. 14, n. 3, Rio de janeiro, 2017.
Palavras Chave
Isomorfismo, Sustentabilidade, Alimentos Processados
Isomorfismo institucional nas práticas de sustentabilidade: Uma análise das empresas de
alimentos processados listadas no IBOVESPA no ano de 2021
1. INTRODUÇÃO
A sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável são assuntos complexos e
interdisciplinares que vem promovendo diversas concepções de mudanças no contexto em que
estão inseridos. Nesse sentido, muitas empresas são forçadas a inserir em seus ambientes ações
sustentáveis, com um viés de integrar as dimensões ambiental, social e econômica. Dessa forma,
impactos sociais e ambientais da ação humana tornam-se gradativamente mais visíveis, o que
faz do desenvolvimento sustentável um local essencial para a sociedade acadêmica investigar,
produzir e validar novas informações (BEBBINGTON; LARRINAGA, 2014).
Dessa maneira, ao perceber os desastres e impactos ambientais negativos, provenientes
de emissões de gases tóxicos e poluição que repercutem no mundo, representado pelo mal uso
dos recursos naturais, muitas organizações estão adotando práticas sustentáveis. Isso é, na
maioria das vezes, estas são “obrigadas” a tomarem determinadas atitudes com a finalidade de
se manterem competitivas no mercado. Ao contemplar esse cenário, muitas empresas estão
tentando se adaptar às novas exigências dos consumidores. Para isso, estão incorporando práticas
sustentáveis como forma de agregar resultados positivos e lucrativos no espaço corporativo.
Nesse contexto, o Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade), vem ganhando espaço
no meio acadêmico e organizacional, considerando que o atual paradigma de desenvolvimento
necessita ser revisto, ao se entender a capacidade finitude dos recursos naturais, que são os
insumos essenciais para a fabricação de bens e serviços (CAPRA, 2002). Outro motivo para o
crescimento dos estudos dessa temática está no aumento da sensibilidade para uma melhor
compreensão da relação do homem com a natureza. Portanto, em virtude de sua relevância,
esses conteúdos estão continuamente em discussão no contexto da sociedade e das
organizações.
Neste sentido, ao incorporar práticas e processos sustentáveis algumas organizações
optam por utilizar modelos que já foram desenvolvidos e consolidados no mercado, tendo em
vista que terá uma credibilidade aceita. Nesse contexto, ao selecionar esse tipo de práxis, ações
isomórficas vão sendo produzidas e implementadas nas organizações. Portanto, estando atento
a isso, esta pesquisa busca analisar a existência de isomorfismo institucional nas práticas de
sustentabilidade por parte das empresas de alimentos processados listados no IBOVESPA
(2021). Para isso, serão apresentadas as principais práticas de sustentabilidade usadas pelas
empresas e, em seguida, analisadas quais as semelhanças entre essas ações, com o intuito de
identificar a presença de isomorfismo institucional nestas organizações.
No que diz respeito à decisão de analisar o setor de alimentos, destaca-se que este é um
dos mais importantes setores de atividade comercial, em detrimento da necessidade de
alimentação por parte de todos os seres humanos. No sentido dos alimentos processados, é
perceptível o aumento da procura por essa categoria de alimento, em decorrência das facilidades
por eles proporcionadas, na adaptação ao estilo de vida urbano (KUCUKVAR et al., 2019).
Assim sendo, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da economia,
fornecendo produtos que trazem tanto impactos positivos quanto negativos ao meio.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sustentabilidade Empresarial
O surgimento do desenvolvimento sustentável foi principalmente uma resposta
intelectual para conciliar os objetivos conflitantes de crescimento econômico com a proteção
ambiental. Dessa forma, a base do conceito estava direcionada à integridade ambiental. Foi a
partir da definição do Relatório Brundtland que a ênfase se moveu para o elemento humano,
1
formando um equilíbrio entre o tripé da sustentabilidade (CMMAD, 1991). A dimensão Social
aborda os impactos da empresa nos sistemas sociais em que opera; a dimensão Econômica
refere-se aos impactos da organização sobre as condições econômicas das suas partes
interessadas e sobre os sistemas econômicos locais, nacionais e globais; e a dimensão
Ambiental tem relação com os impactos da organização nos sistemas naturais vivos e não vivos,
incluindo ecossistemas, solos, ar e água (GRI, 2015).
Assuntos como sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável são
estudados com pertinência em nível global. Dessa maneira, Feil e Schreiber (2017) buscaram
chegar a uma solução interpretativa do conceito desses termos, concluindo que o primeiro
contempla as soluções ao prejuízo causado pelos sistemas humanos; o segundo diz respeito a
estratégias criadas para fazer contato entre a sustentabilidade com o sistema ambiental humano
e; o terceiro estabelece relação entre os outros dois, já que busca mensurar o nível do
desenvolvimento sustentável em relação a sua distância com o sustentável, contemplando as
soluções ao prejuízo causado pelos sistemas humanos. Dessa forma, o objetivo central é
melhorar a qualidade de vida, integrando os aspectos necessários e comprometendo a população
na preservação dos recursos de forma contínua (SILVA; CÂNDIDO; MARTINS, 2009).
