O Prisioneiro Da Grade de Ferro
O Prisioneiro Da Grade de Ferro
O Prisioneiro Da Grade de Ferro
Essa queda se deu, em boa parte, devido a boa aplicação de políticas estruturantes onde
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fomentou “ações de forma colaborativa com atores-chave
de diferentes instituições e níveis federativos por meio de parceria com o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e apoio do Departamento Penitenciário Nacional
(Depen), hoje o programa Fazendo Justiça.”
Fato é que tal preocupação não é fruto da contemporaneidade. Em 2003, por direção de
Paulo Sacramento, foi lançado o documentário “O Prisioneiro da Grade de Ferro”, que retratava
as vicissitudes existentes no sistema prisional brasileiro já no começo do século XXI, tendo
como objetivo retratar o dia a dia da “Casa de Detenção Professor Flaminio Fávero”, ou
popularmente conhecida como “Carandiru”.
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Disponível em: https://www.cnj.jus.br/novos-dados-do-sistema-prisional-reforcam-politicas-judiciarias-do-
cnj/
O ponto de partida para a feitura do documentário se deu em um projeto de oficina de
vídeo e som para os detentos, onde, ao ser selecionado 20 presos, buscaram ensinar as técnicas
cinematográficas. A empolgação foi tanta que os prisioneiros gravaram mais de 170 horas de
imagem, o que demonstra, por certo, a vontade de relatar o dia a dia nos pavilhões do Carandiru.
FW, Kric, Beá, Joel, Rodrigo, Marcos e dentre tantos outros, demonstram para nós,
através da arte das câmeras, a realidade desprezível das prisões brasileiras, as quais
descumprem, fundamentalmente, com tudo aquilo que a teoria da pena propõe ao indivíduo que
burla para com a lei. O trabalho, direito do preso regulamentado pela LEP, em seu artigo 28, é
um importante meio de reassumir a dignidade humana e desenvolver a ressocialização; o
estudo, a leitura, a disponibilização de livros e o direito à educação dos presos é, também, algo
singular e gravitacional.