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Anotação Forragicultura
Anotação Forragicultura
Anotação Forragicultura
O índice de área foliar é a relação entre a área da folhagem e a superfície do solo por ela
ocupada e é variável de acordo com espécies vegetais, clima, estações do ano e estádio
de desenvolvimento da planta.
RAIZES DAS GRAMÍNEAS – As gramíneas possuem raízes do tipo fasciculada, são raízes
semelhantes entre si, numerosas, formando um sistema denominado fasciculado ou
cabeleira. Desenvolvem-se, principalmente nas camadas pouco profundas, explorando a
parte superficial do solo
GÊNERO BRACHIARIA – Os capins gênero Brachiaria são os mais utilizados como fonte
forrageira na alimentação do rebanho bovino no Brasil. Eles têm origem em regiões
tropicais, principalmente na África, e incluem grande número de espécies com diversas
características.
Entre as principais espécies do gênero Brachiaria se destacam a B. brizantha, a B.
decumbens, B. ruziziensis e a B. humidicola.
Brachiaria brizantha
As cultivares de B. brizantha (Marandu, Xaraés e Piatã), em geral, têm rápido
estabelecimento na área aliada à alta produtividade e ao porte ereto. Entretanto,
apresentam baixa adaptação a solos mal drenados e à baixa fertilidade.
A Marandu é uma cultivar que tem baixa rebrota, mas apresenta bom desenvolvimento sob
a sombra. Por isso, se adapta bem ao consórcio com outras culturas.
Já a Xaraés apresenta alta rebrota e sua tolerância à cigarrinha das pastagens é menor
quando comparada às cultivares Marandu e Piatã.
Brachiaria decumbens
A B. decumbens cv. Basilisk apresenta hábito de crescimento prostrado, apesar do fácil
estabelecimento e boa adaptação a solos pobres e ácidos.
Por outro lado, apresenta suscetibilidade às cigarrinhas das pastagens e é de difícil
erradicação, pois apresenta grande acúmulo de sementes viáveis no solo.
Brachiaria humidicola
Para terrenos mal drenados, a principal indicação são as cultivares da B. humidicola. Elas
apresentam crescimento estolonífero e boa adaptação a solos com baixa fertilidade.
Mas apenas a cultivar. comum apresenta tolerância às cigarrinhas das pastagens. Em
geral, todas as cultivares têm um estabelecimento lento devido ao menor enraizamento
dos estolões.
Brachiaria ruziziensis
A B. ruziziensis é a espécie mais utilizada no sistema de plantio direto na palha. Ela tem
rápido estabelecimento e fácil dessecação e controle.
Porém, possui baixa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade, alta suscetibilidade às
cigarrinhas das pastagens e baixa competição com as invasoras. Tudo isso limita sua
escolha na hora de implantar o sistema.
PALMA FORRAGEIRA – Palma gigante (Opuntia ficus indica), com raquetes de formato
oval, medindo até 50 cm de comprimento, é mais resistente à seca e à cochonilha de
escamas e altamente produtiva, entretanto, é suscetível à cochonilha do carmim.
Palma redonda (Opuntia sp.), com raquetes de forma arredondada e 40 cm de
comprimento, com a vantagem de ser resistente à seca, porém é suscetível à
cochonilha do carmim, outro agravante, é que seu cultivo deve ocorrer isoladamente, uma
vez que ela esgalha muito e dificulta o consórcio com culturas anuais, por esses motivos,
tem sido cada vez menos comum palmais com essa cultivar.
Palma miúda (Napolea cochenilifera), com raquetes alongadas, medindo 25 cm de
comprimento e caule ramificado, sendo mais nutritiva, por apresentar maiores teores
de matéria seca e carboidrato. Apresenta menor resistência à seca, embora seja resistente
à cochonilha do carmin. É mais exigente em fertilidade, umidade e exige temperatura
noturna mais amena quando comparada as outras cultivares, não sendo, dessa forma,
indicada para áreas de sertão.