Nesse sentido, diante das constantes demandas de mercado, um fator que continua em
evidência é a conscientização das empresas na temática ambiental. Dessa forma, observa-se que
no sentido da sustentabilidade existe a possibilidade de aprimorar a responsabilidade
corporativa, além de prepará-las frente às exigências ambientais. Ainda, é capaz de influenciar
comportamentos profissionais, proporcionando e desenvolvendo a cultura sustentável nas
empresas (LIBERATO, 2019).
Nessa perspectiva, a sustentabilidade corporativa é uma das formas de conduzir as
organizações ao desenvolvimento, com a consciência de que as próximas gerações não serão
prejudicadas. Isso, uma vez que, é uma estratégia voltada para as empresas aprimorarem suas
ações com um menor impacto ambiental, através do emprego consciente dos recursos naturais
(PINSKY; KRUGLIANSKAS, 2017).
A institucionalização dessas práticas pode ocorrer de maneira consciente ou
inconsciente, e uma explicação para esse fenômeno pode ser encontrada na teoria institucional.
Assim, quando novos valores são aceitos e estabelecidos, há uma incorporação de novas
práticas pelas empresas, que passam a ser adotadas por determinado segmento, por serem
consideradas adequadas para o contexto social em que estão inseridas (BARBIERI et al., 2010).
Dessa maneira, quando ocorre a utilização de práticas assertivas, em um determinado
ambiente, as demais empresas tendem a adotarem, se tornando semelhantes, como maneira de
garantir a sobrevivência e atender às necessidades do mercado/sociedade (WARKEN; KLAN,
2014).
No que tange o setor de alimentos este se apresenta como um importante segmento
econômico na história da humanidade, já que faz parte do consumo básico do cidadão
necessário para sua sobrevivência. Nesse sentido, há uma necessidade em adotar melhores
ações de fabricação de alimentos, distribuição e gestão de seus resíduos (KUCUKVAR et al.,
2019). Porém, além de ser um relevante setor as suas práticas causam impactos negativos ao
meio, pois corresponde a 30% do consumo global de energia e contribui de fato em grande
quantidade na emissão de GEE (Nabavi-Pelesaraei et al., 2019)
Em decorrência da alta demanda de alimentos procurados pela sociedade, durante muito
tempo o processo de fabricação dos produtos não levou em consideração os impactos que
causam ao meio ambiente. Sobre isso, uma hipótese está relacionada ao fato de se tratar de uma
commodity. Assim, foi acreditado que não havia a necessidade de diferenciação, já que as
pessoas teriam que consumir tais produtos mesmo que não sejam apoiadoras das práticas
empresariais antiéticas com o ambiente e com a própria sociedade. Dessa forma, é importante
destacar a criação de políticas de produção que insiram práticas sustentáveis em todos os
2
processos e etapas da produção para evitar maiores prejuízos ao meio e à saúde humana
(SOUZA, 2019).
2.2 Isomorfismo Institucional
As raízes da teoria institucional relacionam-se aos anos de formação das ciências sociais
(SCOTT, 2008). Nessa direção, em sua perspectiva sociológica, o institucionalismo encontra
base em Durkheim e Weber, com temáticas sobre as macroestruturas institucionais, mas não
propriamente as organizações em si (CARVALHO; VIEIRA; SILVA, 2012).
Dessa forma, foi a partir de 1950 que os teóricos começaram a introduzir as
organizações como preponderantes ao universo social. Nesse sentido, a organização é definida
como uma ferramenta para realizar um serviço, enquanto a instituição é produto natural de
pressões e necessidades sociais (SELZNICK, 1971).
Nesse sentido, o paradigma funcionalista foi dando espaço a outras visões, como por
exemplo, o ambiente institucional que leva em consideração a criação social do lugar formado
por organizações que entregam produtos e serviços semelhantes, mas que compartilham regras
determinadas para serem seguidas a fim de garantir sobrevivência e legitimidade (SILVA et al.,
2001). Nesse contexto, as organizações visam atender as necessidades e desejos dos
consumidores entregando seus produtos e serviços de forma a cumprir suas metas. Assim, diante
da complexidade organizacional, regras vão sendo compartilhadas e desenvolvidas com a
finalidade de manter permanência no mercado.
Desse modo, a partir da institucionalização da teoria institucional, duas perspectivas se
estabeleceram: o “velho” institucionalismo e o neo-institucionalismo. Este, no que lhe diz
respeito, é um processo que ocorre na organização, definido como uma ação que é aceita como
certa para um dado grupo social e que se torna uma verdade aceita naturalmente para os
componentes desse grupo (MOTTA; VASCONCELOS, 2004). Em consonância com a teoria
neo-institucional, para garantir sua legitimidade e existência no mercado, as organizações
utilizam modelos, ações, regras e normas já legalizadas no ambiente em que estão inseridas,
pois tendem a sobreviver, portanto, tendem a ficar similares com outras já existentes.
