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Razões Científicas para Aceitar o Geocentrismo Tychoniano Modificado
Razões Científicas para Aceitar o Geocentrismo Tychoniano Modificado
Razões Científicas para Aceitar o Geocentrismo Tychoniano Modificado
a. Introdução histórica
Um resumo da história desse erro em descartar o geocentrismo pode começar
na noite de 24 de Outubro de 1601, quando Tycho Brahe jazia moribundo em
seu leito. Um criminoso havia posto mercúrio nos alimentos de seu jantar.
Ouviu-se Brahe exclamar repetidas vezes que esperava não ter vivido em vão.
Tycho havia passado toda a sua vida recompilando dados astronômicos, com
uma minuciosidade não superada em seu tempo, e sua finalidade era
demonstrar a viabilidade de seus sistema cosmológico geocêntrico. Naquele
tempo os astrônomos dispunham de três sistemas que salvavam as aparências,
dois geocêntricos, o de Ptolomeu e o Tycho Brahe, e um heliocêntrico, o de
Copérnico. Ao contrário do que pensa muita gente, Copérnico não fez
nenhuma “revolução científica”, nem nenhum avanço na astronomia.
Copérnico copiou o sistema que havia sido idealizado pelo Aristarco,
utilizando círculos perfeitos como órbitas dos planetas, inclusive a terra, com
a intenção de melhorar a precisão dos cálculos do sistema de Ptolomeu. No
entanto, seu sistema de círculos não funcionava corretamente, e finalmente
teve que admitir que o sistema de Ptolomeu era, na prática, muito mais preciso
que o seu.
Figura 4 I
Figura 4 II
Já Tycho Brahe propôs um modelo inovador, com o sol e a lua orbitando a
terra, e o resto dos planetas orbitando o sol. Durante quarenta anos havia
registrado as posições dos planetas para defender seu modelo geocêntrico.
Sendo já idoso contratou como ajudante Johannes Kepler, um astrônomo
luterano admirador do modelo de Copérnico, e que sonhava em possuir o
tesouro de dados astronômicos de Tycho para difundir seu ideal de descrever
uma estrutura harmônica universal. Depois de conseguir seus ansiados dados
[1], Kepler modificou o modelo de Copérnico colocando os planetas
circulando o sol por órbitas elípticas, no entanto como demonstra Sir Fred
Hoyle, ele também poderia haver modificado o sistema de seu mentor Tycho
Brahe com idênticas órbitas elípticas, idênticas leis cinemáticas, etc, pois os
dois modelos são equivalentes [figura 4, I e II].
Figura 5
Foi o próprio Tycho Brahe quem sugeriu que se medisse a existência ou não
de paralaxe para anular definitivamente o modelo de Copérnico, mas isso
superava a precisão dos telescópios da época, finais do século XVI. Para
termos uma idéia do que é paralaxe podemos estender um braço pressionando
uma caneta verticalmente, e então, alternativamente com o olho direito aberto
e o esquerdo fechado, observamos a caneta em frente a uma parede de fundo
(aparentemente a caneta se desloca para a esquerda), depois observamos com
o esquerdo aberto e o direito fechado, e a caneta parece se deslocar para a
direta. Agora com um telescópio suponhamos que no dia 1 de Janeiro da Terra
(que se acha na direita) observamos uma estrela próxima Ec [figura 5], no
lugar da caneta, e um cenário de estrelas mais distantes, no lugar da parede de
fundo; a estrela próxima Ec se deslocará até a esquerda um ângulo α,
enquanto que se observamos meio ano depois, a veremos deslocada até a
direita um ângulo α.
Os heliocentristas somente consideravam a situação da direita [figura 5], e
buscaram ansiosos tal paralaxe. Por fim, em 1838, Bessel descobriu a paralaxe
de uma estrela, o qual foi considerado uma prova definitiva a favor do
heliocentrismo. Mas se equivocaram, pois a paralaxe α no modelo
heliocêntrico é idêntica ao modelo geocêntrico da direita. Portanto, a paralaxe
não é uma prova do movimento terrestre, pois as duas situações são
geométricas e cinematicamente indistinguíveis. Só é preciso modificar
minimamente o modelo de Tycho, situando as estrelas centradas no sol, pois
realmente é o firmamento que orbita como uma firme moldura em torno do
eixo norte-sul terrestre. É o que se chama de “modelo Tychoniano
modificado”, modelo se introduziu na astronomia em tempos recentes,
sendo amplamente divulgado pela CAI [2], e também por alguns mencionados
círculos acadêmicos [3].
