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Redação - Língua Portuguesa - Norma Culta - Apostila 2
Redação - Língua Portuguesa - Norma Culta - Apostila 2
Redação - Língua Portuguesa - Norma Culta - Apostila 2
Progressão Textual.............................................................................................7
O Texto Dissertativo-argumentativo...................................................................8
A Intertextualidade.............................................................................................12
Coerência e Coesão..........................................................................................17
Norma culta.......................................................................................................20
Funções da Linguagem.....................................................................................23
Referências Bibliográficas.................................................................................28
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GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Todavia, é importante verificar de que maneira essas novas teorias sobre texto
estão sendo aplicadas nos materiais didáticos em circulação que, por muitas
vezes, lidam com essa gama de informações novas mais como uma forma de
atualizar a abordagem do que com uma estratégia de aplicar de maneira
coerente as teorias mais recentes sobre gêneros textuais.
“A carta como gênero discursivo” (p. 588); “A carta, além de ser um texto,
também apresenta um suporte de texto” (p. 591); “tipos de textos que
utilizamos na nossa vida de estudante” (p. 624), citando como exemplos
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resumo, quadro sinótico, aula, palestra, seminário (e, para cada um deles, há
um quadro em que se fala do “ponto de vista da maximização da atividade com
o gênero” – cf. p. 624-637); “gêneros jornalísticos (informativo,
interpretativo/crítico, opinativo, de entretenimento)” e “tipos de texto (crônica,
charge, editorial, lide, manchete, entrevista, notícia, cartas, propaganda...)” (p.
708-9). Ou seja, uma mistura de termos que, sem explicação devida e sem
qualquer referencial teórico no Manual do Professor, dificulta a compreensão e
a aplicação dos conceitos.
Muitas críticas são feitas aos PCN de língua portuguesa, mas as ideias
apresentadas nos Parâmetros, como já dissemos, não são tão novas: autores
como Fávero & Koch (1983), Travaglia (1996), Geraldi (1997), apenas para
citar alguns, já sugerem uma abordagem mais produtiva no ensino de língua
portuguesa há muito tempo e certamente influenciaram a elaboração dos PCN.
Da mesma forma, pesquisas por todo o Brasil mostram como se pode melhorar
a concepção dos alunos a respeito da própria língua e diminuir o preconceito
linguístico, com atividades simples, que privilegiam o uso, a reflexão, no lugar
de apenas dividir e classificar termos, orações etc. Da parte do governo, as
avaliações dos LDP vêm tentando melhorar a qualidade dos materiais
didáticos, com programas como o PNLEM.
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A reportagem é um conteúdo jornalístico, escrito ou falado, baseado no
testemunho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e, numa
perspectiva atual, em histórias vividas por pessoas, relacionadas ao seu
contexto. A reportagem televisiva, testemunho de ações espontâneas, relata
histórias em palavras, imagens e sons.
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habilidade verbal escrita dos estudantes. Redações são muito comuns nas
aulas de Português e Literatura.
A descrição deve, pois, ir além do simples retrato: deve transmitir ao leitor uma
visão pessoal ou uma interpretação do autor acerca daquilo que descreve, de
modo a, por meio dos sentidos, nos transmitir uma imagem singular, original e
criativa. Mesmo que, salvo a técnica ou científica, toda descrição revela, em
maior ou menor grau, a impressão do autor sobre aquilo que descreve.
A dissertação por sua vez, atinge uma complexidade lógica ainda maior, pois
seu foco abandona o mundo concreto para se concentrar no plano
dos significados. Nesse peculiar, a dissertação expressa uma opinião, um
ponto de vista, também chamado tese, um julgamento sobre o objeto descrito
ou sobre o fato narrado. Não se passa a dissertação no mundo extenso, mas
no foro íntimo do sujeito, a dissertação interpreta a realidade. A dissertação é o
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modelo de redação mais cobrado em provas de vestibulares no Brasil, sendo
referenciada como redação dissertativa (ou texto dissertativo). A saber, os tipos
mais comuns de dissertação escolar são:
Texto Dissertativo-Expositivo
Exemplo:
Émile Durkheim considera o suicídio como fato social, quando esse ocorre em
conjunto, em uma determinada sociedade e em um certo período. Em sua obra
intitulada "O Suicídio", o filósofo conceitua três tipos desse ato: o egoísta, o
anômico e o altruísta. Nessas ocorrências, a sociedade exerce uma importante
influência na vida de um indivíduo, pois Durkheim considera que a causa do
suicídio estaria na ausência de atos da sociedade sobre os diferentes
indivíduos.
