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XXVIII Semana de História Da Univille - História, Democracia e Autoritarismos: 19 A 23 de Junho de 2023

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XXVIII Semana de História da Univille

“História, Democracia e Autoritarismos”


19 a 23 de junho de 2023
1

Joinville, SC
XXVIII Semana de História da Univille
“História, Democracia e Autoritarismos”
19 a 23 de junho de 2023

Realização: Curso de História da Univille, Laboratório de História Oral da Univille (LHO),


Centro Memorial da Univille (CMU), Laboratório de Práticas Pedagógicas (LAPPE), Centro
Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi (CALHEV), Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID), Programa de Residência Pedagógica.

Patrocínio: Fapesc e Univille.

Comissão científica: professor Dr. Diego Finder Machado, professora Dra. Dione da Rocha
Bandeira, prof. Dr. Fernando Cesar Sossai, professora Dra. Ilanil Coelho, professora Dra.
Roberta Barros Meira, professor Dr. Wilson de Oliveira Neto.

Comissão organizadora: Aldry Pereira Chaves, Anthonia Voss Sell, Diego Finder Machado,
Evelyn de Jesus Jeronimo, Fernando Cesar Sossai, Gabriel de Oliveira Wandersee, Gabriel
Henrique de Oliveira Furlanetto, Helena Stringari Gonçalves, Ilanil Coelho, Juliana 2
Schmeling, Kassiely da Costa Pereira, Larissa Saraiva Halfen, Lucas Henrique da Silva Lima,
Lucas Jair Petroski, Mariza Menegaro, Roberta Barros Meira, Weslley dos Santos Graper,
Wilson de Oliveira Neto.

Assessoria técnica: Catarina Kortmann Osik (Assessoria de Eventos da Univille).

Secretaria do evento: Evelyn de Jesus Jeronimo, Helena Stringari Gonçalves, Roberta


Barros Meira, Weslley dos Santos Graper.

Organização do caderno: Evelyn de Jesus Jeronimo, Fernando Cesar Sossai, Helena


Stringari Gonçalves, Roberta Barros Meira, Weslley dos Santos Graper.
Caderno de Resumos da XXVIII Semana de História da Univille “História,
Democracia e Autoritarismos”

Evelyn de Jesus Jeronimo


Fernando Cesar Sossai
Helena Stringari Gonçalves
Roberta Barros Meira
Weslley dos Santos Graper
(Organização)

Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da Univille

S471v Semana de História da Univille – História, democracia e


autoritarismos (28.: 2023: Joinville, SC)
3
XXVIII Semana de História da Univille – História, democracia e
autoritarismos: 19 a 23 de junho de 2023 / organização do caderno: Evelyn
de Jesus Jeronimo et al. – Joinville, SC: Editora UNIVILLE, 2023.

ISBN: 978-85-8209-131-9.

1. História – Estudo e ensino. 2. Democracia. 3. Autoritarismo. 4.


Patrimônio cultural. I. Jeronimo, Evelyn de Jesus (org.). II. Título

CDD 900.63
Elaborada por Rafaela Ghacham Desiderato – CRB 14/1437

Os textos integrantes desta publicação são de inteira responsabilidade de


seus respectivos autores. As Comissões Organizadoras e Científicas da XXVII
Semana de História da Univille: “História, Democracia e Autoritarismos”,
assim como a Univille como um todo, não se responsabilizam pelas
afirmações registradas nesta publicação.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 5

1. PROGRAMAÇÃO DO EVENTO ................................................................................. 7

2. PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS ....................................................... 7


2.1. Sessão 1 ...................................................................................................... 9
2.2. Sessão 2 .................................................................................................... 10
2.3. Sessão 3 .................................................................................................... 11
2.4. Sessão 4 .................................................................................................... 12

3. RESUMOS .............................................................................................................. 13
4
3.1. Sessão 1 .................................................................................................... 14
3.2. Sessão 2 .................................................................................................... 23
3.3. Sessão 3 .................................................................................................... 33
3.4. Sessão 4 .................................................................................................... 43
APRESENTAÇÃO

A XXVIII Semana de História da Univille, realizada entre os dias 19 a 23 de junho


de 2023, na Universidade da Região de Joinville (Univille), teve como tema “História,
democracia e autoritarismos". A partir dele, procuramos estimular o debate histórico e
historiográfico a respeito de temas sensíveis à história de Joinville e de Santa Catarina,
em particular, e do Brasil, em geral. Ressaltamos as lutas pela construção de uma
sociedade mais justa e democrática, o combate aos negacionismos, a resistência a
movimentos de inspiração nazifascistas e o avanço do ideário neoliberal no tempo
presente que nos impõe inscrições memoriais precárias. Tivemos oportunidade de
debater, igualmente, a exclusão social e o genocídio que permearam no passado as lutas
de resistência pelo direito à terra e à vida. Nos casos expostos de Canudinhos e do
Contestado não restam dúvidas sobre a continuidade da violência contra os caboclos na
região Sul do país. Os debates avançaram para os problemas que identificam uma nova 5
época geológica, chamada por alguns pesquisadores “Antropoceno”, e a tragédia
humana e ambiental em que todas as vidas humanas e não-humanas passam a ser
precarizadas. As discussões sobre a permanência das políticas de branqueamento e a
herança escravista do racismo ampliaram a importância de se efetivar uma educação
antirracista e a aplicação de fato a lei 10.639.

A conferência de abertura foi realizada pelo professor Dr. Fernando Nicolazzi,


pesquisador vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tendo como
tema as "Memórias precárias: presentismo e razão neoliberal". A Conferência de
encerramento foi proferida pelo Professor Doutor Rodrigo Turin, da Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), que trouxe a discussão sobre o “Antropoceno e
futuros presentes: entre regime climático e regimes de historicidade potenciais”.
Também, foi promovido um cine-debate mediado pelos professores Rhuan Carlos
Fernandes, mestrando em Patrimônio Cultural e Sociedade e coordenador do Núcleo de
Estudos Afro-brasileiro (NEAB-Univille) e Andressa Inácio da Silva, Docente da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Por fim, a Semana organizou uma
mesa-redonda que trabalhou a temática do “Contestado em perspectiva”, e que contou
com a presença dos professores Drs. “Nilson Cesar Fraga - UEL, Paulo Pinheiro Machado
- UFSC, Rogério Rosa Rodrigues - UDESC.

As comunicações científicas inscritas no evento totalizaram 34 trabalhos,


apresentados em quatro mesas de comunicações científicas e de experiências de ensino,
pesquisa e extensão, muitas delas vinculados aos projetos de pesquisas do curso de
História e do Programa em Patrimônio Cultural e Sociedade e instituições de ensino
parceiras (mestrado, doutorado, iniciação científica, CAPES, CNPq, FAPESC, UNIEDU ou
outra) e ao compartilhamento de experiências de projetos de ensino e/ou extensão
(PIBID, PRP, FAEG etc.). Além da participação de docentes, discentes e gestores da
Univille, também estiveram presentes na Semana professores e pesquisadores de
instituições educacionais do nordeste catarinense, assim como debatedores e
6
palestrantes vinculados à UDESC, UEL, UTFPR, UFRGS, UFSC e UNIRIO.

Convidamos os leitores a conhecer os resumos das comunicações apresentadas.


Assim, como esperamos que a Semana tenha ampliado os nossos conhecimentos sobre
um tempo tão fugidio e complexo como o passado, abrindo novos caminhos para um
presente menos precário e marcado por experiências mais democráticas.

Os(as) organizadores(as).
7
PROGRAMAÇÃO DAS
COMUNICAÇÕES 8

ORAIS
PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DA “XXVIII SEMANA DE HISTÓRIA DA
UNIVILLE: HISTÓRIA, DEMOCRACIA E AUTORITARISMOS”

SESSÃO 1 (A205)
Coordenador(a): Raquel Alvarenga Sena Venera Dione da Rocha Bandeira
Monitor(a): Aldry Pereira Chaves
PRIMEIRO HORÁRIO:

19:00: AUTORITARISMO E CRISE DA DEMOCRACIA NO BRASIL - BRUNO ROQUE YOUNES

19:15: NOVOS TEMPOS, NOVOS HORIZONTES: TEMPORALIDADES E CULTURAS POLÍTICAS NA


“REDEMOCRATIZAÇÃO” DE 1945 EM SANTA CATARINA (1942-1947) - WESLLEY DOS SANTOS
GRAPER

19:30: A DIFUSÃO DO ANTISSEMITISMO ATRAVÉS DA IMPRENSA VINCULADA À AÇÃO


INTEGRALISTA BRASILEIRA EM JARAGUÁ DO SUL (1934-1937) - LUÃ OSVALDO FERETTI E WILSON
DE OLIVEIRA NETO

19:45: OS “CAMISAS VERDES” DO ALTO DA SERRA DONA FRANCISCA: A IMPRENSA INTEGRALISTA


EM SÃO BENTO DO SUL (1936 – 1939) - RICHARD EWALD PRIGG ROSA E WILSON DE OLIVEIRA
NETO

20:00: IMAGEM, HISTÓRIA E GUERRA: A FOTOGRAFIA COMO FONTE HISTÓRICA - ANA PAULA 9
PAGNO LAURINDO E WILSON DE OLIVEIRA NETO

SEGUNDO HORÁRIO:

20:45: MEMÓRIAS E NARRATIVAS DA DITADURA MILITAR (1964- 1985) NA ILHA DE SÃO


FRANCISCO DO SUL: UMA ILHA DE GENTE PACATA? - ESTEFANY CRISTINE DE MOURA
DOS PASSOS, ADRIANA DA CUNHA, ANDREIA DE SOUZA DIAS E ERIKA CRISTINA SANTOS
CAMARGO

21:00: O DIRETÓRIO ACADÊMICO DE FILOSOFIA DA UNIVILLE (DAF) E SUAS FORMAS DE LUTA


PELA EDUCAÇÃO SUPERIOR E DEMOCRACIA EM JOINVILLE (1968-1984) - LUCAS HENRIQUE DA
SILVA LIMA, ANTHONIA VOSS SELL E FERNANDO CESAR SOSSAI

21:15: COTIDIANO E MEMÓRIAS DE MULHERES NA DITADURA MILITAR EM JOINVILLE - KETLYN


CRISTINA DA SILVA ALVES E ILANIL COELHO

21:30: O CONGRESSO E A CASERNA: PERCURSOS E PERCALÇOS DE UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE


AS RELAÇÕES ENTRE OS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO NO INÍCIO DA DITADURA MILITAR
(1964-1965) - PEDRO ODAINAI
PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DA “XXVIII SEMANA DE HISTÓRIA DA
UNIVILLE: HISTÓRIA, DEMOCRACIA E AUTORITARISMOS”

SESSÃO 2 (A204)
Coordenador(a): Roberta Barros Meira e Alessandra Tereza Mansur Silva
Monitor(a): Ana Júlia da Silva
PRIMEIRO HORÁRIO:

19:00: “PARA ENCHER, NÃO LEVA CINCO MINUTOS. PARA BAIXAR, LEVA MAIS DE UMA SEMANA”:
A ENCHENTE DE JANEIRO DE 2009, EM ARARANGUÁ (SC), REPRESENTADA NAS LENTES DO DIÁRIO
CATARINENSE - JONATÃ VIEIRA CLEMES

