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Ciências Humanas e Sociais Tópicos Atuais em Pesquisa
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CIÊNCIAS HUMANAS
E SOCIAIS
tópicos atuais em pesquisa
científica digital
EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA
Guarujá - São Paulo - Brasil
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Volume 3
1ª EDIÇÃO
científica digital
2023 - GUARUJÁ - SP
CONSELHO EDITORIAL Prof. Dr. Humberto Costa
Prof. Dr. Joachin Melo Azevedo Neto
Prof. Dr. Jónata Ferreira de Moura
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Profª. Dra. Geuciane Felipe Guerim Fernandes Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme
' 10.37885/231115113.......................................................................................................................................... 8
Capítulo 02
' 10.37885/231215190........................................................................................................................................ 39
Capítulo 03
' 10.37885/231014689....................................................................................................................................... 54
Capítulo 04
' 10.37885/231115116......................................................................................................................................... 68
Capítulo 05
' 10.37885/231114962........................................................................................................................................ 90
Capítulo 06
Capítulo 07
' 10.37885/231115109.......................................................................................................................................139
Capítulo 08
' 10.37885/231215144.......................................................................................................................................154
Capítulo 09
Capítulo 10
' 10.37885/231114920.......................................................................................................................................195
' 10.37885/231115113
RESUMO
[...] lutar sem receio pelo primado da Justiça; ser fiel à verdade
para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais;
empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio,
dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-
lhe a realização prática de seus legítimos interesses; exercer a
advocacia com o indispensável senso profissional, mas também
com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho
material sobreleve a finalidade social do seu trabalho; aprimorar-
se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica,
de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da
sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela
probidade pessoal. (BRASIL, 1994, p. 94).
Ainda, Meneghetti (2010, p. 337) coloca que análise onírica possui papel
fundamental no processo da Consultoria Ontopsicológica Empresarial, visto que
o sonho fornece ao sonhador a indicação sobre o real de uma situação que per-
maneceu no inconsciente e não foi percebida racionalmente pelo líder. Ou seja, a
verificação onírica resgata todos aqueles aspectos que passaram despercebidos
pelo líder e indica a passagem exata para a realização de uma ação acretiva.
A análise do primeiro nível diz respeito a tudo aquilo retratado no capítulo
anterior, todos os procedimentos organizacionais, a disposição estrutural do
escritório, seus processos de gestão operacional e planejamento estratégico etc,
Por fim, São Domingos de Gusmão introduz o conceito “in veritate”, isto
é, fundamenta-se um critério que estabiliza e estimula a criação a partir de
um ponto fundante, um princípio natural que determina a ordem das coisas
como são e que permite ao Homem acessar a verdade a partir do íntimo das
coisas. É aqui que se evidencia o Em Si ôntico enquanto critério de realidade
na obra humana (MENEGHETTI, 2014, p. 66).
Dessa forma, se explicitam os cinco critérios fundantes do humanismo
empresarial, que partem da possibilidade aberta pela compreensão da metodo-
logia FOIL e das três descobertas da ontopsicologia, possibilitando ao advogado
empreender a si mesmo enquanto função para tantos.
Meneghetti (2015, p. 132) apresenta que a forma mentis do empresário
acontece, enquanto consequência da aplicação prática dos princípios destaca-
dos acima, na medida em que o líder se centra em si mesmo e tem, na intuição
ontológica, a diretiva infalível para realizar, gerando paz, bem e realização inte-
rior que transborda ao externo, a partir e somente possível pelo dado do Em Si
ôntico, obtendo “vantagem de viver de modo apaixonante no ardor de viver
para ser estilo único e irrepetível” Meneghetti (2015, p. 132).
Ou seja, não é o método de gestão para o escritório de advocacia que
garante a vantagem competitiva do advogado enquanto empreendedor, esses
são apenas ferramentas que momento a momento podem, ou não, servir. Mas
sim a formação humanista, aliada à escola FOIL e ao paradigma ontopsicológico,
que fornecem a chave para entender o processo de reimpostação do negócio a
partir do líder, gerando beleza, dignidade e justiça, em devir ontológico, naquele
serviço que se entrega.
BARNABEI, Pamela. FOIL Management e business intuition. In: MENEGHETTI. Antonio. Atos do
congresso business intuition 2004. 2 ed. São Paulo: FOIL, 2013.
