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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA

Licenciatura em Engenharia Civil

RELATÓRIO DE ESTÁGIO PRÉ-PROFISSIONAL

Eleutério Lourenço Mahalambe

Chimoio, Novembro de 2024


UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA

Licenciatura em Engenharia Civil

Eleutério Lourenço Mahalambe

Relatório de estágio apresentado ao


departamento de Engenharia Civil da
Universidade Católica de
Moçambique-Faculdade de Engenharia
como um requisito para obtenção do
grau de licenciatura em Engenharia
Civil

2
Chimoio, Novembro de 2024

INDICE

1. RESUMO............................................................................................................................5

2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................6

2.1. OBJETIVO GERAL.....................................................................................................6

3. LOCAL E TEMPO DE ESTÁGIO.....................................................................................6

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO........................................7

5. DESCRIÇÃO DAS FASES DO PROJETO.......................................................................8

5.1. Limpeza de Terreno......................................................................................................9

5.2. Implantação..................................................................................................................9

5.3. Estrutura do Pavimento..............................................................................................10

5.3.1. Actividade: Escavação.........................................................................................11

5.3.2. Actividade: Reforço do Sub-leito........................................................................11

5.3.3. Actividade: Estabilização das Camadas de Sub-base e Base..............................12

5.4. Valas de Drenagem....................................................................................................14

5.4.1. Actividade: Escavação das Valas........................................................................15

5.4.2. Actividade: Regularização do leito, taludes e montagem dos moldes da vala....15

5.4.3. Actividade: Betonagem das Valas.......................................................................16

5.4.4. Actividade: Cofragem e Betonagem das vigas de entrada das residencias.........16

5.5. Lancil e Edge Beam...................................................................................................17

5.5.1. Actividade: Abertura de Caboucos, Assentamento de Lancil e Betonagem de


Edge Beam.....................................................................................................................18

5.6. Revestimento da Estrada............................................................................................18

5.6.1. Actividade: Colocação de almofada de areia e assentamento de pave................18

5.7. Passeios......................................................................................................................19
3
5.7.1. Actividade: Colocação, regularização e compactacao de solos...........................19

5.7.2. Actividade: Betonagem do passeio e das entrada das residencias.......................20

5.8. Acabamentos Complementares..................................................................................21

5.8.1. Colocação de Tampas..........................................................................................21

5.8.2. Colocação de Lombas..........................................................................................22

5.8.3. Sinalização Horizontal e Vertical........................................................................22

5.8.4. Iluminação...........................................................................................................22

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................23

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1. RESUMO

O presente estágio foi promovido pela empresa SO METAL CONSTRUÇÕES, na


construção de duas estradas com pavimento semi-rígido, revestidas com pave, localizadas
na província de Sofala, cidade da Beira, no bairro da Manga. O estágio teve uma duração
de treze semanas, com início em 14 de agosto de 2024 e término em 14 de novembro de
2024.

Tratando-se de um projeto de construção de estradas que envolve várias componentes, foi


possível adquirir diversos conhecimentos técnicos e práticos sobre como executar um
projeto de pavimentação, seguindo as normas e especificações técnicas exigidas, garantindo
a qualidade e a eficiência da obra. Durante o estágio, foi possível conciliar o conhecimento
teórico e prático, observando as várias fases de construção do projeto. O projeto abrangeu
componentes como: Valas de Drenagem, Estrutura de Pavimento, Revestimento, Passeios,
Sinalização Horizontal e Vertical e Iluminação da Estrada. Cada uma dessas componentes
possui fases específicas para sua execução, que serão descritas ao longo deste relatório.

Como Engenheiro Civil, foi possível perceber o papel fundamental do profissional para o
sucesso de uma obra. A gestão adequada do projeto, o controle de qualidade, o
cumprimento do orçamento e dos prazos estabelecidos são fatores essenciais para o sucesso
final da obra e são responsabilidades do engenheiro civil.