Nessa direção, ao utilizar práticas e processos já institucionalizadas por corporações
reconhecidas na sociedade, as empresas tendem a ficar semelhantes na realização de seus
procedimentos, ou seja, tornam-se homogêneas em aspectos de modelos, formas e estratégias
desenvolvidas. Dessa forma, esse fato é denominado na teoria institucional como isomorfismo.
O isomorfismo institucional consiste em uma ferramenta essencial para se entender a
política e o cerimonial que permeiam parte relevante da vida organizacional moderna. Nessa
direção, foram identificados três mecanismos que provocam mudanças isomórficas
institucionais nas organizações, sendo o isomorfismo coercitivo, mimético e o normativo
(DIMAGGIO; POWELL, 2005).
O isomorfismo coercitivo acontece através de pressões formais e informais para
utilização de um procedimento institucionalizado, muitas vezes essas pressões são por meio de
leis e regulamentos. Dessa forma, provém de influências políticas e da procura por legitimidade
(RIBEIRO, 2011; WARKEN; KLAN, 2014; WILLIAMS et al., 2009).
O isomorfismo mimético é caracterizado pela imitação, ou seja, diante de um ambiente
de incerteza, as organizações tendem a assemelhar e imitar práticas e modelos já
institucionalizados pela sociedade. E o isomorfismo normativo deriva da profissionalização.
Assim, diz respeito ao conjunto de regras e processos correspondentes a ocupações ou
atividades específicas (CZINKOTA; KAUFMANN; BASILE, 2014).
Outros estudos com o objetivo de analisar as práticas isomórficas, no tocante às práticas
de sustentabilidade já foram realizadas, anteriormente a essa pesquisa, em diferentes setores de
atividades comerciais. Desse modo, Mapurung, Lima e Holanda (2015), com o objetivo de
examinar a existência de práticas de disclosure social nas empresas que compõem o Índice de
3
Sustentabilidade Empresarial (ISE), sob o enfoque do isomorfismo, compreenderam que as
maiores empresas serão seguidas pelas demais empresas quanto à divulgação de informações
sociais.
Jacomossi, Casagrande e Reis (2015), analisaram como as organizações brasileiras que
participam do Dow Jones Sustainability Index demonstram suscetibilidade ao isomorfismo na
elaboração de seus relatórios de sustentabilidade. Desse modo, concluíram que as organizações
estudadas têm maior suscetibilidade ao isomorfismo coercitivo na elaboração de seus relatórios
de sustentabilidade em função das chamadas pressões formais e informais exercidas sobre as
organizações, especialmente em relação à divulgação de relatórios geradores de transparência.
Semelhantemente, Silva, Coelho e Cavalcante (2016), detectaram a presença de isomorfismo
coercitivo e normativo nos relatórios das dez empresas analisadas, decorrente de pressões
formais e informais e da necessidade de vinculação profissional compreendida por essas
organizações. E por fim, Oliveira e Freire (2022), perceberam a ocorrência do mecanismo
mimetismo nas instituições detentoras do indicador GreenMetric, em uma pesquisa para
verificar como a gestão operacional tem influenciado a sustentabilidade ambiental das
Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras.
5
diretas e emissões relativas ao consumo de energia elétrica foi obtida a redução de 3% nas
emissões absolutas totais do Escopo 1 e 2 com relação ao ano-base (2019), principalmente pela
priorização de fontes renováveis com rastreabilidade comprovada. Nesse sentido, a empresa
conseguiu que 22% da energia elétrica utilizada em suas instalações fosse proveniente de fontes
sustentáveis (eólica e solar).
A empresa M. Dias Branco, no que diz respeito às mudanças climáticas, energia e
emissões alcançou a meta de redução de pelo menos 2% do consumo de energia em relação
ao ano anterior, atingindo 16,6% de redução. Além disso, a empresa passou a conseguir
mensurar as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). A instituição conseguiu atingir a meta
de diminuir a quantidade de resíduos em todas as unidades de produção, houve um crescimento
de 9,2% do reuso de água nas unidades que possuem estação de tratamento, em relação a 2022.
A Marfrig realizou o controle da emissão de GEE, nas unidades operacionais e
administrativas, entre os colaboradores, fornecedores e clientes. Dessa maneira, a empresa
adotou mais de 120 mil animais em seu processo produtivo de fazendas que declararam usar
sistemas de produção de baixo carbono, além de ser a 1ª empresa de proteína bovina das
Américas a se comprometer com a Science Based Targets. No sentido da gestão de recursos
naturais e do meio ambiente, a empresa adotou um sistema de tratamento de água e de efluentes
em todas as suas unidades produtivas, 58% das unidades brasileiras fazem o reúso da água,
enquanto 16% utilizam a fertirrigação nas rotinas de trabalho.