Figura 8
Na explicação do heliocentrista Bradley para a aberração estelar, a chuva é a
luz de uma certa estrela (com velocidade c) e o movimento é o da terra no éter
(v=30km/s). Para observar uma determinada estrela, o telescópio devia
mover-se um ângulo α = arc tan v/c. Como a velocidade (do vetor v) é distinta
ao longo da suposta trajetória da terra em torno do sol, o ângulo α também
varia ao longo do ano [figura 7]. Em consequência a estrela descreveria uma
pequena elipse em torno ao sol [figura 7]. O erro desse argumento está em que
as estrelas têm movimentos próprios, algo desconhecido nos tempos de
Bradley. Lamentavelmente hoje se conhece esse fato e, no entanto, nunca se
menciona quando se fala da aberração estelar. Para o geocentrismo só há
deslocamentos estelares, a terra está em repouso absoluto, e esses
deslocamentos são os responsáveis pela aberração estelar (figura 8). Se
debaixo da chuva estivesse um homem em repouso com um guarda-chuvas,
mas com um vento frontal, obviamente ele deveria também inclinar o guarda-
chuvas um ângulo α.
b. Experimentos
Figura 9
Em 1871, o astrônomo George Airy se dispôs a provar se a hipótese de
Bradley era correta. E posto que Arago / Fresnel / Fizeau já haviam
demonstrado que a velocidade da luz era inferior no ar ou na água, utilizou
engenhosamente um telescópio com água em seu interior [figura 9]. A luz
procedente de uma estrela (suponhamos que está no zênite) chega, através do
ar, com uma aberração de um ângulo α ao telescópio, então, ao atravessar a
água [figura 9 item b], que é um meio mais refrativo que o ar, se desviará um
ângulo δ adicional, e será preciso inclinar um pouco mais o telescópio: um
total de β para enfocar a estrela. Tendo em conta a lei de refração de Fresnel, n
= sin β/sin δ, e para ângulos pequenos: n = β/δ, é fácil deduzir que o desvio
adicional de Airy deveria ser β – δ = (n2- 1) v / c. O resultado do experimento
de Airy foi desconcertante para os heliocentristas, pois resultou que não havia
nenhum desvio adicional da luz da estrela, em outras palavras, β – δ = 0. E
como n2- 1 não podia ser nulo, v (velocidade da terra) devia ser nulo. Era a
primeira de uma série de experimentos cujo resultado seria sempre v=0, um
resultado que não podiam admitir os heliocentristas dogmáticos. Os
astrônomos da antiguidade davam ao “Éter” o significado de “o lugar por
onde se movem as esferas (órbitas) das estrelas, o sol e os planetas”. Uma
confirmação da existência do éter foi apontada no terreno da teoria
eletromagnética. Em 1864, Maxwell publicou os resultados de suas
investigações sobre as vibrações elétricas, mostrando que certas vibrações
produziam ondas eletromagnéticas que podiam viajar pelo espaço a uma
velocidade de 300.000 km/s, que curiosamente coincidia com a velocidade da
luz tal como havia sido medida pelos astrônomos. Então Maxwell deduziu que
a luz não era mais que um tipo de onda eletromagnética, o qual foi
posteriormente confirmado em laboratório por Hertz. A partir disso se
considerava o éter como “a substância sobre a qual as ondas eletromagnéticas
realizam as vibrações”. O éter preenchia todo o espaço fora da terra, inclusive
penetrava o ar, a água e os outros materiais, pois se observa que a luz viaja
através deles. O seguinte passo foi uma tentativa detectá-lo. O éter está fixo
ou é arrastado pela terra? Existia uma terceira possibilidade que horrorizava
os heliocentristas: um éter rodando com o firmamento inteiro, mas uma terra
fixa; nesse caso o éter se detectaria como “um vento dependente da latitude
sobre a esfera terrestre”.