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2. INTRODUÇÃO

O presente relatório foi elaborado no âmbito do estágio pré-profissional acadêmico, com o


objetivo de concluir o curso de Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Católica
de Moçambique - Faculdade de Engenharia. O estágio foi realizado na empresa SO
METAL CONSTRUÇÕES, em uma obra situada na província de Sofala, cidade da Beira.

O estágio representou uma oportunidade de vivenciar o cotidiano de um profissional de


Engenharia Civil, lidando com problemas reais encontrados no campo da construção civil,
além de proporcionar contato direto com o mercado de trabalho. Este estágio
complementou e aperfeiçoou as atividades desenvolvidas durante o curso, permitindo a
aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.

Este relatório não se limita a descrever as atividades realizadas durante o estágio, mas
também apresenta um panorama do trabalho executado, com base nos conhecimentos
adquiridos ao longo da formação acadêmica.

2.1. OBJETIVO GERAL


 Descrever as atividades realizadas no campo de estágio durante todo o período de
trabalho.

3. LOCAL E TEMPO DE ESTÁGIO

O estágio supervisionado foi realizado na província de Sofala, especificamente na cidade da


Beira, no bairro da Manga, e teve uma duração de 13 semanas.

As atividades eram realizadas de segunda a sábado, com início às 7h00min e término às


17h00min, exceto aos sábados, quando o término era às 12h00min.

 Início: 14 de agosto de 2024 & Término: 14 de novembro de


2024

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 Empresa: SO METAL CONSTRUÇÕES
 Área de Afectação: Departamento de Engenharia
 Obra: Construção de estradas com pavimento semi-rígido, revestidas com pave

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO

Neste ponto, serão descritas as atividades realizadas no campo de estágio, com foco na
construção de estradas com pavimento semi-rigido revestidas de pave, sendo a Rua 1 com
aproximadamente 1,5 km e a Rua 6 com aproximadamente 3 km de extensão. Este projeto
envolve a construção de Valas de Drenagem, Tratamento da estrutura de Pavimento em que
envolve a movimentação de terra (escavação, reforço e estabilização das camadas de sub-
base e base), revestimento da estrada, construção de passeios, sinalização horizontal e
vertical, e, por último, a iluminação da estrada, entre outros.

Alguns dos detalhes importantes a mencionar são os seguintes: a faixa de rodagem será
ampliada para uma largura de 12,40 m, com bermas de 1 m em cada lado. Para este projeto,
após a realização das sondagens, constatou-se que o índice de capacidade de suporte do
solo (CBR) do subleito estava abaixo de 15%. Como resultado, foi necessário reforçar o
solo com empréstimo de "saibro" para aumentar sua resistência, o que foi feito com a
adição de uma camada de 40 cm de espessura. Essa espessura podendo variar em locais
onde existem tubulações da FIPAG muito próximas.

As espessuras das camadas de sub-base e base foram definidas em 15 cm, conforme os


estudos geotécnicos realizados, com o objetivo de garantir o melhor desempenho da
estrutura do pavimento. A estabilização dessas camadas foi realizada com a adição de
cimento ao solo, numa proporção de 5% de cimento a cada 1.000 kg de solo. Em termos
práticos, isso significa que, para estabilizar uma camada de 15 cm de espessura para cada
área de 3,30 m², será utilizado 1 saco de cimento de 50 kg.

É importante destacar que todas as atividades foram executadas observando rigorosamente


as normas de Higiene e Segurança no Trabalho. O cumprimento dessas normas foi
essencial para garantir a segurança dos profissionais envolvidos no projeto, bem como a
dos usuários da via. Além disso, foi dada especial atenção à gestão de resíduos na obra,
visando minimizar o impacto ambiental e contribuir para a preservação do meio ambiente.