A Minerva, diz que a mensuração dos gases de efeito estufa está no foco da empresa
para o gerenciamento e redução das emissões, na produção e na cadeia de valor, além do uso
de fontes de energia renováveis. Desse modo, alcançou zero emissões líquidas de gases do
efeito estufa do escopo 2, por meio da compra de certificados de energia renovável. Por fim,
com um escopo maior, houve o início da contabilização de novas fontes de emissões de escopo
3, incluindo a criação de gado nas fazendas. No Brasil, houve uma redução de 4,8% do
consumo absoluto de energia e 7,4% de redução do consumo absoluto de água.
Assim, nesta dimensão, todas as empresas são semelhantes na gestão da emissão de
GEE, porém apenas BRF SA, M DIAS BRANCO, MARFRIG atuam na gestão de água e
efluentes. A MINERVA e BRF SA são similares na priorização de energias renováveis. Ainda,
existe isomorfismo entre a BRF SA e M. DIAS BRANCO no sentido de usar práticas de
reciclagem e reuso de águas (Quadro 1).
Quadro 1 - Práticas de Sustentabilidade: Mudança de clima, água e energia
Práticas BRF M. D. BRANCO MARFRIG MINERVA
Gestão da emissão de gases de efeito estufa X X X X
Gestão de água e efluentes X X X
Transição para uma economia de baixo carbono X
Priorização de energias renováveis X X
Reciclagem e reuso de águas X X
Uso responsável das águas X
Estudo de vulnerabilidade hídrica X
Redução do uso de energia X
Fonte: Resultados da pesquisa, 2022
Assim, é possível perceber a existência do isomorfismo do tipo coercitivo, considerando
a pressão advinda dos acordos internacionais sobre o clima e redução do efeito estufa,
especialmente em setores que possuam atividades vinculadas ao agronegócio (MATTHES,
2022). Também há pressão advinda de diferentes grupos (governo, mercado e sociedade) sobre
o tratamento de efluentes para não contaminar os corpos de água e ações que reduzam o
consumo de água como enfrentamento da crise hídrica vivida pelo país nos últimos anos
(CUNHA et. al, 2011).
6
4.2 Ética e transparência
Ao tratar de ética e transparência, a empresa BRF SA afirma estar atuando com uma
cultura ética com todos os membros atuantes na cadeia de valor, atuando na prevenção à
corrupção, concorrência indevida, além de adotar um sistema de integridade.
No que diz respeito a solidez e perenidade dos negócios na Marfrig são realizadas ações
sobre o compliance, anticorrupção e concorrência desleal, além de ser avaliada a performance
econômica.
Na Minerva, a ética e compliance estão focadas na conduta empresarial ética e
responsável nos negócios e nas relações com parceiros, incluindo os aspectos como
anticorrupção e antisuborno. Para alcançar esse objetivo, a organização promoveu treinamento
para mais de 3,7 mil colaboradores em cargos de liderança e setores administrativos nas
políticas de compliance.
No que tange a dimensão ética e transparência, as empresas BRF SA, MARFRIG e
MINERVA são similares nas práticas de cultura ética e prevenção à corrupção. Já a BRF SA e
MINERVA são semelhantes com relação ao comportamento íntegro na companhia e no
relacionamento com todos, E a BRF SA e MARFRIG no tocante a prevenção a concorrência
(Quadro 2).
Quadro 2 - Práticas de Sustentabilidade: Ética e transparência
PRÁTICAS BRF M. D. BRANCO MARFRIG MINERVA
Cultura de ética X X X
Comportamento íntegro na companhia e no
relacionamento com todos X X
Prevenção a concorrência X X
Prevenção à corrupção X X X
Sistema de integridade X
Prevenção ao suborno X
Fonte: Resultados da pesquisa, 2022
Nesse quesito, a presença do isomorfismo coercitivo advem das leis e normas de conduta
para garantir a segurança do alimento, por meio de certificação de terceiros, uma vez que
qualquer empresa de alimento deve obedecer a um padrão de qualidade e segurança nos seus
produtos (ANVISA, 2004). Também pode-se observar o isomorfismo do tipo normativo uma vez
que são envolvidos diferentes tipos de profissionais com normas técnicas a serem seguidas
(BRASIL, 1978), principalmente por se tratar de itens que quando não são administrados da
forma correta, pode prejudicar todos os que consumirem os produtos do lote, inclusive levando
a situações graves e risco de vida.
4.4 Embalagens
Até 2025 a BRF S.A tem o compromisso de tornar todas as suas embalagens recicláveis,
reutilizáveis e biodegradáveis. Para isso, em 2021 formou cinco especificações técnicas de
embalagens, sendo três no Brasil e duas no mercado externo. No sentido das embalagens a
empresa conseguiu reduzir em 0,71% o consumo de embalagens plásticas, isso porque é
necessária uma espessura mínima nas embalagens para conservação dos alimentos. A empresa
atingiu a meta de 100% do uso de papelão proveniente de matéria prima reciclado e/ou kraft
(virgem) extraído de florestas manejadas. Sobre o filme usado no enfardamento, ainda existe
dificuldade em encontrar fornecedores com maior uso de resina reciclada, portanto a empresa
conseguiu que apenas 59% do volume usado na companhia fosse proveniente de filmes 100%
reciclados.
