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Máquinas e Equipamentos Zr7

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Equipamentos e Sistemas

Antigamente, o uso de máquinas na indução anestésica não era relevante,


uma vez que a maioria dos procedimentos não era tecnificado. No entanto,
com a evolução da veterinária o desenvolvimento da anestesiologia junto a
sua aparamentagem foi se compando e criando espaço de forma a promover
essa necessidade de se utilizar equipamentos para indução e manutenção
anestésica. Hoje em dia, a diversificação de aparelhos permitiu uma
acessibilidade melhor a essas máquinas.

Equipamentos necessários na Base de um aparelho


prática: 2 anestésico
-Fonte de oxigênio 4
-Máscaras ou câmaras de indução 3 + circuitos internos

-Laringoscópio para abrir a boca


5
-Sondas endotraqueais
1
-Intermediário / conector
-Seringa para inflar o
balonete da sonda
1. Fonte de oxigênio geralmente composta por um cilíndro;
-Lidocaína gel e/ou spray 2. Válvula redutora de pressão;
-Aparelho de anestesia 3. Chicote;
4.Compõe a máquina anestésica;
-Circuitos anestésicos 5. Circuito.

Fontes de oxigênio:
O custo de montagem das Cilindro: geralmente
fontes de oxigênio vai depender
da utilização dessa fonte e sua disposto na sala de cirurgia,
praticidade para o procedimento
em questão. Apesar da central
não é a forma mais segura
de gases ser a melhor opção, os de fonte de oxigênio
custos são maiores!

Central de gases: esquema de


tubulação que distribui gás para todas
as salas que possuem uma saída de
oxigênio/outro gás. Basicamente um
sistema de gás medicinal canalizado.
Fluxo de montagem da máquina anestésica
Fonte de gás medicinal
Se refere a primeira etapa que pode
ser tanto advinda do cilindro
quanto da central de gases. Nesse
viés, esses cilindros poderão ser
diferenciados de acordo com sua
cor, sendo cada cor relacionada ao
tipo de gás que essa fonte fornece.

Válvulas redutoras de pressão


Impedem que o gás do cilindro entre diretamente
na máquina de infusão e, consequentemente,
resulte na explosão da máquina. Essas válvulas
podem ser localizadas ou no cilindro ou
diretamente na central de gases.

Chicote do gás
Uma espécie de mangueira que leva o gás
medicinal da sua fonte até a máquina
de infusão. Quando houver centrais de
gases, o chicote pode ser acoplado ás
“tomadas” de gás distribuídas por todo o
hospital ou diretamente na válvula
redutora de pessão

Fluxômetro
Chegado o gás na máquina através do
chicote, o próximo local em que esse gás
passa é o fluxômetro. Ele é dito em L/min
enquanto o rotâmetro é determinado em
ml/min. Essa peça serve para permitir o
fornecimento e fluxo de O2 na máquina
e geralmente suporta de 50 a 300 ml/kg/
min dependendo do circuito.
Vaporizador
Saindo do fluxômetro, o gás segue para o vaporizador onde vai ser depositado
o anestésico. O vaporizador então transforma o anestésico liquído para sua
forma gasosa que vai ser misturada ao O2 vindo da fonte de oxigênio e então
direcionada ao paciente.

Fluxômetro Paciente Nesse sistema de vaporização o animal


pode ser só oxigenado, sem a ação do
anestésico (ocluindo a passagem da
camara de vaporização) ou misturado ao
anestésico em si.

Tipos de vaporizador
1. Vaporizador Universal:
Por ser inespecífico, pode ser colocado
enfluorano, halotano, isofluorano e
cerrofluorano. Porém, o desfluorano não
deve ser utilizado nesse vaporizador
uma vez que quase não é utilizado na
veterinária devido ao seu ponto de
ebulição muito baixo, logo é necessário
um vaporizador mais específico. Além
disso, o vaporizador universal é um
vaporizador não compensado, ou seja,
alterações realizadas no fluxo de
oxigênio também alteram o
borbulhamento, logo sempre que
necessário fazer modificações deve se
corrigir a vaporização. Deve -se lembrar
também que o fluxo de borbulhamento
desse vaporizador é inespecífico, logo
alterações de temperatura no ambiênte
também podem alterar o borbulhamento.
2. Vaporizador tipo Kettle:
Semelhante ao vaporizador universal, o
vaporizador de Kettle também é um
agente inespecífico (com excessão para o
desfluorano) e é do tipo não
compensado. Porém, em contrapartida
ele possui um termômetro, fluxo de
borbulha,ento e oeferece uma
concentração estimada. Não é mais
produzido.