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A gestão correta de resíduos e a adoção de boas práticas ambientais durante o processo
construtivo ajudaram a evitar a poluição do entorno, refletindo o compromisso da empresa
com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

5. DESCRIÇÃO DAS FASES DO PROJETO

A fase inicial do projeto começa com a limpeza do terreno ou local a ser construído,
seguida da implantação da obra. Esses primeiros trabalhos têm como objetivo preparar a
área para as etapas subsequentes da construção. A implantação garante que o projeto seja
fielmente transferido para o terreno, estabelecendo os pontos de referência e alinhamentos
necessários para o correto posicionamento da estrada, enquanto a limpeza do terreno
envolve a remoção de vegetação, detritos e obstáculos que possam comprometer o
andamento da obra.

Uma vez realizadas essas atividades iniciais, inicia-se o tratamento da estrutura do


pavimento, que engloba a movimentação de terra, incluindo a escavação das camadas
superiores do solo, reforço e estabilização das camadas de sub-base e base. Estas ações são
fundamentais para garantir a estabilidade e resistência do pavimento. Em seguida, realiza-
se a assentagem dos lancis nas extremidades da faixa de rodagem, que serve para delimitar
tanto a pista de rolamento quanto os passeios. Após a conclusão da colocação dos lancis e a
finalização da estrutura de pavimento, é realizada a escavação das valas de drenagem,
seguida pela betonagem das mesmas, garantindo um sistema de drenagem eficiente para
evitar a infiltração de água e preservar a integridade do pavimento ao longo do tempo

A betonagem das valas é feita juntamente com os passeios e as entradas para as casas ao
longo da estrada, além das caleiras de canto (edge beams). Só após a conclusão da estrutura
do pavimento, com a delimitação da faixa de rodagem e a betonagem das caleiras de canto
(edge beams), é que se inicia a montagem dos blocos de pave intertravados. Esta fase
antecede os acabamentos complementares. Por fim, os acabamentos complementares são
realizados, incluindo: a colocação de lombas ao longo do trecho da estrada, a pintura
horizontal da sinalização e a fixação da sinalização vertical, a limpeza das valas e da
estrada, e a montagem e fixação dos postes de iluminação.

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Após o término das fases, realiza-se uma última limpeza antes da entrada da obra, que
inclui a limpeza das valas de drenagem, com o objetivo de garantir que o escoamento da
água não seja obstruído. Também são instalados caixotes de lixo em pontos
estrategicamente localizados e realiza-se a arborização ao longo da estrada.

5.1. Limpeza de Terreno

A limpeza de terreno é a primeira atividade a ser realizada no campo antes do início da


escavação. Consiste na remoção de obstáculos, detritos, vegetação e qualquer outro
material que possa interferir no andamento da obra. A limpeza do terreno permite um
acesso adequado para as máquinas e equipamentos necessários para as fases subsequentes
da obra, garantindo que a escavação e outros processos possam ser realizados sem
impedimentos. Durante essa etapa, também são retirados materiais orgânicos ou
contaminantes que possam prejudicar a qualidade do pavimento ou das fundações. A
remoção de vegetação, por exemplo, é fundamental para evitar o crescimento de raízes que
possam danificar a estrutura do pavimento no futuro. A limpeza do terreno é, portanto, uma
fase preparatória essencial para garantir que o ambiente de trabalho esteja seguro e livre de
riscos, proporcionando uma base sólida para os próximos passos da construção.

5.2. Implantação

A implantação é a etapa subsequente ao levantamento topográfico, e refere-se à marcação


exata no terreno das linhas e pontos que irão guiar a execução da obra, como o alinhamento
da estrada e o posicionamento das valas de drenagem e das estruturas de suporte. A
implantação é uma das fases mais críticas da construção, pois garante que todas as
dimensões e características do projeto sejam fielmente reproduzidas no campo. Durante
essa etapa, os engenheiros e técnicos de campo utilizam os dados obtidos pelos
levantamentos topográficos para estabelecer as referências e marcas no solo, como os eixos

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da estrada, as extremidades da pista e os limites para as escavações. Esses pontos de
referência são utilizados como base para as etapas subsequentes, assegurando que a
construção siga o projeto aprovado.

