Avaliação No Ensino e Aprendizagem Da Língua Inglesa Na Educação Básica
Avaliação No Ensino e Aprendizagem Da Língua Inglesa Na Educação Básica
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Ao re etir sobre os tipos de avaliação escolar, o primeiro item que surge à sua
mente é a tradicional prova escrita? Se for o caso, preste bastante atenção, pois seu
método de avaliação pode estar ultrapassado.
Mesmo que ainda sejam relevantes para analisar o desempenho dos estudantes, os
testes escritos não podem ser os únicos instrumentos avaliativos usados na
aprendizagem.
A nal, avaliar é uma importante etapa do processo pedagógico, mas que não se
resume a atribuir notas aos alunos.
Qualquer avaliação deve agir como suporte no planejamento e nas revisões do
processo de ensino-aprendizagem. Quer entender mais sobre o assunto? Continue
acompanhando a seguir e conheça os principais instrumentos e tipos de avaliação
escolar para utilizar em classe!
1. Avaliação formativa
A avaliação formativa é aquela que ocorre ao longo do processo de ensino-
aprendizagem, com o objetivo de identi car as di culdades e os avanços dos alunos,
bem como as necessidades de ajustes na metodologia ou nos conteúdos.
Não tem uma função classi catória ou seletiva, mas sim diagnóstica e orientadora.
Ela permite ao professor acompanhar o desenvolvimento dos alunos e oferecer
feedbacks constantes para melhorar o seu desempenho. Também permite aos
alunos re etirem sobre o seu próprio processo de aprendizagem e buscarem superar
suas di culdades.
Ou seja, é uma ferramenta valiosa para orientar e personalizar o apoio aos alunos
que buscam melhorar seu desempenho acadêmico. Dessa forma, ela também é
uma ótima forma de introduzir o reforço escolar na vida dos estudantes.
A nal, por meio desse método o professor pode acompanhar o desenvolvimento
dos alunos, e esse acompanhamento contínuo é fundamental no reforço escolar,
onde o progresso dos alunos que precisam de apoio extra deve ser monitorado de
perto.
Além disso, esse modelo avaliativo pode ser realizado por meio de diferentes
instrumentos, como observações, registros, questionários, autoavaliações, portfólios,
trabalhos em grupo, seminários etc. O importante é que ela seja aplicada de modo
contínuo, diversi cado e participativo, envolvendo tanto o professor quanto os
alunos na construção do conhecimento.
2. Avaliação somativa
A avaliação somativa é mais uma entre os tipos de avaliação escolar. Ela consiste
em veri car o nível de domínio dos conteúdos pré-estabelecidos ao nal de um
período de ensino, como um bimestre, semestre ou ano.
A avaliação somativa pode ser feita por meio de provas ou trabalhos nais,
somatório de exames realizados ao longo do ano ou avaliações híbridas (provas +
trabalhos). Seu objetivo é informar e classi car os alunos de acordo com os critérios
de nidos pela escola.
Esse tipo de avaliação tem algumas vantagens e desvantagens. Entre as vantagens,
podemos citar:
É uma forma objetiva e quantitativa de medir o desempenho dos alunos;
Permite comparar os resultados entre turmas, escolas ou sistemas
educacionais;
Estimula os alunos a estudarem e se prepararem para as provas.
Entre as desvantagens, podemos destacar:
É uma forma limitada e pontual de avaliar o aprendizado, que não leva em
conta as diferenças individuais dos alunos;
Pode gerar ansiedade, estresse e frustração nos alunos que não alcançam as
notas esperadas;
Pode incentivar a memorização super cial dos conteúdos em vez da
compreensão profunda;
Pode desconsiderar outros aspectos do desenvolvimento dos alunos, como
habilidades socioemocionais, criatividade e autonomia.
Portanto, a avaliação somativa pode ser usada como uma ferramenta
complementar a outras avaliações mais formativas e diagnósticas, que buscam
acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos e oferecer intervenções
pedagógicas adequadas às suas necessidades.
3. Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica busca analisar o desenvolvimento dos alunos ao longo do
processo educativo. Ela é realizada no início do período letivo ou de uma nova
unidade de ensino, para identi car os conhecimentos prévios, as di culdades e as
necessidades de cada aluno.
Pode ser feita por meio de diferentes instrumentos, como provas escritas ou orais,
questionários, redações ou debates. O importante é que o aluno tenha a
oportunidade de expressar suas ideias e demonstrar seu nível de compreensão
sobre o tema avaliado.
A avaliação diagnóstica não tem caráter classi catório ou pontuador, mas sim
formativo e orientador. Por isso, alguns teóricos a colocam como um desdobramento
da avaliação formativa. Nesse sentido, a avaliação diagnóstica é um tipo de
avaliação escolar muito importante para conhecer o per l dos alunos e adaptar o
ensino às suas necessidades.
Ela também permite ao professor acompanhar a evolução dos alunos ao longo do
ano letivo e veri car se os objetivos educacionais estão sendo alcançados.
4. Avaliação comparativa
A avaliação comparativa tem como objetivo medir e comparar o desempenho e as
habilidades dos alunos em relação a um padrão ou critério estabelecido. Pode ser
usada para quali car o ensino, possibilitando a re exão sobre o que foi aprendido e o
que ainda precisa ser ensinado.
Ela também pode servir para identi car as diferenças entre os alunos, suas
potencialidades e di culdades, e planejar intervenções adequadas. Alguns exemplos
de instrumentos de avaliação comparativa são:
Provas padronizadas: também conhecidas como <avaliação externa de larga
escala= são provas elaboradas com base em um currículo ou matriz de
referência, aplicadas a uma amostra representativa ou a todos os alunos de
um determinado nível ou etapa de ensino. Elas permitem comparar os
resultados entre escolas, regiões ou países, e veri car se os alunos atingiram os
objetivos esperados para sua formação. O Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM), é um grande exemplo;
Trabalhos: são coleções de trabalhos realizados pelos alunos ao longo de um
período de tempo, que evidenciam seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento. Eles permitem comparar o progresso dos alunos em relação
aos seus objetivos individuais ou coletivos, e avaliar suas competências e
habilidades em diferentes áreas do conhecimento. Exemplos: produções
escritas, projetos interdisciplinares, registros re exivos;
Rubrica: são tabelas que descrevem os critérios e os níveis de desempenho
esperados para uma determinada tarefa ou atividade. Elas permitem
comparar o trabalho dos alunos com um padrão de qualidade de nido
previamente, e fornecer feedbacks especí cos sobre seus pontos fortes e
fracos. Exemplos: apresentações orais, resolução de problemas, participação
em grupo.
A avaliação comparativa pode trazer benefícios tanto para os alunos quanto para os
professores, desde que seja usada com clareza, coerência e ética.
Ela pode contribuir para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem,
estimular a autoavaliação e a metacognição dos alunos, e orientar as decisões
pedagógicas dos professores.
Conclusão
Neste conteúdo, você aprendeu mais sobre os tipos de avaliação escolar que devem
estar presentes no seu processo de ensino e aprendizagem em sala de aula.
Lembre-se que esses modelos de avaliação não são excludentes entre si, mas
complementares.
Cada um tem sua importância e sua função no contexto educacional, e cabe ao
professor escolher o mais adequado para cada situação e objetivo pedagógico. O
essencial é que a avaliação seja vista como um meio para promover a aprendizagem
dos alunos, e não como um objetivo nal a ser conquistado.
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Sumário
É por isso que esse é o tema deste artigo. Assim, mais que entender a
evolução educacional, você terá a chance de implementar as boas
práticas. Vamos lá?
O que é a avaliação?