Vaporizador Calibrado:
São agentes específicos, cada
empresa costuma ter seu
vaporizador específico a fim de
facilitar sua distribuição. Éum
tipo de vaporizador compensado
(para temperatura, pressão e fluxo
de oxigênio) e já vem com
concentração conhecida (V%).

Saída comum de gases


Pode vir localizada diretamente no vaporizador ou em alguma parte
direta da máquina de anestesia, pode ser indicada como saída
comum de gases ou FGS.

Até esta etapa, a montagem das máquinas de anestesia é a mesma


para qualquer animal, não importanto seu tamanho ou espécie. O
que muda de animal para animal são os circuitos utilizados para
cada procedimento.
Sistemas anestésicos
Circuitos ou sistemas anestésicos são aqueles que levam a mistura do
anestésico mais oxigênio ao paciente após sair do vaporizador. Dentre os
sistemas utilizados temos:
-Circuito de Baraka
-Circuito de Bain
-Circuito Circular Valvular (reinalação parcial ou reinalação total)
-sistema em F

Sistema Baraka
Também pode ser reconhecido como sistema aberto ou sem reinalação de
gases. É formado por um conector (T de Airi), uma traquéia
conjugada, outro conector e por fim um balão. Diante disso, o sistema
funciona com a mangueira saindo da saída comum de gases e se
conectando ao primeiro T de airi de onde vai ser distribuído pro resto do
sistema até o paciente. O fluxo de oxigênio desse sistema vai de 100 a
300 ml/kg/min, sendo importante ter os dados sobre o peso do animal
(podendo ser de até 7 a 10 kg de cães e gatos). É um sistema prático,
rápido e de uso fácil, sendo também de alto fluxo (facilita a mudança
de plano anestésico), sem aquecimento e com umidificação das vias
aéreas, porém gasta muito mais anestésico comparado aos outros
sistemas.
É um sistema que polui bastante o ambiente devido ao seu alto fluxo de
anestésico e oxigênio por minuto. Nesses casos é uma alternativa
instalar um sistema de despoluição na sala de cirurgia capaz de levar
os gases para o exterior.

T de Airi
Balão

Traquéia conjugada T de Airi


Sistema de Bain
É um sistema bem parecido ao sistema de F, são sistemas abertos, ou sem
reinalação de gases, para cães e gatos de até 7 ou até 10 kg. O diferencial
desse sistema é a adaptação de duas traqueias , sendo a traquéia interior
responsável por levar o gás ao paciente e a traqueia exterior responsavel por
levar o ar expirado do animal para fora.
Nesse meio tempo, o ar expirado da traqueia
conjugada externa consegue aquecer
levemente o ar que vai ser inspirado no
animal. No sistema Bain, a válvula de escape
é localizada no balão enquanto no sistema
em F essa válvula se encontra entre o balão e
a traqueia.
Seu fluxo de oxigênio vai e 100 a 300ml/kg/min, sua ventilação pode ser
feita de mais longe do paciente e há menor perda de umidade e
aquecimento que o baraka além de também possuir alto fluxo, sem
aquecimento e umidificação das vias aéreas.
Traqueia
Interior
Válvula
de
escape
Traqueia
Balão Exterior

Sistema Circular Valvular


Este tipo de sistema pode ser montado dependendo do fluxo de gás
diluente empregado, como sistema semi fechado/reinalação parcial de
gases (pop-off aberta) ou como um sistema fechado/com reinalação total
de gases (pop-off fechada), sendo utilizados para cães e gatos acima de 8
a 10 kg e para animais de grande porte. Esse sistema é composto de duas
válvulas unidirecionais (expiratória e inspiratória), um pop-off (fica
anexada ou próxima à válvula expiratória), cânister (Armazena a Cal
Sodada para absorção de CO2 e uma reação exotérmica liberando calor e
umidade), traqueias em sistema de Y (acopladas nas válvulas) e um
balão. Os balões utilizados nesse sistema podem ir de 0,5 L a 3 L,
podendo chegar a 5 L em humanos.
Entrada
de gás