figura 16
Supondo que a terra desse, cada ano, uma volta ao redor da sol. Sua
velocidade através do éter devia ser detectada no mínimo como v=30km/s, e
também se a terra girasse sobre seu eixo norte-sul a velocidade do “vento do
éter” seria de 0,46km/s. Em 1880, o físico Albert Michelson idealizou um
engenhoso aparato [figura 16] com o objetivo de detectar o suposto
movimento da terra através do éter. Emitia-se luz consistente a partir de um
foco: parte desta se desvia até um espelho (traço azul), e parte segue até o
outro espelho (traço verde) de igual distância. Os feixes de luz procedentes de
ambos os espelhos convergem no detector, mas as distâncias percorridas não
são as mesmas (o espelho da direita se move com a terra, v = 30 km/s, e
encurta a distância a ser percorrida). Portanto, ao não estarem sincronizados
produzirão faixas de interferências. Evidentemente, para medir variações tão
pequenas, os espelhos deviam estar situados a distância invariáveis, algo
quase impossível de fazer, pois uma levíssima vibração do solo perturbaria
essas distâncias. No entanto, ao fazer rodar toda a plataforma um ângulo α, era
possível anular os atrasos por erros instrumentais ou perturbações externas.
Não se tratava, então, tanto de detectar faixas de interferência, e sim de
observar o deslocamento dessas faixas ao girar o aparato. Se a terra se movia
em relação ao éter, o aparato estava certamente capacitado para detectar este
movimento apenas medindo a largura do deslocamento dessas faixas. Em
1881, Michelson realizou o experimento, e rodou uma e outra vez o aparato,
mas não encontrou o deslocamento que esperava. Tudo apontava que v=0.
Michelson não ficou satisfeito com esse resultado de 1881, e decidiu repetir o
experimento em 1887, desta vez junto a Edward Morley. Melhoraram o
interferômetro, incrementando consideravelmente a distância que percorre a
luz, e colocando a plataforma sobre uma balsa de mercúrio para minimizar as
perturbações externas. Desta vez o interferômetro era muito mais preciso, e
com ele esperavam ver um deslocamento de 0,40 de faixa, invés do máximo
de 0.1 do caso anterior. Mas o resultado do experimento voltou a ser tão
negativo como o anterior. Repetiram o experimento um sem número de vezes,
a diversas altitudes, orientações do instrumento, hora do dia ou estação do
ano. Não encontraram o esperado deslocamento de bandas. Definitivamente o
experimento falhou no seu objetivo de detectar o movimento terrestre e
passou-se a chamar “o experimento falido” de Michelson e Morley. As
conclusões foram:
figura 17
Mas antes que Einstein publicasse sua teoria geral da relatividade, Sagnac,
com seu experimento de 1918, já havia demonstrado que tais postulados eram
falsos. O interferômetro de Sagnac [figura 17] estava enfocado em detectar a
rotação terrestre contra o éter. A luz que sai de uma lâmpada passa através de
um espelho semi-transparente se divide, e o dois raios passam, em direções
opostas, por outros três espelhos, para convergir novamente no semi-
transparente, e finalmente a luz não consistente é recolhida na tela de
interferências. Basicamente, a diferença com o experimento de Michelson-
Morley é que no experimento destes os mesmos raios recorriam em um e
outro sentido um diâmetro da plataforma fixa, para detectar a velocidade
linear da terra (ou a do vento do éter). No experimento de Sagnac os raios que
convergem na placa percorrem um circuito (circular), e pretende detectar a
velocidade angular ω da terra (ou do firmamento em torno da terra). Pois um
dos raios estará girando a favor de ω e levará menos tempo para alcançar a
placa. Se se emite luz com a plataforma em repouso não se detecta
deslocamento das faixas, tal como no experimento de Michelson-Morley. Mas
quando Sagnac realizou seu experimento com a plataforma rodando numa
velocidade ω, encontrou que o raio que viaja aos espelhos que se distanciam
tarda mais em chegar do que o raio que viaja para os espelhos que se
aproximam. Não registra nos resultados, no entanto, uma velocidade de
rotação para a terra, e cataloga seu próprio experimento como “nulo”, igual
que o de Michelson-Morley. Ainda que Sagnac não foi consciente disso,
acabava de encontrar um resultado que contradizia a teoria da Relatividade,
um raio de luz viaja a mais velocidade que outro raio, medidos ambos em um
mesmo sistema.