Sobre as embalagens a M. Dias Branco atua na tentativa de otimização das estruturas
das embalagens, assim como a BRF. Porém, além dessa prática, a empresa também faz uso de
material reciclado para construção de novas embalagens. No que concerne à dimensão
embalagens, as empresas BRF SA e M. DIAS BRANCO são similares com relação às práticas
de otimização das estruturas das embalagens. Isso, quando buscam tecnologias para reduzir a
quantidade de plástico e papel usados, sem colocar em risco a qualidade do alimento (Quadro
4).
8
Quadro 4 - Práticas de Sustentabilidade: Embalagens
PRÁTICAS BRF M. D. BRANCO MARFRIG MINERVA
Otimização das estruturas das embalagens X X
Uso de material reciclado X
Fonte: Resultados da pesquisa, 2022
Nesse sentido, é percetível o isomorfismo coercitivo por parte dessas empresas, uma
vez que existem pressões por parte do mercado e do governo para redução do uso de materiais
no sistema de produção, tal como o plástico (Jorge, 2013). Contudo, uma ação a i n d a não
adotada pelas empresas estudadas, diz respeito a logística reversa. Essa, por sua vez, já foi
estabelecida em um acordo setorial (TAVARES, 2015), com o objetivo de realizar o reúso
dessas embalagens.
4.5 Bem-estar animal
A BRF S.A, no que diz respeito ao bem-estar animal, em 2021 expandiu a certificação
de bem-estar animal para 7 novos processos de abate, e retificou 12 novos processos, atingindo
54% de certificação das unidades fabris. Em 2021 chegou-se a 56% dos ovos utilizados em
processos industriais provenientes de galinhas livres de gaiola, isso porque houve o
desenvolvimento de fornecedores de ovos cage-free na Turquia. A empresa avançou suas
pesquisas e testes para realização de imunocastração em suínos machos utilizados na produção
de presunto parma, alcançando 99% de resultados positivos. Sobre o uso de antibióticos para
acelerar o crescimento dos animais, desde 2019 a empresa não faz uso desses medicamentos.
Ainda, iniciaram-se pesquisas que objetivam o desenvolvimento de produtos analgésicos para
serem usados nos procedimentos de cauda dos suínos. O processo de criação de aves no Brasil
é totalmente livre de gaiolas, apenas um produtor integrado na Turquia possui instalações em
sistema de gaiolas, por isso a empresa atingiu 99,9% da sua criação de aves livres de gaiolas.
No que diz respeito ao corte e desgaste de dentes dos suínos, 100% dos animais da BRF
não passam por esse processo. Ainda, 100% dos suínos da BRF não sofrem mutilações no
intuito de serem identificados, em 2021 foi implantado o uso de brincos na cadeia de genética.
Sobre a implementação de baias de gestação coletiva para matrizes suínas, a empresa declarou
que foi um ano desafiador, principalmente pela falta de insumos e mão de obra, contudo
conseguiu atingir 53,6% de implementação. A empresa possui tolerância zero para maus tratos
aos animais, assim realiza verificação contínua das operações agropecuárias, logísticas e
industriais. Por fim, em 2021 foi alcançado 100% de implantação de enriquecimento ambiental
na cadeia global de criação de perus, e elevou-se em 1,8% a integração de frango na cadeia
global.
A Marfrig atua em conformidade com as melhores práticas. Nesse sentido, busca unir
os produtores em fornecedores na adoção destas práticas. Dessa forma, 100% das atividades
frigoríficas são auditadas por terceiros e ainda 94% das unidades de abate são auditadas nos
padrões NAMI de bem-estar animal. No tocante às fazendas, 99,5% delas atendem a pelo menos
um critério do Programa Marfrig Club. A empresa forneceu 1275 h/ano em treinamentos em
bem-estar animal.
A Minerva, por sua vez, apresenta mais de 3 milhões investidos, 99% é a média de
conformidade nas auditorias de terceira parte e certificação de operações com selo Paaco
(Professional Animal Auditor Certification Organization) em todos os países em que atua.
No que tange a dimensão Bem-Estar animal as empresas BRF e MARFRIG são
semelhantes com relação à capacitação e conscientização de que todos possuem contato com o
animal. Isso, no sentido de fazer com que todos os colaboradores entendam que mesmo de
forma indireta, os animais ainda estão implícitos em suas rotinas de trabalho. No que diz
respeito às demais ações as práticas divergem (Quadro 5).
