Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Apostila Técnica

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 81

INTRODUÇÃO

“ Que DEUS nos dê forças para mudar as coisas que podem ser mudadas,

serenidade para aceitar aquelas que não podem mudar e Sabedoria para

perceber a diferença, mas que DEUS nos dê sobretudo, a coragem de não desistir
daquilo que pensamos estar certos,mesmo que seja sem esperança.”

Almirante Nimitz

Desde 1995, a Polïcia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) vem procurando
implantar a Filosofia da Administração pela Qualidade Total em seus quadros, com a
finalidade de criar os meios para apoiar seus integrantes na luta diária, em busca de
melhores padrões de desempenho, com a utilização racional dos recursos e com
custos cada vez menores.
Sob esse mesmo enfoque, que é o norte dos policiais militares que integram o
corpo de oficiais e praças, é proposto o presente trabalho, fruto da compilação e
adaptação de dois outros trabalhos * já aplicados na formação dos agentes de
segurança pessoal e nas atividades do COSEPE ( Corpo de Segurança Pessoal ) da
Casa Militar, da experiência pessoal vivida por antigos integrantes, bem como outras
fontes bibliográficas(elencadas nas referências bibliográficas).
A busca de melhores padrões de desempenho, com o aprimoramento das
técnicas de Segurança Pessoal e desenvolvimento de novas, deve ser a referência
fundamental daqueles que trabalham com Segurança Pessoal em qualquer
seguimento.
No Corpo de Segurança Pessoal das várias Assessorias não é diferente; o
método, a disciplina, a aplicação da técnicas de proteção executiva, o respeito às
experiências anteriores, o bom senso, o treinamento, a repulsa contundente ao acaso e
ao improviso é o objetivo maior a ser alcançado por aqueles que possuem a missão e o
compromisso de proteger a mais alta autoridade do Estado de São Paulo, eleita
democraticamente por milhões de brasileiros, o que certamente amplifica, de forma
imensurável, nossas responsabilidades .

 1. ESPIRITO SANTO, Ivaldo. Segurança Pessoal – Nível Básico. CASA


MILITAR/SP,1997. Apostila.
 2. DENDINI, Hideo Augusto e LATERZA, Alexandre. Proteção Executiva. CASA
MILITAR/SP, 2000 . Apostila.
PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA PESSOAL

1 . CONCEITO
Denomina-se Segurança Pessoal o sistema composto de regras e
procedimentos que possam garantir a incolumidade da autoridade, pelo emprego de
técnicas específicas de proteção executiva, por meio de equipamentos especiais,
veículos preparados, bem como por um efetivo selecionado, formado, treinado e
testado para as missões de Proteção Pessoal de toda ordem.

2 . A ATIVIDADE
A atividade de segurança pessoal é dividida em duas partes : O Planejamento
e a Execução Operacional . A perfeita sintonia dessas etapas serão fatores
preponderantes para o sucesso da missão, pois o trabalho de segurança pessoal pode
ser comparado a um “carro de fórmula 1 “ ; se bem projetado, conduzido por um bom
piloto e com a manutenção adequada, executará seu percurso com a máxima
eficiência, porém se o projeto for inadequado, conduzido por um piloto medíocre e com
a manutenção negligenciada, o desempenho será sofrível e com risco de vida das
pessoas envolvidas no processo.
Estar alerta e suspeitar sempre devem ser características patentes na equipe
de segurança pessoal, onde a prontidão contínua minimizará ou até mesmo eliminará o
chamado efeito surpresa, proporcionando assim tempo hábil para a proteção e retirada
do VIP ( Very Important Person – pessoa muito importante) ou até mesmo para
uma reação de confronto, desde que inevitável, devendo ser o último recurso ,
dependendo do caso ou situação. Tais posturas psicológicas serão determinantes
na qualidade da missão a ser executada.
Evitar a rotina é outro princípio básico de segurança pessoal, pois a pessoa ou
grupo que tenha intenção de perpetrar algum crime em relação ao VIP terá dificuldade
no planejamento do ato criminoso tendo em vista tal postura providencial. Ex: Alteração
de Itinerários, Evitar a freqüência habitual dos mesmos locais e sempre nos mesmos
horários, divulgação restrita de compromissos e agenda.
O Método também deve nortear o trabalho do time de proteção pessoal, tendo
na consciência do grupo as ordens a serem seguidas, o “vício” operacional, a
checagem no início do turno em relação ao pessoal, bem como em relação aos
equipamentos, veículos, agenda, armamento, comunicação, etc.
Iniciativa e Bom Senso são características básicas e imprescindíveis a toda
equipe de segurança, pois com certeza irá deparar-se com situações não previstas,
exigindo assim a adequação necessária, com os meios disponíveis, e normalmente
dando respostas rápidas e corretas frente ao inusitado.
Estilo de Vida do VIP é outro fator preponderante na montagem e
desenvolvimento do trabalho da segurança pessoal, pois o planejamento e execução
irá adequar-se à autoridade e não o contrário, sob pena inclusive de ser substituído ou
considerado inadequado.