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BITTAR. Eduardo. C. B. Curso de ética jurídica: Ética geral e profissional. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
BOBBIO. Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. 6 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995.
MENEGHETTI, Antonio. A arte de viver dos sábios. 4 ed. Recanto Maestro: Ontopsicológica Editora
Universitária, 2009.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2016.
' 10.37885/231215190
RESUMO
A CONDIÇÃO PLANETÁRIA
A CONCEPÇÃO BIOCÊNTRICA
A ÉTICA BIOCENTRICA
ETHOS GLOBAL
O planeta Terra é o único local habitável para todos os seres que nela
vivem, ela é a casa comum de todas as espécies que abriga. Os gregos antigos
traduziam o termo morada como ethos, posteriormente essa palavra ganhou
o significado de ética, ou seja, um conjunto de normas de conduta adotado
com fundamento ético. Ao tratar de ethos como morada, Leonardo Boff (2010)
observa que essa expressão não trata de um lar de poucos, mas se refere ao
planeta inteiro, uma morada comum para todos os humanos, “para nós hoje,
o ethos-morada não é mais a nossa casa, a nossa cidade ou o nosso país. É o
inteiro planeta Terra, efeito ethos-Casa Comum”. (Boff, 2010, p.157).
Essa posição apresentada por Boff provoca uma questão: qual deve ser
o ethos que permite a humanidade conviver planetariamente, apesar das dife-
rentes culturas, tradições, religiões e valores éticos? Para Boff (2010), o que se
faz necessário é construir uma base comum a partir da qual os seres humanos
possam articular um consenso mínimo que salvaguarde e regenere o planeta
Terra, esse organismo complexamente vivo.
A Terra é fruto de um longo processo de construção que teve seu iní-
cio há quatro bilhões de anos, Lovelock (2006) descreve que nesse processo
todos os acontecimentos estão inter-retro-conectados e o planeta Terra é
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BAJZEK, Joze; MILANESI, Giancarlo. Sociologia dellaReligione. Torino. EditriceElledici, 2006.
BOFF, Leonardo. Humanismo e Biocentrismo. In: UNGER, Nancy Mangabeira. (Org.) Fundamentos
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E. Silva. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes: 2009.
LEOPOLD, Aldo, For the Health of the Land, previously unpublished essays and other writings, (J.
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LOVELOCK, Jaime. Um novo olhar sobre a Terra. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2006.
TAYLOR, Paul W. Respect for nature. A Theory of environmental ethics.Ney Jersey: PrincentonUnivertivy
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' 10.37885/231014689
RESUMO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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GOUVEIA, A. J. A pesquisa educacional no Brasil. São Paulo. Cadernos de Pesquisa, n.1, 1971.
Flávio Bellomi-menezes
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
' 10.37885/231115116
RESUMO
1 Uma versão anterior deste trabalho foi publicada em 2021 na Revista Missões (Cf. Bellomi-Menezes, 2021).
Foram realizadas algumas alterações a partir de observações críticas importantes de Milena Serafim e Jinx
Vilhas Maurício, assim como foram realizadas algumas mudanças para o formato que a publicação exige,
buscando atingir públicos mais amplos.
2 Doravante NRN
3 Leia-se “esquerda”, aqui, enquanto uma aglutinação ideológica que parte dos social-democratas e liberais-so-
ciais e ruma em direção aos comunistas e anarquistas, seguindo uma lógica de maior senso comum do que
estaria “à esquerda no espectro, não que concorde com essa definição, mas que compreenda que ela minima-
mente sistematiza o que Brown (2019) está chamando de “esquerda”.
4 É interessante pensar como essa afirmação ainda faz sentido. À época (2020), me referia aos governos de Jair
Bolsonaro, no Brasil, e Donald Trump, nos Estados Unidos, ambos lidos como de extrema-direita. Hoje (2023)
temos nas presidências de Brasil e Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, respectivamente, que
promovem políticas liberais flertando com um esquisito e nebuloso “centro” e com um mais esquisito e nebuloso
ainda “progressismo”.
5 Supereu, junto às instâncias do Eu e do Isso, contempla o aparelho psíquico segundo a psicanálise freudiana.
Sua relação com o sujeito é da ordem do juízo censor ou proibicionista. Sem um dispositivo preciso de proibição,
o sujeito tenderia a agir eticamente menos atrelado àquilo que denominamos normas sociais.