19:15: O DIÁRIO DE VIAGEM DE GEORG HEINRICH VON LANGSDORFF E A POBREZA


SOCIOAMBIENTAL DAS MINAS (1824-1825) - THAINÁ CAMILA TAMBOSI E ROBERTA BARROS
MEIRA

19:30: PALIMPSESTO DA PAISAGEM DA ILHA DO MEL, NA BAÍA DA BABITONGA – SANTA


CATARINA - PAULO HENRIQUE FERNANDES GOULART E DIONE DA ROCHA BANDEIRA

19:45: BAÍA DA BABITONGA: A ETIMOLOGIA E AS PAISAGENS NO OLHAR DE VIAJANTES DO


SÉCULO XIX - LUCAS JAIR PETROSKI, MARILUCI NEIS CARELLI E ROBERTA BARROS MEIRA

20:00: O PESQUISADOR FRANCÊS CONDE BARIL DE LA HURE E SUAS PESQUISAS NA BAÍA 10


BABITONGA NO SÉCULO XIX - GABRIELA MEIER DE OLIVEIRA, DIONE DA ROCHA BANDEIRA E
WILSON DE OLIVEIRA NETO

SEGUNDO HORÁRIO:

20:45: UMA HISTÓRIA AMBIENTAL, INDÍGENA E AFRICANA DA COLONIZAÇÃO PELOS OLHOS


DOS PRESIDENTES DE PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA (1835-1868) - VANESSA HEIDEMANN E
ROBERTA BARROS MEIRA

21:00: A RESISTÊNCIA NEGRA FEMININA NA ICONOGRAFIA DE ALBERT ECKHOUT E JEAN-BAPTISTE


DEBRET - ANA PAULA PAGNO LAURINDO E ROBERTA BARROS MEIRA

21:15: A DESIGUALDADE SOCIAL NO NORDESTE DO LITORAL CATARINENSE E AS FONTES


DOCUMENTAIS JURÍDICAS - ELEIDE ABRIL GORDON FINDLAY

21:30: O PODER DAS IMAGENS NO CONTEXTO DA GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870): AS OBRAS


PICTÓRICAS DE CÁNDIDO LÓPEZ E AS CHARGES E ILUSTRAÇÕES DA IMPRENSA BRASILEIRA E
PARAGUAIA - VINICIUS DE AZEVEDO ANTONIO VIEIRA E ROBERTA BARROS MEIRA
PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DA “XXVIII SEMANA DE HISTÓRIA DA
UNIVILLE: HISTÓRIA, DEMOCRACIA E AUTORITARISMOS”

SESSÃO 3 (A203)
Coordenador(a): Ilanil Coelho e Glória Alejandra Guarnizo Luna
Monitor(a): Laura de Oliveira dos Santos
PRIMEIRO HORÁRIO:

19:00: AS MEMÓRIAS SUBTERRÂNEAS DA CULTURA DO MARACATU EM JOINVILLE/SC - EVELYN


DE JESUS JERONIMO E ROBERTA BARROS MEIRA

19:15: UMA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO COMITÊ INTERGOVERNAMENTAL PARA A PROMOÇÃO DO


RETORNO DE BENS CULTURAIS A SEUS PAÍSES DE ORIGEM OU SUA RESTITUIÇÃO EM CASO DE
APROPRIAÇÃO ILÍCITA (ICPRCP) EM ESTUDOS PRELIMINARES DE CASOS NO CONTINENTE
AFRICANO (1980-1982) - ANA GABRIELA CARDOSO

19:30: EXU E A HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE: UMA ENCRUZILHADA POSSÍVEL? - VINÍCIUS JOSÉ
MIRA

19:45: BREVES NOTAS SOBRE O CONCEITO DE JUSTIÇA TEMPORAL: O CASO DA COMISSÃO DA


VERDADE E RECONCILIAÇÃO DE SERRA LEOA (2002-2006) - IAN POGAN E TAIZA MARA RAUEN
MORAES
11
20:00: EXPLORANDO O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL: UMA ANÁLISE DA RECOMENDAÇÃO DE PARIS
PARA PAISAGENS E SÍTIOS DE 1962 - GABRIEL WANDERSEE, ILANIL COELHO E DANIELA
PISTORELLO

SEGUNDO HORÁRIO:

20:45: ESTRATOS DO AVANÇO DA “ORDEM NEOLIBERAL”: POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA


E EDUCAÇÃO EM SANTA CATARINA NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 - WESLLEY DOS SANTOS
GRAPER, ILANIL COELHO E FERNANDO CESAR SOSSAI

21:00: A ESCOLA PRÁTICA DE COMÉRCIO JOINVILE E O ENSINO VOLTADO À FORMAÇÃO DE MÃO


DE OBRA FEMININA NA CIDADE ENTRE OS ANOS DE 1950 A 1992: UM ESTUDO A PARTIR DA
DOCUMENTAÇÃO DO FUNDO CUSTODIADO NO ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE - THAINÁ
CAMILA TAMBOSI E ARSELLE DE ANDRADE DA FONTOURA

21:15: A REPERCUSSÃO PÚBLICA DA PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA MINUSTAH (2004-2011) -


ISRAEL APARECIDO GONÇALVES

21:30: LENHA, CERVEJA E ROLLMOPS: AS NARRATIVAS ALIMENTARES SOBRE AS “EMPADAS


JERKE”- GABRIEL HENRIQUE DE OLIVEIRA FURLANETTO, MARILUCI NEIS CARELLI E ROBERTA
BARROS MEIRA
PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DA “XXVIII SEMANA DE HISTÓRIA DA
UNIVILLE: HISTÓRIA, DEMOCRACIA E AUTORITARISMOS”

SESSÃO 4 (A202) - ENSINO DE HISTÓRIA E RELATOS DE EXPERIÊNCIAS


Coordenador(a): Letícia Ribas D. Bohn e Yomara Feitosa Caetano de Oliveira
Monitor(a): Eduardo da Silva de Castilho
PRIMEIRO HORÁRIO:

19:00: PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DO ENTORNO ESCOLAR - ANGELA MARIA VIEIRA E MARCOS


DANIEL GOMES DE LINS

19:15: DA RETÓRICA DO DESENVOLVIMENTO PARA O ENUNCIADO DA INOVAÇÃO: O GIRO


NEOLIBERAL DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E CTI NO ESTADO DE SANTA CATARINA - FERNANDO
CESA SOSSAI

19:30: RELATO DE EXPERIÊNCIA PRP: A IMAGEM COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA


UM ENSINO LIBERTADOR - VINICIUS DE AZEVEDO ANTONIO VIEIRA E WILSON DE OLIVEIRA NETO

SEGUNDO HORÁRIO:

20:45: EXPERIÊNCIAS DE ENSINO DE HISTÓRIA NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA


(PRP) NO CENÁRIO DE IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO: CONSTRUINDO SABERES E
ENFRENTANDO DESAFIOS - LUCAS JAIR PETROSKI, GABRIEL DE OLIVEIRA WANDERSEE E DIEGO 12
FINDER MACHADO

21:00: O HORROR DA GORDOFOBIA EM CERDITA, DE CARLOTA PEREDA - ELOIZA BASTOS E


SABRINE SHARON PADILHA

21:15: PROJETO: “PRETAS EMPODERADAS E OUTRAS HISTÓRIAS” - ANGELA MARIA VIEIRA,


ANDREA RIBEIRO GOMES E EDUARDA WHECHILEY DE MOURA
RESUMOS 13
SESSÃO 1 14
NOVOS TEMPOS, NOVOS HORIZONTES:
TEMPORALIDADES E CULTURAS POLÍTICAS NA “REDEMOCRATIZAÇÃO”
DE 1945 EM SANTA CATARINA (1942-1947)

Weslley dos Santos Graper1

Resumo: Propõem apresentar um projeto de pesquisa histórica com o objetivo de


analisar comportamentos e discursos veiculados na imprensa do estado de Santa
Catarina, no espaço de experiência de aceleração das transformações do Estado Novo e
da transição política para o regime que o sucedeu, de modo a compreender como
diferentes agentes sociais (trabalhadores, empresários, políticos etc.) se relacionaram
com seu recente passado autoritário e o futuro vindouro que se apresentava como
democrático. Pretende-se ainda identificar como culturas políticas emergentes
condicionaram práticas e discursos de democratização que operaram nos espaços de
experiência e horizontes de expectativa dos distintos agentes sociais, bem como
compreender de que modo a interlocução entre agências midiáticas e agentes políticos
do período produziu, difundiu e disputou diferentes sentidos e projetos de democracia,
sobretudo, os concorrentes à expectativa de ampliação da cidadania e direitos sociais.
Metodologicamente, será empreendida pesquisa bibliográfica e, quanto à documentação
primária, será investigado a imprensa periódica que circulou em algumas cidades de 15
Santa Catarina (nomeadamente, Jaraguá do Sul, Joinville, Blumenau e Florianópolis) e
discursos parlamentares da constituinte estadual de 1947. Teoricamente, a pesquisa se
vale dos pressupostos da subdisciplina da História do Tempo Presente, que propõe uma
abordagem alternativa com relação ao passado e coloca diferentes temporalidades
(próximas e distantes) para dialogar dialeticamente, além de desnaturalizar as noções de
“tempo” e “presente”. Ademais, se compartilha das reflexões da virada temporal
hermenêutica, cuja defesa é a problematização do tempo em como este é
experimentado, expectado, representado, significado, adjetivado e discursado desde o
presente.

Palavras-chave: Estado Novo; Terceira República; Transição Política.

1
Acadêmico do 5º ano do curso de História da Univille, bolsista do Laboratório de História Oral da Univille
(LHO) e do Centro Memorial da Univille (CMU), bolsista do Programa de Residência Pedagógica, bolsista de
Iniciação Científica da FAPESC e membro do Grupo de Pesquisa Cidade Cultura e Diferença (GPCCD).
Contato: weslleygraper06@gmail.com.
A DIFUSÃO DO ANTISSEMITISMO ATRAVÉS DA IMPRENSA VINCULADA À
AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA EM JARAGUÁ DO SUL (1934-1937)2

Luã Osvaldo Feretti3


Wilson de Oliveira Neto4

Resumo: A década de 1930 no Brasil foi palco de diversos projetos políticos em disputa
para o país. Dentre os vários em debate, o fascismo foi uma das forças políticas de maior
adesão, sendo considerado o primeiro grande movimento político de massas. A Ação
Integralista Brasileira, idealizada e criada em 1932 pelo jornalista Plínio Salgado, perdurou
até 1937, tendo sua extinção como partido político decretada pelo Estado. O movimento
político fascista teve forte adesão por todo o país, principalmente em Santa Catarina,
considerado por René Gertz como a província de maior contingente por proporção. Esta
comunicação visa socializar os resultados do projeto de pesquisa “As impressões dos
regimes fascistas: um estudo sobre a imprensa em Jaraguá do Sul na década de 1930”
que busca entender o antissemitismo no Integralismo em Santa Catarina, mais
especificamente, na cidade de Jaraguá do Sul nos anos 1930. Partindo da perspectiva do
trabalho primordial de Hélgio Trindade, o antissemitismo da A.I.B. obtinha grande força
na base do movimento, não sendo consenso entre os militantes da cúpula integralista,
tendo o contexto regional, a sociedade e cultura do norte e nordeste de Santa Catarina a 16
base para o entendimento do antissemitismo presente no discurso do núcleo integralista
de Jaraguá do Sul. A socialização desta comunicação leva uma abordagem histórica,
analisando o núcleo integralista de Jaraguá do Sul, trabalhando com as principais fontes
da imprensa, como os jornais Correio do Povo e o periódico integralista Jaraguá,
vinculado a empresa Sigma Jornais Reunidos que pertencia a Ação Integralista Brasileira.

