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IPTP-Sessoes 1 A 8-RA 1
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1. POSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
1.1.INTRODUÇÃO
Normalmente as redes de distribuição pública são exploradas em anel aberto, isto é, com
o seccionador de uma das entradas aberto, para obviar à dificuldade de controlo nos
valores mais elevados das correntes de serviço e de curto-circuito, que existe na
configuração em anel fechado.
A título de exemplo, apresenta-se na figura 1.1 um posto de transformação de construção
em alvenaria com entradas por linhas aéreas e apresenta-se na figura 1.2 uma
perspectiva de uma cela de protecção correspondente a um posto de transformação do
tipo monobloco.
1.2. TOPOLOGIAS TIPO
São de considerar dois tipos de topologia:
Figura 1.1- Posto de transformação de construção em alvenaria com entradas por linhas aéreas.
Faz também parte do PTC o quadro geral de baixa tensão (QGBT), o painel de contagem
e o painel para a bateria de condensadores para correcção do factor de potência.
O QGBT é tipicamente um quadro do tipo armário fechado equipado com disjuntores,
fusíveis e interruptores.
Caso o posto de seccionamento (PS) esteja fisicamente separado do posto de
transformação (PT), é necessário incluir no PS uma cela destinada ao alojamento do
aparelho de protecção do cabo de média tensão de interligação.
Figura 1.5- Esquema unifilar de média tensão de um PT Cliente de 1000 kVA, 15 kV.
Para montagem do PTP em curto tempo seria necessário ter uma equipe de pelo menos
2º dia: fixação dos apoios, dois suportes do PT, dois suportes do quadro, fixação do PT,
dos circuitos de terra de serviço e de protecção, ligação e aperto dos cabos e por último,
protecção).
do fabricante.
Este facto fornece a definição de um factor de utilização da potência instalada (Ku), geralmente o
factor de utilização de uma casa varia entre 0,4 a 0,6.
PC = Pinst K u (1.1)
Onde:
Ku – Factor de utilização.
Num condomínio a necessidade de carga é a mesma, por isso, é necessário ter em conta o factor de
simultaneidade (Ks).
PG = n Pinst K u K s (1.2)
Onde:
n – Número de casas;
Ks – Factor de simultaneidade
0,8
K s = 0,2 + (1.3)
n
Num condomínio, par além de casas de habitação, existem outas instituições tais como: lojas,
escolas, hospitais, etc. Estas instalações têm potências instaladas diferentes. Para estas instituições
também existe um factor de simultaneidade (KS2), que é geralmente 0,85.
Mas deve-se ter em consideração o número da carga, que geralmente pode ser de 7 a 9% da carga
num ano.
PH
SH = (1.5)
cos
Onde:
As tabelas que se seguem apresentam os factores de utilização (Ku) e de simultaneidade (Ks) para as
instituições públicas e instalações industriais, respectivamente.
Instituição pública Ku
Escola 0,75
Jardim infantil 0,75
Administração 0,50
Restaurante 0,75
Supermercado 0,90
Talho 0,50
Loja de mercadorias industriais 0,75
Cabeleireiro 0,60
Correio 0,80
Policlínica 0,30
Lavandaria 0,95
Lojas desconhecidas 0,73
Iluminação pública/exterior 1,00
Instituição pública Ku
Carpintaria 0,15 – 0,30
Serrações 0,80
Fábricas de móveis 0,25 – 0,40
Empresas petroleiras 0,30 – 0,35
Indústria metalúrgica 0,35
Mina 0,70 – 0,80
Centrais eléctricas 0,75 – 0,80
Fábricas de cimento 0,50 – 0,85
Fábricas de fibra sintética 0,60 – 0,70
Fábricas de máquinas-ferramentas 0,25
Fábricas de aço 0,35
Fábricas de calçado 0,40 – 0,50
Fábricas de papel 0,35 – 0,45
Oficinas de automóveis 0,15 – 0,50
Cervejaria 0,40 – 0,50
Tipografias 0,20 – 0,35
Indústria Têxtil 0,30 – 0,60
A determinação da potência instalada de uma instalação industrial é complexa, porque esta engloba
as seguintes cargas: 75% a 90% em máquinas eléctricas e as restantes 10% a 25% em iluminação.
O coeficiente de necessidade (Kc) representa a relação entre a carga máxima e carga instalada.
Pmax
KC = (1.6)
Pinst
Onde:
Kc – Coeficiente de necessidade;
Pmax
S max = (1.8)
cos m
KC = K s Ku (1.9)
O coeficiente de utilização significa que alguns receptores nunca serão utilizados à plena carga. O
coeficiente de simultaneidade significa que todos os receptores nunca funcionam simultaneamente.
Normalmente é difícil determinar estes dois factores para uma instalação industrial no ramo da
execução de projectos. Contudo, recorrendo a tabelas estatísticas é possível com uma boa
aproximação obter aqueles valores.
Exemplo 1.1:
Calcular a potência do transformador necessário para alimentar um complexo residencial que possui
as seguintes casas:
Resolução:
Ku = 0,5
PH 149,1
SH = = = 186,4kVA
cos 0,8
S nT = 250kVA
Exemplo 1.2:
Calcular a potência do transformador necessário para alimentar um complexo residencial que possui
as seguintes cargas:
Resolução:
PG = PC Ku K S1 = n Pinst Ku K s1
n = 350; Ku = 0,5
n
Pip = K S 2 Pinsti K ui = 0,85 ( 2 10 0,75 + 15 0,9 + 2 12 0,75 + 0,75 8 + 2 12 0,75 + 8 0,75 +
i =1
PH 435,875
SH = = = 544,8kVA
cos 0,8
S nT = 630kVA
Exemplo 1.3:
0,8 0,8
K S 1 = 0,2 + = 0,2 + = 0,25
n 300
Ku = 0,5
PH 149,1
SH = = = 186,4kVA
cos 0,8
S nT = 250kVA