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Guia Prático Reconstituição de Toxina Botulínica: Dra. Cláudia Almeida

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GUIA PRÁTICO

RECONSTITUIÇÃO
DE TOXINA
BOTULÍNICA
Dra. Cláudia Almeida
A utilização da toxina botulínica com inalidades estéticas e
terapêuticas vem crescendo e conquistando cada vez mais
espaço. O completo domínio e compreensão a nível de material e
técnicas, bem como o entendimento anatômico-funcional são de
extrema importância para a total segurança nos procedimentos e
resultados satisfatórios nos tratamentos.
O manejo adequado da medicação, bem como o
entendimento completo do seu mecanismo de ação, são
requisitos essenciais aos pro issionais que trabalham com toxina
botulínica.
Este guia visa preparar o pro issional, esclarecendo detalhes
importantes para que a etapa de reconstituição da toxina
botulínica seja realizada da melhor maneira, otimizando o uso da
medicação e atingindo resultados de qualidade.

Dra. Cláudia Almeida - @claudiacalmeida


Cirurgiã Dentista . Mestra em Ciência e Tecnologia aplicada à
Odontologia . Especialista em Implantodontia . Pós Graduada
em Prótese . Pós Graduada em Harmonização Orofacial .
Professora de Cursos na área de HOF . Palestrante em
Eventos Científicos
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Sumário

1. De inição de reconstituição …………………………………. 4


2. Materiais necessários para reconstituição …………… 5
3. Padrões de reconstituição …………………………………… 8
3.1 Reconstituição seca ……………………………. 9
3.2 Reconstituição molhada …………………….. 9
4. Principais marcas comerciais de Toxina Botulínica e suas
reconstituições ……………………………………………………………. 15
5. Referências bibliográ icas ………………………………..… 20
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1. Definição de reconstituição

A reconstituição da toxina botulínica é o ato ou ação de


constituir, ou seja, reorganizar as moléculas da medicação em meio
líquido, uma vez que trata-se de um agente biológico lio ilizado obtido
laboratorialmente à partir do Clostridium botulinum.
É comum por vezes ouvir falar em diluição da toxina botulínica, no
entanto é preciso deixar claro que diluir e reconstituir são processos
diferentes.
A diluição é o ato físico-químico de alterar a concentração de uma
solução, tornando-a menos concentrada através da adição de um
solvente, sendo assim a diluição tem como objetivo principal alterar a
concentração de um produto ou medicamento que já encontra-se no
estado líquido.
A reconstituição por sua vez consiste em trabalhar um produto ou
medicamento a partir da sua apresentação em pó, e torná-lo líquido
com a adição de diluente.
O diluente de escolha para a reconstituição da toxina botulínica é o
soro isiológico (cloreto de sódio) a 0,9%, estéril para injeção, devido
principalmente ao fato de ser isotônico em relação aos líquidos
corporais, é um sal que apresenta concentração de sódio semelhante a
contida no sangue e em outros luidos corporais como lágrima e suor.
A etapa de reconstituição da toxina botulínica é a etapa inicial do
tratamento, atenção e cuidados são de extrema importância durante a
reconstituição para que o processo seja feito da melhor forma,
corroborando para dosagem adequada durante a aplicação,
otimizando o uso da medicação e atingindo resultados de sucesso.

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2. Materiais necessários para a
reconstituição

Alguns materiais são de extrema importância e necessidade


durante a etapa de reconstituição da toxina botulínica, entender o que
se tem em mãos é sempre o primeiro passo para resultados
satisfatórios ao inal do tratamento.
É importante listar os materiais necessários para essa etapa, e fazer
um check list antes de iniciar o processo de reconstituição.