Materiais e Equipamentos Usados: Estação Total, GPS, , Martelo, Estacas, Fita metrica e
Varões.

Figura 1: Marcação do alinhamento das valas e estrada; Adaptado pelo autor (2024).

5.3. Estrutura do Pavimento

A estrutura do pavimento é um componente fundamental das obras de engenharia de


transporte, especialmente em estradas, rodovias e outros tipos de vias de tráfego. Em
termos gerais, ela se refere à composição e à disposição das camadas que formam a
superfície de uma via, e sua função principal é garantir a distribuição das cargas aplicadas
(veículos, tráfego, condições climáticas, etc.) de forma segura e durável, mantendo a
integridade e a funcionalidade da estrada ao longo do tempo.

O dimensionamento das camadas do pavimento depende de estudos geotécnicos, que


avaliam o tipo de solo, a carga de tráfego esperada e as condições climáticas. A drenagem
também é crucial para evitar danos causados pela água, que pode comprometer a

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estabilidade das camadas. Para garantir uma longa vida útil, a estrutura do pavimento deve
ser projetada para resistir ao tráfego e à umidade, com manutenção periódica para reparos e
reforços.

5.3.1. Actividade: Escavação


A escavação é a primeira etapa crítica no processo de construção de uma estrada. Consiste
na remoção do solo ou de outros materiais para preparar o subleito para as camadas de
pavimento e outras infraestruturas. A profundidade e a largura da escavação variam
conforme o tipo de pavimento, o projecto arquitetonico e o projeto de drenagem.

Esta fase tem como objectivo remover camadas de solo inadequadas e criar a fundação
necessária para o pavimento. O solo escavado pode ser reutilizado, compactado ou
descartado, dependendo de suas características.

Materiais e Equipamentos utilizados: Escavadoras giratórias de esteira, caminhões, Pá


Mecânica / Carregadora, Pá, Ancinho e Enxada, Fita metrica.

Figura 2: Escavação de solos para posterior reforço; Adaptado pelo autor (2024).

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5.3.2. Actividade: Reforço do Sub-leito
O sub-leito é a camada de solo natural sobre a qual o pavimento é construído. Em muitas
situações, o solo do sub-leito não tem as propriedades necessárias para suportar o tráfego de
veículos e, por isso, necessita de reforço. Neste projecto constactou-se apos estudos
geotecnicos que o subleito tinha um cbr abaixo de 15% dai que surgiu a necessidade de
reforco do mesmo.

O principal objectivo deste é melhorar a capacidade de suporte de carga do sub-leito,


garantindo estabilidade ao pavimento. Para isso, podem ser usadas técnicas como a adição
de materiais estabilizantes ou a substituição do solo com materiais mais resistentes.

Materiais e Equipamentos utilizados: Escavadoras giratórias de esteira, caminhões, Pá


Mecânica / Carregadora, Motoniveladora, Rolo Compactador, Fita metrica, Saibro.

Figura 3: Reforco do Subleito com saibro; Adaptado pelo autor (2024)

5.3.3. Actividade: Estabilização das Camadas de Sub-base e Base


A estabilização das camadas de sub-base e base é essencial para garantir a durabilidade e a
performance do pavimento ao longo do tempo. E pode se definir Sub-base como a camada
que fica logo abaixo da base e atua na distribuição de cargas para o sub-leito. Normalmente
composta por agregados granulares, podendo ser em Solo - Brita / Solo - Cimento. Ao
passo que Base e a camada acima da sub-base, com a principal função de fornecer

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resistência estrutural ao pavimento que geralmente é composta por agregados mais finos ou
brita graduada.

A estabilização seguia os seguintes passos: inicialmente, o solo de saibro era espalhado e,


em seguida, realizava-se a regularização para ajustar a camada à cota pretendida, com
espessura de aproximadamente 18 cm e abaulamento de 3% na plataforma. Devido ao
coeficiente de empolamento do solo (1,2), após a compactação, a espessura final da camada
seria de 15 cm.