Texto Dissertativo-Argumentativo
Exemplo:
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para a compreensão dos resultados ruins de um ensino alienador cujo objetivo
é formar indivíduos passivos e acríticos. Em síntese, é nítido que a
escolarização é um meio relevante para a formação de uma população ativa e
crítica, minimizando a incidência de sensos comuns e, por conseguinte, de
inconscientes coletivos que podem ocasionar flagelos, como a intolerância.
PROGRESSÃO TEXTUAL
Exemplo:
O filho desfeiteou o pai. A mãe fez uma interferência que desfeitas não são
atos dignos.
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Especificamente, a redação jornalística deve ser inteligível para a maior parte
dos leitores em potencial, bem como ser instigante e concisa. Dentro destes
limites, matérias também pretendem ser compreensíveis ou satisfazer a
curiosidade dos leitores. Os jornalistas devem antecipar as dúvidas dos leitores
e respondê-las.
O TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
fatos comprovados;
conhecimentos consensuais;
dados estatísticos;
pesquisas e estudos;
citações de autores renomados;
depoimentos de personalidades renomadas;
alusões históricas;
fatores sociais, culturais e econômicos.
Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a
atenção do leitor e convencê-lo da correção da tese, como a utilização de uma
linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de
exclamações,…
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Na conclusão há a retoma e reafirmação da tese inicial, já defendida pelos
diversos argumentos apresentados no desenvolvimento. Pode ocorrer a
apresentação de soluções viáveis ou de propostas de intervenção. A conclusão
aparece como um desfecho natural e inevitável visto o pensamento do leitor já
ter sido direcionado para a mesma durante a apresentação dos argumentos.
Uma redação dessa natureza, nada mais é do que um texto que tem como
objetivo defender uma tese e persuadir o leitor a concordar com ela. De modo
geral, os autores expressam a sua opinião sobre um determinado assunto e
usam argumentos para fundamentá-la.
Uma boa dica é apontar a situação geral daquela temática, explicando sua
relevância. Para mostrar o domínio do conteúdo, outra opção é sempre citar
alguma notícia recente ou acontecimento histórico que esteja relacionado ao
tema.
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Obs.: Estabelecida a tese, é hora de partir para o desenvolvimento, que será
baseado em argumentos consistentes.
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Citações: as citações podem fazer parte do texto, desde que se faça as
devidas referências e que esteja explicitado que aquela frase não se trata de
sua autoria. Caso contrário, o corretor poderá apontar plágio e aplicar as
punições detalhadas no edital, que vão desde a retirada de pontos até a
eliminação do pleito.
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A INTERTEXTUALIDADE
alusão,
conotação,
versão,
plágio,
tradução,
pastiche e
paródia.
Tipos de intertextualidade:
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Bricolagem - são alguns procedimentos de intertextualidade das artes
plásticas e da música que também aparecem retomados na literatura. Quando
o processo da citação é extremo, ou seja, um texto é montado a partir de
fragmentos de outros textos, tem-se um caso de bricolagem.
Sample - são trechos "roubados" de outras músicas e usados como base para
outras produções.
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Tradução - a tradução é a adequação de um texto em outra língua, a língua
nativa do país. Por exemplo, um livro em turco é traduzido para o português.
Pode-se dizer que toda produção textual pode ser considerada um intertexto.
Isso ocorre porque, durante o seu processo de criação, todo autor ou
artista sofre inúmeras influências das obras com as quais teve contato ao longo
da vida e, de alguma forma, essas influências são refletidas em sua
composição.
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ESTRUTURA DA NOTÍCIA E PIRÂMIDE INVERTIDA
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Jornais, revistas e portais de notícias estão buscando constantemente novas
formas de engajar o leitor e atrair um novo público. Invista, portanto, não só em
pautas diferentes, mas também em novos formatos que possam ser replicados
por essas mídias.
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que combina texto, som e imagem. Um dos fatores mais importantes é o
hipertexto, que permite ligações a outras informações suplementares.
COERÊNCIA E COESÃO
Coesão
Exemplo:
Gabriel estuda. Gabriel trabalha. (esse exemplo não é coeso, pois não
estabelece uma conexão) Gabriel estuda e trabalha. (Corrigindo o exemplo,
agora ele está coeso pois adicionamos o "e").
Coerência
Aquele garoto não gosta de futebol e, portanto, fica chamando seus amigos
para jogar (incoerência, porque quem não gosta de um esporte evita praticá-lo).
Fanático por futebol, o pai de Aziz Abdallar obriga o filho a jogar. Mas aquele
garoto não gosta de futebol e, portanto, fica chamando seus amigos para
jogar. Assim, ele pode ficar a um canto enquanto os amigos jogam, e a
algazarra que fazem dá ao pai a falsa impressão de que o filho está se
divertindo (coerência restabelecida por acréscimo de informações ou contexto,
ficando assim coerente para os leitores/ouvintes).