9
Quadro 5 - Práticas de Sustentabilidade: Bem-estar animal
PRÁTICAS BRF M. D. BRANCO MARFRIG MINERVA
Alimentação adequada X
Ambiente apropriado X
Boas condições de saúde X
Possibilidade de expressar comportamento natural X
Manejo humanitário X
Capacitação e conscientização de que todos possuem
contato com o animal X X
Auditorias ambientais X
Adequação ao mercado internacional X
Fonte: Resultados da pesquisa, 2022
Nesta dimensão há evidências de presença de isomorfismo do tipo coercitivo, uma vez que
as práticas adotadas advém de exigências legais, dentre essas, o Art. 225, § 1º, VII, da Constituição,
nenhuma instituição econômica pode causar maus tratos aos animais, mesmo em processo de abate
(BRASIL, 1988); de acordos formais estabelecidos entre membros da cadeia produtiva e de
cumprimento dos requisitos para obtenção de Certificação de Bem Estar Animal (pressões de
mercado); bem como de pressões de diferentes grupos sociais, tais como: Word Animal Protection;
Associação Brasileira de Bem-Estar Animal (ABBEA); Associação Humanitária de Proteção e
Bem-Estar Animal - Arca Brasil (MOLENTO, 2005).
Também há evidências de presença de isomorfismo do tipo normativo, especialmente no
que tange aos aspectos técnicos e acordos estabelecidos pela World Veterinary Association (WVA)
com suas representações em diferentes países (MELLOR et al, 2021).
A empresa M. DIAS BRANCO não atua em nenhuma prática de bem-estar animal, uma
vez que suas atividades não estão relacionadas a práticas que envolvam o manejo de animais
10
MINERV
PRÁTICAS BRF M. D. BRANCO MARFRIG A
Medidas de prevenção de impacto a sociedade X X
Atuação social na cadeia de valor X
Investimento social com doações X X X
Educação sustentável para a cadeia de valor X
Fonte: Resultados da pesquisa, 2022
As ações mais ocorrentes entre estas empresas é a gestão de segurança do trabalho, ainda
que não seja realizada por todas, portanto, isomorfismo do coercitivo, posto que as leis
trabalhistas exigem que as empresas atuem em medidas de promoção de segurança do trabalho
(BRASIL, 1988).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As organizações ao buscarem legitimar suas práticas, as mesmas tornam-se semelhantes
no desenvolvimento de suas ações ao se defrontarem com a complexidade e as constantes
mudanças que vão sendo impostas pelo ambiente nas quais estão inseridas.
Nesse sentido, o objetivo do artigo foi analisar a existência de isomorfismo institucional
nas práticas de sustentabilidade por parte das empresas de alimentos processados listados no
IBOVESPA (2021). Nesse contexto, ao analisar às práticas sustentáveis desenvolvidas na
matriz de materialidade o relatório de sustentabilidade das empresas do setor de alimentos
listadas no IBOVESPA 2021 foi possível identificar práticas isomórficas no tocante ao
isomorfismo coercitivo e normativo.
O isomorfismo coercitivo foi o mais evidenciado, identificado por meio das pressões
advindas de mercado, especialmente decorrente da atuação dessas empresas em diferentes
países; de acordos de boas práticas estabelecidos entre os membros do setor; de pressões
referente aos acordos entre países pela preservação do meio ambiente, especialmente os
relacionados ao clima; de pressões das políticas públicas de proteção e das associações
nacionais e internacionais para a proteção do meio ambiente e bem estar animal.
O isomorfismo normativo apresentou-se com intensidade menor que o coercitivo. O
Setor em estudo se utiliza de conhecimento técnico que uma vez não atendido poderá levar a
risco de vida da população, bem como, o comprometimento do cumprimento do código de ética
e conduta desses profissionais (nutricionistas, veterinários, engenheiro de alimentos, entre
outros)
Com relação ao isomorfismo mimético, não pode ser identificado devido a pesquisa
limitar-se somente ao relatório de sustentabilidade do ano de 2021, o que poderia ser suprida
por futuras pesquisas a través de um estudo longitudinal.
Por fim, destaca-se que esta pesquisa contribuiu para entender as práticas que estão
sendo utilizadas no setor e o contexto em que as mesmas se inserem, contribuindo para o avanço
das discussões, do ponto de vista teórico e prático, sobre as práticas de sustentabilidade no setor
de alimentos processados, os avanços e os desafios a serem enfrentados.
6. REFERÊNCIAS
CAPRA, F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix,
2002.
CARVALHO, A. C.; VIEIRA, M. M.; SILVA, S. M. G. A trajetória conservadora da teoria
institucional. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, v. 10, n. 3, 469-496, 2012.
CUNHA, Ananda Helena Nunes et al. O Reúso de Água no Brasil: A Importância da
Reutilização de Água no País. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer -
Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 1225. Disponível em:
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2011b/ciencias%20ambientais/o%20reuso.pdf. Acesso
em: 29 Jul 2022.
CMMAD. Nosso Futuro Comum. Editora FGV, 2. ed. Rio de Janeiro, 1991. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4245128/mod_resource/content/3/Nosso%20Futuro
%20Comum.pdf. Acesso em: 10 jun. 2022.
MELLOR, D. et al. The 2020 Five Domains Model: Including Human-Animal Interactions in
Assessments of Animal Welfare. Animals 2020, 10, 1870; World Veterinary
Association/16/PS/Rev.2 6 th July 2021. doi: 10.3390/ani10101870.