Palavras-chave: Integralismo; Antissemitismo; Imprensa.

2
Pesquisa vinculada ao projeto “As impressões dos regimes fascistas: um estudo sobre a imprensa em
Jaraguá do Sul na década de 1930” e desenvolvida com bolsa de pesquisa UNIEDU pelo Art. 171.
3
Graduando em História pela Universidade da Região de Joinville - Univille. Bolsista de Iniciação Científica
do programa UNIEDU do governo do estado de Santa Catarina. E-mail: ferettilua@gmail.com.
4
Professor no curso de História da Univille e coordenador do projeto TRINCHEIRAS. E-mail:
wilson.o@univille.br.
OS “CAMISAS VERDES” DO ALTO DA SERRA DONA FRANCISCA: A
IMPRENSA INTEGRALISTA EM SÃO BENTO DO SUL (1936 – 1939)5

Richard Ewald Prigg Rosa6


Wilson de Oliveira Neto7

Resumo: Entre 1932 e 1937, o Brasil abrigou a maior organização fascista fora da Europa,
a Ação Integralista Brasileira – AIB, o primeiro partido político de massa brasileiro. Em
Santa Catarina, a AIB gozou de prestígio popular e elegeu vereadores e prefeitos em
diversas cidades. A chegada das ideias integralistas em São Bento do Sul ocorreu entre
1934 e 1936, a partir do Núcleo Municipal joinvilense da AIB. No seu auge, o Integralismo
nessa cidade elegeu um prefeito e cinco vereadores, o que valeu a São Bento do Sul o
título de “Cidade Integralista”. O objetivo deste trabalho é analisar a imprensa integralista
são-bentense como um meio de difusão das ideias da AIB no município. Para tanto, foi
examinada a coleção do jornal “O Aço” disponível no Arquivo Histórico de São Bento do
Sul. Publicado entre 1936 e 1943, esse periódico foi, inicialmente, um órgão de
comunicação da AIB. A metodologia empregada consistiu na leitura dos números
publicados de 1936 a 1939, seguida da sua discussão realizada a partir de uma revisão da
literatura sobre imprensa, história e Integralismo. Como fonte, o jornal “O Aço” permitiu
conhecer aspectos organizacionais da AIB são-bentense, como por exemplo, número 17
estimado de filiados e figuras políticas de destaque. Também foi possível constatar a
assimilação de ideias integralistas, tais como o culto ao líder político do movimento, Plínio
Salgado, e a condenação de características do mundo de sua época - “materialismo”,
“liberalismo” e “bolchevismo” – consideradas fontes de corrupção e decadência da
sociedade.

Palavras-chave: Fascismo; Integralismo; imprensa.

5
Trabalho produzido no contexto da disciplina de Pesquisa História, durante o ano letivo de 2022, e do
Grupo de Estudos “Fascismo Ontem e Hoje”, integrado ao projeto TRINCHEIRAS, do Programa de Mentoria
da Univille.
6
Graduando do quarto ano do curso de História da Univille. Pesquisador voluntário de IC no projeto
TRINCHEIRAS. E-mail: richard2002p@gmail.com.
7
Professor no curso de História da Univille e coordenador do projeto TRINCHEIRAS. E-mail:
wilson.o@univille.br.
IMAGEM, HISTÓRIA E GUERRA: A FOTOGRAFIA COMO FONTE
HISTÓRICA8

Ana Paula Pagno Laurindo9


Wilson de Oliveira Neto10

Resumo: A fotografia marca presença desde seu surgimento e segue em pleno


desenvolvimento na atualidade, contudo, por mais que a fotografia transmita a sensação
de ser verdadeira e inalterável, a fotografia não é inocente e fiel a realidade, ela é um
recorte, carrega consigo ideologias diversificadas de acordo com o fotógrafo e seu
contexto. A pesquisa é qualitativa e discute pelo viés da análise iconográfica (KOSSOY,
2014; KOSSOY, 2014; MAUAD, 1996) o uso da fotografia no front (LOMBARDI, 2014). O
levantamento dos dados da pesquisa foi realizado nos arquivos virtuais e outros arquivos
históricos que possuem seu acervo digitalizado. O objetivo foi analisar uma série de
fotografias feitas em front ou em período de guerra, visando o processo construção do
produto, ou seja, a mensagem transmitida pela fotografia. Buscamos discutir com mais
profundidade a possível construção imagética, a ideologia por traz da imagem e os
cuidados que devemos tomar ao utilizar a imagem como fonte histórica. Por fim, mesmo
a fotografia não sendo um documento livre de manipulações, não se nega a importância
desse documento como fonte, pois é inegável a existência do momento capturado pela 18
câmera. Portanto, é dever do historiador investigar a verdade por trás do documento. No
contexto da guerra, a fotografia contribuiu para quebrar a perspectiva romantizada o
contexto da guerra, também cooperando com a difusão de informações e
compartilhando com a população a sensação do front de combate. Afinal, as fotografias
têm o poder de despertar sensações no público que as observa.

Palavras-chave: fotografia; fonte; guerra.

8
Pesquisa desenvolvida com financiamento do Art.170 e publicada no Caderno de Iniciação à Pesquisa /
Universidade da Região de Joinville. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Editora da
Univille, Joinville, v. 23, p. 174, 2021. ISSN 1980-6272.
9
Graduanda do curso de Licenciatura em História da Univille. (anapaulapagno.laurindo@gmail.com).
10
Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
– ECO/UFRJ. (wilhist@gmail.com).
O DIRETÓRIO ACADÊMICO DE FILOSOFIA DA UNIVILLE (DAF) E SUAS
FORMAS DE LUTA PELA EDUCAÇÃO SUPERIOR E DEMOCRACIA EM
JOINVILLE (1968-1984)11

Lucas Henrique da Silva Lima12


Anthonia Voss Sell13
Fernando Cesar Sossai14

Resumo: Esta comunicação tem por objetivo discutir as formas de organização e meios
de luta do movimento estudantil universitário em Joinville, em especial do Diretório
Acadêmico de Filosofia (DAF), no âmbito da trajetória da UNIVILLE (1968 – 1984). A
pesquisa busca analisar como se deu a construção histórica de Diretórios e Centros
Acadêmicos, ademais, visa examinar a atuação dessas entidades estudantis frente às
imposições de marcos normativos expedidos durante a Ditadura Militar no Brasil. No ano
de 1968, ocorreu a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) e,
posteriormente, a criação do DAF, que representava os estudantes dos cursos de
História, Letras, Geografia e Matemática da atual Univille. Com o fim da Ditadura Militar,
o Diretório modificou suas pautas e reivindicações até que se dissolveu no ano de 1987. A
metodologia consistiu, além da pesquisa bibliográfica, no levantamento, organização e
análise de fontes. A partir disso, foi elaborado um quadro com a identificação e a data 19
dos documentos, o que permitiu a criação de outros quadros temáticos com análises e
registros de citações pertinentes às questões de pesquisa. As fontes foram consultadas
no Centro Memorial da Univille (CMU) e no Arquivo Histórico de Joinville (AHJ) e
abrangem documentos institucionais, atas de reuniões, fotografias, jornais da época e
suas clipagens. Como resultados parciais, percebe-se que a história do movimento
estudantil, em conjunto com suas pautas e lutas, se confunde com a expansão,
interiorização do ensino superior e com as discussões sobre o direito à cidade e à cultura.

Palavras-chave: Movimento estudantil; Diretório Acadêmico; Ditadura Militar.

11
Pesquisa vinculada ao Laboratório de História Oral da Univille (LHO) e Centro Memorial da Univille
(CMU).
12
Acadêmico do 5º ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville - Univille, bolsista dos
Projetos de Extensão, Laboratório de História Oral da Univille (LHO) e Centro Memorial da Univille (CMU),
bolsista de Iniciação Científica da FAPESC e membro do Grupo de Pesquisa Cidade Cultura e Diferença
(GPCCD). E-mail: lukas.30.01.99@gmail.com,
13
Acadêmica do 4º ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville - Univille, bolsista do
Programa Residência Pedagógica (PRP) e bolsista dos Projetos de Extensão, Laboratório de História Oral da
Univille (LHO) e Centro Memorial da Univille (CMU). E-mail: anthoniavsell@gmail.com,
14
Professor do Curso de História da Univille e dos Programas de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e
Sociedade e Educação da mesma Universidade.
MEMÓRIAS E NARRATIVAS DA DITADURA MILITAR (1964- 1985) NA ILHA
DE SÃO FRANCISCO DO SUL: UMA ILHA DE GENTE PACATA?

Estefany Cristine de Moura dos Passos15


Adriana da Cunha16
Andreia de Souza Dias17
Erika Cristina Santos Camargo18

Resumo: A histórica política analisa as operações de poder dos seres humanos e no Brasil
não seria diferente, tendo em vista a trajetória histórica que o nosso país foi ocupado, a
perpetuação de um autoritarismo com uma frágil democracia, em 1964 o território
brasileiro sofreu um Golpe de Estado, e foi instaurado a Ditadura Militar, até 1985, com
as Diretas Já, o povo, aquele que foi censurado, torturado, ou que já não viam mais
benefícios econômicos com a permanência da Ditadura Militar, vão as ruas pedir pelo
retorno da democracia. O Estado de Santa Catarina, diferente do que a história
tradicional colocou na historiografia, houve resistências, dentro dos partidos comunistas,
sindicatos e movimentos estudantis. Ao investigar as memórias e narrativas na Ilha de
São Francisco do Sul sobre a Ditadura Militar, as pesquisadoras pretendem romper com
a hegemonia do discurso e trazer luz a essa questão pouquíssima debatida na cidade,
evidenciar as pessoas que foram perseguidas pela Ditadura Militar e trazer os espaços 20
públicos como fontes de uma memória que não foi apagada, só não havia sido indagada,
é flexionar na direção da nova história, da história problema.

Palavras-chave: Ditadura; Santa Catarina; Memórias e Narrativas.