Antes de conhecer os diferentes tipos de avaliação educacional, é preciso
entender o que essa palavra significa. De acordo com o Dicionário
Michaelis Online (https://michaelis.uol.com.br/moderno-
portugues/busca/portugues-brasileiro/avalia%C3%A7%C3%A3o/), a
explicação é <apreciação, cômputo ou estimação da qualidade de algo ou
da competência de alguém=. Essa definição é clara e leva a um
questionamento: como determinar qual é a competência de um aluno?
Avaliação formativa
Seu objetivo é identificar se as propostas do professor são alcançadas no
processo de ensino-aprendizagem. A partir do resultado obtido, é possível
orientar e regular a construção do conhecimento
(https://provafacilnaweb.com.br/blog/como-melhorar-a-
construcao-de-conhecimento-em-sala-de-aula/).
Avaliação cumulativa
A avaliação cumulativa é um tipo de avaliação da aprendizagem que leva
em conta o progresso do estudante ao longo de um período de tempo.
Avaliação diagnóstica
O propósito da avaliação diagnóstica é identificar ou verificar os
conteúdos e o conhecimento dos estudantes para o professor melhorar o
ensino-aprendizagem. A partir do diagnóstico, o docente elabora ações
para atingir os objetivos esperados e suprir as necessidades.
O projeto será norteado por uma avaliação diagnóstica, que irá mapear
as necessidades e dificuldades de aprendizagem dos estudantes. A partir
desse mapeamento, serão definidas ações específicas para cada
escola e aluno, com o intuito de garantir uma educação de qualidade e
reduzir as desigualdades educacionais.
Avaliação somativa
Autoavaliação
A autoavaliação é um tipo de avaliação da aprendizagem que coloca o
próprio estudante como avaliador de seu próprio desempenho.
Avaliação adaptativa
A avaliação adaptativa
(https://provafacilnaweb.com.br/blog/avaliacao-adaptativa/) é uma
abordagem inovadora que busca personalizar a avaliação da
aprendizagem de acordo com as necessidades e habilidades de cada
aluno.
Seguindo todas essas dicas, fica muito mais fácil colocar em prática os
tipos de avaliação da aprendizagem e obter um ponto de vista claro sobre
o aprendizado. Assim, os gaps
(https://provafacilnaweb.com.br/blog/gap-de-aprendizado-onde-
esta-o-problema/) são diminuídos e o aluno desenvolve seu
conhecimento de maneira holística.
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sempre voltado para a reformulação do processo educacional. Para
chegar a esse patamar, é necessário ter liderança e flexibilidade, conhecer
as práticas pedagógicas e, claro, conhecer os tipos de avaliação
educacionais passíveis de aplicação dentro e fora da sala de aula.
É por isso que esse é o tema deste artigo. Assim, mais que entender a
evolução educacional, você terá a chance de implementar as boas
práticas. Vamos lá?
O que é a avaliação?
Antes de conhecer os diferentes tipos de avaliação educacional, é preciso
entender o que essa palavra significa. De acordo com o Dicionário
Michaelis Online (https://michaelis.uol.com.br/moderno-
portugues/busca/portugues-brasileiro/avalia%C3%A7%C3%A3o/), a
explicação é <apreciação, cômputo ou estimação da qualidade de algo ou
da competência de alguém=. Essa definição é clara e leva a um
questionamento: como determinar qual é a competência de um aluno?
(https://materiais.provafacilnaweb.com.br/landing-page-inscricao-
de-news)
Avaliação formativa
Seu objetivo é identificar se as propostas do professor são alcançadas no
processo de ensino-aprendizagem. A partir do resultado obtido, é possível
orientar e regular a construção do conhecimento
(https://provafacilnaweb.com.br/blog/como-melhorar-a-
construcao-de-conhecimento-em-sala-de-aula/).
Avaliação cumulativa
Essa avaliação é aquela voltada à retenção dos conhecimentos
repassados em sala de aula. O professor trabalha junto com o aluno e o
acompanha em seu dia a dia. Assim, o estudante recebe orientações
contínuas, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB).
Avaliação diagnóstica
O propósito da avaliação diagnóstica é identificar ou verificar os
conteúdos e o conhecimento dos estudantes para o professor melhorar o
ensino-aprendizagem. A partir do diagnóstico, o docente elabora ações
para atingir os objetivos esperados e suprir as necessidades.
Avaliação somativa
As notas e os conceitos são atribuídos a fim de promover o aluno para
outra classe ou curso. É, geralmente, aplicada no bimestre ou semestre.
Nesse caso, as opções de exames são: prova ou trabalho final, avaliação
com base nos resultados cumulativos conquistados no ano ou ambas as
formas.
Autoavaliação
A avaliação é aplicada por aluno ou professor para ter consciência do
aprendizado ou do ensino. Assim, ambos são capazes de aperfeiçoar o
processo.
Seguindo todas essas dicas, fica muito mais fácil colocar em prática os
tipos de avaliação da aprendizagem e obter um ponto de vista claro sobre
o aprendizado. Assim, os gaps
(https://provafacilnaweb.com.br/blog/gap-de-aprendizado-onde-
esta-o-problema/) são diminuídos e o aluno desenvolve seu
conhecimento de maneira holística.
(https://materiais.provafacilnaweb.com.br/5-formas-diferentes-de-
avaliar)
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Feito essencialmente por Lebbe. (https://lebbe.com.br/)
https://doi.org/10.18222/eae.v35.10547
I
Universidade de Brasília (UnB), Brasília-DF, Brasil; gladys@unb.br
II
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR, Brasil; jtonelli@uel.br
RESUMO
Este artigo apresenta propostas de diretrizes e metas para o Plano Nacional de Educação
2025-2035, objetivando a inserção da oferta de língua inglesa no ensino fundamental I.
A crescente oferta de inglês nos anos iniciais em contextos públicos, especificamente
por meio das secretarias municipais de educação, motivou o desenvolvimento de um
projeto de pesquisa que mapeou a oferta do idioma em quatro estados brasileiros. Os
dados desse projeto são utilizados para subsidiar as propostas, que têm como principais
eixos a promoção do letramento em avaliação de línguas e a avaliação orientada para a
aprendizagem. Entendemos que esses eixos têm potencial para exercer grande impacto
no ensino e na aprendizagem da língua inglesa e se alinham à proposta de avaliação
formativa preconizada pela Base Nacional Comum Curricular.
PALAVRAS-CHAVE EDUCAÇÃO INFANTIL • AVALIAÇÃO (DE LÍNGUAS) •
POLÍTICAS PÚBLICAS • ENSINO DA LÍNGUA INGLESA.
COMO CITAR:
Quevedo-Camargo, G., & Tonelli, J. R. A. (2024). Inglês e avaliação no ensino fundamental I:
Propostas para o PNE 2025-2035. Estudos em Avaliação Educacional, 35, Artigo e10547.
https://doi.org/10.18222/eae.v35.10547
Este é um artigo de acesso aberto distribuído nos termos da licença Creative Commons do tipo BY-NC.
INTRODUÇÃO
Desde a publicação do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 (Instituto Na-
cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira [Inep], 2015), o cená-
rio educacional brasileiro passou por mudanças significativas. Uma das principais
foi a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Ministério da
Educação [MEC], 2018), que instituiu, como uma das principais novidades, a obri-
gatoriedade do ensino de língua inglesa, anteriormente ofertada como disciplina
optativa ou complementar, de acordo com a primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) (Lei n. 4.024, 1961). A BNCC define a obrigatoriedade de oferta do
idioma a partir do 6o ano do ensino fundamental (doravante EF). Merece destaque
também a aprovação, pela Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Nacional
de Educação (CNE), das Diretrizes Curriculares Nacionais para Oferta de Educação
Plurilíngue (CNE/CEB, 2020) em julho de 2020, que, no momento da elaboração deste
artigo, aguardam homologação pelo Ministério da Educação (MEC).