3 . O PROFISSIONALISMO
Em toda atividade profissional de prestação de serviço, é esperado sempre o
profissionalismo, palavra comumente usada para expressar o contentamento, por
parte do usuário ou cliente, em relação a um trabalho bem executado, ou seja, de
acordo com as expectativas em relação àquela atividade.
O profissionalismo é identificado nas atividades quando as condutas dos
prestadores são revestidas da atenção e eficácias necessárias, onde não exista o
choque em relação ao que se pretende desenvolver, nunca se afastando dos métodos,
regras e emprego racional dos recursos, humanos ou materiais, ou seja, com
qualidade .

A qualidade na atividade de proteção pode ser mensurada da seguinte forma:

ABAIXO DO IDEAL : As providências adotadas pelo time de segurança são de


meros acompanhantes, movendo-se ao sabor dos fatos, do acaso e do improviso, sem
planejamento e de execução sofrível.
MÉDIO : As providências adotadas pelo time são norteadas pelo planejamento,
pela observação das regras de segurança e proteção e com emprego racional dos
meios.

IDEAL : As providências adotadas pelo time de segurança são norteadas pelo


planejamento, pela total observância das regras de segurança pessoal, com emprego
racional dos recursos a disposição visando além da incolumidade física do VIP, a
proteção moral da autoridade, sua privacidade, sua imagem , antecipando-se a
possíveis constrangimentos por meio de fotos, espionagem, oferecendo a tranqüilidade
e proteção para o pleno exercício de suas atividades, profissionais ou não.

4 . O ALVO
Geralmente pessoas tornam-se “alvos” para ação de criminosos ou de terroristas
por possuírem altas somas financeiras, ou por deterem determinado tipo de poder,
político, religioso ou de mídia, destacando-se determinados tipos de dignitários:

1. Reis, Rainhas, príncipes.


2. Presidentes, governadores, ministros, juizes .
3. Altos Empresários, banqueiros.
4. Oficiais de Alto Escalão no desempenho de funções estratégicas.
5. Turistas com grande poder financeiro.
6. Artistas.
7. Líderes religiosos.
8. Familiares de todos acima citados.

Os fatores motivadores de ações criminosas ou terroristas devem ser

previstos pela equipe de proteção pessoal por meio de um competente sistema de


informações e pelo acompanhamento das posturas adotadas pelo ALVO e que venham
a contrariar interesses de determinado seguimento, podendo redundar em atentados
contra a família do VIP inclusive.
De acordo com o Capitão da PMESP Sérgio Olímpio Gomes, especialista na
atividade de Segurança pessoal, em seu livro Prevenindo-se de seqüestros – Guia
de Segurança Pessoal, da editora Expressão Editorial/1991, sobre a prevenção e a
atividade de segurança pessoal junto a personalidades políticas, traz o seguinte :

E a prevenção ?
A quem cabe a responsabilidade?
A cada um de nós – É a resposta correta.
As medidas de prevenção a serem adotadas são o conjunto de posturas
que, aparentemente, são conhecidas, porém não praticadas e na sua falha está
o planejamento do marginal.
Inicialmente a que se abordar o problema e sua importância, para depois
identificarem-se as características que facilitam o seqüestro, o perfil de grupos
de seqüestradores, seguindo para medidas de prevenção no trabalho, na
residência, nos deslocamentos, no lazer e com relação aos familiares.