15
Professora de história do Centro de Educação de Jovens e Adultos de Joinville – SC (CEJA) na modalidade
Educação escolar Quilombola – Tapera. Contato: estefanymooura@hotmail.com.
16
Estudante do 1º ano do Centro de Educação de Jovens e Adultos de Joinville – SC (CEJA) na modalidade
Educação escolar Quilombola – Tapera.
17
Estudante do 1º ano do Centro de Educação de Jovens e Adultos de Joinville – SC (CEJA) na modalidade
Educação escolar Quilombola – Tapera.
18
Estudante do 1º ano do Centro de Educação de Jovens e Adultos de Joinville – SC (CEJA) na modalidade
Educação escolar Quilombola – Tapera.
COTIDIANO E MEMÓRIAS DE MULHERES NA DITADURA MILITAR EM
JOINVILLE19

Ketlyn Cristina da Silva Alves20


Ilanil Coelho21

Resumo: Esta comunicação oral trata-se do início de uma pesquisa de dissertação na pós-
graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade pela Universidade da Região de Joinville
– Univille, e tem como objetivo refletir acerca das histórias de mulheres comuns que
vivenciaram a Ditadura Civil-Militar nos contextos das décadas de 1960 a 1980 no
cotidiano de Joinville, memórias essas desconhecidas por não terem sido reconhecidas
num posto de protagonismo ou ativismo de resistência. A ausência de atenção às
mulheres comuns nos faz debruçar sobre a memória e vivências de mães, professoras,
pastoralistas e operárias que contam a história do período ditatorial numa perspectiva
do cotidiano. Na produção historiográfica, quase não há lugar para as mulheres, tornando
ainda mais complexa a perspectiva proposta. As insuficiências das versões oficiais
fornecidas pelo Estado Brasileiro sobre o período ditatorial caracterizam-se, como um
dos principais fatores que tentam, sem versões contundentes, virar uma página da
história que ainda não foi contada. Neste sentido, o estudo terá por base fontes
bibliográficas, de impressa e narrativas orais de memória, produzidas nos marcos da 21
metodologia da História Oral. Espera-se, desse modo, contribuir com a ampliação do
conhecimento histórico e da memória social acerca da ditadura e de vivências em
contextos específicos.

Palavras-chave: Memória de Mulheres; Cotidiano; Ditadura Militar.

19
Pesquisa vinculada ao projeto “Patrimônio Cultural: Entre redes e enredos – PRES2” e desenvolvida com
bolsa da CAPES.
20
Graduada pelo curso de História da Universidade da Região de Joinville - Univille, mestranda do curso de
Patrimônio Cultural e Sociedade e membro do Grupo de Pesquisa Cidade Cultura e Diferença (GPCCD).
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2742578218267155. E-mail para contato:
ketlyn.cristinaa@gmail.com.
21
Graduada em História. Mestre em Ciências Sociais. Doutora em História. Professora do curso de História
e do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. Coordena o Centro
Memorial e o Laboratório de História Oral da Univille. Grupo de Pesquisa Cidade, Cultura e Diferença.
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7048701872322243. E-mail para contato: ilanilcoelho@gmail.com.
O CONGRESSO E A CASERNA: PERCURSOS E PERCALÇOS DE UMA
INVESTIGAÇÃO SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE OS PODERES EXECUTIVO E
LEGISLATIVO NO INÍCIO DA DITADURA MILITAR (1964-1965)

Pedro Odainai22

Resumo: Nesta comunicação, apresento parte de minha pesquisa de mestrado, na qual


investiguei historicamente as disputas político-institucionais em torno da implantação do
controle abstrato de constitucionalidade no direito brasileiro pela promulgação, no início
da Ditadura Militar, pela Emenda Constitucional n. 16, de 1965, proposta, pouco após a
edição do AI-2, pelo então Presidente da República, Mal. Castello Branco, e aprovada pelo
Congresso Nacional. Dois parlamentares, filiados à União Democrática Nacional (UDN) e
ligados ao grupo dos “bacharéis” do partido, destacaram-se nesse processo: o Deputado
Pedro Aleixo (Minas Gerais) e o Senador Daniel Krieger (Rio Grande do Sul). Apesar de
líderes do governo, na deliberação parlamentar, Aleixo e Krieger propuseram retirar a
atribuição de efeitos automáticos às decisões de inconstitucionalidade pelo Supremo
Tribunal Federal, prevista no texto enviado pelo Executivo ao Congresso, e manter as
competências do Senado para suspender a execução de leis inconstitucionais, conforme
então era estabelecido. Na ocasião, contudo, não apresentaram justificativas. Para
compreender sua divergência com o projeto legislativo do governo militar que então 22
apoiavam, analisei seus discursos congressuais, de 1959 (quando eleitos) até a
promulgação da Emenda, à luz de um diálogo heurístico que estabeleci entre a
Arqueologia do Saber, de Foucault, e o método indiciário, de Ginzburg. Após dialogar com
algumas críticas que recebi, abordarei o que considero uma potencialidade do trabalho,
nomeadamente, por destacar algo geralmente não observado em pesquisas de História
do Direito (ou mesmo em geral) sobre a Ditadura: a complexidade das relações entre o
Executivo militar e os demais Poderes.

Palavras-chave: Ditadura Militar; UDN; Relações entre os Poderes.

22
Mestre em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), cuja pesquisa foi financiada
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Graduado em Direito pela
Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). E-mail: pedro.oda@hotmail.com.br.
SESSÃO 2 23
“PARA ENCHER, NÃO LEVA CINCO MINUTOS. PARA BAIXAR, LEVA MAIS
DE UMA SEMANA”23: A ENCHENTE DE JANEIRO DE 2009, EM
ARARANGUÁ (SC), REPRESENTADA NAS LENTES DO DIÁRIO
CATARINENSE

Jonatã Vieira Clemes24

Resumo: A presente pesquisa objetiva analisar a cobertura efetuada pelo periódico


impresso Diário Catarinense acerca da enchente que ocorreu no sul de Santa Catarina,
em especial, no município de Araranguá, entre os dias 2 e 4 de janeiro de 2009. Elenca-
se a utilização do conceito de Desastre Socioambiental, para refletir criticamente sobre a
ênfase dada pela cobertura do Diário Catarinense aos fatores naturais como causa
preponderante para a ocorrência da enchente. E, propor uma perspectiva de estudo que
articule tanto os fatores da natureza (precipitação atmosférica) quanto às ações e
componentes humanos que atuaram para potencializar os impactos da enchente
(desmatamentos e ocupação de áreas de risco), tanto na curta quanto na longa
duração.

Palavras-Chave: Desastre Socioambiental; Enchente; Diário Catarinense.


24

23
Fala de José Pacheco, morador de Araranguá. In: DIÁRIO CATARINENSE. Florianópolis, ano 23, n. 8293,
06 de janeiro de 2009. P. 05.
24
Doutorando pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desenvolve pesquisa na área de
História Ambiental com ênfase na abordagem sobre desastres socioambientais no extremo sul catarinense.
É bolsista pelo Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (UNIEDU). E-mail para contato:
jonatavclemes@hotmail.com.
O DIÁRIO DE VIAGEM DE GEORG HEINRICH VON LANGSDORFF E A
POBREZA SOCIOAMBIENTAL DAS MINAS (1824-1825)25

Thainá Camila Tambosi26


Roberta Barros Meira27

Resumo: Georg Heinrich von Langsdorff foi um médico naturalista que, no início do século
XIX, cumpriu em nosso país funções consulares e diplomáticas como representante da
Rússia. Foi neste período que o viajante, com apoio e financiamento do imperador russo,
realizou uma expedição de exploração do território brasileiro, passando pelas regiões de
Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Amazônia a fim de conhecer seu
solo, fauna, flora e sua gente. Esta pesquisa busca analisar os registros de sua expedição,
mais especificamente de seus diários de campo que abrangem o percurso de Rio de
Janeiro à Minas Gerais entre os anos de 1824 e 1825. Por meio do estudo bibliográfico e
da análise de fontes históricas do diário de viagem espera-se discutir e melhor
compreender as alterações no patrimônio ambiental de Minas Gerais decorrentes dos
processos de exploração mineral, interesse econômico esse, que mobilizou a colonização
na região e provocou, além de graves impactos socioambientais, conflitos violentos
contra populações indígenas.
25
Palavras-chave: Expedição Langsdorff; História indígena; patrimônio ambiental.

25
Projeto de pesquisa desenvolvido com bolsa do CNPQ.
26
Estudante do 5° ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville - Univille. email:
thaina_tbs@hotmail.com.
27
Orientadora da pesquisa. Docente do curso de História e do Programa em Patrimônio Cultural e
Sociedade e do Departamento de História da Universidade da Região de Joinville - Univille. Coordena o
grupo de pesquisa Estudos sobre circulação de saberes, natureza e agricultura (CANA). email:
rbmeira@gmail.com
PALIMPSESTO DA PAISAGEM DA ILHA DO MEL, NA BAÍA DA
BABITONGA – SANTA CATARINA

Paulo Henrique Fernandes Goulart28


Dione da Rocha Bandeira29

Resumo: O estudo da Ilha do Mel, situada em Araquari, SC, foi motivado a partir de
nossas pesquisas realizadas na Baía da Babitonga e visitas de campo em sítios
arqueológicos na região. A riqueza do patrimônio cultural, natural e arqueológico
dessa região é conhecida e pesquisada, no entanto, pouco se sabe sobre a Ilha do Mel.
Esta Ilha é um elemento importante da paisagem da Baia da Babitonga – SC, pois
apresenta uma história de longa duração, atestada pela presença de sítios
arqueológicos pré-coloniais de povos sambaquianos e jê. Foi também um lugar de
ocupação luso-brasileira e local onde aportaram as barcas para descerem os
imigrantes germânicos no século XIX, que fundaram a Colônia Dona Francisca (atual
Joinville). Há remanescentes de ruína histórica deste período. Hoje, essa Ilha é um
lugar em que vive uma comunidade de pescadores tradicionais. A relevância desta
pesquisa diz respeito à necessidade de aprofundar os estudos do patrimônio cultural
de uma forma interdisciplinar intercruzando suas vertentes arqueológica, ambiental e
paisagística da Baía Babitonga. Muito se fala sobre os sítios pré-coloniais, sobre 26
edificações históricas, com a expressão máxima na poligonal tombada de São
Francisco do Sul, sobre os manguezais e outros bens ambientais, mas pouco sobre as
ilhas da Baía Babitonga e suas ocupações históricas e paisagens transformadas. A
pesquisa se propõe a estudar a Ilha do Mel e o palimpsesto que compõe seu
patrimônio cultural.

Palavras-chave: Ilha do Mel-SC; Cultura material; Patrimônio cultural arqueológico;


Paisagem.

28
Universidade da Região de Joinville pahike2003@gmail.com.
29
Universidade da Região de Joinville dione.rbandeira@gmail.com.
BAÍA DA BABITONGA: A ETIMOLOGIA E AS PAISAGENS NO OLHAR DE
VIAJANTES DO SÉCULO XIX30

Lucas Jair Petroski31


Mariluci Neis Carelli32
Roberta Barros Meira33

Resumo: O presente resumo trata-se da pesquisa sobre os diários de viagem que


descrevem a baía da Babitonga no século XIX, ademais, visa uma elucidação da etimologia
de Babitonga. Pela compreensão mais abrangente proporcionada pela história ambiental
se fez oportuno estudar a baía da Babitonga por esta ótica. Os resquícios arqueológicos,
a riqueza de fauna e flora, e as relações entre o ser humano e o natural denotam a
relevância da região e do tema. A pesquisa ocorreu por meio de fontes documentais e
suportes bibliográficos, recorrendo-se, como fontes, aos diários de viagens, mapas e
dicionários, e, as bibliografias foram os livros e artigos que tratam da baía da Babitonga
como patrimônio ambiental e histórico. A origem do nome Babitonga remete aos
seguintes possíveis significados: a criança, a pitanga, o vermelho, a vermelha e
avermelhar. O viajante francês, Saint-Hilaire, se atentou mais a geografia, estrutura social
e flora da região da Babitonga, o alemão, Avé-Lallemant, para a geografia, para a
organização social e para o potencial econômico da região, e o britânico, Mawe, discorreu
27
mais sobre a infraestrutura, a capacidade comercial e ao potencial naval da região. Por
fim, compreendeu-se que historicamente a baía da Babitonga era atrelada ao comércio
portuário e a qualidade naval, sendo também, o meio de sustentação econômica e de
locomoção dos moradores. Além disso, é notório nos relatos dos viajantes, do século XIX,
o retrato da formação de uma paisagem projetada e imaginada pelo ser humano.