Simultaneamente, observa-se a crescente oferta do ensino de línguas adi-
cionais, em especial da língua inglesa, na educação infantil e nos anos iniciais do
EF por iniciativa de projetos municipais, estaduais ou de universidades públicas
(Enever, 2012; Mello, 2013; Merlo, 2018; Sayer, 2019). Tal temática vem sendo abor-
dada por diversos educadores e pesquisadores, pois essa realidade gera demandas
importantes que afetam desde a administração escolar até a formação docente
para esse contexto (Santos, 2010; Tonelli & Cristovão, 2010; Cirino & Denardi, 2019;
Galvão & Kawachi-Furlan, 2021; Batista & Tonelli, 2022; Brossi, 2022).
Um projeto desenvolvido ao longo de 2020 e 2021 por pesquisadoras de cin-
co universidades públicas brasileiras, com financiamento do Conselho Britânico,
mapeou a presença e as características do ensino de inglês para crianças da educa-
ção infantil ao 5o ano do EF e propôs um documento-base para elaboração de dire-
trizes curriculares nacionais para a língua inglesa nos anos iniciais do EF (British
Council, 2022). Esse projeto, que será abordado a seguir, trouxe à tona, entre outras
questões, a importância do estabelecimento de políticas públicas para o ensino nes-
sa fase educacional.
Como discutido por Tonelli e Ávila (2020), a ausência de diretrizes para o ensi-
no de línguas adicionais para crianças pequenas, em especial a língua inglesa, tem
sido vista ora como positiva, uma vez que cada educador pode se organizar como
considerar adequado para o contexto, ora como negativa, porque pode ser interpre-
tada como um ensino desorganizado e sem critérios.
Durante a elaboração do PNE 2014-2024 (Inep, 2015) não foram estabelecidas
nem diretrizes nem metas específicas para a oferta da língua inglesa ou de qual-
quer língua adicional nos anos iniciais do EF. No entanto, acreditamos que a lín-
gua inglesa deva ser contemplada no documento a ser elaborado para o próximo
Plano Nacional de Educação, por isso, este artigo apresenta propostas de diretrizes
e metas para esse contexto. Essas propostas têm como principais eixos a promo-
ção do letramento em avaliação de línguas (Scaramucci, 2016; Quevedo-Camargo &
Scaramucci, 2018) e a avaliação orientada para a aprendizagem (Carless, 2007, 2015;
Carless et al., 2006; Turner & Purpura; 2016; Chong & Reinders, 2023), por enten-
dermos que são perspectivas com potencial de exercer grande impacto no ensino
e na aprendizagem da língua inglesa e se alinham à proposta de avaliação formati-
va preconizada pela BNCC. Parte-se do princípio de que avaliar o progresso de um
aluno que aprende um idioma adicional na infância consiste em realizar qualquer
atividade, dentro ou fora da sala de aula, que objetiva coletar informações sobre
desempenho, proficiência, conhecimento e habilidades (Bueno, 2020; Balbino, 2022;
Cunha, 2022). Espera-se que tais informações sejam analisadas e utilizadas pelo pro-
fessor e/ou pelo próprio aluno em prol da aprendizagem (Chong & Reinders, 2023).
O texto deste artigo está organizado em cinco partes. Na primeira, são dis-
cutidas questões relacionadas à inserção da língua inglesa nos anos iniciais do
EF. Em seguida, apresenta-se brevemente o projeto Mapeamento da Oferta de Língua
Inglesa para Crianças (Molic)1, por meio do qual foi possível ter uma amostragem
da oferta de língua inglesa nos anos iniciais de quatro estados brasileiros. Na sequ-
ência, são abordados alguns estudos sobre a avaliação da língua inglesa voltados
para o público infantil, para depois serem apresentados os princípios da avaliação
orientada para a aprendizagem. A parte final contém as propostas deste trabalho
para o PNE 2025-2035.
de língua inglesa nos anos iniciais, embora não esteja oficialmente regulamen-
tado pelos documentos oficiais brasileiros, já é uma realidade em diversos muni-
cípios brasileiros.
No bojo de tais possibilidades de educação linguística em línguas adicionais
nos anos iniciais de escolarização, a avaliação, parte integrante dos processos de
ensino e aprendizagem, merece atenção especial e, portanto, orientações de re-
alização. Assim, considerando o impacto que a avaliação exerce e o quanto seus
resultados podem e devem orientar a aprendizagem, justifica-se, portanto, a im-
portância de discutir uma proposta para que essa temática seja contemplada no
próximo PNE.
O PROJETO MOLIC
A partir de experiências como professoras formadoras atuando no âmbito da educa-
ção docente para o ensino de línguas nos anos iniciais, e considerando as demandas
por proposições para a organização da oferta da língua inglesa nessa fase escolar,
pesquisadoras da Universidade Estadual de Goiás (UEG), da Universidade Federal
de São Carlos (UFSCar), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da
Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade de Brasília (UnB) (estas
últimas representadas pelas autoras deste artigo) mapearam, no projeto Molic, os
municípios de quatro estados brasileiros – Goiás, São Paulo, Espírito Santo e Paraná
– para identificar quais ofereciam línguas adicionais2 nos anos iniciais do EF.
Esse projeto foi desenvolvido ao longo de 2020 e 2021 e culminou na produção
do Documento-base para a elaboração de diretrizes curriculares nacionais para a língua
inglesa nos anos iniciais do ensino fundamental (British Council, 2022). Trata-se por-
tanto de uma proposta disponibilizada aos municípios interessados em inserir a lín-
gua inglesa nos anos iniciais ou, no caso dos contextos nos quais a oferta já ocorre,
em reformular o modo de organização da oferta do ensino da língua.
O documento-base foi idealizado a partir de estudos realizados sobre a temá-
tica, mas também, e principalmente, com base nos dados coletados de municípios
identificados nos quais já existe a oferta de línguas adicionais ou onde há desejo de
implementá-las. Assim, para que o documento-base pudesse ser elaborado, na pri-
meira etapa do projeto, foram identificados os municípios que indicaram, por meio
de um questionário on-line, ter em sua secretaria municipal de educação (SME) al-
gum documento orientativo da oferta do ensino de inglês. A partir dessas informa-
ções, na segunda etapa do projeto, foram feitos contatos telefônicos para solicitar o
acesso a tais documentos para que, a partir de sua análise, fosse possível conhecer
como os municípios organizavam a oferta do ensino de inglês e, por sua vez, indicar
possibilidades para redigir o documento-base com sugestões para a organização do
ensino do idioma. Em seguida, com o objetivo de conhecer a visão e as necessidades
das SMEs participantes, procedeu-se à geração de dados por meio de grupos focais,
organizados pelas pesquisadoras responsáveis em seus estados.
No total, foram contatados 1.369 municípios dos quatro estados. A Tabela 1
apresenta os detalhes de cada estado.
TABELA 1
Dados do projeto Molic
MUNICÍPIOS
MUNICÍPIOS
MUNICÍPIOS QUE QUE OFERTAM
COM MATERIAL
RESPONDENTES OFERTAM INGLÊS FORMAÇÃO
PRÓPRIO
TOTAL DE EM RELAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DOCENTE
ESTADO (entre os
MUNICÍPIOS AO TOTAL DE DO EF (entre os
respondentes que
MUNICÍPIOS (entre os respondentes que
ofertam inglês nos
respondentes) ofertam inglês nos
anos iniciais do EF)
anos iniciais do EF)
São Paulo 645 (100%) 155 (24%) 115 (74%) 63 (54%) 63 (54%)
Total 1.369 (100%) 488 (36%) 266 (70%) 120 (45%) 127 (47%)
Ao todo, foram analisados 1.369 municípios. Porém somente 36% deles, isto
é, 488 municípios, responderam aos questionários enviados às SMEs. Dos respon-
dentes, 70% ofertam a língua inglesa nos anos iniciais do EF, o que é um número
bastante expressivo. No entanto, somente 45% dos municípios que ofertam a língua
têm material didático específico para língua inglesa nessa fase escolar, e menos da
metade (47%) das 266 localidades que ofertam língua inglesa proporcionam forma-
ção docente.
