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Artigo

EducAção
v.1 |junho. 2023

Dossiê: A Pesquisa Científica no Ensino Médio: Possibilidades


Pedagógicas para o Desenvolvimento por Competências

A Representatividade da Diversidade de Gênero na


Educação Brasileira

E.E.E.P RAIMUNDO SARAIVA COELHO

Maria Eduarda Alencar de Lima

Maria Evelly Marques

Kaila Maria dos Santos

Iane Rafaelle Gonçalves Feliz

Ana Rebeca Silva Soares


A Representatividade da Artigo
Diversidade de Gênero na
Educação Brasileira

Revista EducAção, Abaiara, v. 1, n. 1, jun. 2023 2


Maria Eduarda Alencar de Lima
Maria Evelly Marques
Kaila Maria dos Santos
Iane Rafaelle Gonçalves Feliz
Ana Rebeca Silva Soares

Introdução
Neste artigo iremos destacar seus efeitos nos alunos, nas dinâmicas escolares e na
sociedade em geral. Ao longo das décadas, a educação tem um papel fundamental na
formação da humanidade, porém a ausência de uma representatividade de gênero dentro
das instituições educacionais tem gerado consequências muito importantes. Além disso
abordaremos possíveis iniciativas, soluções para promover uma representatividade maior
nas escolas brasileiras, para que todos os alunos se sintam representados e valorizados.
Abordar assuntos sobre gênero e sexualidade é uma forma de construção do
respeito à diferença, uma criança que chega em casa e só conhece uma única forma de
convívio, tem na escola a oportunidade de conhecer outras formas de expressão que não
são necessariamente o preconceito e a violência com o que lhe é diferente. A inclusão e
valorização de diferentes identidades de gênero na educação, tem como exemplo: homens,
mulheres, pessoas não-binárias, transgêneros, entre outras, no contexto escolar.
É necessário que as instituições de ensino promovam uma educação inclusiva e
respeitosa. Isso significa garantir que os conteúdos curriculares abordem questões
relacionadas à diversidade de gênero, reconhecendo e respeitando a pluralidade de
identidades de gênero existentes.
Além disso, a presença de profissionais da educação que representem essa
diversidade é essencial para que os estudantes se sintam acolhidos e representados,
promovendo a desconstrução de estereótipos e preconceitos. Essa representatividade de
gênero não contribui apenas para o desenvolvimento acadêmico dos estudantes, mas
também para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa com as
diferenças, criando ambientes educacionais seguros e livres de discriminação. É um tema
que demanda atenção e ação por parte de toda a comunidade escolar e da sociedade em
geral.

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A Representatividade da Artigo
Diversidade de Gênero na
Educação Brasileira
O artigo aborda a importância de discutir as relações no ambiente escolar e como
os professores desempenham um papel fundamental na intervenção entre escola, família
e sociedade para desfazer esse padrão básico colocado pela sociedade. De acordo com um
levantamento realizado pela plataforma LinkedIn, 35% das pessoas que foram
entrevistadas já sofreram algum tipo de discriminação em alguma empresa, o estudo
evidenciou que piadas e comentários homofóbicos foram os mais citados entre as formas
de discriminação do momento atual, por isso, muitos evitam expressar sua sexualidade e
identidade de gênero no trabalho, pois sentem que isso pode impactar de forma negativa
em sua posição atual.
Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa é compreender a representatividade
identidade de gênero e a sua importância na educação, assim como, entender como os
estereótipos impostos pela sociedade intervém nas relações escolares e sociais. Os
objetivos específicos são:

• Analisar as relações sociais no ambiente escolar.

• ⁠Entender as dificuldades sofridas pelos profissionais e estudantes.

• ⁠Identificar o ponto de vista dos estudantes sobre a diversidade de gênero.

Para atingir os objetivos propostos, abordaremos no primeiro tópico as dificuldades


enfrentadas pelos profissionais da educação devido a sua identidade de gênero. E no
tópico dois, abordaremos sobre as estratégias para a melhoria da inclusão da
representatividade de gênero na educação brasileira.