Michelson, como devoto heliocentrista, não dava crédito ao resultado do
experimento de Sagnac. Por isso, em 1925 decidiu fazer por sua conta esse
mesmo experimento, mas com um aparato muitíssimo mais sofisticado e
preciso. Como novo colaborador teve Henry G. Gale, pois Morle havia
falecido em 1923. Para eliminar a distorção que podia produzir o ar, Morley e
Gale ensaiaram um interferômetro como o de Sagnac, mas o circuito para
viajar a luz era um tubo cheio de água de um milha de comprimento. Eles, ao
contrário de Sagnac, não utilizaram uma plataforma giratória, pois
consideraram que a rotação seria a própria da terra (a do éter giratório, em
realidade). De fato, no experimento encontraram que a luz era mais
lenta atravessando um circuito em sentido anti-horario. O deslocamento das
faixas que observaram foi bem menor, uma média de 0.26 faixas, que
equivalia a 2% da velocidade ω da rotação terrestre. Agora apareciam provas
evidentes de que a luz sim viaja através de um éter luminoso. Michelson não
supôs dar uma resposta convincente aos dados de seu próprio experimento.
Mas já não havia dúvida: a terra não se move, tampouco rotaciona. Rotaciona
o éter, cujo leve vento superficial era o que detectavam os interferômetros.
Posteriores experimentos por parte de Trouton e Noble, Thorndyke e
Kennedy, Theodore de Coudres e vários outros não fizeram mais que
confirmar que a terra estava imóvel no espaço.
Figura 14 A
Figura 14 B
Além disso o sol tem outro movimento que o faz dar uma volta anual em
torno a um eixo transversal ao eixo NS terrestre [figura 14 a, b] com o plano
elíptico sempre em uma inclinação de 23, 4º em relação ao equador terrestre, e
que é a razão pela qual temos estações.
O movimento resultante do sol é a bem conhecida trajetória helicoidal ao
longo de uma superfície cilíndrica [figura 12], seis meses subindo e outros
seis descendo. As distâncias as quais se encontra o sol varia entre 142,7 e
151,8 milhões de km devido à forma de helicóide, o qual é equivalente à
trajetória ‘elíptica’ do heliocentrismo. Uma pessoa localizada em uma latitude
terrestre λ só vê uma parte deste helicóide. Se essa pessoa tirar uma foto do
céu a cada 5 ou 7 dias, sempre no mesmo lugar e na mesma hora, obtêm
evidentemente um analema solar em forma de 8 [Figura 13]. Eis uma mostra
bem perceptível da simplicidade do modelo geocêntrico em relação ao
heliocêntrico.
Figura 13
Este modelo também pressupõe o éter, mas seria essa uma substância
ultrapassada ou um conceito anticientífico? No tempo em que a relatividade
começou a ser aceita, estudos sobre a radioativadade mostraram que o vácuo
vazio do espaço tem estrutura espectroscópica similar à dos fluidos e sólidos
quânticos ordinários. Estudos posteriores com grande aceleradores de
partículas tem nos levado a entender que o espaço é mais parecido a um
pedaço de vidro de janela do que o vazio newtoniano ideal. Ele é preenchido
por essa “coisa” que é normalmente transparente, mas pode ficar visível
sofrendo pancadas suficientemente fortes para tirar uma parte. O conceito
moderno do vácuo do espaço, confirmado por experimento, é o éter
relativístico. O físico heliocentrista Laughlin já demonstrou isso, o que serve
em um modelo geocêntrico também [8].