Tais informações comprovam que, a despeito da inexistência de um docu-
mento oficial que regulamente a oferta da língua inglesa nos anos iniciais em con-
textos públicos, tal ensino já acontece em quantidade expressiva.
Em uma segunda etapa, conforme descrito anteriormente, os municípios
participantes disponibilizaram os documentos utilizados para organizar a oferta
do ensino de inglês do 1o ao 5o ano do EF. Os documentos aos quais as pesquisado-
ras do Molic tiveram acesso, bem como as transcrições dos grupos focais realizados
na terceira etapa do projeto, foram utilizados para a categorização das informações.
Uma das categorias3 obtidas foi o sistema avaliativo, com base na menção ou não à
avaliação, ao papel da avaliação nos currículos e nas práticas, bem como aos instru-
mentos utilizados.
A Figura 1 apresenta os dados obtidos sobre a menção ou não ao sistema ava-
liativo nos documentos analisados.
Figura 1
FIGURA 1
Presença de menção ao sistema avaliativo nos documentos municipais
3 As demais categorias foram: concepção de língua; papel do inglês no mundo; metodologia de ensino;
documento norteador; referências; conteúdos dos anos iniciais do EF; lugar do inglês no currículo; e
quantidade de aulas de inglês por semana (Tonelli et al., 2022).
Tal cenário sugere que o ato de avaliar, ainda que indissociável do processo
de ensino e aprendizagem (Scaramucci, 2006), não vem sendo suficientemente valo-
rizado e destacado nas políticas educacionais municipais. Como se vê nos excertos
de documentos orientadores apresentados, as orientações são insuficientes para, de
fato, servir de diretrizes para o trabalho docente. São textos vagos que deixam deci-
sões importantes sob completa responsabilidade do professor que, não raramente,
carece de mais formação e informação para tomar certas decisões.
Além de apresentar uma amostra consistente da realidade da oferta de língua
inglesa nos anos iniciais do EF, os dados evidenciados pelo projeto Molic nos levam
a concluir que o desenvolvimento de políticas públicas e diretrizes oficiais para tal
oferta tem sérias implicações para a educação brasileira.
Se consideradas as diretrizes e metas do próprio PNE 2014-2024 (Inep, 2015),
veremos que, em primeiro lugar, políticas para oferta de línguas adicionais nessa
fase de escolarização contribuirão, sobremaneira, para a superação das desigualda-
des educacionais e sociais, afetando diretamente a universalização do atendimento
justificativa da autora para o uso do jogo foi a possibilidade de utilizá-lo como instru-
mento de avaliação e para promover a aprendizagem, a motivação e o engajamento
dos estudantes. A autora elaborou ainda uma grade de avaliação para orientar a
observação do professor durante o jogo, uma ficha de acompanhamento e regis-
tro da aprendizagem e uma ficha de autoavaliação para a aprendizagem de inglês
por crianças.
Balbino (2022), por sua vez, concebendo a avaliação formativa como uma ma-
neira de desenvolver a aprendizagem dos alunos, explorou as contribuições da au-
toavaliação como uma possibilidade do processo de ensino-aprendizagem. A autora
desenvolveu um e-book interativo com o objetivo de auxiliar professores a aprimorar
seus conhecimentos sobre autoavaliação para a aprendizagem de inglês por crian-
ças. Para isso, ela explorou conceitos e princípios básicos no campo da avaliação,
apontou o passo a passo da criação de rubricas e apresentou exemplos de atividades
que estimulam a reflexão e o monitoramento da aprendizagem.
As duas últimas pesquisas que apresentamos são de autoria de Cunha (2019,
2022), que se aprofundou na compreensão do uso da observação como instrumento
de avaliação durante a realização de tarefas em aulas de língua inglesa na faixa etá-
ria de seis anos de idade. Cunha (2022) concluiu que, a partir de um planejamento
estruturado do ensino baseado em tarefas e de listas de verificação apropriadas às
tarefas e alinhadas aos objetivos de aprendizagem dos alunos, a observação é uma
excelente forma de avaliar alunos ainda não alfabetizados, mas que já estão sendo
expostos a uma língua adicional.
Esses estudos exemplificam a busca docente por letramento em avaliação de
línguas e por aprofundamento na compreensão de como a avaliação pode dar su-
porte ao trabalho docente nos contextos educacionais onde a língua inglesa está
presente nos anos iniciais do EF.
FIGURA 2
Princípios da avaliação orientada para a aprendizagem
Tarefas de avaliação
orientadas para a
aprendizagem
FIGURA 3
Dimensões da avaliação para a aprendizagem
Fonte: Elaboração das autoras, com base em Turner e Purpura (2016, p. 261).
FIGURA 4
Dez princípios para a implementação da avaliação orientada para a aprendizagem
AGRADECIMENTOS
A autora Juliana Reichert Assunção Tonelli agradece ao Conselho Nacional de De-
senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da Bolsa de Produ-
tividade em Pesquisa.
REFERÊNCIAS
Adams, M., Bell, L. A., & Griffin, P. (2007). Teaching for diversity and social justice (2nd ed.).
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Andrade, B. (2016). Avaliação na produção oral de língua estrangeira para crianças: Uma proposta
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profissional, Universidade Estadual de Londrina]. Biblioteca Digital da Universidade
Estadual de Londrina. http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000214739
Andrade, M. E. S. F. (2011). Muito além da ribalta: Crenças de terceiros, segundos e primeiros
agentes sobre processo de ensino-aprendizagem de inglês crianças [Dissertação de mestrado,
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http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/9382
Balbino, T. R. T. (2022). Going the extra mile: Um guia de autoavaliação para a aprendizagem de língua
inglesa por crianças [Dissertação de mestrado profissional]. Universidade Estadual de
Londrina, Centro de Letras e Ciências Humanas.
Barbosa, E. G. (2014). Avaliação da aprendizagem em língua inglesa no primeiro ano do ensino
fundamental em escolas públicas do município de Castanhal (PA) [Dissertação de mestrado,
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ABSTRACT: This paper aims to discuss the the treatment of the review / text rewritten
in schools. To achieve the proposed objective theoretical research was conducted, based
on theoretical as Guedes (2009), Antunes (2004), Soares (2009) among others. Such
research included a discussion of the uses and social functions of writing, on the
establishment of authorship and the stages of text production: planning, writing itself,
revision and rewriting. In order to complement the theoretical study, an analysis was
performed of the work proposal of two textbooks of English language for the students of
the 3° year of high school. From the analysis undertaken, it was found that the books give
a partially consistent with the assumptions proposal defended by theoretical studies,
however, have limitations with regard to strategies for revision practices and rewrite the
texts produced by the students, which impairs the achievement of an effective
collaborative work.
*
Professora da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil, CAPES/PIBID –
helenaferreira@dch.ufla.br
**
Graduanda em Letras pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil,
CAPES/PIBID – fernandasilva@letras.ufla.br
Introdução
Embora essas duas direções sejam de extrema relevância no âmbito das discussões
acadêmicas sobre a temática, este artigo elege como objeto de estudo a atividade de
revisão/reescrita escolar, tendo em vista a sua importância para o aperfeiçoamento das
habilidades de escrita, por parte dos alunos de Educação Básica. Desse modo, este artigo
apresenta-se organizado em duas partes: a) a primeira parte: ocupa-se de uma compilação
de teóricos que versam sobre a atividade de produção textual e, de modo mais específico,
sobre a atividade de revisão de textos e b) a segunda parte: socializa o resultado de uma
análise de propostas de produção de textos disponíveis em livros didáticos de Língua
Portuguesa destinados aos alunos do 3º ano do Ensino Médio.