Na sequência, eram feitas as marcações das grelhas, com área de 3,3 m², correspondendo a
uma grelha de 1,6 m x 2,10 m. A mistura do solo com cimento era realizada com o auxílio
dos equipamentos descritos abaixo.

Após a estabilização, a camada era coberta com uma capa de areia grossa e passava por um
período de cura de 7 dias, sendo regada diariamente para evitar fissuras por retração
hidráulica devido à presença de cimento na mistura.

Materiais e Equipamentos utilizados: Estacas, Linha, Corda, Fita Métrica,


Motoniveladora com escarificador, Rolo compactadores, Trator com grade de discos,
Caminhão-pipa, Caminhão para descarregar cimento, Cimento, Pá, Ancinho.

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Figura 4: Estabilizacao da base 200m; Adaptado pelo autor (2024)
5.4. Valas de Drenagem
As valas de drenagem são infraestruturas essenciais para a gestão da água em obras de
engenharia civil, especialmente em estradas, rodovias e áreas urbanas. Elas têm como
principal função coletar e direcionar as águas pluviais ou subterrâneas para locais
adequados, evitando o acúmulo de água que possa causar alagamentos, erosão ou danificar
o pavimento.

As valas de drenagem podem ser construídas ao longo das vias ou em áreas estratégicas,
dependendo do projeto e das condições locais. Elas são dimensionadas com base no volume
de água esperado e no tipo de solo, e sua capacidade de escoamento deve ser adequada para
garantir que a água seja rapidamente desviada da área crítica. O fundo da vala é geralmente
revestido com materiais permeáveis, como brita ou areia, para facilitar o fluxo da água.

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Em muitos casos, as valas de drenagem podem ser complementadas por sistemas de
condutas que transportam a água para áreas de descarte, como rios ou sistemas de esgoto
pluvial. A manutenção regular das valas é essencial para garantir seu bom funcionamento,
prevenindo obstruções por sedimentos, folhas ou outros detritos, que podem comprometer
sua eficiência

Para este projeto, a estrada possui valas em duas seções: uma de seção trapezoidal e outra
de seção retangular, todas dimensionadas de forma a comportar o caudal previsto para o
bairro onde a infraestrutura está sendo construída.

Figura 5: Armadura da vala de drenagem do tipo ponteca; Adaptado pelo autor (2024)

5.4.1. Actividade: Escavação das Valas


A escavação das valas de drenagem tem como objetivo criar os canais necessários para a
evacuação da água das chuvas, evitando o acúmulo de água nas vias e danos ao pavimento.
E Permitem a drenagem adequada para preservar a integridade do pavimento e evitar
problemas como alagamentos ou infiltração de água no subleito.

Materiais e Equipamentos utilizados: Escavadora giratória, retroescavadora, pá


carregadora, Pá, Enxada.

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5.4.2. Actividade: Regularização do leito, taludes e montagem dos moldes da vala
Após a escavação, o leito da vala precisa ser regularizado com o objectivo de criar uma
base nivelada e livre de obstruções, para que consequentemente os moldes das valas de
drenagem sejam montados. A montagem dos moldes é uma etapa importante para garantir
que a vala tenha o formato e as dimensões necessárias, as valas foram de leito / fundo e
taludes revestidas de betao convencional.

 Materiais utilizados: Formas metálicas, Pá, Enxada, Varões, Estacas, Estacas,


Linha, Fita Metrica.

Figura 6: Regularização do leito, taludes e montagem dos moldes da vala; Adaptado pelo
autor (2024)

5.4.3. Actividade: Betonagem das Valas


A betonagem é realizada para criar as paredes, e o fundo das valas de drenagem e garantir
sua impermeabilidade. Seu principal objectivo é estruturar as valas de forma durável,
impedindo infiltrações e erosão. E os seus processos envolvem a aplicação de betao
adequado, seguido de compactação e nivelamento.