Palavras-chave: Baía da Babitonga; História Ambiental; Diário de viagem; Paisagem


cultural.

30
Pesquisa vinculada ao projeto “A Paisagem Cultural: Viver o Patrimônio” e desenvolvida com bolsa de
pesquisa do UNIEDU artigo 171.
31
Acadêmico do curso de História da Universidade da Região de Joinville (Univille), estagiário do
Laboratório de História Oral da Univille (LHO), bolsista do Programa de Residência Pedagógica (PRP) e do
Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (UNIEDU). E-mail: lucaspetroski20@gmail.com.
32
Orientadora, professora do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.
E-mail: Mariluci.neis@univille.br.
33
Coorientadora, professora do curso de História e do Programa em Pós-graduação em Patrimônio Cultural
e Sociedade da Univille. E-mail: rbmeira@gmail.com.
O PESQUISADOR FRANCÊS CONDE BARIL DE LA HURE E SUAS PESQUISAS
NA BAÍA BABITONGA NO SÉCULO XIX

Gabriela Meier de Oliveira34


Dione da Rocha Bandeira35
Wilson de Oliveira Neto36

Resumo: Neste trabalho apresentamos os resultados do estudo desenvolvido por nós


intitulado “Relatos e processos de transformação de sambaquis da Baía Babitonga desde
o colonial” com apoio de bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), que teve como objetivo investigar as pesquisas realizadas pelo
conde Baril de LaHure, arqueólogo e pesquisador francês que residiu no Brasil no século
XIX, em sambaquis da Região da Baía Babitonga, Santa Catarina, Brasil. O pesquisador e
historiador Johnni Langer que pesquisa o período imperial brasileiro menciona este
pesquisador e seus estudos em sítios da antiga Colônia Dona Francisca indicando fontes
documentais existentes na Biblioteca Nacional e Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro. Nossa pesquisa buscou levantar mais informações sobre a presença de La Hure
na região da atual Joinville, cruzando com fontes primárias existentes no Arquivo
Histórico de Joinville onde foi possível constatar a vinda do pesquisador para a Colônia
Dona Francisca através de menções do jornal "Kolonie-Zeitung". Algo que limitou nossa 28
pesquisa foi a falta de traduções, já que o jornal era escrito em alemão, então reforçamos
a importância da tradução desses documentos, pois são eles que nos ajudam a escrever
uma história contada através de fatos e pontos primários. As pesquisas do conde na Baía
Babitonga identificaram aspectos e levantaram hipóteses que só foram acessadas um
século depois, nossa intenção foi levantar narrativas relacionadas a La Hure para
contribuir para as pesquisas arqueológicas da Baía Babitonga nos sambaquis.

Palavras-chave: Sambaquis; Império; Joinville.

34
Universidade da Região de Joinville. gabrielameier2000@gmail.com.
35
Universidade da Região de Joinville dione.rbandeira@gmail.com.
36
Universidade da Região de Joinville wilhist@gmail.com.
UMA HISTÓRIA AMBIENTAL, INDÍGENA E AFRICANA DA
COLONIZAÇÃO PELOS OLHOS DOS PRESIDENTES DE PROVÍNCIA DE
SANTA CATARINA (1835-1868)37
Vanessa Heidmann38
Roberta Barros Meira39

Resumo: A presente comunicação busca analisar os dados presentes nos relatórios de


presidente de província pelo viés da história ambiental, da história indígena e da
história da escravidão africana em Santa Catarina. Pela decisão de governo n.º 57, de
19 de junho de 1822, registrou que o Brasil estava dividido em 18 províncias, sendo
uma delas, a província de Santa Catarina. Pela Constituição, cada província tinha um
presidente nomeado pelo Imperador. Com isso, os relatórios de presidente de
província aqui analisados, constituem uma documentação acerca da administração
pública, redigida pelo presidente, servindo não só como material comprobatório e
subsídio para administração, mas também como documentos de autopromoção na
maioria das vezes. Nesse sentido, a pesquisa discute dados expostos relativos à
destruição e/ou preservação das florestas na região, os impactos causados pela
agricultura, a utilização da escravidão africana na pequena lavoura na província, dados
sobre a povoação etc. Além disso, nos relatórios analisados até o momento, se coloca 29
em evidência a questão educacional da província, sendo mais uma das temáticas a
serem discutidas.

Palavras-chave: Relatório de presidente de Província; História indígena; História


ambiental; escravidão.

37
Projeto de pesquisa voluntário.
38
Estudante do 3° ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville – Univille. E-mail:
vanessa29082000@hotmail.com.
39
Orientadora da pesquisa: Profa. Departamento de História. Profa. Programa em Pós-graduação
em Patrimônio Cultural e Sociedade – Universidade da Região de Joinville – Univille. E-mail:
rbmeira@gmail.com
A RESISTÊNCIA NEGRA FEMININA NA ICONOGRAFIA DE ALBERT
ECKHOUT E JEAN-BAPTISTE DEBRET40

Ana Paula Pagno Laurindo41


Roberta Barros Meira42

Resumo: Albert Eckhout permaneceu no Brasil por sete anos (1637-1644), fase de
destaque da carreira, durante o período do Brasil holandês, desenvolvendo forte
atividade como documentarista da fauna e flora e registrando a cultura e fisionomia dos
indivíduos que habitavam a região. Por outro lado, nas primeiras décadas do século XIX,
o Brasil recebe novos artistas, sendo um dos mais expressivos a “Missão Artística
Francesa”. Sendo assim, Jean- Baptiste Debret desembarcou no Brasil em 1816, trazendo
as experiências e ideias da Revolução Francesa. A pesquisa é qualitativa e discute pelo
viés da análise iconográfica (KOSSOY, 2014) a história das mulheres e a história da
escravidão (DEL PRIORE, 1997; MATOS, 2003; PINSKY e PEDRO, 2012; SCHWARCZ e
STARLING, 2015; TUTUI, 2015). O objetivo foi analisar a história das mulheres negras
escravizadas no Brasil e os impactos econômicos e culturais da presença das populações
africanas no Brasil através das iconografias feitas por ambos os artistas. Buscamos discutir
com mais profundidade duas obras: A Mulher Africana (1641) de Albert Eckhout, que
retrata a presença da cultura africana no Brasil. Ademais, discutimos a pintura Negra 30
tatuada vendendo caju (1827), de Jean-Baptiste Debret. Tentamos explicar a utilização
da mão-de-obra escravizada feminina nos espaços rurais e urbanos e as estratégias de
resistência de que lançaram mão em diferentes contextos. As mulheres negras
escravizadas trouxeram consigo os saberes e a cultura africana, ocupando lugar
privilegiado no olhar dos pintores europeus. Mais do que exotismo, percebe-se a marca
das lutas femininas que atravessaram os dois lados do atlântico e quatro séculos de
escravidão.

Palavras-chave: História das mulheres; Iconografia; Escravidão.

40
Pesquisa desenvolvida com financiamento do Art.170 e publicada no Caderno de Iniciação à Pesquisa /
Universidade da Região de Joinville. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Editora da
Univille, Joinville, v. 24, p. 233, 2022. ISSN 1980-6272.
41
Graduanda do curso de Licenciatura em História da Univille. Email: anapaulapagno.laurindo@gmail.com.
42
Doutora em História Econômica pela USP e docente do curso de História da Univille. Email:
rbmeira@gmail.com.
A DESIGUALDADE SOCIAL NO NORDESTE DO LITORAL CATARINENSE E AS
FONTES DOCUMENTAIS JURÍDICAS

Eleide Abril Gordon Findlay43

Resumo: As formas de transmissão da herança assentadas no direito luso brasileiro, bem


como o acesso as fontes documentais jurídicas, mais especificamente os testamento e
inventários, possibilitam a percepção dos estratos sociais presentes nessas fontes
documentais, bem como a formação da riqueza no nordeste do litoral catarinense. A farta
documentação da 4ª Vara Cível- Processos Judiciais- 1858-1950 constante do Fundo
Judiciário sob a guarda do Arquivo Histórico de Joinville- AHJ- tem centenas de processos
de testamentos e inventários. Apesar de ter muito claro o alerta de inúmeros estudiosos
para o fato de que os testamentos e inventários são documentos que indicam a posse de
riqueza, ou de bem a ser legado pelo indivíduo que morreu, tal documentação
possibilita a construção de conhecimento relativa à localidade estudada. No Fundo
Judiciário existe grande número de processos de arrendamentos, e a explicação efetuada
pela historiadora Monica Duarte Dantas “Nos arrolamentos, as custas do processo
diminuíam bastante em relação ao inventario, sendo comuns, portanto, entre a
população mais pobre.” (DANTAS,2007, p. 27), aclarou a existência desses processos no
conjunto de documentos listado no referido Fundo. Nesse sentido, a diferenciação da 31
documentação permite ter claro que quem não tem nada de seu está ausente não
somente das fontes de pesquisa, mas principalmente da construção da história da
localidade.

Palavras-chave: Desigualdade social; Nordeste do litoral catarinense; Fontes


documentais jurídicas

43
Formada em Ciências Sociais. Mestre em Educação. Professora da Univille.
O PODER DAS IMAGENS NO CONTEXTO DA GUERRA DO PARAGUAI
(1864-1870): AS OBRAS PICTÓRICAS DE CÁNDIDO LÓPEZ E AS CHARGES E
ILUSTRAÇÕES DA IMPRENSA BRASILEIRA E PARAGUAIA

Vinicius de Azevedo Antonio vieira44


Roberta Barros Meira45

Resumo: O presente trabalho visa analisar as diferentes imagens e narrativas presentes


durante a guerra do Paraguai (1864–1870), considerado um dos conflitos mais
destrutivos e sangrentos da América durante o século XIX. O trabalho, se centraliza nos
estudos teóricos baseados na análise de imagem, considerando a iconografia como uma
relevante fonte primária, compreendendo a importâncias da linguagem visual, para o
estudo das mentalidades sociais da época, partindo da corrente historiográfica da Nova
História. As fontes primárias abordadas foram em pinturas do artista Cándido Lopez
(1840–1902), um dos principais artistas retratista da guerra, além das caricaturas e
ilustrações da imprensa brasileira e paraguaia, sendo eles os jornais “Semana Ilustrada”
de 1861, “Paraguay Ilustrado” 1865 e o “El Centinela: periódico de la guerra de la
triple alianza” de 1865, jornais de alta circulação e presentes na Biblioteca Nacional
digital e no “Centro de artes Visuales Museu del barro” no Paraguai. A problemática da
pesquisa parte da investigação de quais elementos sociais foram representados pelo 32
pintor argentino em suas obras pictóricas sobre os acontecimentos na guerra do Paraguai
(1864–1870)? De que ponto de vista era retratado a guerra do Paraguai nas caricaturas e
ilustrações a imprensa brasileira e do Paraguai? O estudo é baseado em análise de fonte
primária, a partir de instrumentos metodológicos como fichas de análise e fichamento de
obras pertinentes a pesquisa, de modo a alcançar resultados que responda
à problemática e aprofunde o tema no ensino de história, pensando as potencialidades
do maior uso das obras pictóricas e ilustrações do século XIX nas escolas.
Palavras-chave: Guerra do Paraguai, Cándido López, iconografia, Ensino de História.