Desse modo, os bons modelos retirados dos textos literários se constituíam como
referências padrão e ditavam formas que deveriam ser seguidas. Os alunos recebiam uma
nota pelo texto sem ao menos terem oportunidade de receber um feedback ou revisá-lo,
por isso a definição dessa visão de escrita com foco na forma ou produto (ROCHA, 2010).
Nessa dimensão, Rojo (2006) sinaliza que o enfoque didático nas tipologias
textuais, intensificado pela exigência do vestibular, acabou por dar primazia à forma do
texto, em fragmentos, em modelos, conferindo um estudo da gramática somente por uma
vertente normativa e prescritiva, seja na frase, seja no texto. Os textos não eram
estudados, mas sim <seus avatares: ilustrações mais aproximadas daquilo que o tipo prevê
ou prediz= (ROJO, 2006, p.55).
De acordo com Soares (2009), essa perspectiva era simplista e mecânica, além de
colocar a escrita num vácuo, pois não considerava a interpretação pessoal, o contexto
histórico, político e cultural ou a aprendizagem e a descoberta. Isso fez com essa
abordagem se assemelhasse à rigidez dos procedimentos padronizados prescritos pela
abordagem tradicional.
Segundo Rocha,
o texto deixa de ser visto apenas como modelo para o bem falar e o bem
escrever, mas passa a ser considerado pela sua função social. O ensino
de língua portuguesa, assim, deveria passar a articular estratégias
textualizadoras, mecanismos enunciativo-discursivos e outros
qualquer conhecimento humano; <é nessa prática que se elaboram os mundos discursivos
que organizam e semiotizam as representações sociais do mundo=. Assim, toda produção
textual é uma ação social situada, produzida por indivíduos singulares em situações
sociais específicas, o que redimensiona a questão da autoria, ou seja, não basta um texto
bem escrito, é necessário que o sujeito produtor do texto se constitua como um sujeito-
autor. É por meio das práticas sociais de linguagem que o indivíduo transforma e constrói
os significados para todos os elementos de sua cultura. A questão da autoria é fundamental
para a ressignificação do processo de produção de textos, pois incorpora o aluno em uma
prática social situada.
O ato de escrever não está associado somente à fase da escrita propriamente dita,
mas está ligado ao processo de preparação das ideias, dos objetivos que se pretende
atingir, do tipo de texto a se produzir e, principalmente, para quem produzir. O
encaminhamento da produção textual escrita envolve as importantes etapas do
Para Polato,
textos na escola, podemos considerar que nas fases iniciais, até o final da década de 70, a
tarefa de revisar um texto se dava como uma etapa posterior à escrita, com a finalidade
de se averiguar as violações à norma culta da língua. Tal concepção, denominada revisão
tradicional, era pautada no senso comum de que revisar resumia-se <a corrigir ortografia,
pontuação, concordância verbal e nominal, de acordo com as normas apontadas em
gramáticas, dicionários e manuais, sendo a revisão tratada como uma das etapas de
reescritura em que se focalizam os aspectos estruturais do texto=. (OLIVEIRA, 2010,
p.17)
Outra perspectiva, presente nas práticas pedagógicas vigentes por volta dos anos
70/80, era a revisão recursiva, que se pautava no uso de checklists para que os alunos
pudessem em qualquer etapa da escrita interromper o processo de escrita do texto a
qualquer momento do trabalho para fazer a correção. (OLIVEIRA, 2010). Nesse sentido,
o trabalho de revisão se consubstanciava na definição da tarefa (explicitação de critérios
para a revisão), na avaliação (aplicação dos critérios determinados na fase anterior durante
a leitura do texto) e na seleção de estratégias (tanto para ignorar problemas ou buscar
mais informações para esclarecê-los, quanto para modificar o texto, a partir da atividade
de reescrita).
Para Garcez,
Para Garcez,
Nessa direção, Antunes (2010) ressalta que a revisão não é apenas uma das fases
de produção de um texto, mas, sobretudo, aquela que demonstra esse caráter processual
da escrita. O fato de o aluno "refletir sobre a escrita reescrevendo-a mostra que a escrita
adquire um significado de produção efetiva" (FIAD 1989, p. 78). O que dá certo numa
correção de redação, ou seja, o que leva a uma escrita qualitativamente melhor, por parte
do aluno, é o tipo de leitura que o professor faz da produção.
Ampliando a discussão, Garcez (2010, p. 157) pontua que <o trabalho com o texto,
em que a participação do outro é intensa, mostra-se fundamental para a criação e a
incorporação de procedimentos eficazes de releitura e análise do texto em progresso. =
Nesse sentido, a autora considera que a diversidade de interlocutores (produtor do texto,
colega crítico e professor) é capaz de propiciar um espaço adequado para as práticas de
revisão, para verificação dos textos que apresentam problemas de compreensão ao leitor
e exigem transformação. Essa concepção de revisão desloca a atividade de revisão para
uma perspectiva dialógica, o que faz com que a participação do produtor de texto não seja
passiva, pois
deve eleger como foco <a participação do outro, traz para a pauta de discussões o
funcionamento real do discurso, a construção dos significados, as inferências, a
interlocução possível com um destinatário=. (2010, p. 158). Assim dimensionada, a
revisão desloca-se da instrução e passa a assumir um papel formativo, na medida em que
concebe, efetivamente, a escrita como um processo.
sugestões de procedimentos, ou seja, o que deve ser feito em uma descrição (marcação
de traços distintivos do objeto descrito; equilíbrio entre ideia principal e secundária;
exploração de sons, cheiros, sensações; uso da subjetividade e da persuasão). As autoras
abordam questões importantes no estudo da descrição, no entanto, a abordagem seria mais
clara se fosse acompanhada de exemplos.
Por fim, as autoras evidenciam os critérios para a avaliação e reescrita dos textos
produzidos. As orientações apresentadas são descontextualizadas e genéricas, com riscos
de um não entendimento por parte do aluno. O foco do trabalho é a descrição, mas as
orientações podem se aplicar a qualquer gênero textual a ser produzido. Essa questão
apresenta-se problemática se se considerar que, segundo Dutra (2011), <grande parte dos
livros didáticos não aborda o tema e, quando propõem situações de revisão, muitas delas
são equivocadas ou insuficientes. = (p. 175)
Na etapa de revisão e reescrita, é solicitada aos alunos a troca entre colegas para
emissão de sugestões de melhoria dos textos produzidos, e, posteriormente, sob
orientação do professor, é proposta a escrita da versão final para que o texto seja corrigido
para organização do jornal. Desse modo, além da consideração das três etapas
(planejamento, escrita propriamente dita, revisão/reescrita), o autor ainda considerou a
questão da socialização do texto, ou seja, a circulação dos textos produzidos. Essa
proposta, embora não evidencie os modos de configuração de um trabalho dialógico da
atividade de escrita, sinaliza para a criação de situações de participação em sala de aula
que viabilizam a interação.
Para Garcez,
Conclusão
O presente trabalho teve por objetivo apresentar uma reflexão sobre a atividade
de produção de textos na escola, e, de modo mais específico, sobre a prática da revisão
de textos. A partir da compilação dos teóricos aqui apresentada e das considerações feitas,
podemos constatar que a produção de textos em ambiente escolar esteve e está sujeita às
Para Garcez (2010), esse exercício dialógico permite que o aluno perceba em que
medida sua intenção comunicativa foi efetivamente consolidada no texto e em que pontos
há problemas que exigem reestruturação. Essa percepção é obtida de modo progressivo e
gradual, é uma construção solidária efetivada por meio do diálogo, pois o papel do outro
é propiciar e facilitar a reflexão, uma vez que a sua atuação se presta a apontar os pontos
em que teve dificuldades de compreensão, ou seja, o outro atua como leitor colaborativo.