6 Dos filósofos metafísicos, creio que Leibniz melhor se encaixa nessa reflexão por dois motivos: o primeiro e mais
evidente é sua proximidade, através da releitura de Gilles Deleuze, com a antropologia a partir dos anos 1970. O
segundo, que tenho consciência que necessitaria um trabalho mais longo que o do texto em qustão, diz respeito
à proximidade com o divino na filosofia de Leibniz, que não é em momento algum ignorada por Deleuze e que
faz conversar metafísica e materialidade de uma forma singular.
7 O que nos remete à tese de Marilyn Frye (1990), que aponta que o amor masculino é homoafetivo - uma vez que
a maioria do circuito dos afetos relacionados ao “amor” se enxerga entre homens heterossexuais do que entre
um homem e uma mulher (aqui me referindo à cisgeneridade, claro).
8 Brown estava se referindo a dois episódios: o primeiro (Brown, 2019 :207) é o casaco de Melania Trumpo com
os dizeres “I really don’t care, do you?”, utilizando em uma visita a um centro de detenção de crianças imigrantes
no Texas; o segundo (Brown :218) diz respeito a uma matéria de James Hohmann sobre os sentimentos dos
eleitores de Trump, no episódio que um dos eleitores diz “Eu não ligo. Estou cansado do desrespeito que seus
opositores têm por ele e por mim”. Sutilmente há uma rima narrativa com fato de, entre esses dois excertos,
Brown citar a política trumpista de desmantelamento do Obamacare em 2017. Ademais, há uma nota do
tradutor na página 208 que ainda busca fazer uma alusão à situação brasileira da direita, utilizando a compara-
ção entre os neologismos “libtard” e “esquerdopata”.
9 Traduziu-se far-right como “ultra-direita”, no entanto em português brasileiro convencionou utilizarmos “extre-
ma-direita”, pois “extremo” é um termo que bem distingue-se de “radical”, uma vez que, como demosntrado até
aqui, esses sujeitos não buscam as raízes da questão que os aflige, mas buscam extremar sua posição de poder
acima de tudo e de todos (menos, talvez, do divino).
10 Aqui podemos entender melhor as observações que pontuei no início do texto, a respeito de uma “esquerda”
que mescla a noção política da autora com a noção política da extrema-direita do que seja “a esquerda”, por isso
coloquei que esse espectro vai dos sociais-liberais aos comunistas.
11 A lembrar, ao contrário dos comunistas, anarquistas e simpatizantes da esquerda radical, os sujeitos de extre-
ma-direita dificilmente se auto intitulam assim.
12 O Perspectivismo Ameríndio é uma teoria etnológica formulada a partir da releitura deleuziana de Leibniz,
que comentava acima estar presente na antropologia. Eduardo Viveiros de Castro e Tânia Stolze Lima são
resposáveis pela sistematização do conceito, onde a forma indígena de reconhecer a humanidade a reconhece
mediante o compartilhamento de atributos corporalmente cognoscíveis, isto é, o humano é reconhecido
enquanto tal através de seu corpo; Essa reflexão estende, portanto, a humanidade para toda uma outra gama
de seres que se veêm como humanos e que compreendem os demais (animais, plantas, espíritos, etc) como
humanos em potencial.
13 Essa expressão é popular em antropologia especialmente, o conheci através dos escritos de Tim Ingold (2017),
pela expressão taking others seriously, que foi traduzido como “levar os outros a sério” (Cf. Ingold, 2019).
17 Não é minha intenção aqui reiterar nenhuma visão romântica sobre a discussão. Coloco as questões nesses
termos com o propósito único de cadenciar melhor a leitura. Uma maior aproximação da discussão etnográfica
sobre os mundos indígenas irá demonstrar uma constante disputa que ocorre a todo momento pela reafirmação
dessa condição de humanidade, a grande e principal diferença é que essa disputa se apresenta em um nível de
honestidade que jamais poderia ser alcançado pelo “livre mercado”.