44
Acadêmico do 4º ano do curso de história da Univille. Contato: vinicius_antoniooo@hotmail.com.
45
Professora do curso de história da Univille e do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade.
SESSÃO 3 33
AS MEMÓRIAS SUBTERRÂNEAS DA CULTURA DO MARACATU EM
JOINVILLE/SC46

Evelyn de Jesus Jeronimo47


Roberta Barros Meira48

Resumo: A comunicação tem como objetivo apresentar os resultados parciais do projeto


de história oral da pesquisa em desenvolvimento “O tambor contra a (des)ordem: história
dos grupos percussivos de maracatu em Joinville/SC (2009-2022). O maracatu nação é
uma manifestação cultural das regiões periféricas de Recife, seu fundamento são as
religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a jurema sagrada. Em 2014, o maracatu
foi registrado como um bem cultural pelo IPHAN. Os grupos percussivos, estudam os
fundamentos e a percussão do baque virado, dinamizando junto das nações esses
saberes em diferentes cidades. Na primeira parte do projeto, foram entrevistadas dez
pessoas do grupo Morro do Ouro - criado em 2010 a partir do “Projeto Maracatu
Joinville”. O acervo também conta com a entrevista do contramestre da nação de
maracatu Estrela Brilhante do Recife. A escolha desta metodologia se dá pela necessidade
de ouvir as experiências narrativas marginalizadas, as memórias subterrâneas que se
chocam com as memórias oficiais de uma cidade. Sendo assim compartilhar o processo
da construção do acervo sobre as memórias sociais da cultura do maracatu em 34
Joinville/SC.

Palavras-chave: Grupos percussivos de maracatu; História oral; Patrimônio cultural.

46
Pesquisa desenvolvida com bolsa PROSUC CAPES tempo integral.
47
Formada em história na Universidade da Região de Joinville (Univille), Pesquisadora do NEAB e do Grupo
de Pesquisa em Circulação de Saberes Natureza e Agricultura, mestranda do Programa de Pós-graduação
em Patrimônio Cultural e Sociedade na mesma instituição. E-mail: evelyndocumentos@outlook.com.
48
Bacharel e licenciada em História pela Universidade Federal Fluminense, mestrado e doutorado em
História Econômica pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de História e do Programa em
Patrimônio Cultural e Sociedade e do Departamento de História da Universidade da Região de Joinville -
Univille. E-mail: rbmeira@gmail.com.
UMA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO COMITÊ INTERGOVERNAMENTAL PARA
A PROMOÇÃO DO RETORNO DE BENS CULTURAIS A SEUS PAÍSES DE
ORIGEM OU SUA RESTITUIÇÃO EM CASO DE APROPRIAÇÃO ILÍCITA
(ICPRCP) EM ESTUDOS PRELIMINARES DE CASOS NO CONTINENTE
AFRICANO (1980-1982)49

Ana Gabriela Cardoso50

Resumo: Em 1976, o Comitê Intergovernamental para a Promoção do Retorno de Bens


Culturais a seus Países de Origem ou sua Restituição em Caso de Apropriação Ilícita
(ICPRCP), sob a égide da Unesco, intensificou os questionamentos sobre bens culturais
saqueados ou perdidos antes da entrada em vigor da Convenção da UNESCO de 1970,
assim como pilhados de seus contextos de origem em função da colonização e ocupação
estrangeira. A criação desse Comitê visava fortalecer as negociações bilaterais e os
acordos entre os países interessados em promover restituições de bens culturais. E a
partir de um estudo preliminar em países do continente africano, escolhidos pelo ICOM
na década de 80 e registrados em documentos oficiais, o comitê mapeia coleções e
lacunas, além de promover a mediação e sugerir saídas para os países de origem e as
instituições de memória europeias. Em âmbito metodológico, esta investigação se
caracteriza como uma pesquisa histórica e documental, pretendendo problematizar a 35
relação do Comitê e seus experts, bem como seus posicionamentos em casos de
restituição ou retorno de bens culturais a seus países de origem em contextos de
colonização.

Palavras-chave: UNESCO; Restituição de bens culturais; tráfico internacional de bens


culturais.

49
Pesquisa desenvolvida com bolsa da CAPES.
50
Graduada em História (licenciatura), integrante do Grupo de Pesquisa Cidade, Cultura e Diferença
(GPCCD) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros Univille (NEAB). Atualmente, é mestranda do Programa
de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille (linha de pesquisa Patrimônio, Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável), sob a orientação do prof. Dr. Fernando Cesar Sossai. Contato:
anacarminati18@gmail.com.
EXU E A HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE: UMA ENCRUZILHADA
POSSÍVEL?

Vinícius José Mira51

Resumo: Essa comunicação oral tem como objetivo estabelecer um diálogo entre Exu,
orixá mensageiro das religiões afro-brasileiras, e a História do Tempo Presente, uma nova
atitude metodológica no fazer historiográfico datada de meados da segunda metade do
século XX, oriunda da França. Para tal, é feito uso de bibliografia atinente produzida por
intelectuais de terreiro, tais como Luiz Rufino, Pai Rodnei de Oxóssi, Muniz Sodré e
Ronilda Iyakemi Ribeiro, em diálogo com pensadores relevantes aos debates da Teoria da
História, nomeadamente, Walter Benjamin, Chimamanda Ngozie Adichie, José
D’Assunção Barros e Reinhart Koselleck. A apresentação está dividida em três partes. Na
primeira delas, as possibilidades teórico-metodológicas da Exunêutica para a operação
historiográfica são discutidas, almejando transformar a cruz cristã – sob(re) a qual a
disciplina histórica foi erigida – na encruzilhada de Exu. Na sequência, Walter Benjamin e
Chimamanda Ngozie Adichie encontram Exu e os combates contra os perigos de uma
história única ganham um poderoso aliado. Na terceira e última parte, concluo tecendo
reflexões gerais sobre as diversas discussões apresentadas. Essa comunicação oral é um
desdobramento da minha pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós- 36
Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, com bolsa
CAPES.

Palavras-chave: Exu; História do Tempo Presente; Religiões de Matriz Africana.

51
Graduado em História na Universidade da Região de Joinville – Univille. Mestrando do Programa de Pós-
Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Bolsista CAPES. E-mail:
viniciusmira1987@gmail.com.
BREVES NOTAS SOBRE O CONCEITO DE JUSTIÇA TEMPORAL: O CASO DA
COMISSÃO DA VERDADE E RECONCILIAÇÃO DE SERRA LEOA (2002-
2006)52

Ian Pogan53
Taiza Mara Rauen Moraes54

Resumo: O presente escrito visa discorrer sobre o conceito de justiça temporal a partir
dos desdobramentos da Comissão de Verdade e Reconciliação de Serra Leoa, ocorrida
entre os anos de 2002 e 2006. A discussão acerca desse tema refere-se a eventos
passados de teor traumático e violento, ocorridos em períodos históricos recentes. Sob
a ótica de justiça temporal, o passado é interpretado como inconcluso, e passível de
reabertura e reinterpretações. A aplicação dessa perspectiva, quanto à Comissão da
Verdade e Reconciliação em Serra Leoa, busca discutir essas complexidades em trabalhar
com passados recentes, especialmente tratando de eventos traumáticos e de grande
apelo emocional.

Palavras-chave: Comissão da Verdade; Serra Leoa; Justiça Temporal.

37

52
Pesquisa em andamento, vinculada ao projeto: “As narrativas presentes na Comissão da Verdade e
Reconciliação de Serra Leoa: silêncios e ausências”, ligado ao projeto “guarda-chuva”: “DESLIZE II -
Deslocamentos de linguagens e interfaces culturais II”, e desenvolvida com fomento da bolsa PROSUC-
CAPES.
53
Especialista em História (UNIASSELVI), mestrando em Patrimônio Cultural e Sociedade (UNIVILLE), e
pesquisador bolsista (CAPES). Contato de e-mail: campododirani@gmail.com.
54
Doutora em Literatura (UFSC), professora da Pós-graduação em Patrimônio Cultural e do curso de Letras
(UNIVILLE). Contato de e-mail: moraes.taiza@gmail.com.
EXPLORANDO O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL: UMA ANÁLISE DA
RECOMENDAÇÃO DE PARIS PARA PAISAGENS E SÍTIOS DE 196255

Gabriel Wandersee56
Ilanil Coelho57
Daniela Pistorello58

Resumo: Esta comunicação tem como objetivo compartilhar os resultados parciais de


uma pesquisa sobre o patrimônio industrial, com foco na análise da Recomendação Paris
Paisagens e Sítios de 1962. Trata-se de um documento institucional que pode se
relacionar, de forma direta ou indireta, com o tema do patrimônio industrial. Os objetivos
do trabalho foi problematizar a concepção, os elementos, a relevância e a função do
patrimônio cultural/industrial, bem como promover uma análise comparativa entre os
documentos, levando em conta suas próprias historicidades, semelhanças e diferenças.
A metodologia consistiu na caracterização jurídica dos documentos, a partir da leitura de
bibliografia ligada ao Direito e às Relações Internacionais. A leitura, interpretação e
cotejamento das fontes teve como instrumento uma Ficha de Análise, especialmente
elaborada pela equipe do projeto PAIN. A Ficha foi constituída com os seguintes campos:
identificação, caracterização jurídica, ementa, síntese da justificativa, conteúdos de
interesse (excertos), aspectos e elementos constitutivos e observações pertinentes. A
38
título de conclusão preliminar, evidenciou-se a necessidade de conhecer o percurso do
conceito de patrimônio industrial, para melhor compreender as mudanças semânticas,
os agentes que as operaram, os elementos que passaram a integrá-lo, as suas
especificidades, propósitos e funções, bem como as bases que nortearam as políticas e
as práticas para sua preservação ao longo das últimas décadas.

Palavras-chave: Patrimônio Industrial; Marcos Internacionais; Recomendações.