Essa função do outro promove um deslocamento do produtor, o que o faz a projetar-se
para o lugar do leitor. <É o parceiro com suas contribuições dialógicas, que ajuda a
construir, em conjunto com o redator, uma nova visão dos elementos constituintes do
texto e de seu funcionamento real=. (GARCEZ, 2010, p. 16)
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ROJO, R. Letramentos Múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial,
2009.
A avaliação da aprendizagem de
língua inglesa segundo as novas
teorias de letramento
Fred King is tall and handsome. He isn’t fat and he isn’t thin. He’s
got short fair hair and green eyes. His age is a secret.Fred is a
famous American actor. He’s very rich. He’s got a beautiful new
car. It’s a Porsche. His house is large and comfortable. It is locates
in a rich section of Los Angeles. Fred isn’t married. He’s got a
girlfriend. Her name is Vanessa. She is a pretty top model. She’s
very tall and thin. She’s American too.
(...)
Algumas considerações
A re-significação da avaliação da aprendizagem de línguas sob a
perspectiva dos novos estudos de letramento apresentada neste artigo
advém sobretudo das concepções de conhecimento e de educação si-
nalizadas em tais estudos.
Não assumimos a tarefa de propor receitas prontas para a avalia-
ção da língua inglesa segundo tais teorias, mas esboçamos algumas
possibilidades de práticas nesse escopo, discutindo modificações quan-
to ao conteúdo, às características e às modalidades.
No que se refere ao conteúdo, propusemos um exercício de
inferência segundo o conceito de letramento crítico, compartilhando
outras possibilidades de abordagem para atividades avaliativas da lín-
gua inglesa. Com relação às características, entendemos que sob a óti-
ca dos estudos de letramentos a avaliação deva constituir-se distribu-
ída, colaborativa, situada e negociada, em detrimento da concepção
de avaliação do paradigma da modernidade, de caráter individualis-
ta, concentrado, estanque, homogêneo e objetivo. Finalmente, pude-
mos identificar na literatura novas modalidades avaliativas digitais
que nos pareceram condizentes com as transformações tecnológicas,
assumindo, no entanto, igual relevância para instrumentos avaliativos
já existentes, cujos propósitos necessitariam ser repensados.
A importância com que as teorias de letramentos vêm sendo tra-
tadas em âmbito internacional nos convida à expansão de conhecimento
Notas
1. Pesquisa de Mestrado intitulada A questão da avaliação da aprendizagem de língua inglesa
segundo as teorias de letramentos (Duboc, 2007).
2. A denominação “5ª série”, utilizada pela legislação brasileira durante o período de
coleta de dados, foi substituída por “6° ano” em virtude da ampliação do Ensino Fun-
damental de oito para nove anos de duração (Resolução N° 3 do Conselho Nacional de
Educação/Câmara de Educação Básica - CNE/CEB, 2005).
3. Do original em inglês, distributed knowledge (Gee, 2004). O conceito de conhecimento
distribuído apresentado por Gee contrapõe-se ao conceito de conhecimento postulado
pelo velho capitalismo. Ao pressupor sistemas lineares, hierárquicos e autoritários nos
quais o conhecimento concentrava-se no topo da pirâmide, a engrenagem fordista aca-
bou por moldar uma concepção de conhecimento concentrado que se estendeu na esfe-
ra escolar ao longo do século. Diante das transformações tecnológicas recentes e de
uma nova lógica de agrupamentos, em que pessoas passam a constituir membros de
diversas comunidades ou sistemas de redes, esse conhecimento concentrado cede es-
paço à priorização de características como distribuição, colaboração e negociação.
4. Do original em inglês, electronic portfolio (Barrett, 2001). A autora define o conceito de
portfolio eletrônico como “(...) the use of electronic technologies that allow the portfolio
developer to collect and organize artifacts in many formats (audio, video, graphics,
and text). A standards-based electronic portfolio uses hypertext links to organize the
material to connect artifacts to appropriate goals or standards”.
Referências
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2003.
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Duboc, Ana Paula Martinez. A questão da avaliação da aprendizagem de língua inglesa segundo as
teorias de letramentos. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas, São Paulo: Universidade de São Paulo, 2007.
2016
Coordenadoria de Processos Técnicos
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
ISBN 978-85-425-0577-1
Modo de acesso: http://repositorio.ufrn.br/jspui/
CDD 428.07
RN/UF/BCZM 2016/06 CDU 811.111(07)
Dedico este livro aos meus pais, Geraldo
da Silva e Francisca Avelino da Silva,
que, a despeito de tantas dificulda-
des, souberam educar seus filhos e
ensiná-los a trocar a enxada pela caneta.
Vitória Maria Avelino da Silva Paiva
Introdução .............................................................................10
A avaliação e os
instrumentos avaliativos .......................................................34
O estudante enquanto
(co)construtor do processo avaliativo ...................................41
A caracterização da
avaliação de língua inglesa ...................................................55
Conclusão............................................................................. 106
Referências ..........................................................................113
Apresentação
Este trabalho dialoga e contribui com a linha de pesquisa Ensino-
Aprendizagem de Línguas Estrangeiras, pois trata da avaliação
das línguas estrangeiras presentes no Ensino Médio, e considera
que a avaliação é parte fundamental e indissociável do processo
de ensino-aprendizagem de qualquer componente curricular.
A questão da avaliação de línguas é defendida por Cook (apud
MENEZES; SILVA; GOMES, 2009) como tema da primeira área
geral do escopo da Linguística Aplicada (LA) sugerido por ele,
que é Linguagem e Educação.
Neste trabalho, discorremos sobre a avaliação da aprendi-
zagem de língua inglesa desenvolvida a partir de uma proposta
qualitativa de avaliação (SAUL, 1988 apud CANAN, 1996; DEMO,
2008), objetivando a produção de conhecimento acerca do pro-
cesso de avaliação desenvolvido nas aulas de língua inglesa,
envolvendo as contribuições dos estudantes.
Ao se diagnosticar e caracterizar o processo avaliativo
de língua inglesa da escola pesquisada, identificando as repre-
sentações que os estudantes atribuíam à avaliação, implemen-
taram-se os instrumentos avaliativos por eles sugeridos para a
realização da avaliação da aprendizagem dessa disciplina. Esse
fato possibilitou uma reflexão sobre a participação discente na
construção do processo avaliativo de língua inglesa, assunto
discutido por Sant’anna (2002) e outros teóricos como Canan
(1996), Brasil (2002) e Pereira (2009).
Ao tratar da avaliação da aprendizagem de língua inglesa
(ALMEIDA FILHO, 1993; SCARAMUCCI, 2009) praticada antes
e depois das contribuições feitas pelos discentes, o estudo
considera que os estudantes do Ensino Médio têm uma cons-
ciência mais crítica e reflexiva no que se refere a suas avalia-
ções, opinando não apenas sobre a avaliação da aprendizagem
de língua inglesa, mas também de outras disciplinas do seu
currículo escolar.
Assim, esta investigação apresenta possibilidades
para a realização do ato avaliativo que considere a parti-
cipação dos estudantes nas decisões que concernem a esse
processo, ao se cogitar que, quando compartilham decisões
com seus aprendizes, os docentes podem agregar qualidade
ao processo de avaliação.
As autoras
Introdução
Procurou-se, com a avaliação qualitativa,
desviar a atenção dos alunos,
geralmente voltada para as notas,
para aspectos, como por exemplo
motivação, participação, pontualidade,
assiduidade e empenho com os estudos.