Lista de materiais para a reconstituição da toxina botulínica:

- Frasco de toxina botulínica


- Soro isiológico estéril para injeção a 0,9% (sugestão laconete
de 10ml)

- 1 seringa para manipulação (sugestão seringa do tipo luer lock


de 3 ou 5ml)

- 1 agulha descartável (sugestão agulha 22G - 7 X 0,25mm)

Lista de materiais para a aplicação toxina botulínica em pacientes:

- Gaze estéril
- Seringa de insulina de 0,3ml, 0,5ml ou 1ml (sugestão seringa de
insulina BD ultra ine agulha de 6mm)

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Para a reconstituição:

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Para a aplicação:

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3. Padrões de reconstituição

Visando facilitar o luxo do processo de reconstituição da toxina


botulínica, o meio clínico e cientí ico estabeleceu alguns padrões com
a inalidade de tornar didático e principalmente replicável todo o
procedimento. Esses padrões estabelecidos, sugerem as quantidades
de diluente (solução de escolha soro isiológico à 0,9% estéril para
injeção) utilizadas no momento da reconstituição.
É importante compreender que apesar da existência dos padrões
de reconstituição que visam facilitar a etapa, a reconstituição é livre,
podendo ser feita na quantidade de diluente que o pro issional achar
adequado. Ao entender que o diluente (independente da quantidade
utilizada) não altera as unidades de toxina botulínica existente no
frasco, o processo torna-se simples. Os frascos de toxina botulínica
disponíveis no mercado apresentam uma quantidade que vai de 50 até
200 unidades (U) de toxina botulínica por frasco, variando de
fabricante para fabricante. O importante é que após a reconstituição o
pro issional tenha total domínio do quanto de diluente utilizou para
reconstituir as unidades de toxina botulínica presentes no frasco,
tornando possível traçar estratégias adequadas de dosagem na etapa
de aplicação.
Dentro dos padrões de reconstituição estabelecidos e
disseminados pelo meio clínico e cientí ico, pode-se destacar
principalmente dois padrões: o padrão de reconstituição seca, e o
padrão de reconstituição molhada.

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Reconstituição seca
No padrão de reconstituição seca a quantidade de diluente
utilizado é menor, levando em consideração a proporção de 1ml de
diluente para cada 100 unidades de toxina botulínica (1 : 1).
1ml de diluente ________________________________________ 100U (T.B.)
Seguindo essa proporção teremos:
0,5ml de Soro _____________________________________________________ 50U
1,5ml de Soro ______________________________________________________ 150U
2ml de Soro ________________________________________________________ 200U

Reconstituição molhada
No padrão de reconstituição molhada a quantidade de diluente
utilizado é maior, levando em consideração a proporção de 2ml de
diluente para cada 100 unidades de toxina botulínica (2 : 1).
2ml de diluente ________________________________________ 100U (T.B.)
Seguindo essa proporção teremos:
1ml de Soro ________________________________________________________ 50U
3ml de Soro ________________________________________________________ 150U
4ml de Soro ________________________________________________________ 200U

Os padrões de reconstituição têm inteira relação com a quantidade


de diluente utilizado durante o processo. Não existe um padrão melhor
ou mais correto, a escolha do pro issional deve ser feita diante do luxo
que ele mais domina, para que o manejo no momento da aplicação
seja adequado.
É importante ressaltar que a quantidade de diluente utilizado na
etapa de reconstituição da toxina botulínica, não tem a capacidade de

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alterar o halo de ação da medicação. O halo de ação de cada toxina
botulínica é especi ico, e está relacionado com as características
peculiares de cada toxina bem como seu processo de fabricação.
Apesar de todas as toxinas botulínica do tipo A (utilizadas para
tratamentos com inalidades estéticas e/ou terapêuticas) apresentarem
o mesmo mecanismo de ação, existem alguns diferenciais dentre as
marcas comerciais de acordo com o processo de fabricação de cada
uma.