55
Pesquisa vinculada ao projeto integra o projeto intitulado “Entre lugares e memórias: um estudo histórico
sobre patrimônio industrial e políticas de desenvolvimento no norte de Santa Catarina (século XX-XXI)”
(PAIN), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC)
e pelo Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille.
56
Acadêmico do 3º ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville (Univille), bolsista do
Laboratório de História Oral da Univille (LHO) e do Centro Memorial da Univille (CMU), bolsista do Programa
de Residência Pedagógica (PRP) bolsista de Iniciação Científica da FAPESC e membro do Grupo de Pesquisa
Cidade Cultura e Diferença (GPCCD). E-mail: gabrielwandersee@gmail.com.
57
Professora do curso de História e do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da
UNIVILLE. E-mail: ilanilcoelho@gmail.com.
58
Professora do curso de História e do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade
da UNIVILLE. E-mail: danipistorello@hotmail.com.
ESTRATOS DO AVANÇO DA “ORDEM NEOLIBERAL”:
POLÍTICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO EM SANTA CATARINA
NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990

Weslley dos Santos Graper59


Ilanil Coelho60
Fernando Cesar Sossai61

Resumo: Esta comunicação pretende apresentar os resultados do projeto Aproximações


entre educação, ciência, tecnologia e inovação no norte-nordeste de Santa Catarina:
políticas, práticas e agentes (1980-2021), desenvolvido em 2022. O objetivo da
investigação tratou-se de evidenciar como políticas de ciência, tecnologia e educação
sinalizaram, localmente no estado de Santa Catarina, uma reconfiguração e sincronização
com as transformações e imperativos neoliberais ocorridos no Brasil, especialmente, a
partir do início da chamada “Nova República”. Metodologicamente, a bibliografia
atinente foi sistematizada, lida e discutida em grupo. Sucedeu-se com a coleta,
classificação e análise de fontes primárias. As fontes privilegiadas foram Projetos de Leis
e Decretos Leis da segunda metade da década de 1980 e da década de 1990, fornecidos
via correspondência eletrônica pelo Centro de Memória da ALESC e disponíveis em
repositórios digitais. Estes documentos foram cotejados para a escrita de um capítulo 39
que compõe um livro a ser lançado no marco dos 25 anos da FAPESC. Esta pesquisa
permitiu compreender os processos de articulação e acomodação do ideário neoliberal
em Santa Catarina, cujas manifestações são possíveis de serem identificadas em políticas
públicas voltadas para o incentivo da ciência e da tecnologia no ensino superior com
finalidade de serem absorvidas pelas indústrias. Por outro lado, se evidenciou
especificidades próprias destas políticas em Santa Catarina, a exemplo do modelo de
repasse de verbas. De todo modo, também se constatou que instituições como FUNCITEC
e, posteriormente, FAPESC, frutos destas políticas, foram e são entidades responsáveis
por operacionalizar o ideário neoliberal no estado.

Palavras-chave: Educação superior; Ciência; Tecnologia; Neoliberalismo.

59
Acadêmico do 5º ano do curso de História da Univille, bolsista do Laboratório de História Oral da Univille
(LHO) e do Centro Memorial da Univille (CMU), bolsista do Programa de Residência Pedagógica, bolsista de
Iniciação Científica da FAPESC e membro do Grupo de Pesquisa Cidade Cultura e Diferença (GPCCD).
Contato: weslleygraper06@gmail.com.
60
Orientadora. Professora do curso de história da Univille e Programa de Pós-Graduação em Patrimônio
Cultural e Sociedade da Univille.
61
Orientador. Coordenador e professor do curso de história da Univille e professor dos Programas de Pós-
Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade e em Educação da Univille.
A ESCOLA PRÁTICA DE COMÉRCIO JOINVILE E O ENSINO VOLTADO À
FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA FEMININA NA CIDADE ENTRE OS ANOS DE
1950 A 1992: UM ESTUDO A PARTIR DA DOCUMENTAÇÃO DO FUNDO
CUSTODIADO NO ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE62

Thainá Camila Tambosi63


Arselle de Andrade da Fontoura64

Resumo: A Escola Prática de Comércio Joinvile foi uma instituição de ensino privado, que
esteve em funcionamento entre os anos de 1950 a 1992. Fundada pelo advogado e
professor Nelson de Miranda Coutinho, ofertava cursos isolados voltados ao mercado de
trabalho, como datilografia, estenografia e o próprio curso de comércio. Dentre os
inúmeros estudantes que passaram pela escola, nos chama a atenção a grande
quantidade de mulheres, em sua maioria com idade entre 13 a 25 anos. A partir das
atividades de descrição, organização, acondicionamento e construção do instrumento de
pesquisa, desenvolvidos no estágio realizado juntamente a equipe técnica do Arquivo
Histórico de Joinville sob coordenação do núcleo de Pesquisa Histórica, foi elaborado um
estudo que busca discutir de que maneira os documentos presentes no fundo nos
permitem compreender a formação de mão de obra feminina para o mercado de
trabalho em Joinville (1950-1992). Como metodologia, foi utilizada nesta pesquisa um 40
levantamento bibliográfico e análise de fontes presentes no próprio fundo e em jornais
da cidade que abrangem o período em que a instituição esteve em funcionamento.

Palavras-chave: Escola Prática de Comércio Joinvile; Arquivo Histórico de Joinville; mão


de obra feminina.

62
Projeto de pesquisa desenvolvido no estágio no Arquivo Histórico de Joinville.
63
Estudante do 5° ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville - Univille. E-mail:
thaina_tbs@hotmail.com.
64
Orientadora da pesquisa, historiadora no Arquivo Histórico de Joinville - AHJ, unidade da Secretaria de
Cultura e Turismo de Joinville e professora e pesquisadora na Universidade da Região de Joinville -
UNIVILLE. E-mail: arselle.fontoura@joinvile.sc.gov.br.
A REPERCUSSÃO PÚBLICA DA PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA MINUSTAH
(2004-2011)65

Israel Aparecido Gonçalves66

Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar qual é a repercussão pública da participação


do Brasil na Minustah - Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. Para entender
como se realizou essa repercussão pública são estudados três campos: o acadêmico, o
Congresso Nacional e a Imprensa escrita brasileira. A metodologia deste trabalho pautou-
se pela análise de conteúdo e de fontes primárias, como leis e documentos oficiais. Os
resultados da pesquisa demonstram que a imagem pública da missão sofreu várias
críticas ao longo destes setes anos, mas o que prevaleceu foi uma visão institucional,
ligada ao governo brasileiro.

Palavras-chave: Minustah; Congresso Nacional; Política Externa.

41

65
Tema da dissertação de mestrado realizada no Programa de Pós-graduação em Ciência Política da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), defendida em 2011, com bolsa da CAPES.
66
Doutorando no Programa de Pós-graduação em Sociologia e Ciência Política na Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), com ênfase em Sociologia Econômica. Mestre em Ciência Política na Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar). Realizou especialização em Sociologia Política na Universidade Federal do
Paraná (UFPR), MBA em Administração e Marketing e MBA em Organização de Campanha eleitoral e
Marketing (FACINTER). Graduado em História e Administração Pública. Faz parte do Núcleo estudo em
Sociologia Econômica (NUSEC) da (UFSC). Organizou mais de 12 livros nas áreas de educação e ciências
humanas. Ministra treinamentos e cursos nas áreas de Política e Eleições e-mail:
educa_isra@yahoo.com.br.
LENHA, CERVEJA E ROLLMOPS: AS NARRATIVAS ALIMENTARES SOBRE AS
“EMPADAS JERKE”67

Gabriel Henrique de Oliveira Furlanetto68


Mariluci Neis Carelli69
Roberta Barros Meira70

Resumo: na cidade de Joinville/SC, há um comércio intitulado “Empadas Jerke”, que, no


ano de 2022, acabou recebendo uma homenagem, em uma sessão especial da Câmara
de Vereadores de Joinville, pelos seus 100 anos de existência. Na observância dessa
ocorrência, foi criado um projeto de pesquisa com o objetivo de discutir as práticas
alimentares e gastronômicas relacionadas ao produto principal do comércio, que são
empadas de massa folhada. Durante a realização da pesquisa, os métodos foram
baseados em análise de bibliografia, de fonte documental e das fontes orais produzidas
por meio da metodologia da História Oral. Nesse percurso, foi entrevistado o senhor
Ronaldo Eduardo Jerke, filho do fundador das “Empadas Jerke”. Constatou-se a existência
e as implicações de vários elementos (como forno à lenha, bebidas alcoólicas e o alimento
“rollmops”) que compuseram a trajetória das empadas Jerke. Desse modo, o intuito
dessa comunicação oral é apresentar, por meio das narrativas desse participante de
pesquisa, uma discussão considerando as empadas Jerke no tempo e no espaço e a
42
criação de uma identidade alimentar caracterizada nos modos de fazer e comer.

Palavras-chave: Empadas Jerke; História Oral; Práticas alimentares.

67
Essa comunicação faz parte do projeto de Iniciação Científica intitulado “Empadas Jerke: práticas
alimentares, historicidades e patrimonialidade”, vinculado aos seguintes grupos de pesquisa: “Cultura e
Sociedade”; “Estudos em circulação de saberes, natureza e agricultura”. Esse projeto é financiado, por meio
de bolsa de pesquisa, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
68
Acadêmico de Licenciatura em História da Universidade da Região de Joinville (Univille). E-mail:
gabriel28_oliveira@hotmail.com.
69
Professora do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade e do curso de Pedagogia
da Universidade da Região de Joinville (Univille). Possui doutorado em Engenharia de Produção, mestrado
em Sociologia Política e graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
E-mail: mariluci.carelli@gmail.com.
70
Professora do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade e do curso de História da
Universidade da Região de Joinville (Univille). Possui doutorado e mestrado em História Econômica pela
Universidade de São Paulo (USP) e graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). E-
mail: rbmeira@gmail.com.
SESSÃO 4 43
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DO ENTORNO ESCOLAR
Angela Maria Vieira71
Marcos Daniel Gomes de Lins72

Resumo: A presente atividade é prática pedagógica do Componente Curricular de História


da Escola de Educação Básica Dr. Jorge Lacerda. Foi aplicada nas turmas do 1º do Ensino
Médio. No entorno da instituição escolar, assinala-se a presença de dois Sambaquis:
Guanabara II e Morro do Ouro, esse último é um importante sítio arqueológico, onde já
foram realizadas quatro escavações. A última escavação foi feita em 2019, sob a
orientação do arqueólogo André Carlo Colonese, por intermédio da Universidade de York,
Univille e Museu Arqueológico do Sambaqui. Levei, na ocasião, os estudantes para
acompanharem os trabalhos do arqueólogo e sua equipe. Ao iniciar o Programa de
Residência Pedagógica no ano letivo de 2023, eu e o residente Marcos Daniel,
elaboramos uma sequência didática, que consistiu em aula de campo aos Sambaquis
Guanabara II e Morro do Ouro, utilização do kit didático fornecido pelo Museu
Arqueológico do Sambaqui, mapeamento do entorno escolar, interpretação da fonte
jornalística do século XIX, obtida junto ao Arquivo Histórico: “Subsídios Históricos”, que
associava os sambaquianos a “selvagens”. Finalizando o tema sobre Sambaquis os
estudantes leram e interpretaram o texto: “Fêmur Curado”, que problematiza o conceito
de civilização, tomando como referência a compaixão e o ato de cuidar de alguém ferido 44
num contexto inóspito, onde as ações e o trabalho coletivo eram imprescindíveis para a
preservação do grupo. Os instrumentos avaliativos utilizados foram: participação,
produção textual e mapas.

Palavras-Chave: Arqueologia; Sambaquis; Escola.