Dentre os defensores de Einstein muitos entendiam que o espaço era
permeado por uma substância. Louis de Broglie, prêmio Nobel famoso por
sua descoberta da característica de onda do elétron em 1920, escreveu em
1971 que o conceito de éter, ou o que ele chamava “o meio oculto”, precisava
ser revivido. Criticando o modelo de espaço proposto por Erwin Schrödinger
en 1926, de Broglie escreveu: "Tudo se torna claro se a idéia que partículas
sempre tem uma posição no espaço através do tempo for retomada (...) De
acordo com o meu pensamento atual, a partícula está sempre localizada dentro
de uma onda física (...) O movimento da partícula é assumido ser a
superposição do movimento regular (...) e de movimento browniano causado
por trocas de energia randômica que tem lugar entre a onda e o meio oculto,
que age como termostato sub-quântico. O ponto de suma importância nesse
modelo é que a cada momento a partícula ocupa uma posição definida no
espaço, e isso restabelece o sentido claro que a configuração espacial tem na
mecânica clássica" [9]
d. Dados recentes
Depois que as conjecturas da Relatividade mostraram falsas as investigações
sobre a mobilidade ou não da terra, esse tema foi definitivamente banido do
âmbito da ciência. Pouco importava se em ocasiões surgiam dados astrofísicos
apontando uma possível centralidade da terra, como quando em 1929 Edwin
Hubble realizou o assombroso descobrimento dos redshifts das galáxias
distantes, que era tal como se todas as galáxias se distanciassem de nós,
Hubble disse: “Não se pode demonstrar a falsidade dessa hipótese, mas é
rejeitável e poderia ser aceita unicamente como último recurso (...). Por isso
nós desdenhamos desta possibilidade (...) a posição privilegiada para a terra
deve ser evitada a todo custo”. Stephen Hawking defendeu essa mesma
postura revestida de falsa modéstia, em “Uma Breve História do Tempo”:
“Pareceria que, ao observamos todas as galáxias se distanciando de nós, nos
encontramos no centro do universo. Há, no entanto, uma explicação
alternativa: o universo deveria parecer o mesmo em qualquer direção, ou
também em qualquer outra galáxia (...). Não temos nenhuma prova científica,
nem a favor nem contra isto. Mas cremos nisto, com base na modéstia: seria
mais surpreendente se o universo parecesse o mesmo em todas as direções à
nossa volta, mas não em torno de outros pontos do universo!” [11].
As galáxias não só aparecem distanciando do ponto central de onde se
encontra a terra, mas também sua distribuição é uniforme ao nosso redor, isto
é, o movimento de distanciamento representa uma dilatação uniforme.
Segundo o astrônomo William G. Tiff é como se se movessem em camadas
concêntricas com centro na terra, e velocidades que sempre são múltiplos de
72 km/s. Para anular estes dados nitidamente geocêntricos os cosmólogos do
Big Bag propuseram um universo isotrópico. Isto é, já não podendo negar que
a terra está em um lugar privilegiado, passaram a supor que todos os lugares
do cosmo são igualmente privilegiados, o qual exigia a isotropia (ao observar
o universo em qualquer direção deveria parecer, em maior escala, igual em
todos os seus pontos). Por exemplo, um observador em cima de uma grande
esfera perfeita veria praticamente o mesmo em qualquer ponto ou em qualquer
direção que olhasse. A má notícia para estes é que os dados recentes sobre a
radiação CMB obtidas pela sonda espacial WMAP mostram um universo
anisotrópico. Além das galáxias, a distribuição dos quasares, por exemplo, só
tem uma explicação lógica no o geocentrismo, pois estão situados em 57
camadas esféricas centradas na terra.