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CLAREZA, CONCISÃO, ESTILO E ESTRUTURA
Concisão
Clareza
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Claro é aquele texto
que possibilita imediata compreensão pelo leitor. A clareza não é algo que se
atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da
redação oficial. Para ela concorrem:
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d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada
lhe acrescentam.
Nos textos narrativos, embora não seja uma regra fixa, os acontecimentos
devem ser expostos na ordem temporal em que ocorreram, isto é, do passado
para o presente. As descrições são feitas do ponto de vista de quem observa.
Se na narração, a preocupação se volta para temporalidade, na descrição ela
recai na espacialidade, portanto deve-se atentar para a ordem em que o objeto
é observado, por exemplo, se de cima para baixo, de dentro para fora, da
direita para a esquerda, do perto para o longe etc.
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NORMA CULTA
A partir desses dados, Pagotto (p. 52) verifica que várias características entre
as enumeradas são típicas do português clássico, o que atestaria “o seu
caráter de norma culta do período. Por outro lado, muitas delas vieram a ser
consideradas no Brasil como formas populares, fora daquilo que é prescrito
pela norma culta moderna”. Essa constatação lhe permite sugerir que o século
XIX foi o momento em que se processou uma mudança radical na norma culta,
momento em que os falantes teriam começado a perceber as formas
linguísticas que deveriam usar na escrita de modo diferente das que vinham
utilizando regularmente. Acrescenta, ainda, que não se tratava apenas de
formas da escrita em desuso “sendo substituídas por formas da oralidade
brasileiras. Elas são substituídas por outras igualmente estranhas ao português
brasileiro nosso de cada dia, que continua seguindo o seu percurso de
mudanças”.
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A título de curiosidade, SILVA & ANDRADE (1894 [1887]:589) informam que
as formas pronominais sem preposição eram preferidas no século XIV, e
exemplificam: “mim ouve (R. de S. Bento) = me ouve, ouve A mim.”, tecendo o
seguinte comentário: “Note-se pois que os modos de dizer me ouve, me
parece, etc., não é, como afirmam os Portugueses – um brasileirismo, que nos
tem servido para chacota. Não aprovamos, porém, como veremos adiante,
essa construção”. A seguir, prescreve, para esse ambiente, o uso pronominal
enclítico.
A norma prescrita por esse compêndio do final do século XIX deixa perceber
que o uso proclítico remonta, em Portugal, a momentos anteriores à
colonização brasileira. No momento representado pela gramática de SILVA &
ANDRADE (1887), percebe-se, os portugueses já haviam incorporado – na
linguagem oral – a construção enclítica, uma vez que criticavam esse
“brasileirismo”. Os brasileiros, no entanto, apenas mantinham um uso do
Português arcaico, o que revela, por exemplo, ser o Português brasileiro mais
conservador que o Português europeu. Os mesmos autores apresentam as
seguintes linhas (p. 619):
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O ponto principal a ser considerado é a diferenciação linguística essencial entre
o Português brasileiro e o europeu durante o século XIX, momento em que
floresceu o Romantismo. Pagotto (1998:53), com base nas diferenças
linguísticas verificadas entre a constituição do Império e a primeira constituição
republicana, já mencionadas anteriormente, percebe duas diferenças
diametralmente opostas: enquanto em Portugal as variantes em mudança, na
norma vernácula, ascenderam à condição de norma culta, com o apoio da
literatura romântica, que as incorporou em seus textos, no Brasil, mesmo com a
literatura buscando sistematizar essas variantes populares, a norma culta não
as incorporou: ao contrário, construiu-se um maior senso de estigmatização.
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à norma culta, a grande parcela desfavorecida da população lhe tem negado o
acesso à própria ascensão social.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Elementos da comunicação
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Emissor: quem envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo
de pessoas) também conhecido como remetente.
Funções da Linguagem:
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Exemplos: "Tenho um pouco de medo...", "Nós te amamos!"
Alguns dos exemplos de gêneros textuais que contêm a função emotiva são:
diário, relato pessoal, blog, vlog, relato de viagem, carta pessoal, novela,
depoimento, entrevista, narrativa memorialista, crítica subjetiva (teatral ou
cinematográfica)...
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Pode-se encontrar função poética nos gêneros textuais: poema, cordel, letra de
música...
Função Fática
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A função fática pode ser encontrada em diversos gêneros textuais que fazem o
uso das expressões típicas: piada, publicidade, bilhete, bate-papo virtual...
Função Metalinguística
Não há outros tipos de texto senão os citados acima. Existem apenas cinco
tipos textuais para as teorias da linguística textual correntemente aceitas.
Diálogo, relato, entrevista, explicação, reportagem, entre outros, são gêneros
textuais.
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Referências Bibliográficas
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