OLIVEIRA, Anelise Rizzolo de; ALENCAR, Barbara; VIEIRA, Mariana Vilela. Alimentação
e Nutrição Saudável. Curso de Especialização Saúde da Família. Universidade de Brasília -
UNA-SUS/UNB, 2014. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/1685.
Acesso em: 30 Jul 2022.
PINSKY, V. C.; KRUGLIANSKAS, Isak. Gestão Estratégica da Sustentabilidade. Rio de
Janeiro: Alta Books, 2017.
15
Disponível em:https://www.minervafoods.com/wp-content/uploads/2022/04/Minerva_Foods-
RS2021_PT.pdf. Acesso em: 20 jun 2022.
RIBEIRO, M. L. A sustentabilidade ambiental como isomorfismo institucional: um estudo dos
mecanismos de adaptação que conduzem a similaridade do setor bancário brasileiro. 2011.
Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Nove de Julho - Uninove, São
Paulo, 2011.
SILVA, C. L. M. et al. Formalismo como mecanismo institucional coercitivo de processos
relevantes de mudança na sociedade brasileira. Anais do 25 ENANPAD, 2001.
SILVA, M. G.; CÂNDIDO, G. A.; MARTINS, M. F. Método de construção do índice de
desenvolvimento local sustentável: uma proposta metodológica e aplicada. Revista Brasileira
de Produtos Agroindustriais, v. 11, n. 1, 2009.
SILVA, N. E. F.; COELHO, P. F. C.; CAVALCANTE, C. E. Isomorfismo e Sustentabilidade:
análise nas empresas do setor elétrico brasileiro. Exacta-Ep, v. 14, n. 2, p. 251-268, 2016.
SELZNICK, P. A liderança na administração: uma interpretação sociológica. Rio de
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1971.
STUTZ, Rosiane Sant´Anna. Compliance e os códigos de ética das empresas de capital aberto
no Brasil: uma análise sob a ótica institucionalista. 2017. Dissertação (mestrado) - Escola
Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Centro de Formação Acadêmica e
Pesquisa. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/19609. Acesso
em: 01 Ago 2022.
TAVARES, N. Acordo setorial para a logística reversa das embalagens pós - consumo é
assinado. Recicloteca: Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente, 2015.
Disponível em: https://www.recicloteca.org.br/noticias/acordo-setorial-para-a-logistica-
reversa-das-embalagens-pos-consumo-e-assinado/. Acesso em: 31 Jul 2022.
16
Certificado de Participação
Certificamos que Ana Isabelle Gomes Lopes participou do XXIV ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio
Ambiente, realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, realizado nos dias 29 e 30 de
novembro de 2022. Carga Horária: 20h/aula.
Certificado de Participação
Certificamos que Ana Isabelle Gomes Lopes participou do XXV ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio
Ambiente, realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, realizado nos dias 29 de
novembro a 1 de dezembro de 2023. Carga Horária: 20h/aula.
Certificado de Apresentação de Trabalho
Certificamos para os devidos fins, que o Artigo Acadêmico intitulado Isomorfismo institucional nas práticas de
sustentabilidade: Uma análise empresas de alimentos processados listadas no IBOVESPA no ano de 2021 foi
apresentado no XXIV ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente realizado pela
Universidade de São Paulo, nos dias 29 e 30 de novembro de 2022
Autores:
Ana Isabelle Gomes Lopes
Larissa Luana Pereira Custódio
Lúcia Santana de Freitas
Certificado de Apresentação de Trabalho
Certificamos para os devidos fins, que o Artigo Acadêmico intitulado UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE
ECOEFICIÊNCIA NO SETOR DE LATICÍNIOS foi apresentado no XXIV ENGEMA - Encontro Internacional sobre Gestão
Empresarial e Meio Ambiente realizado pela Universidade de São Paulo, nos dias 29 e 30 de novembro de 2022
Autores:
Ana Isabelle Gomes Lopes
José Irivaldo Alves de Oliveira Lima
Nhatallia Laranjeira Amorim
Certificado de Apresentação de Trabalho
Certificamos para os devidos fins, que o Artigo Acadêmico intitulado TODA CAMINHADA COMEÇA COM O PRIMEIRO
PASSO: MAPEAMENTO DOS MODELOS DE CAMINHABILIDADE foi apresentado no XXV ENGEMA - Encontro
Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente realizado pela Universidade de São Paulo, nos dias 29 de
novembro a 1 de dezembro de 2023
Autores:
Ana Isabelle Gomes Lopes
Ana Cecília Feitosa de Vasconcelos
XVII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
RESUMO
O despertar verde em todo o planeta, faz com que consumidores busquem produtos
e serviços que sejam ambientalmente responsáveis. Isso, provocou uma mudança
no cenário industrial, as empresas que anteriormente visavam apenas obtenção de
lucro, estão sendo forçadas pelos compradores a adequarem em sua produção
modelos e ferramentas de gestão ambiental. Nesta perspectiva, as indústrias de
laticínios como potenciais poluidoras do meio ambiente precisam rever seus antigos
modelos de gestão. Dessa maneira, essa pesquisa teve como objetivo principal
mapear os modelos e ferramentas de gestão socioambiental que poderão ser
utilizados pelo setor lácteo. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com
intuito de reconhecer na literatura os principais modelos e ferramentas de gestão
ambiental úteis ao objeto de estudo. Os resultados mostram que embora o setor
lácteo seja de alto impacto em diversos segmentos no contexto socioambiental,
existem instrumentos de gestão ambiental aplicáveis em pequenas e grandes
empresas, como: sistema de gestão ambiental, ecoeficiência, responsabilidade
social corporativa, produção mais limpa, ciclo de vida do produto, auditoria
ambiental, avaliação de impacto ambiental, marketing verde e educação ambiental.