Materiais e Equipamentos utilizados: Caminhão betoneira, Pá, Ancinho, Régua, Nível,


Fita Métrica, Carrinho de mão, Linha, Vibrador, Colher Inglesa, taloche / desempenadeira.

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Figura 7: Betonagem da Vala de Drenagem; Adaptado pelo autor (2024)

5.4.4. Actividade: Cofragem e Betonagem das vigas de entrada das residencias


A betonagem das vigas de entrada envolve a criação de fundações de betao que ligam a
estrada aos acessos das propriedades, as vigas devem ser com betao armado e
adequadamente executadas conforme o projeto. E tem com objectivo garantir estabilidade e
suporte das tampas para entradas de veículos nas residências.

Materiais e Equipamentos utilizados: Chapas doka de madeira, Vigas doka de madeira,


Estacas, Prego, Martelo, Berbequim, Vibrador, Varões, Caminhão betoneira, Pá, Ancinho.

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Figura 8: Cofragem e Betonagem das vigas de entrada; Adaptado pelo autor (2024)

5.5. Lancil e Edge Beam


O lancil é uma estrutura de betão instalada ao longo das bordas das vias, como rodovias e
estradas. Sua principal função é servir como uma barreira ou limite para o fluxo de água,
impedindo que ela invada a pista de rolamento ou áreas adjacentes. Ele ajuda a direcionar a
água pluvial para os sistemas de drenagem, como valas e bueiros, evitando alagamentos e
danos ao pavimento. Além disso, o lancil contribui para a estabilidade da borda da estrada,
prevenindo a erosão do solo.

O edge beam, também conhecido como caleira de canto, é uma estrutura geralmente
instalada nas bordas das estradas. Sua função principal é facilitar o escoamento da água
pluvial, direcionando-a para os sistemas de drenagem adequados. O edge beam é projetado
com uma ligeira inclinação, permitindo que a água seja desviada para as valas ou bueiros
próximos, evitando o acúmulo nas áreas da pista

5.5.1. Actividade: Abertura de Caboucos, Assentamento de Lancil e Betonagem de Edge


Beam
A abertura de caboucos é o processo de escavação de uma área onde serão instalados os
elementos de contenção, como lancis ou edge beams. O assentamento de lancil é a
colocação de uma peça de betao ao longo da estrada para separar a pista de rolamento dos
passeios ou outras áreas. Estes dois elementos de como objectivo definir claramente a borda
do pavimento e auxiliar na drenagem da água da chuva.

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Materiais e Equipamentos utilizados: Picareta, Colher, Colher inglesa, Carrinho de mão,
Pá, Taloche, Esponja, Vibrador, Camião Betoneira.

5.6. Revestimento da Estrada


O revestimento da estrada é fundamental para a proteção e desempenho da via,
proporcionando uma superfície segura, estável e durável para os veículos. Ele deve ser
dimensionado e construído de acordo com as necessidades específicas da estrada e as
condições ambientais da região. Essa é a camada superior, que entra em contato direto com
os veículos. Sua função é proporcionar resistência ao desgaste causado pelo tráfego e pelas
condições climáticas, além de garantir uma superfície de rolamento segura.

5.6.1. Actividade: Colocação de almofada de areia e assentamento de pave


Antes do assentamento dos paves, uma camada de areia grossa é colocada para nivelar e dar
suporte aos blocos, e de seguida os blocos de pave são dispostos sobre a camada de areia,
respeitando o padrão de intertravamento. Após o assentamento, o pavimento é alinhado e
compactado para garantir estabilidade e durabilidade. Esse processo envolve o uso de rolos
compactadores.

Materiais e Equipamentos utilizados: Empilhadeira, Pá mecânica, Pá, Enxada,


Rebarbadeira, Rolo compactador de mão, Pavê, Areia grossa.