Halo de ação da toxina botulínica x quantidade de diluente:

Reconstituição 1 : 1 Reconstituição 2 : 1
(Padrão seco) (Padrão molhado)

No desenho esquemático acima, é possível observar que o halo de


ação (em verde) de uma determinada toxina botulínica do tipo A, se
mantém igual, sem nenhum tipo de alteração de tamanho, mesmo
quando a toxina botulínica é reconstituída em padrões de
reconstituição diferentes (padrão seco 1 : 1 ou padrão molhado 2 : 1). O
que modi ica com a alteração do padrão de reconstituição é a
quantidade de diluente, e consequentemente o halo de solução (em

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azul) o qual é maior no padrão de reconstituição molhada uma vez
que existe mais diluente associado.
Deve-se icar claro que os efeitos da toxina botulínica são dose
dependentes, ou seja, depende da quantidade de unidades de toxina
aplicada por ponto, e não do volume total de solução injetada.
De inido e selecionado o padrão de reconstituição mais adequado
para a prática clínica de cada pro issional, é importante atentar em
seguida para o gerenciamento da dosagem de toxina botulínica no
momento da aplicação. A escolha da seringa de aplicação (seringa de
insulina 0,3ml , 0,5ml ou de 1ml) deve ser feita de acordo com a
preferência do pro issional, mas é preciso entender a quantidade de
unidades de toxina botulínica que está sendo entregue em cada
aplicação.
O manejo e controle de dose aplicada é feito através primeiro do
entendimento de quantas unidades de toxina botulínica cabem na
seringa escolhida para aplicação, e na sequência da quantidade em
unidades de toxina botulínica que é entregue ao empurrar o êmbolo
percorrendo as marcações da seringa.

Controle de dose de acordo com o padrão de reconstituição e


seringa de aplicação:

Reconstituição seca (1 : 1)
1ml de diluente ________________________________________ 100U (T.B.)

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Ao selecionar a seringa de aplicação de 1ml para aplicar uma
toxina botulínica que foi reconstituída no padrão seco, ica claro que
teremos um total de 100U de toxina em 1ml. É necessário portanto
veri icar o tracejado da seringa (100 ou 50 traços) para gerenciar ao
certo quantas unidades de toxina serão aplicadas ao percorrer o
espaço de um traço para outro pressionando o êmbolo. Se a seringa de
1ml em questão tiver 100 traços, a cada espaço percorrido entre um
traço e outro uma unidade de toxina botulínica será injetada. Já se a
seringa de 1ml apresentar 50 traços, a cada espaço percorrido entre
um traço e outro acionando o êmbolo, duas unidades de toxina
botulínica serão injetadas.
Ao trabalhar com o padrão de reconstituição seca e selecionar a
seringa de aplicação de 0,5ml a qual contém 50 traços, entende-se
que em 0,5ml haverá 50U de toxina, portanto a cada espaço
percorrido entre um traço e outro da seringa uma unidade de toxina
botulínica será injetada.
A seringa de 0,3ml apresenta um total de 30 traços, levando em
consideração o padrão de reconstituição seca em questão onde em
1ml tem-se 100U de toxina, ica claro que em 0,3ml tem-se um total de
30U de toxina botulínica. Como essa seringa está demarcada com 30
traços, a cada espaço percorrido entre um traço e outro, uma unidade
de toxina botulínica será injetada.

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Reconstituição molhada (2 : 1)
2ml de diluente ________________________________________ 100U (T.B.)

Ao selecionar a seringa de aplicação de 1ml para aplicar uma toxina


botulínica que foi reconstituída no padrão molhado, tem-se um total de
50U de toxina em 1ml. Utilizando uma seringa de 1ml que apresenta
100 traços, a cada espaço percorrido entre um traço e outro meia
unidade de toxina botulínica será injetada, portanto a cada dois traços
percorridos, uma unidade de toxina será injetada. Já se a seringa de
1ml apresentar 50 traços, a cada espaço percorrido entre um traço e
outro acionando o êmbolo, uma unidade de toxina botulínica será
injetada.
Ao trabalhar com o padrão de reconstituição molhada e selecionar
a seringa de aplicação de 0,5ml a qual contém 50 traços, entende-se
que em 0,5ml haverá 25U de toxina, portanto a cada espaço percorrido
entre um traço e outro da seringa meia unidade de toxina botulínica
será injetada, sendo necessário percorre dois traços para injetar uma
unidade de toxina botulínica.
Utilizando a seringa de 0,3ml que apresenta um total de 30 traços,
e levando em consideração o padrão de reconstituição molhada em
questão onde em 1ml tem-se 50U de toxina, entende-se que em 0,3ml
tem-se um total de 15U de toxina botulínica. Como essa seringa está
demarcada com 30 traços, a cada espaço percorrido entre um traço e
outro, meia unidade de toxina botulínica será injetada, sendo
necessário percorre dois traços para injetar uma unidade de toxina
botulínica.