Então, é necessário que as empresas do setor analisem quais os seus principais
déficits ambientais, a fim de perceber quais as ferramentas mais viáveis para a
organização, reduzindo os impactos sociais e ambientais negativos gerado pelas
suas atividades rotineiras.
Palavras-chave: Gestão Ambiental, Setor lácteo, Sustentabilidade
1
Graduanda em Administração, Unidade Acadêmica de Ciências Contábeis, UFCG, Sousa, PB, e-
mail: anaisabelle00@hotmail.com.
2
Formada em Administração, UFCG, Doutora, Unidade Acadêmica de Ciências Contábeis, UFCG,
Sousa, PB, e-mail: mfnbarbosa@hotmail.com.
XVII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
RESUMO
A partir do início do século XXI o mundo passou por diversas mudanças que trouxeram
benefícios para a sociedade, mas por outro lado, gerou uma série de prejuízos
socioambientais para esta mesma sociedade. As empresas do setor de laticínios são
consideradas potencialmente poluidoras do meio ambiente. A partir de suas
atividades industriais influenciam diretamente nos impactos ambientais. Diante disso,
esta pesquisa se propõe a analisar as práticas de gestão socioambientais dos atores
envolvidos com a atividade de laticínios no município de Sousa – PB. Para atingir
esse objetivo foi realizado um levantamento teórico, além de aplicação de
questionários aos orgãos e responsáveis pelo setor de laticínios do município. Os
principais resultados revelaram que a maior dificuldade da implantação do sistema de
gestão ambiental nestas empresas ocorre pela falta de investismeto dos seus
gestores aliado as demandas dos orgãos governamentais. Entretanto, mesmo em
meio as dificuldades, as empresas estudadas reconhecem que necessitam
aprimorarem suas práticas ambientais e para isso procuram soluções simples com
baixo custo. Mediante isso, recomenda-se que estas organizações agregem sistemas
de gestão ambiental ao processo produtivo dos seus produtos, mesmo que não
possuam capital suficiente para implantação da norma ISO 14.001. Assim, é possível
iniciarem suas melhorias com a implementação da norma de gestão da qualidade ISO
9.000, visto que essa abrirá caminhos para o melhormento contínuo.
Palavras-chave: Modelos ambientais, Qualidade total, Sustentabilidade.
1
Aluna do Curso de Administração, Unidade Acadêmica de Ciências Contábeis, UFCG, Campina Grande, PB, e-
mail: anaisabelle00@hotmail.com
2
Doutora, Professora Associada I, Unidade Acadêmica de Ciências Contábeis, UFCG, Campina Grande, PB, e-
mail: mfnbarbosa@hotmail.com.
XVI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
ABSTRACT
In the early of the 21st century, the world has undergone several changes that brought
benefits to the society, but on the other hand, generated a series of social and
environmental damages for this same society. Dairy companies are considered
potentially environmentally polluting. From their industrial activities directly influence
the environmental impacts. Given this, this research aims to analyze the
socioenvironmental management practices of the actors involved with the dairy activity
in the municipality of Sousa - PB. To achieve this objective, a theoretical survey was
carried out, as well as the application of questionnaires to the organs and responsible
for the dairy sector of the municipality. The main results revealed that the biggest
difficulty of the implementation of the environmental management system in these
companies is due to the lack of investment of their managers allied to the demands of
the governmental bodies. However, even in the midst of difficulties, the companies
studied recognize that they need to improve their environmental practices and seek
simple solutions with low cost. Therefore, it is recommended that these organizations
add environmental management systems to the production process of their products,
even if they do not have sufficient capital to implement the ISO 14.001 standard. Thus,
it is possible to begin their improvements with the implementation of the ISO 9000
quality management standard, as this will pave the way for continuous improvement.
Keywords: Environmental models, Total quality, Sustainability.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CNPJ nº 05.055.128/0001-76
POS-GRADUACAO EM ADMINISTRACAO
Rua Aprigio Veloso, 882, - Bairro Universitario, Campina Grande/PB, CEP 58429-
900
DECLARAÇÃO
Processo nº 23096.006980/2023-32