18 O racismo no contato interétnico cria uma política da morte, normalizando genocídios. As críticas de Clarice
Cohn (2014) à construção de Belo Monte e a situação dos xikrin do Bacajá ressaltam a negligência da esquerda,
enquanto o prefácio de Eduardo Viveiros de Castro (2015: 11-41) à obra de Kopenawa e Albert acusa o Partido
dos Trabalhadores de facilitar o etno-ecocídio no Brasil. Essa estupidez etnocida, ecocida e, em última análise,
suicida (Viveiros de Castro, 2015: 23) reflete a complexidade das políticas da morte implementadas ao longo dos
séculos.
REFERÊNCIAS
BELLOMI-MENEZES, Flávio. A Sobrenatureza da Política: para além das ruínas do neoliberalismo.
In. Missões – Revista de Ciências Humanas e Sociais V.7 N.2. 2021 BROWN, Wendy. Nas ruínas do
neoliberalismo: a ascensão da política antidemocrática no ocidente. São Paulo: Ed. Politéia, 2019.
19 A complexidade das relações políticas entre o Estado e as comunidades indígenas é evidente na frustração
do movimento indígena durante o governo petista. A falta de diálogo e a resistência à criação de um conselho
paritário para políticas indigenistas demonstram a desconexão entre o Estado e as demandas indígenas (Cf.
Lima, 2015)
DEBATE: Aproximações ao perspectivismo (com Tânia Stolze Lima. Renato Sztutman e Patrice Maniglier)
In. YOUTUBE, 2015. Disponível em > https://youtu.be/LuwaHtFrzxo [Acesso em 17 de Julho de 2020]
DELEUZE, Gilles. A Dobra - Leibniz e o barroco. Campinas: Papirus, 2011. FERNANDES, Florestan. A
integração do negro na sociedade de classes vol.1. Rio de Janeiro: Globo, 2008.
FOUCAULT, Michel. Aula 3 de fevereiro de 1982 In.. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Ed. Martins
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KOPENAWA, Davi e ALBERT, Bruce. A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo:
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KUARAY, Daniel. Moã ka’Aguy regua - Tekoa Mbiguaçu: as memórias das plantas medicinais.
monografia (graduação), Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa
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SINGER, André. Esquerda e direita no eleitorado brasileiro: a identificação ideológica nas disputas
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Disponível em <https://videos.bol.uol.com.br/video/weintraub-odeio-o-termo-povos-indigenas-quer-
quer-nao-quer-sai-de-re-04024D99396AE4B96326 [acesso em 17 de julho de 2020]
‘Cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós’, diz Bolsonaro em transmissão nas redes sociais.
G1 Política, 24/01/2020. Disponível em > https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/24/cada-vez-
mais-o-indio-e-um-ser-huma no-igual-a-nos-diz-bolsonaro-em-transmissao-nas-redes-sociais.ghtml
[acesso em 17 de julho de 2020]
Nildo Viana
Universidade Federal de Goiás (UFG)
' 10.37885/231114962
RESUMO
O presente trabalho visa realizar uma análise crítica da chamada “análise auto-
mática do discurso”, abordagem que tematiza a questão do discurso partindo
das contribuições da linguística, filosofia, sociologia, marxismo e psicanálise.
Para tanto, utilizaremos uma outra forma de análise do discurso, que é a dialé-
tica. Concluímos que a análise automática do discurso sofreu mutações com o
desenvolvimento histórico, se adequando aos paradigmas hegemônicos de cada
época, bem como apresentou análises limitadas sobre o fenômeno discursivo.
1 Aqui são necessários dois esclarecimentos. O primeiro é o entendimento do discurso como equivalente à fala.
Para alguns, essa não é a posição de Pêcheux. Contudo, no seu primeiro escrito (Pêcheux, 2010a), é basica-
mente essa a posição assumida por ele, tal como vamos desenvolver a seguir. O segundo esclarecimento é que
Pêcheux não tinha uma formação em linguística e sim em filosofia, mas ele adota a perspectiva linguística no
interior de uma concepção que poderia ser chamada multidisciplinar.
2 Pêcheux aqui inventa uma referência inominada fantasmática, “o sociólogo”. As referências inominadas nos
discursos são possíveis, mas devem ser evitadas. Porém, a referência inominada fantasmática é ilusória e, no
caso, a ilusão está em atribuir ao “sociólogo” uma posição que seria da sociologia, como se esta tivesse um
consenso discursivo inexistente na realidade, pois existem várias abordagens sociológicas sobre todos os
fenômenos sociais e dependem de suas bases intelectuais (método, ideologia, etc.). Pêcheux não cita nenhum
sociólogo efetivo, nenhum autor da sociologia, certamente por não o encontrar na realidade e certas afirmações
que ele atribuía a uma “suposta” sociologia é a concepção do filósofo Louis Althusser.