Sistema Circular Valvular com reinalação total (fechado)


Se caracteriza pelo uso do sistema válvular com sua pop-off fechada,
apresenta um baixo fluxo de gás diluente de 3 a 19 ml/kg/min de O2,
podendo causar até a hipóxia do paciente se não houver uma boa
manutenção da máquina de anestesia ou um bom monitoramento do
animal durante a cirurgia.
Vantagens Desvantagens
Melhor conservação do calor e Risco de acúmulo de CO2 no
umidade, interior do circuito e de quadros
Menor consumo de O2 e de hipoxemia,
anestésico, Mudança relativamente lenta de
Poluição ambiental diminuída plano anestésico

Sistema Circular Valvular com reinalação parcial (semi-fechado)


Nesse tipo de sistema a válvula pop-off é mantida aberta, se utiliza de
50 a 100 ml/kg/min de O2 caracterizando-se como o sistema mais
empregado nas práticas anestésicas.
Vantagens Desvantagens
Conservação do calor e umidade, Resistência mecânica à
poluição ambiental diminuída, respiração
mudança de plano anestésico
relativamente rápida, maior
segurança ( menor risco de
hipóxia e hipercapnia)
Máscaras ou câmaras de indução
Utilizada quando usado anestesia geral com anestésicos inalatórios.
Geralmente utilizada em pacientes debilitados, pediátricos ou animais
selvagens, uma vez que a anestesia inalatória não é muito utilizada em
animais domésticos em rotina já que, além de possuir um efeito reduzido
que a faz ser eliminada rapidamento do organismo, o cheiro do
medicamento diretamente no animal pode o estressar e dificultar sua
anestesia.

Materiais
Laringoscópio
Podem ser adquiridas com lâminas curtas ou retas de tamanhos variados,
em sua ponta possuem uma fonte de luz que auxilia na realização da
intubação do paciente.
O que é laringoespasmo

Se caracteriza como o

CUIDADO! fechamento da epiglote. Esse


fechamento não permite que a
epiglote se abra mesmo com
força sendo necessário pensar
em outras estratégias para a

A posição do laringoscópio intubação.

deve ser na base da língua


do animal, tocar demais a
epiglote e/ou a aritenóide
pode culminar em um
laringoespasmo,
principalmente em
felinos!!!
Sondas endotraqueais
O número das sondas está relacionado ao seu diâmetro interno, logo ela
vai variar de acordo com a espécie.
Espécie Número de Sonda
Cães 2,4 - 11
Gatos 2,4 - 4,0
Potros 18 - 20 e 22
Equinos adultos 24, 26, 28 e 30
Bovinos adultos 22 - 30
Pequenos ruminantes 8 - 11
Suínos 5-6

Sondas com ou sem balonete Sondas de tipo Murphy e


(Cuff): tipo Magill:
Sondas com balonete devem ser Enquanto as sondas de Magill são
infladas com uma seringa com o simples, compostas apenas por um
intuito de ocluir a traqueia. Essa tubo sem aberturas, as sondas de
oclusão impede a entrada de ar Murphy possuem uma abertura da
ambiente e permite que apenas o ponta da sonda (olho de Murohy)
oxigênio misturado com o que permite ventilar ambos os
anestésico chegue aos pulmões. pulmões além de dificultar a
Além disso, esse balonete poder ser oclusão total da sonda por secreção
classificado como de alto volume e
baixa pressão (arredondado) ou Sonda de
Murphy
como alta pressão e baixo volume
(mais ovalado), sendo a ultima
mais indicada pois faz um ponto
de pressão mais bem distribuído na Olho de Murphy
traquéia
Alto volume Alta pressão
Baixa pressão Baixo volume
Algumas sondas são também
acompanhadas de intermédiarios,
que são encaixes entre a sonda e o
sistema.
Lidocaína (Xylestesin):
É um lubrificante e dessensibilizador das vias aéreas que poe ser usado
tanto em sua forma em gel quanto em sua forma em spray. Sua
forma em gel pode ser usada em cães e animais e grande porte, não
podendo ser usada em felinos uma vez que ele pode ser intoxicado, logo
em felinos o mais indicado é a utilização da lidocaína em spray.

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