Ana G. Canan
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A avaliação qualitativa como uma
proposta para se avaliar a língua
inglesa no Ensino Médio Inovador
Ao tratarmos da avaliação qualitativa como proposta para se
avaliar o ensino de inglês no Ensino Médio Inovador, procura-
mos expressar uma ressignificação do termo qualitativopara
indicar a avaliação que, ao ser empregada, não faz uso apenas de
dados quantitativos e metodologias somativas, cujo produto é o
saturado sistema de notas como medida de conhecimentos, ao
término do período avaliativo, “já que na busca por uma exatidão
excessiva, esquecem-se de dar conta da subjetividade presente
em qualquer atividade da área de ciências humanas” (CANAN,
1996, p. 21), mas que a preocupação com o desenvolvimento
seja tão relevante quanto o resultado, priorize os envolvidos
no processo e seja suscetível a mudanças e novas ideias que
venham a contribuir com a aprendizagem.
Ao ressignificarmos a avaliação como qualitativa, base-
amo-nos em definições como as de Saul (1988 apud CANAN, 1996)
e Demo (2008) e acrescentamos nosso próprio entendimento
do que seja essa avaliação, que prima pela qualidade da apren-
dizagem do educando. Podemos dizer que ela contribui para a
aprendizagem através do seu caráter diagnóstico (LUCKESI, 2003),
que identifica as carências e as potencialidades dos estudantes,
para que ambos, professor e aprendizes, dediquem-se a elas.
Por qualidade na avaliação, entendemos uma avaliação
cíclica e contínua (HOFFMANN, 2001) que vai servindo de reflexo
às práticas de ensino, mostrando os avanços da aprendizagem e
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Avaliação de língua inglesa na sala de aula
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5 Portaria nº 1033/2008/SEEC/RN.
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Avaliação de língua inglesa na sala de aula
33
A avaliação e os
instrumentos avaliativos
A avaliação escolar acontece a partir de instrumentos, também
designados de ferramentas ou meios avaliativos. São esses
instrumentos que caracterizam a avaliação que os emprega,
conferindo-lhe identidade.
Ao optar por um instrumento na hora de avaliar, o pro-
fessor não o faz de maneira casual ou ingênua. O professor
escolhe porque, de antemão, sabe o que pretende obter com
aquela escolha. Assim como seleciona técnicas de ensino, opta
por instrumentos para aplicar tais técnicas. Vamos nos deter
aos instrumentos avaliativos entendendo que eles são meios
através dos quais o professor identificará como está a apren-
dizagem dos estudantes. De acordo com o Artigo 4 da portaria
n° 1033/2008/SEEC/RN, in verbis:
Serão considerados instrumentos de avaliação da aprendiza-
gem os trabalhos teóricos e práticos, aplicados individualmente
e em grupo, testes, provas, relatórios, pesquisas, sínteses,
exposições orais, entre outros adequados ao componente
curricular, que permitam avaliar o desempenho do estudante.
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Geralmente
comportamento
de medida
cognitivo, às vezes,
Objetos
Comportamento
Comportamento cogni- comportamento
cognitivo e
tivo, afetivo e psicomotor. psicomotor e,
psicomotor.
ocasionalmente,
comportamento
afetivo.
No início do ano
letivo ou curso.
Durante o ensino,
Ao final de um
Época
quando o estu-
Durante o ensino. semestre, ano
dante evidencia
letivo ou curso.
incapacidade
em seu desem-
penho escolar.
Pré-teste,
teste padronizado
Instrumentos
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O estudante enquanto
(co)construtor do processo avaliativo
A tentativa de incluir os estudantes como responsáveis no pro-
cesso do ensino-aprendizagem não é atual, mas ainda acontece
de forma gradativa. Uma das diretrizes propostas pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) no seu Artigo
36, que reaparece nos PCNEM, trata do currículo do EM e nos
diz que ele “adotará metodologias de ensino e de avaliação que
estimulem a iniciativa dos estudantes” (BRASIL, 2002, p. 46-69),
desfazendo, assim, o paradigma de que a avaliação deve ser
elaborada somente pelo professor e ampliando o papel partici-
pativo-ativo do estudante na construção desse processo, antes
resumido numa função de participante-passivo, apenas aceitando
e respondendo de acordo com a avaliação que lhe era imposta.
Não obstante as diretrizes e os estudos voltados ao tema
avaliação, os avanços nessa área ainda acontecem de forma lenta
e a contribuição do estudante praticamente inexiste, o que deve-
ria ser mais estimulado, pois surte resultados positivos, como
observou Canan (1996, p. 30). Segundo a autora, os estudantes
envolvidos no processo avaliativo “se sentem responsáveis pelo
processo de avaliação, tornando-se conscientes dos critérios
usados, capazes de participar do desenvolvimento de critérios
próprios e se tornando mais independentes dos resultados”.
A avaliação que é conduzida somente pelo professor é
caracterizada como conservadora por Luckesi (2003, p. 28),
que assim a define:
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Os instrumentos avaliativos
representados por imagens
Ao fazermos uso de imagens para expressarmos o que pensamos
a respeito de algo, logo nos reportamos aos nossos ancestrais,
os homens primitivos que fizeram dos seus desenhos a primeira
forma de linguagem escrita que conhecemos. Essa escrita simbó-
lica se fez tão compreensível que é possível ao homem moderno,
através da observação dos símbolos antigos, dar um significado
àquelas situações toscamente representadas por desenhos.
A imagem é importante, entre outros argumentos,
porque precede a fala, bastando para compreendermos isso
nos remetermos a um infante, que, antes de pronunciar uma
palavra, já terá visto inúmeras imagens, devendo, ao começar
a falar, relacionar sua fala aos objetos cujas imagens já estão
tão familiares em sua mente.
De acordo com os autores Santaella e Nöth (2008, p. 15):
O mundo das imagens se divide em dois domínios. O primeiro é
o domínio das imagens como representações visuais: desenhos,
pinturas, gravuras, fotografias e as imagens cinematográficas,
televisivas, holo e infográficas pertencem a esse domínio. O
segundo é o domínio imaterial das imagens na nossa mente.
Neste domínio, imagens aparecem como visões, fantasias, ima-
ginações, esquemas, modelos ou, em geral, como representações
mentais. Ambos os domínios da imagem não existem separados,
pois estão inextricavelmente ligados já na sua gênese. Não há
imagens como representações visuais que não tenham surgido
de imagens na mente daqueles que as produziram, do mesmo
modo que não há imagens mentais que não tenham alguma
origem no mundo concreto dos objetos visuais.
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9 “We use images not only as representations of the objective world but
also to communicate our deeepest feelings” (PROSSER, 1998, p. 1).
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A caracterização da
avaliação de língua inglesa
Na primeira fase, classificada por nós como a fase de pré-inter-
venção da pesquisa ação, procuramos identificar e caracterizar
os instrumentos avaliativos empregados pelos professores de
língua inglesa da escola pesquisada, assim como perceber suas
preferências quanto a esses instrumentos e obter as primei-
ras percepções dos estudantes sobre o tema abordado. Foram
elaborados dois tipos de questionário, um foi destinado aos
estudantes e o outro, à professora colaboradora.
Dentre os questionários obtidos, decidimos que, para
analisá-los, deveríamos examiná-los por reincidência de respos-
tas, pois colocá-las todas aqui seria repetitivo e desnecessário.
No primeiro momento, ao obtermos as opiniões emiti-
das pelos participantes acerca das avaliações da escola, assim
partindo de uma perspectiva mais abrangente da avaliação,
pudemos dividir essas opiniões em positivas e negativas. Essas
opiniões sobre as avaliações da escola pesquisada partiram da
seguinte questão: o que você acha das avaliações da sua escola?