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!Pontos de Atenção!

*Escolha do padrão de reconstituição


*Domínio de quantas unidades de toxina botulínica existe em 1ml (a
depender do padrão de reconstituição)
*Escolha da seringa de aplicação e domínio de dosagem de acordo
com a marcação/traços de cada seringa

A escolha por trabalhar a reconstituição em um dos padrões


determinados (padrão seco ou padrão molhado), torna o luxo mais
simples e seguro, pois uma vez que o pro issional seleciona o seu
padrão de reconstituição entendendo todo o processo e
particularidades, e seleciona também a seringa de aplicação que mais
se adequa a sua prática clínica, conseguirá obter um gerenciamento
adequado de dosagem no momento da aplicação.

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4. Principais marcas comerciais de toxina
botulínica e suas reconstituições

Diversas marcas comerciais de toxina botulínica estão presentes


no mercado, neste guia abordaremos as três marcas comerciais mais
citadas pela literatura cientí ica, detalhando o processo de
reconstituição de cada uma.
As três marcas de toxinas botulínica que apresentam maior
quantidade de estudos e embasamento cientí ico estão listadas
abaixo :
- Botox (Allergan)
- Xeomin (Merz)
- Dysport (Galderma)
São todas toxinas do tipo A, que apresentam o mesmo mecanismo
de ação, com algumas particularidades individuais a nível de
composição e fabricação.
Botox e Xeomin são toxinas botulínica que seguem o mesmo
padrão de unidades de toxina (U), já a Dysport se baseia em unidade
européia Speywood (sU). É importante compreender a equivalência
dessas unidades, para dominar o processo de reconstituição das
diferentes marcas de toxina botulínica. A nível de equivalência sabe-se
que 1U equivale a 2,5sU, portanto ao trabalhar com a Dysport faz-se a
conversão de Speywood para unidades de toxina com o intuito de
facilitar o entendimento e execução do processo de reconstituição.

1U = 2,5sU

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Além do entendimento das unidades, é preciso conhecer as
apresentações a nível de frascos disponíveis no mercado, para assim
selecionar a apresentação mais adequada ao luxo e demanda de cada
pro issional uma vez que a toxina botulínica é um medicamento
extremamente sensível que exige cuidados de armazenamento.
O Botox, toxina botulínica comercializada pela Allergan, está
disponível em apresentações de 50U, 100U e 200U. Já a Xeomin,
toxina botulínica comercializada pela Merz, encontra-se disponível na
apresentação de 100U. Dysport, toxina botulínica comercializada pela
Galderma, está disponível em apresentação de 300sU e 500sU. É
importante ressaltar que ao trabalhar com Dysport a conversão de sU
para U tornará a etapa de reconstituição menos complexa.

Reconstituições por marca comercial:

Reconstituição seca (1 : 1)
1ml de diluente ________________________________________ 100U (T.B.)
Reconstituição molhada (2 : 1)
2ml de diluente ________________________________________ 100U (T.B.)

Botox - Allergan
Apresentação de 50U:
Padrão seco = 0,5ml de diluente
Padrão molhado = 1ml de diluente

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Apresentação de 100U:
Padrão seco = 1ml de diluente
Padrão molhado = 2ml de diluente

Apresentação de 200U:
Padrão seco = 2ml de diluente
Padrão molhado = 4ml de diluente

Xeomin - Merz
Apresentação de 100U:
Padrão seco = 1ml de diluente
Padrão molhado = 2ml de diluente

Dysport - Galderma

!Pontos de Atenção!

*Sempre que trabalhar com a Dysport a ideia é fazer a conversão


para unidades de toxina (U) primeiramente, para só depois seguir com
o processo de reconstituição.