3 A ideia da determinação da base econômica “em última instância” é defendida pela primeira vez por Engels
(1987) e é retomada por Althusser (1979) que busca “sistematizar” tal concepção. Em Marx, há uma discussão,
usando “base e superestrutura” como metáforas do “edifício social”, com mero interesse ilustrativo e que é bem
mais complexo, pois ele trata de correspondência, determinação, ação recíproca, etc. (Marx, 1983).
4 Pêcheux explica que, para Althusser, autor no qual se baseia, os partidos e sindicatos seriam parte dos
aparelhos ideológicos do Estado e explica que ele aborda a função de tais instituições no interior desse
complexo.
7 A obra de Bourdieu (1996) contribui com a compreensão do contexto mais concreto da produção intelectu-
al (a partir de sua concepção de “campo”), embora faça generalizações e afirmações problemáticas, mas
traz elementos interessantes para se pensar a competição na esfera científica e suas subesferas, bem como
em outras áreas. A sua análise do discurso contribui nesse aspecto específico, embora deixe de lado outros
aspectos, o que mostra o seu limite. O nosso próximo projeto é uma apresentação crítica da análise do discurso
tal como realizada por Bourdieu, na qual desenvolveremos estas questões.
8 Outro autor muito citado pelos colaboradores de Pêcheux que pouco aparece é Foucault. No texto com
coautoria de Fuchs ele não aparece na bibliografia e em Semântica e Discurso aparece brevemente com a obra
Arqueologia do Saber. Porém, o nome de Foucault e o sucesso de sua obra torna importante a referência ao seu
nome, podendo gerar vantagens simbólicas, como já dizia Bourdieu (1996).
9 Por exemplo, a psicanálise inspiradora de Pêcheux não é a freudiana e sim a lacaniana, e aqui funciona
novamente o mecanismo de interpretação substitutiva, que agora é a de Lacan sobre Freud.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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HAK, Tony (orgs.). Por uma Análise Automática do Discurso. Uma Introdução à Obra de Michel
Pêcheux. 4ª edição, Campinas: Editora da Unicamp, 2010.
PÊCHEUX, Michel. Análise Automática do Discurso (AAD-69). In: GADET, Francoise; HAK, Tony (orgs.).
Por uma Análise Automática do Discurso. Uma Introdução à Obra de Michel Pêcheux. 4ª edição,
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' 10.37885/231115061
ABSTRACT
Given the exponential growth rate experienced by social media platforms within
the past two decades and their numerous adverse societal impacts (e.g., surge
in hate speech, racism, cyberbullying, religious intolerance, among others),
the discipline of critical social media and internet studies has also become an
important field of study. Within that, while many studies have been published
in the past two decades, a few of them have reached a high level of impact
and influence. Thus, the present study aims at developing a review of the
state-of-the-art scholarly papers in this discipline with the goal to provide not
only a synthesis of them but also to contribute to the expansion of this field of
investigation. To this end, the present study reviews a selection of nine papers
published in the timeframe 2011-2021, available on Semantic Scholar database,
that have recached high levels of impact measured by the number of citations,
ranging from 201 to 2,239.
Keywords: Critical Social Media and Internet Studies, Literature Review, State-
of-the-art Studies, Research Impact.
1 According to the information provided on the website, Semantic Scholar is defined as an open access research
database with over 215 million papers from all fields of science (Available from: https://www.semanticscholar.
org/).
That being said, the critical analysis of paper #1 reveals that Ahn (2011)
aims to develop a theoretical essay addressing the impact of social network
sites (SNSs)2 on adolescents’ social and academic development.
The author has focused his attention on young users of social network
sites because this cohort tends to use digital technologies in large numbers
in the US. This scenario, still according to Ahn (2011), raises concerns among
parents and educators and, as such, becomes also a subject matter of interest
to social science research. Whilst parents are usually worried about the safety
and potential effects on their sons’ and daughters’ social development, educa-
tors fear negative impacts on their academic performance. In fact, the concerns
are such that most school districts used even to block the students’ access to
social network sites.