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Ótimas Ruins
Legais Regulares
Boas Limitadas
Difíceis
Precisam melhorar
Amedrontadoras
Promovem a “cola”
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Instrumentos avaliativos
Prova escrita
Prova oral
Seminários
Trabalhos
Trabalhos individuais
Trabalhos de pesquisa
Exercícios
Atividades em grupo
Atividades de música
Diversas formas
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Trabalho em
Testa o conhecimento dos envolvidos.
grupo oral
Atividades
Proporcionam divertimento.
com música
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Dificuldades
Justificativas dos estudantes
nas avaliações
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Implementação dos instrumentos
avaliativos sugeridos pelos estudantes
A fase de intervenção desta pesquisa iniciou-se com a realização
do seminário sobre avaliação qualitativa de língua inglesa com
os participantes. Asseguramos aos estudantes que durante o
seminário eles não teriam a pessoa da professora, somente a
presença da pesquisadora, que estava ali por propósitos científi-
cos, dando-lhes assim um pouco mais de autonomia e confiança,
pois “os investigadores qualitativos tentam interagir com os
seus sujeitos de forma natural, não intrusiva e não ameaçadora”
(BOGDAN; BIKLEN, 1994, p. 68).
Remetendo-nos às aulas voltadas ao ensino de idiomas,
observadas na escola pesquisada, percebemos que há inclusão,
por parte da docente PC, das sugestões feitas pelos estudantes a
respeito de como ela deve trabalhar nas aulas de inglês. Nessas
sugestões, geralmente conduzidas pela professora nas aulas
iniciais do semestre, os estudantes não opinavam com muita
convicção, limitando-se a sugerir atividades diversificadas, como
trabalhar com música, trazer vídeos ou fazer dinâmicas. Ao
questionarmos por que agiam assim, os estudantes justificaram
que confiavam na sua professora, na sua prática docente no
ensino do idioma inglês e não questionam as atitudes conduzidas
por ela durante as aulas. É como se eles percebessem que a
docente foi preparada para lecionar a disciplina, porque domina
o assunto, expõe com clareza os conteúdos, retira as dúvidas e
corrige as atividades propostas, além disso, ela ainda procura
utilizar as sugestões dos discentes durante o semestre letivo.
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Desenho 1
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Trabalho em grupo
Justificativas:
“[...] Eu desenhei uma porta aberta e um bocado de lâmpa-
das dentro, que lâmpadas não representam ideias? Aí trabalho
em grupo, porque [...] você tem várias pessoas, então não fica
naquela mesmice. [...] um tem uma ideia: vamos fazer assim?
Ah, também pode ser de outro jeito” (EC9).
“Trabalho em grupo é como se fosse um bolo de
chocolate” (EC10).
“Eu gosto de trabalho em grupo... porque eu não faço
nada, fico só olhando os outros fazer” (EC11).
“Eu gosto de trabalho em grupo, porque eu gosto de
trufas” (EC12).
Desenho 2
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Desenho 3
Prova oral
Justificativa:
“O que eu gosto – teste oral. Aqui é yo falando [...]” (EC15).
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Desenho 4
Prova escrita
Justificativa:
“Eu gosto de prova porque eu desenhei um anjo [...]
escrita” (EC16).
Desenho 5
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Desenho 6
Prova escrita
Justificativas
“Esse bicho de sete cabeças representa assim justamente
isso, essas provas muito avançadas, que eu acho que deveria
ter algo mais inicial, desde o começo” (EC5).
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Desenho 7
Testes
Justificativas:
“Eu não gosto de testes, porque muitas vezes o que você
estuda pro teste não está lá no que o professor passa. Às vezes
ele passa uma coisa, mas você estuda outra totalmente diferente
que não tem nada a ver” (EC3).
“E o que eu não gosto: teste surpresa. O professor, né? Aí
o cabra [...] pânico!” (EC15).
“E não gosto nem de prova e nem de teste. Pronto!” (EC20).
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Desenho 8
Apresentação de trabalhos
Justificativas:
“[...] e não gosto de trabalho de apresentar. É como se
fosse uma mulher com defeito” (EC14).
“E eu odeio apresentar trabalho, é o inferno de minha
vida” (EC21).
“Não gosto de trabalho de apresentar. Porque é ruim
demais” (EC22).
“Ah, meu Deus! De apresentação de trabalho” (EC23).
“O que eu não gosto é de apresentar trabalho, principal-
mente de inglês, né? Pra ler, pra traduzir...” (EC5).
Desenho 9
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Prova oral
Justificativas:
“Não gosto de prova oral. Deveria ser excluída da sala
de aula” (EC27).
“[...] e não gosto de prova oral” (EC1).
“[...] mas não gosto de prova oral” (EC24).
“[...] mas não gosto de prova oral” (EC2510).
“Eu não gosto de prova oral, principalmente” (EC26).
Abaixo, relacionamos as imagens produzidas pelos estu-
dantes e seus significados convencionais bem como os signifi-
cados atribuídos por eles durante esse momento da pesquisa.
10 Autora do desenho 9.
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Mídias digitais
Audiovisuais
Teatro
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Avaliações indiretas
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Reflexão sobre a participação
estudantil na construção
do processo avaliativo
A terceira fase, conclusiva das etapas propostas para este traba-
lho de pesquisa ação, denominada de fase de pós-intervenção,
veio nos fornecer uma compreensão acerca das opiniões dos
estudantes envolvidos na pesquisa no que se refere à sua par-
ticipação no processo avaliativo de língua inglesa na escola.
Procuramos fundamentar essa fase da pesquisa por meio de uma
autoavaliação aplicada com alguns dos estudantes envolvidos
pela pesquisa empreendida. Uma vez que estávamos no campo
desenvolvendo anotações, não seria necessária a opinião de
todos os trinta e cinco estudantes, parecendo-nos suficiente
uma representação de dez pessoas. Essas dez pessoas foram
voluntariamente selecionadas.
Com a autoavaliação, procuramos saber as opiniões dis-
centes não somente sobre questões referentes à sua avaliação
de língua inglesa, mas também a respeito de uma característica
do Ensino Médio Inovador, qual seja, a separação das disciplinas
por blocos. Dessa forma, procuramos também contribuir com
essa etapa de ensino, cuja proposta metodológica ainda é nova
em nosso país.
Ainda dessa vez, aproveitamos a oportunidade para
perguntar se eles tinham preferência por algum instrumento
avaliativo, tendo em vista que não sabíamos quem iria responder
a essa autoavaliação, já que algumas pessoas, como explicamos
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Melhora a aprovação
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Conclusão
Conta-se a respeito de Alexandre, O grande, que ele, quando
menino, certo dia, estava a olhar o treino dos cavalos de seu
pai, o rei Felipe da Macedônia. Durante o treino, um dos cavalos
não se permitia ser montado por ninguém. Os cavaleiros mais
experientes se revezavam, na tentativa de montá-lo, mas o ani-
mal continuava indomável. Até que Alexandre pediu permissão
a seu pai para montar o cavalo.
Depois de muitas objeções, pelo fato de ser apenas uma
criança e de seu pai alegar que até mesmo os cavaleiros mais
experientes do seu reino não haviam conseguido tal façanha,
Alexandre finalmente convence o rei por sua insistência.
Antes de montar no cavalo, dizem que Alexandre fez um
gesto aparentemente banal: trocou o animal de posição, de forma
que o cavalo ficasse de frente para o sol, e não de costas, como
estava até então. O que passou despercebido aos olhos do rei e
dos experientes cavaleiros, que o atento menino percebeu, era
o fato de que o cavalo estava nervoso por estar assustado com
a própria sombra. Ao trocá-lo de lado, de forma que ele não
mais visse a sombra que o estava assustando, o menino subiu
no cavalo, que não lhe apresentou a menor resistência. O cavalo,
chamado Bucéfalo, foi presenteado por seu pai no mesmo dia
para Alexandre (LOBATO, 2004).
O motivo de termos iniciado nossas considerações finais
com essa narrativa é que o objetivo geral de nossa pesquisa,
qual seja, produzir conhecimento sobre o processo de ava-
liação desenvolvido nas aulas de língua inglesa a partir das
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