5.7. Passeios
A construção de passeios é um aspecto fundamental no planejamento urbano, garantindo a
segurança e o conforto dos pedestres. Os passeios, devem ser projetados de forma a
proporcionar uma circulação livre e segura, protegendo os pedestres do tráfego de veículos
e outros perigos urbanos. Além disso, a acessibilidade deve ser priorizada, com rampas para
cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

A base da construção de um passeio geralmente envolve a preparação do solo, com a


remoção de materiais orgânicos ou instáveis, seguido de uma camada de estabilização, que

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pode ser feita com saibro ou outro material granular, dependendo das condições locais. Em
seguida, é colocado um revestimento adequado, que pode ser de diversos materiais. É
essencial que os passeios tenham uma inclinação suave em direção aos pontos de
drenagem, para evitar o acúmulo de água na superfície.

5.7.1. Actividade: Colocação, regularização e compactacao de solos


A preparação do solo para os passeios envolve a remoção de vegetação, detritos e a
regularização da superfície, seguida do uso de saibro, que é utilizado para estabilizar o solo
e garantir que o pavimento do passeio tenha uma base firme. Logo apos a camada de saibro,
faz-se a abertura de cabouco e montagem dos lancis para árvores são instalados ao longo
dos passeios para delimitar áreas de plantio.

Materiais e Equipamentos utilizados: Compactadora manual, Pá mecânica, Pá, Ancinho,


Enxada, Fita métrica, Saibro.

Figura 9: Compactacao de solos; Adaptado pelo autor (2024)


5.7.2. Actividade: Betonagem do passeio e das entrada das residencias
A betonagem do passeio em betão convencional consiste no despejo do betão preparado. O
betão é uniformemente espalhado e nivelado para garantir uma superfície regular. Após a
aplicação, realiza-se o acabamento com ferramentas adequadas para garantir um bom
acabamento superficial. O betão é então curado, mantendo a superfície úmida por um
período mínimo de 7 dias para evitar fissuras causadas pela secagem rápida. Esse processo
resulta em um passeio resistente e durável. O mesmo se replica nas entradas das residencias
de modo a garantir estabilidade para os acessos de veículos.

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Materiais e Equipamentos utilizados: Caminhão betoneira, Varões, Vigas e chapas Doka,
Colher, Pá, Colher inglesa, Taloche, Vibrador.

Figura 10: Betonagem de entrada das residencias; Adaptado pelo autor (2024)

5.8. Acabamentos Complementares


Os acabamentos complementares são etapas essenciais na conclusão de uma obra de
infraestrutura viária, que visam garantir a segurança, a funcionalidade e a durabilidade da
via, além de proporcionar conforto e organização para os usuários. Essas etapas incluem
elementos que asseguram a correta sinalização, o controle de tráfego, a segurança dos
pedestres e a visibilidade da via, principalmente em áreas urbanas e de grande fluxo.

Os acabamentos complementares são imprescindíveis para a finalização de uma obra viária.


Eles não apenas melhoram a estética da via, mas, principalmente, garantem a segurança e o

21
bom funcionamento da infraestrutura, promovendo uma circulação eficiente e segura para
todos os usuários.

5.8.1. Colocação de Tampas


A colocação de tampas é uma etapa importante no acabamento de vias e passeios,
garantindo o acesso a elementos subterrâneos, como bueiros, caixas de inspeção e sistemas
de drenagem. As tampas são instaladas sobre essas aberturas, sendo feitas de materiais
resistentes, como betão, ferro fundido ou compósitos, para suportar o tráfego. A instalação
deve ser feita de maneira precisa, garantindo que as tampas fiquem niveladas com o
pavimento, evitando desníveis que possam causar acidentes. As tampas para as casas são
instaladas para garantir segurança e acessibilidade, além de possibilitar manutenção futura.

Materiais e Equipamentos utilizados: Empilhadeira, Escavadora giratória, Fita métrica,


Linha, Palmeta e Ferro para alavanca.