Consequently, given a lack of consensus regarding the age range to clas-
sify children, adolescents, and young adults, in this study, Ahn (2011) considers
adolescents, or young users, as individuals between the ages of 12-18.
2 Currently, the terminologies ‘social media platforms’ or merely ‘social media’ are practically consolidated in the
literature (including an influential journal in this discipline called Social Media + Society), but previously, there
has been a variety of denominations, including Digital Social Networks, OSN (Online Social Network), SNS
(Social Network Site) and SNS (Social Networking Sites).
3 HALL, Stuart. The spectacle of the ‘Other’. In: HALL, Stuart (ed.) Representations: Cultural Representations and
Signifying Practices. London: SAGE and The Open University, pp. 223–279, 1997
DU BOIS, W.E.B. Darkwater: Voices from Within the Veil. New York, NY: Harcourt, Brace and Howe, 1920. 296 p.
4 Different authors explain that the subject matter of generation classification is not universal and neither precisely
fixed. For more information about this topic, the reader can refer to the following references:
LYONS, Sean T. and SCHWEITZER, Linda. A Qualitative Exploration of Generational Identity: Making Sense of
Young and Old in the Context of Today’s Workplace, Work, Aging and Retirement, 3 (2), 209-224, 2017
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tion of generations: An exploratory study based on the collective memories of the active workforce of Pakistan,
Journal of Public Affairs, 21 (3), 2641-2665, 2021
URICK, Michael J.; HOLLENSBE, Elaine C.; MASTERSON, Suzanne S. and LYONS, Sean T. Understanding and
Managing Intergenerational Conflict: An Examination of Influences and Strategies, Work, Aging and Retirement,
3 (2), 166-185, 2017
7 For the sake of clarification, the author danah boyd is written in small letters following the author’s own desire as
already publicly expressed by her in a number of occasions. To this end, she explains her decision in a blog post
(available from: https://www.danah.org/name.html).
8 As widely reported by the international press, this platform was rebranded ‘X’ in July 2023. However, for the sake
of consistency with all previous studies, in the present review it has been chosen to maintain the original brand
name of Twitter.
CONVERGING PATHS
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XINHUA, By. UN chief warns of online stigma. Global Times, Beijing, China, 19 June 2022. Disponível
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' 10.37885/231115109
RESUMO
Foto do autor.
Em uma análise coerente de uma obra, seja ele um livro, uma pintura,
ou neste caso uma obra audiovisual, é vital a escolha do instrumento de aná-
lise utilizado. Não podemos usar a teoria literária para analisar um filme, pois
fundamentalmente o romance El ingenioso hidalgo Don Quijote de La Mancha
é um texto impresso em um livro, organiza-se em frases, parágrafos, páginas
e volumes. O filme Don Quijote de La Mancha, de 1947, para dar um exemplo,
é um conjunto de imagens e de sons (e silêncios), organizados segundo uma
gramática própria, a cinematográfica, nela não valem as regras da literatura,
1 EDGAR-HUNT, Robert et al. A linguagem do cinema. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 129.
A FICÇÃO NO CINEMA
2 EDGAR-HUNT, Robert et al. A linguagem do cinema. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 85.
Da lista acima vale a pena destacar que a considerada uma das melhores
adaptações pela crítica é a russa, dirigida por Grigori Kozintsev, em 1957. O Quixote
é feito pelo ator Nicolai Tcherkassov, que tem uma interpretação muito contida,
deixando muitas intenções ocultas, como se estivesse em uma obra de Anton
Tchecov, com sua ‘vida submersa’. Tcherkassov anda pela aldeia, um cenário
fantástico construído na planície russa, com uma capa negra, escondendo-se
com gestos muito teatrais. Dom Quixote não é misterioso, nem dissimulado.
Dulcinea aparece como uma vizinha muito mais jovem, que frequenta a casa de
Alonso, e no final aparece com um figurino saído diretamente de Las meninas de
Velázquez. O filme é uma obra que tenta afrontar o cinema americano da época,
feito em versão panorâmica (tela de 2:35), com um colorido elaborado (mas
que envelheceu e não foi remasterizado). As escolhas de cenário, iluminação
e de vestuário vem claramente da pintura de Diego Velázquez e de Francisco
de Goya, que estão bem representados nas coleções dos museus russos, como
no Hermitage. É uma boa versão, mas falta a vida e a solaridade manchega.