Dificuldades enfrentadas por profissionais da área por conta de sua


identidade de gênero

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Maria Eduarda Alencar de Lima
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Kaila Maria dos Santos
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É de conhecimento geral que nos últimos anos, o Brasil tem apresentado uma taxa de
desemprego cada vez mais preocupante, especialmente na área educacional. Quando nos
referimos à situação da comunidade LGBTQIA+, os desafios são ainda maiores, uma vez
que essas pessoas sofrem diariamente com o preconceito, exclusão, violação de seus
direitos e dificuldade de acesso à educação e ao mercado de trabalho. De acordo com uma
pesquisa realizada pelo Center for Talent Innovation, 61% dos funcionários gays e lésbicas
decidem por esconderem sua sexualidade de gestores e colegas em virtude do medo de
perderem o emprego. Muitas vezes, a exclusão social que essa população sofre desde a sua
infância os impede de seguir um caminho com educação de qualidade, o que resulta, em
alguns casos, em uma má formação profissional e, consequentemente, na falta de
oportunidades de emprego formal.
A discriminação é ainda maior entre pessoas trans e gays, chamados de
"afeminados", aqueles com vários "trejeitos". Mesmo quando eles têm as qualificações
necessárias, sofrem discriminação e não são contratados.
Quando contratados, é frequente que sejam obrigados a seguir as regras sociais. Ou
seja, são instruídos a não falar ou se vestir de forma que oculte sua identidade de gênero e
sexualidade, causando um grande desconforto, que, na maioria das vezes, devido à pressão
sofrida, não conseguem resistir e desistem da vaga. Segundo a Pesquisa Nacional sobre o
Ambiente Educacional no Brasil de 2016, 73% dos estudantes LGBTQIA+ já foram
agredidos verbalmente e 36%, fisicamente. Essa situação é preocupante para tanto os
docentes quanto os discentes.
A inclusão de indivíduos LGBT na educação brasileira ainda é um desafio
significativo. Ao abordarmos este tema, devemos compreender a diferença entre
diversidade e inclusão, uma vez que a diversidade está ligada à quantidade de diferentes
pessoas trabalhando na organização, como, por exemplo: negros, mulheres, LGBT’s,
PCDs, entre outros. A inclusão é a prática de promover um tratamento igualitário para

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A Representatividade da Artigo
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Educação Brasileira
todos os grupos pertencentes àquele ambiente, com o objetivo de proporcionar
oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional.

Estratégias para a melhoria da inclusão da representatividade de gênero na


educação brasileira

A desigualdade de gênero é caracterizada quando há uma sobreposição de um gene


em detrimento de outro. Essa prática está profundamente incorporada à nossa sociedade.
É um problema global que tem um impacto negativo sobre a sociedade em diversos
aspectos. A diferença salarial, o acesso desigual à educação, a falta de representação em
cargos de liderança, a violência doméstica, dentre outros, são visíveis. As desigualdades
percentuais interferem no potencial de desenvolvimento humano e econômico.
A falta de representação na educação contribui para a perpetuação de estereótipos
de gênero, o que limita as possibilidades e as aspirações dos estudantes. Isso é um

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problema por diversos motivos, que vão desde o seu impacto no desenvolvimento
individual dos estudantes até as consequências para a sociedade como um todo.
Se, por exemplo, os materiais didáticos, a história ensinada e os líderes da escola
não refletem a diversidade de gênero, isso pode reforçar ideias preconcebidas sobre o
papel das mulheres e dos homens na sociedade, o que pode prejudicar a autoestima e o
desenvolvimento saudável das identidades de gênero dos estudantes.
Oportunizar o diálogo e desenvolver projetos que tratem da igualdade entre os
gêneros na escola é uma forma de romper com as barreiras sociais e culturais que, em
muitos casos, impedem o desenvolvimento cultural. Precisamos, contribuir para a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária, sem se apegar às diferenças.
Para promover a inclusão de profissionais em diferentes espaços na área de
educação e na sociedade, é necessário adotar uma abordagem abrangente e transformadora
em qualquer área de convívio social, seja em casa, nas escolas ou no mercado de trabalho.
Isso inclui a implementação de políticas inclusivas e de respeito à diversidade de gênero,
juntamente com a promoção de programas educativos para conscientizar membros da
comunidade e líderes sobre questões de diversidade.
Além disso, o surgimento de redes e grupos de apoio pode contribuir para
estabelecer ambientes acolhedores em diferentes contextos, permitindo que pessoas
tenham possibilidade de prosperar em seus empregos.
Inclusive, desde janeiro de 2018, o Ministério da Educação (MEC) autorizou
oficialmente o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da
educação básica. Existem mais exemplos e estratégias de inclusão para a temática
abordada. Dentre elas, podemos citar:

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A Representatividade da Artigo
Diversidade de Gênero na
Educação Brasileira
• Educação Inclusiva: Promover um ambiente escolar acolhedor e inclusivo para
todos, independentemente da identidade de gênero. Isso pode ser feito por meio de
campanhas educativas, palestras e programas de conscientização.

• Currículo Escolar: Abordar conteúdos relacionados à diversidade de gênero nos


currículos escolares, abordando questões de forma respeitosa e informativa.

• Políticas Antidiscriminação: Implementar políticas claras e eficazes contra a


discriminação com base na orientação identidade de gênero, garantindo que todos os
alunos se sintam seguros e respeitados de forma igualitária.

• Apoio Psicológico: Oferecer suporte psicológico aos estudantes e profissionais


que possam enfrentar discriminação na escola.

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