Levando em consideração que 1sU = 2,5U, em 300sU tem-se 120U.


Como é possível chegar nesse resultado? Através de uma regra de três,
dividindo 300 por 2,5. Ao aplicar a regra de três para o frasco de
Dysport de 500sU, tem-se um total dem 200U de toxina. Ao converter
para unidades de toxina (U) ica mais fácil de de inir a quantidade de
diluente utilizada dentro dos padrões pré-estabelecidos. Ao aplicar a

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regra de três para o frasco de Dysport de 500sU, tem-se um total dem
200U de toxina.

Apresentação de 300sU: Equivale a 120U

Padrão seco = 1ml de diluente para 100U


Para 120U tem-se portanto 1,2ml
Chega-se nesse resultado através de uma regra de três:
1ml ——- 100U
Xml —— 120U
X= 1,2ml

Padrão molhado = 2ml de diluente para 100U


Para 120U tem-se portanto 2,4ml
Novamente chega-se nesse resultado através de uma regra de três:
2ml ——- 100U
Xml —— 120U
X= 2,4ml

Apresentação de 500sU: Equivale a 200U

Padrão seco = 1ml de diluente para 100U


Para 200U tem-se portanto 2ml
Chega-se nesse resultado através de uma regra de três:
1ml ——- 100U
Xml —— 200U
X= 2ml

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Padrão molhado = 2ml de diluente para 100U
Para 200U tem-se portanto 4ml
Novamente chega-se nesse resultado através de uma regra de três:
2ml ——- 100U
Xml —— 200U
X= 4ml

Ao dominar o luxo de reconstituição da toxina botulínica,


entendendo o conceito, o processo se torna simples e seguro. Alguns
detalhes e particularidades precisam ser compreendidos, para que a
etapa de reconstituição possa ser realizada da melhor maneira.
O manejo adequado da medicação, que envolve reconstituição,
dosagem e mapeamento da aplicação quando bem compreendidos e
bem executados corroboram para o sucesso do tratamento.
É importante ressaltar que o tratamento inicia antes da aplicação
da toxina botulínica propriamente dita, existe uma série de
procedimentos e cuidados prévios que precisam ser tomados para que
o luxo do tratamento de uma maneira geral seja seguido e executado,
visando sempre os melhores resultado para os pacientes.

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5. Referências bibliográficas
1. Hexsel, Doris, et al. "A randomized pilot study comparing the action
halos of two commercial preparations of botulinum toxin type A."
Dermatologic surgery 34.1 (2008): 52-59.
2. Trindade de Almeida, Ada R., Leticia Cardoso Secco, and Alastair
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Dermatologic surgery 37.11 (2011): 1553-1565.
3. Dressler, Dirk, and Hans Bigalke. "Reconstituting botulinum toxin
drugs: shaking, stirring or what?." Journal of Neural Transmission 123.5
(2016): 523-525.
4. Dressler, Dirk, Fereshte Adib Saberi, and Hans Bigalke. "Botulinum
toxin therapy: reduction of injection site pain by pH normalisation." Journal
of Neural Transmission 123.5 (2016): 527-531.
5. Samizadeh, Souphiyeh, and Koenraad De Boulle. "Botulinum
neurotoxin formulations: overcoming the confusion." Clinical, cosmetic
and investigational dermatology 11 (2018): 273.
6. Hasan, Fauad. "Manufacturing and Clinical Formulations of
Botulinum Neurotoxins." Botulinum Toxin Therapy. Springer, Cham, 2019.
49-62.
7. Nestor, Mark S., David Arnold, and Daniel Fischer. "The mechanisms
of action and use of botulinum neurotoxin type A in aesthetics: Key
Clinical Postulates II." Journal of cosmetic dermatology 19.11 (2020):
2785-2804.
8. Currà, Antonio, et al. "Near-Infrared Trans lectance Spectroscopy
Discriminates Solutions Containing Two Commercial Formulations of
Botulinum Toxin Type A Diluted at Recommended Volumes for Clinical
Reconstitution." Biosensors 12.4 (2022): 216.

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