figura 18
E se observamos o universo em grande escala nós encontramos a radiação
cósmica de fundo em micro-ondas (CMB) que refuta a hipótese do Big Bang,
mas não o geocentrismo. O resultado da análise da radiação CMB tem crucial
importância, pois nos indica se realmente há ou não há a isotropia espacial que
prediz o Big Bang. A CMB foi descoberta em 1965 pelos radioastrônomos
Penzias e Wilson. Trata-se de uma radiação térmica presente em todos os
lugares e perceptível em qualquer ponto de referência. Sua magnitude é de uns
2,73 graus Kelvin e, segundo a hipótese do Big bang, é o remanescente da
hipotética “grande explosão” primogênita. De qualquer maneira, para estudar
as possíveis flutuações desta CMB é preciso observar o universo em sua
máxima escala. A NASA enviou em 2001 ao espaço a sonda WMAP com o
objetivo de mapear essa radiação em seus mínimos detalhes. Os resultados da
exaustiva exploração veio em 2005. É a distribuição dipolar [figura 18], com a
linha horizontal, chamado pelos heliocentristas de “eixo do mau”, sinalizando
o plano da eclíptica, por onde se movem os planetas, e assombrosamente
muita próxima do eixo equinocial. De início o “Big Bang” sai muito mal
amparado, pois entre seus postulados está a perfeita isotropia e
homogeneidade do cosmos. No entanto, na imagem se percebe a presença de
lugares quentes (vermelho e amarelo) e outros frios (azuis e verdes). Com tal
disposição aparecem violados: o princípio cosmológico de Bondi (o cosmos é
espacialmente isotrópico e homogêneo em grande escala), também chamado
de Princípio Copérnico (no universo não há lugares privilegiados), e o
princípio de equivalência de Einstein (o resultado de qualquer experimento
não gravitacional é independente da velocidade do marco inercial em que se
realiza). Também cosmologias como a do Big Bang aparecem como
descartáveis.
e. Resposta às objeções
Alguns acham que o modelo relativístico é desejável para quem que apoia o
geocentrismo, mas isso não é verdadeiro. Conhecer esse modelo ajuda a
desmascarar heliocentristas dogmáticos que apoiam a Relatividade, em uma
espécie de “feitiço contra feiticeiro”. No entanto, para sustentar o
geocentrismo não se pode aceitar a teoria falsa da relatividade proposta por
Einstein, na qual estão baseados todas essas idéias acima. As seguintes
pérolas desmascaram esses que tentam salvar as aparências:
“A luta tão violenta nos primeiros dias da ciência, entre as visões de Ptolomeu
e Copérnico seria então bem insignificante. Qualquer SC (sistema de
coordenada) poderia ser utilizado com igual justificação. As duas sentenças:
“o sol está em repouso e a terra move, ou “o sol se move e a terra está em
repouso” simplesmente seriam duas convenções concernentes a dois SC
diferentes” [14].
Como diz Martin Gardner: “ (…) é possível assumir que a terra é um ponto de
referência não-rotacional. Desse ponto de vista, as estrelas teriam uma
velocidade circular em volta da terra que é muito maior que a velocidade da
luz. Uma estrela apenas 10 anos-luz de distância teria uma velocidade relativa
em volta da terra de vinte mil vezes a velocidade da luz” [17]
Até o próprio Einstein admitia esse princípio: “Em segundo lugar nosso
resultado mostra que, de acordo com teoria da relatividade geral, a lei da
constante da velocidade da luz no vácuo, que constitui uma das duas
fundamentais proposições da teria da relatividade especial e que nós temos
frequentemente citado, não pode alegar nenhuma validade ilimitada. A
curvatura dos raios de luz só podem ter lugar quando a velocidade de
propagação da luz varia com a posição. Agora nós poderíamos pensar que,
como consequência disto, a teoria da relatividade especial e com ela toda a
teoria da relatividade seria reduzida ao pó. Mas na realidade não é o caso. Nós
só podemos concluir que a relatividade especial não pode alegar validamente
um domínio ilimitado; os resultados dela se mantém enquanto nós somos
capazes de desprezar as influências dos campos gravitacionais no fenômeno
(da luz)” [18].
-1-
1.A relatividade assume que as equações da mecânica são válidas.
2.A mecânica newtoniana diz que a gravidade é causada pela atração das
massas.
3.A relatividade diz que a gravidade é causada pela curvatura do espaço-
tempo contínuo.
4.Mas o espaço-tempo contínuo não é atração de massas.
5.Então a relatividade não se baseia em “as equações da mecânica são
válidas”.
6.Então a relatividade é contraditória.
-2-
1.A relatividade é baseada na noção que a luz tem velocidade “c” no espaço
vazio.
2.Mas a relatividade diz que o espaço é um continuum de espaço e tempo que
curva para causar a gravidade nos corpos.