4 ACADEMIA DE LAS ARTES Y LAS CIENCIAS CINEMATOGRÁFICAS DE ESPAÑA. Diccionario del cine español.
Dirigido por José Luis Borau. Madrid: Alianza Editorial, 1998, p. 411.
Figura 3. Jonathan Pryce como Dom Quixote, no filme de Terry Gilliam de 2018. Fotograma.
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' 10.37885/231215144
RESUMO
[...]
4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos
e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento
sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o
desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos
humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz
e não violência, cidadania global e valorização da diversidade
cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento
sustentável (NAÇÕES UNIDAS, 2015).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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PATRIMONIALISMO, BUROCRACIA E
GERENCIALISMO NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA BRASILEIRA
' 10.37885/231115083
RESUMO
Além das funções básicas exercidas pelo Estado liberal dos séculos ante-
riores foram acrescentadas tantas outras como: prover a educação pública, a
saúde pública, a cultura, a seguridade social, os incentivos à ciência e tecnologia,
investimentos em infra-estrutura e proteção ao meio ambiente. Criou-se também
a necessidade de mecanismos mais eficientes de cobranças e recolhimento de
impostos, já que a carga tributária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB)
aumentou substancialmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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UNIVERSALIZAÇÃO,
CONSERVADORISMO E SUBJETIVAÇÃO:
A HERANÇA CULTURAL DA VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER E PESSOAS
LGBTQIA+
' 10.37885/231114920
RESUMO
1 A subjetivação em Foucault refere-se ao processo pelo qual as pessoas se tornam sujeitos, internalizando
normas, valores e discursos específicos em contextos históricos e culturais. Este conceito desafia a ideia de uma
identidade fixa e unificada, destacando como o poder e o discurso desempenham um papel fundamental na
formação das subjetividades individuais e coletivas.
[...] como é que, numa sociedade como a nossa, o poder não pode
ser exercido sem que a verdade tenha que se manifestar, e se
manifestar na forma de subjetividade, e sem que, por outro lado, se
espere dessa manifestação da verdade na forma da subjetividade
efeitos que estão além da ordem do conhecimento, que são da
ordem da salvação e da libertação para cada um e para todos? De
uma maneira geral, os temas que eu gostaria de abordar este ano
[são] os seguintes: como, em nossa civilização, se estabeleceram
relações entre o governo dos homens, a manifestação da verdade
na forma da subjetividade e a salvação para todos e cada um?
(FOUCAULT, 2018, p.69).
2 Dr. José Ivo Follmann, professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos em aula ministrada no
Curso de Especialização em Educação Popular, no ano de 1987, demonstrou os traços estruturais marcantes da
sociedade brasileira, sendo que na esfera sociocultural temos: paternalismo das elites e acomodação conserva-
dora por consequência.
O legado que nos foi deixado por herança por parte do europeu colonizador,
além de suas marcas visíveis deixadas pela exploração econômica e política,
também inclui um aspecto profundamente enraizado em nossa cultura: o rechaço
às diferenças, expresso pela violência onde o outro diferente simplesmente é
relegado ao “canto da casa de uma existência ausente.” Pois enquanto matriz
de subjetivação constituída historicamente ainda não superamos as sementes
da desigualdade, discriminação e preconceito, os quais continuam a afetar as
relações entre diferentes grupos étnicos, culturais, até os dias de hoje.
Vamos considerar duas situações para ilustrar os efeitos colaterais de
uma abordagem universalista e conservadora que permeia nossa estrutura
social, enraizada na matriz de subjetivação que molda a cultura nacional. Esta
abordagem frequentemente obstrui a compreensão do verdadeiro fundamento
do desenvolvimento humano, que reside na diversidade, na diferença - não
apenas biológica, mas de concepções de mundo, estilos de vida e modos de ser.