71
Professora de História da Escola de Educação Básica Dr. Jorge Lacerda e preceptora da disciplina de
história no Programa de Residência Pedagógica. E-mail: angelamaria.historia@gmail.com.
72
Acadêmico do curso de história da Universidade da Região de Joinville – Univille e bolsista do Programa
de Residência Pedagógica.
DA RETÓRICA DO DESENVOLVIMENTO PARA O ENUNCIADO DA
INOVAÇÃO: O GIRO NEOLIBERAL DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO E CTI NO
ESTADO DE SANTA CATARINA

Fernando Cesa Sossai73

Resumo: esta comunicação visa compartilhar resultados do projeto “Entre políticas e


práticas: aproximações entre Educação e CTI na região norte-nordeste de Santa Catarina
(1980-2022)”, financiado pela FAPESC e FAP/Univille. O projeto buscou compreender a
trajetória de políticas governamentais direcionadas à articulação entre Educação e CTI no
Brasil e em Santa Catarina, destacadamente o papel desempenhado por
agentes/agências nacionais e internacionais voltadas à promoção dessas políticas
(FAPESC, CNPq, MCTI e OCDE). Metodologicamente, a pesquisa foi desenvolvida em duas
frentes: uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa documental em acervos de
instituições que custodiam fontes de interesse do projeto. Como resultado do projeto
destacamos que, em 1973, foi submetido à ALESC um primeiro projeto de lei relativo à
criação da FAPESC sem, contudo, ser aprovado, sobretudo em função da conjuntura
política da ditadura militar brasileira. A constituição da entidade teve de esperar até os
anos 1990, quando, nos seus primeiros 10 anos (1997-2007), a instituição envidou
esforços com a intenção de fabricar certa noção de inovação por intermédio do 45
lançamento de chamadas públicas que financiavam programas, projetos, prêmios,
pesquisas e eventos que conectavam Educação à CTI. À época, no compasso do ideário
neoliberal, a FAPESC envidou esforços no sentido de substituir o termo desenvolvimento
em favor do enunciado da inovação: em documentos elaborados com o objetivo de
regular o financiamento de pesquisas no território catarinense, a Fundação vislumbrou
neste enunciado a possibilidade de modular interesses públicos e privados que
reivindicavam aos governos o encaixe da economia catarinense a um mundo de
neoliberalismo global.

Palavras-chave: Políticas de Educação e CTI; Neoliberalismo; História de Santa Catarina.

73
Professor do curso de História da Univille. Docente permanente do PPGE e do PPGPCS/Univille. Contato:
fernandosossai@gmail.com.
RELATO DE EXPERIÊNCIA PRP: A IMAGEM COMO UM INSTRUMENTO
PEDAGÓGICO PARA UM ENSINO LIBERTADOR

Vinicius de Azevedo Antonio Vieira74


Wilson de Oliveira Neto75

Resumo: O Programa de Residência Pedagógica (PRP) concretizado pela CAPES, que tem
por finalidade fomentar projetos institucionais de residência pedagógica implementados
por Instituições de Ensino Superior, contribuindo para o aperfeiçoamento da formação
inicial de professores da educação básica nos cursos de licenciatura. Sendo
implementada pela Univille e presente no curso de história, o PRP recebe estudantes dos
cursos que completaram mais da metade da grade curricular de licenciatura. O objetivo
deste trabalho é apresentar um relato de experiência em ensino de História, no contexto
do PRP. No decorrer do programa, foi ministrado aulas de história no ensino básico, palco
de diferentes abordagens pedagógicas, sendo o uso de imagens, uma delas. A imagem,
sendo elas ilustrações, pinturas e fotografias, é um importante instrumento pedagógico
de assimilação do passado. Segundo BURKE 2004, toda imagem do passado tem uma voz,
que não grita, mas transmite visualmente e o objetivo do professor em sala de aula é
desenvolver essa voz, é apresentar a partir da análise crítica e problematizadora da
imagem, com ferramentas de análise, questionando que tipo de voz e sentimento ela nos 46
transmite, e não apenas como uma ilustração textual. Seguindo está lógica juntamente
com a interpelação didática pontuo que a dinâmica na sala de aula se transforma, parte
de uma aula expositiva para uma aula crítica e dialogada, sendo um instrumento
chamativo para o debate, colocando assim pelos estudantes diferentes compreensões de
mundo, seguindo os princípios de uma educação freiriana, colocando o estudante como
protagonista e agente de seu conhecimento.

Palavras-chave: Ensino de História; Programa de Residência Pedagógica; imagens.

74
Acadêmico do 4º ano do curso de história da Univille. Contato: vinicius_antoniooo@hotmail.com.
75
Professor no curso de História da Univille e coordenador do projeto TRINCHEIRAS. E-mail:
wilson.o@univille.br.
EXPERIÊNCIAS DE ENSINO DE HISTÓRIA NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
PEDAGÓGICA (PRP) NO CENÁRIO DE IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO
ENSINO MÉDIO: CONSTRUINDO SABERES E ENFRENTANDO DESAFIOS76

Lucas Jair Petroski77


Gabriel de Oliveira Wandersee78
Diego Finder Machado79

Resumo: Esta comunicação visa socializar experiências vivenciadas por dois residentes do
subprojeto de História do Programa de Residência Pedagógica (PRP), no contexto de
implementação do Novo Ensino Médio (NEM) na Rede Estadual de Educação de Santa
Catarina. Busca-se problematizar um contexto de mudanças na educação brasileira, de
discussões e questionamentos em diferentes graus sobre o NEM. Egressos do antigo
Ensino Médio, como estudantes, e, depois, como residentes no NEM, fica notável os
pontos de antagonismo e de semelhança entre o antigo e novo ensino médio. O objetivo
geral consiste em inteligir quais novos saberes e modos de ensinar história são
fortalecidos e quais são enfraquecidos no NEM. Primeiro, objetiva-se apontar os
elementos facilitadores e dificultadores que o NEM traz para os professores. Em segundo,
propõem-se compreender como o modus operandi do NEM impacta os alunos de
diferentes maneiras, seja positivamente ou negativamente. Terceiro, entender os
47
embates, colaborações e resoluções entre o corpo docente e equipe gestora para a
solução de problemas da implantação do NEM. A metodologia consiste no estudo
bibliográfico e em experiência empírica, observando-se no próprio colégio, como
residentes, as relações, desafios, soluções e proposições no cotidiano escolar face à
conjuntura do NEM. Sobretudo, compreendeu-se, em parte, o funcionamento do NEM
na escola, apontando elementos positivos e negativos ao ensino de História. Ademais,
aprendeu-se quais são as dificuldades trazidas pelo NEM e como enfrentá-las e/ou
contorná-las reavendo formas de ensinar e propor conteúdos no ensino de história.

Palavras-chave: Residência Pedagógica; Ensino de História; Novo Ensino Médio;


Educação.

76
Experiências desenvolvidas com amparo de bolsas Capes através do PRP.
77
Acadêmico do curso de História da Univille, estagiário do Laboratório de História Oral da Univille (LHO),
bolsista do Programa de Residência Pedagógica (PRP) e do Programa de Bolsas Universitárias de Santa
Catarina (UNIEDU). E-mail: lucaspetroski20@gmail.com.
78
Acadêmico do curso de História da Univille, bolsista do Laboratório de História Oral da Univille (LHO), do
Centro Memorial da Univille (CMU), do Programa de Residência Pedagógica (PRP), e de Iniciação Científica
da FAPESC. E-mail: gabrielwandersee@gmail.com.
79
Doutor em História. Professor nos cursos de graduação em Artes Visuais, Direito e História da Univille.
Professor de História da Rede Estadual de Educação de Santa Catarina, na Escola de Educação Básica
Giovani Pasqualini Faraco. Preceptor do subprojeto de História do Programa de Residência Pedagógica da
Univille (PRP/Univille). E-mail: diego.f@univille.br.
O HORROR DA GORDOFOBIA EM CERDITA, DE CARLOTA PEREDA

Eloiza Bastos80
Sabrine Sharon Padilha81

Resumo: O artigo analisa como a diretora Carlota Pereda aborda a questão da gordofobia
no filme "Cerdita". Ao escolher uma protagonista gorda para um filme de terror, Pereda
destaca o preconceito enfrentado por pessoas gordas na sociedade atual. O filme utiliza
elementos do gênero de terror para criar metáforas visuais e narrativas que evidenciam
as opressões e estereótipos associados à gordura. Através dessa abordagem, a diretora
busca problematizar e criticar a gordofobia presente na sociedade, oferecendo uma
reflexão sobre os padrões estéticos vigentes e a necessidade de promover uma maior
inclusão e respeito à diversidade corporal.

Palavras-chave: Gordofobia; Cinema; Representação.

48

80
Graduada em História pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE e Pós - Graduada em Educação
Básica Brasileira com Ênfase em Tecnologias e Libras. Email: elobastos13@gmail.com.
81
Graduada em História pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE e Pós - Graduada em Educação,
Política e Sociedade pela Censupeg. Email: sabrinepadilha5@gmail.com.
PROJETO: “PRETAS EMPODERADAS E OUTRAS HISTÓRIAS”

Angela Maria Vieira82


Andrea Ribeiro Gomes
Eduarda Whechiley de Moura

Resumo: O Projeto: “Pretas Empoderadas e Outras Histórias”, integra o Plano Político


Pedagógico da Escola de Educação Básica Dr. Jorge Lacerda. O referido projeto teve duas
edições: 2021/2022. O ponto de partida para iniciar as pesquisas foram os seguintes
questionamentos feitos pelos estudantes: “Onde estão as mulheres negras da história?”
e “Nós, negros, que nascemos no Brasil, somos descendentes de escravos?”. Desafiei os
estudantes a citarem nomes de mulheres negras da literatura, história, arte.
Timidamente, alguém falou: Dandara. No momento seguinte, um silêncio constrangedor
se impôs. Identifiquei um potencial interessante para desenvolver a temática da
invisibilidade da mulher negra. Elaboramos um roteiro de pesquisa e os nomes foram
brotando: Carolina Maria de Jesus, Dandara, Conceição Evaristo, Lélia Gonzales,
revolucionárias haitianas, Antonieta de Barros, Angela Davis, vereadora Ana Lucia
Martins, Alessandra Cristina Bernardini. Os escolares pesquisaram em sites educacionais
a biografia das selecionadas, ilustraram, compartilharam. Promovemos uma instalação
artística, inspirados na obra da artista norte americana Judy Chicago, intitulado “The
49
Dinner Part”. Durante uma semana os trabalhos ficaram a disposição para a visitação da
comunidade escolar. Na segunda edição após o estudo de monarquias africanas,
Guerreiras de Daomé, rainhas Candaces e da projeção do filme: “Pantera Negra”,
promovemos com os estudantes um ensaio fotográfico. O projeto foi um dos vencedores
do Prêmio Territórios Tomie Ohtake do ano de 2022. Informações no perfil do Instagram:
escola.inclusiva e no Youtube.

Palavras-chave: História; Cinema; Arte.

82
Professora de História da Escola de Educação Básica Dr. Jorge Lacerda e preceptora da disciplina de
história no Programa de Residência Pedagógica. E-mail: angelamaria.historia@gmail.com.
50

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