3.Como o continuum do espaço-tempo permeia todo o espaço dentro do
universo, então o espaço-tempo está sempre curvando-se sobre muitos corpos.
4.Como a curvatura do espaço-tempo significa que o espaço tem propriedades,
então o espaço nunca está vazio.
5.Como o espaço nunca está vazio, a propagação da luz através do espaço
vazio nunca ocorre na realidade.
6.Como o postulado da relatividade não é baseado na realidade como descrita
pela própria relatividade, a teoria da relatividade é auto-contraditória [19].
Uma razão adicional para a teoria ser descartada ou modificada nos seus
vários conceitos é que "o físico americano Steven Weinberg escreveu um livro
sobre relatividade geral em que ele desenfatizava a curvatura do espaço-
tempo. Ele preferiu pensar em um espaço-tempo plano com campos
gravitacionais que aconteciam de ter uma interpretação como curvatura (...).
Outros físicos o trataram como se ele tivesse perdido toda a questão central da
relatividade geral. Mas ele estava somente de acordo com o convencionalismo
de Poincaré, e é impossível dizer que ele estava errado. O texto usou os
mesmos métodos analíticos e geométricos para chegar ao mesmo resultado
que os outros livros sobre a relatividade" [20].
Para saber mais razões porque a teoria está errada recomendamos o trabalho
de Herbert Dingle [21], algumas partes do trabalho do físico Andre Koch, que
apesar de ele ser acentrista, dá alguns argumentos e cita cientistas
famosos que rejeitaram a teoria de Einstein, como Ernst Mach [22], além, é
claro, o livro de Sungenis, sua compilação de defesas [23], e seu pequeno
artigo [24] que demonstra que a equação famosa e = mc2 é bem anterior a
Einstein, tendo sido usada comumente por Poincaré e pode ser encontrada por
várias vias que não a da relatividade, incluso pelas equações de Maxwell.
- As manchas solares
Alguns dizem que a trajetória das manchas solares na face do sol, que a cada 5
ou 6 meses movem-se para cima e para baixo, é um prova que a órbita da terra
não está exatamente no plano de rotação do Sol, e que em um sistema
geocêntrico, com o sol girando em torno da terra uma vez por dia, esta
variação iria aparecer todos os dias. Mas não é assim. No sistema Tychoniano
Modificado as manchas solares se explicam pelo fato de que a trajetória
diurna do Sol não está exatamente no plano do equador da terra. Como o
próprio Einstein diz, os dois casos são precisamente o mesmo, em termos de
movimento relativo. O erro está em comparar a trajetória diurna do modelo
tychoniano modificado com a trajetória anual heliocêntrica. No Tychoniano
modificado o sol tem trajetória diurna e anual, o que pelo traço se vê uma
forma helicoidal. Na trajetória anual se explica as manchas, na diurna o Sol
não está exatamente na linha do equador. Para ver a equivalência, veja a
animação:
http://galileowaswrong.com/wp-content/uploads/2013/06/Seasons.mp4
- Navalha de Occam
Mesmo se fosse válida, a Navalha de Occam na verdade funciona contra o
heliocentrismo, dado que o geocentrismo é um mecanismo mais simples. O
sistema heliocêntrico é mais complicado porque dá à Terra dois movimentos,
de rotação e translação; e também o sol move-se em torno de aglomerados de
galáxias; e estes aglomerados em torno de maiores aglomerados; ad infinitum.
f. Trabalhos recomendados
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[1] Alguns historiadores acusam a Kepler de ser o suspeito principal do
envenenamento de Tycho Brahe, por exemplo, Joshua Guilder e Anne-
Lee Gilder, Heavenly Intrigue: Johannes Kepler, Tycho Brahe, and the
Murder Behind one of History’s Greatest Scientific Discoveries, 2004
[2] Catholic Apologetic International Publishing. http://www.catholicintl.com
[3] Universidade de Illinois, Physics 319, Spring 2004. Lecture 03, p.8.
A mesma explicação para a paralaxe estelar que a apresentada aqui foi
defendida pelo astrônomo Gerardus Bouw, que também cunhou o nome
"modelo Tychonico modificado".
[5] Einstein: The Life and Times, Ronald W.Clark, 1984, p. 109-110