Essas diferenças, que não se encaixam nos padrões socialmente aceitos devido
ao universalismo, não recebem a devida consideração. E, podemos verificar em
termos da nossa realidade contemporânea a violência dirigida a membros da
comunidade LGBTQIA+ e a violência contra a mulher. Essas formas de violência
têm sua origem no patriarcalismo brasileiro e são consequências preocupan-
tes que perpetuam normas e valores tradicionais muitas vezes em detrimento
da igualdade e dos direitos humanos. Quanto ao nosso patriarcalismo Freyre
aponta o seguinte:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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REMISSIVO 31, 32, 34, 36, 38, 167, 176, 186, 187, 188, 189, 191,
193
Grandes Diretores e o Quixote: 140
A
H
Adaptações Audiovisuais: 140
Herança Cultural: 195, 196, 197, 198
Agenda Global 2030: 154, 155, 156, 158, 168, 170,
171, 172, 177 Humanismo: 9, 28, 33, 34, 37, 38, 53
Análise Automática do Discurso: 90, 91, 92, L
95, 96, 97, 100, 101, 102, 103, 105, 106, 107, 108, 109,
112, 113, 114, 115 Linguística: 91, 92, 93, 96, 97, 98, 99, 102, 104,
105, 110, 113, 114, 115, 204
B Literature Review: 117, 120, 128, 135, 137
Brasil: 9, 10, 11, 12, 13, 17, 20, 38, 53, 55, 56, 57, 58,
59, 60, 61, 62, 64, 65, 66, 67, 71, 76, 86, 88, 115, 146, M
151, 155, 156, 157, 158, 159, 171, 172, 173, 176, 177, Marcos Textuais: 54, 55, 57, 58, 62, 64
179, 185, 186, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, Marxismo: 91, 99, 100, 102, 104, 107, 108, 110, 113
201, 202, 203, 204, 205, 206, 207, 213, 214, 216,
218, 219, 220, 223 Meio Ambiente: 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 49,
66, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 164, 165,
C 166, 167, 168, 170, 173, 174, 175, 176, 177, 184
Concepção Biocêntrica: 40, 45 Meio Ambiente: 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 49,
Conservadorismo: 195, 196, 197, 198, 207, 208, 66, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 164, 165,
213, 214, 215, 216, 222 166, 167, 168, 170, 173, 174, 175, 176, 177, 184
Miguel de Cervantes: 140, 141, 142, 144, 145, 147,
Critical Social Media and Internet Studies:
148, 152, 153
116, 117, 118
Modelos de Administração Pública: 179, 180,
D 181, 190
Davi Kopenawa: 69, 70, 78, 82
O
Desenvolvimento Sustentável: 50, 155, 157,
164, 171, 172, 176, 177 Ontopsicologia: 9, 14, 15, 28, 29, 34, 38
Direito: 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, P
22, 37, 38, 41, 53, 62, 73, 74, 97, 141, 155, 156, 157, Paradigmas: 91
160, 161, 163, 164, 170, 172, 177, 183, 205
Periódicos: 55, 57, 58, 59, 63
Discurso: 72, 75, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98,
99, 100, 101, 102, 103, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, Pesquisa em Educação: 54, 55, 56, 57, 58, 59,
112, 113, 114, 115, 192, 197, 202, 223 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 177
Dom Quixote: 53, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, Políticas: 66, 69, 70, 71, 72, 77, 86, 87, 104, 105,
146, 147, 149, 150, 152, 153 111, 113, 114, 115, 166, 169, 177, 182, 191, 201, 202, 203,
205, 207, 208, 213, 214
E Povos Indígenas: 69, 87, 88, 89
Educação Ambiental: 154, 155, 156, 157, 158,
162, 164, 165, 166, 167, 168, 170, 172, 174, 175, 176, R
177 Reforma de Estado: 179, 188, 189, 191, 193
Ética: 12, 13, 14, 26, 38, 39, 40, 42, 47, 48, 49, 50, Reforma na Administração Pública: 179, 193
51, 52, 53, 72
Research Impact: 117
F
S
FOIL: 8, 9, 10, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 37, 38
State-of-the-art Studies: 117, 135, 136
Subjetivação: 195, 196, 197, 198, 200, 202, 203,
204, 208, 209, 211, 213, 217, 218, 221, 222, 223
Sustentabilidade: 43, 49, 50, 51, 53, 154, 155,
156, 157, 158, 160, 163, 164, 167, 170, 171, 174, 176,
177
U
Universalização: 59, 195, 196, 197, 198, 200, 203,
208, 209, 212, 213, 216, 221, 222, 223
V
Versões Espanholas: 140
W
Wendy Brown: 69, 70, 72, 76, 77, 81
científica digital
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