Figura 11: Colocacao de Tampas; Adaptado pelo autor (2024)

5.8.2. Colocação de Lombas

A colocação de lombas ao longo da via tem como objetivo reduzir a velocidade dos
veículos e aumentar a segurança, especialmente em áreas de tráfego intenso ou em zonas
escolares. As lombas podem ser verticais ou horizontais, e devem ser instaladas de acordo
com os critérios técnicos que garantem sua eficácia sem prejudicar a circulação. A
colocação deve ser feita em locais estratégicos, como perto de escolas, hospitais ou em
áreas residenciais, onde o controle de velocidade é essencial.

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5.8.3. Sinalização Horizontal e Vertical

A sinalização horizontal consiste na pintura de marcas e faixas no pavimento para orientar


o tráfego de veículos e pedestres. Ela inclui faixas de pedestres, setas de direção, linhas
divisórias e zonas de estacionamento. A pintura é realizada com tintas especiais, que
garantem visibilidade e durabilidade. Esse tipo de sinalização é crucial para organizar o
fluxo de tráfego e garantir a segurança dos usuários da via, especialmente em áreas de alto
movimento ou interseções.

A sinalização vertical abrange a instalação de placas e sinais que informam e regulam o


tráfego. Esses sinais podem ser de advertência, de regulamentação ou de informação e são
essenciais para indicar limites de velocidade, proibição de estacionamento, direções
obrigatórias e outros comportamentos necessários para a segurança nas vias. A instalação
correta dos sinais, com altura e visibilidade adequadas, é fundamental para a eficácia da
sinalização e para a segurança dos motoristas e pedestres

5.8.4. Iluminação

A iluminação das vias é crucial para a segurança noturna. Ela garante que motoristas e
pedestres possam se deslocar de forma segura em condições de baixa visibilidade. A
instalação de postes de iluminação com lâmpadas de alta intensidade deve ser feita de
forma estratégica, de modo a cobrir toda a extensão da via e garantir iluminação adequada
nas interseções e nas áreas mais movimentadas. Além disso, o sistema de iluminação deve
ser eficiente em termos de consumo energético, utilizando tecnologias como lâmpadas
LED.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo do estágio, foi possível participar de várias atividades essenciais no processo de


construção de estradas, como a implantação, limpeza do terreno, movimentação de terra,
escavação e betonagem, além do revestimento com pave e a construção de valas de
drenagem, etc. Essas atividades permitiram aplicar os conceitos teóricos aprendidos ao
longo do curso, adquirindo experiência prática que será de grande valia na futura carreira

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profissional. A fase inicial do projeto foi fundamental para garantir que o projeto fosse
executado com precisão. A implantação e locação asseguraram que as dimensões e
alinhamentos da estrada fossem seguidos à risca, o reforco do sub-leito e estabilização das
camadas de sub-base e base foram cruciais para garantir a resistência e estabilidade da
estrada, criando a fundação adequada para o pavimento.

Durante o estágio, foi possível observar a aplicação prática dos conceitos aprendidos
durante o curso de Engenharia Civil, com ênfase em técnicas de pavimentação, drenagem e
construção de infraestruturas rodoviárias no geral. A execução de um pavimento semi-
rígido revestido com pave mostrou-se eficiente, pois esse tipo de revestimento é durável,
sustentável, e o uso de pave também se mostrou uma solução prática e de fácil manutenção.

Este estagio proporcionou uma vivência prática fundamental para a formação profissional
em Engenharia Civil, e de forma sumaria, pode-se dizer que o estágio foi uma oportunidade
valiosa para aplicar conhecimentos teóricos em um cenário real de construção, e reforçou a
importância de práticas eficientes de gestão de projetos, controle de qualidade, fiscalizacao
e sustentabilidade na execução de obras de infraestrutura, e fez entender que a execução das
obras deve ser acompanhada de perto para garantir que todas as etapas sejam cumpridas
dentro dos padrões exigidos, desde a escolha de materiais até a entrega final da obra.

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