Políticos
Personalidades políticas podem ser alvo de seqüestro por motivos
ideológicos, mercenários, pessoais, religiosos, raciais ou psicopatológicos.
O seqüestro do embaixador americano no Brasil, Burke Elbrick, em 1969
para negociar a libertação de presos políticos é um bom exemplo.
Normalmente, a ação contra o político dará mais notoriedade ao caso,
maior atenção aos órgãos de imprensa e mais cautela na negociação, o que
proporcionará aos seqüestradores maior poder de barganha e mais garantias de
que não serão molestados se forem presos.
O político torna-se um alvo relativamente fácil, pela necessidade da
própria posição de apresentar-se às massas populares, andar sem segurança
pessoal demonstrando-se popular e comum. Tudo isso facilita o planejamento
dos seqüestradores.
5 . LEGISLAÇÃO
Como toda atividade legal, a missão de planejar, dirigir e executar os
serviços de segurança pessoal, possui a previsão legal como suporte jurídico
para sua efetivação e desenvolvimento, sendo fundamental aos profissionais
que atuam nessa área, o conhecimento dessa legislação, a fim de balizar e
avalizar as ações da segurança, bem como o domínio e ciência de outras
normas, conceitos e peças do extenso arcabouço jurídico brasileiro.

Podemos enumerar as seguintes previsões legais :

 Constituição Federal.
 Constituição Estadual.
 Código Penal.
 Código de Processo Penal.
 Código Penal Militar.
 Código de Processo Penal Militar.
 Lei das Contravenções Penais.
 Princípio da Reserva Legal.
 Poder de Polícia.
ESTRUTURA DE PESSOAL E DE LOGÍSTICA DAS EQUIPES OPERACIONAIS

1 . PESSOAL

1. Seleção do Agente

A natureza do serviço de Segurança Pessoal exigirá do Agente


características pessoais imprescindíveis, pois as situações que o profissional
estará exposto poderão determinar a vida da autoridade e a do próprio agente.
Dentro desse enfoque enumeramos tais características a serem exigidas
no processo de seleção e exercitadas nos treinamentos e instruções da tropa
pronta.

 Equilíbrio:
O Agente de Segurança Pessoal deve ser equilibrado na tomada de
decisões, na adoção de providências e principalmente nas reações a fatos ou a
situações expostas, devendo gozar de pleno estado de suas faculdades
mentais;

 Confiança:
Todo Agente de Segurança Pessoal irá deparar-se com situações adversas
ou inusitadas, por vezes sob grande pressão psicológica, onde o indivíduo
confiante terá papel preponderante na boa solução dos problemas, fruto
somente do conhecimento de suas funções, das bases legais que o amparem e
também dos limites;

 Inteligência:
O componente do Time de Segurança Pessoal deve possuir, como requisito
básico, quociente de inteligência no mínimo dentro da média normal das
pessoas, facilmente comprovado em testes e avaliações psicológicas;

 Facilidade de expressão:
Na atividade de Segurança Pessoal, o Agente irá interagir o tempo todo com
outras pessoas, dos mais variados segmentos sociais econômicos, políticos,
intelectuais, onde saber expressar-se de forma adequada e convincente,
redundará inclusive no respeito a sua função acatando possíveis
determinações decorrentes da presença da autoridade protegida no local;

 Pontualidade:
Característica fundamental no Agente de Segurança Pessoal é a
pontualidade, ponto de base para avaliação de responsabilidade, pois tendo
em vista a atividade basear-se no planejamento, devidamente enquadrado em
uma previsão dos horários dos compromissos, das decolagens nos aeroportos
e Helipontos, o atraso e a falta de atenção nesses mesmos horários
comprometerão muito provavelmente o sucesso da missão, o bom nome do
grupo e principalmente atingirão o VIP em sua programação, trazendo-lhe
preocupações desnecessárias ou até mesmo prejuízos de ordem política ou
financeira.

 Asseio Pessoal:
Preocupação evidente e notada em qualquer pessoa, o asseio pessoal se
revela na atividade de Segurança Pessoal não somente sob o aspecto da
saúde, mas também sob o enfoque da apresentação, da aparência, da
confiabilidade, ou seja, o cartão de apresentação do grupo, demonstrada pelas
preocupações do profissional refletindo diretamente no nível de organização da
equipe.

Ex: barba sempre “feita”; unhas cortadas; cabelos aparados e penteados;


colarinhos limpos e bem colocados na camisa; utilização de desodorantes e
colônias de fragrâncias discretas; etc.

 Boa apresentação pessoal:


Dentro da mesma linha de raciocínio do item anterior, a apresentação
pessoal irá refletir na imagem da instituição que representa, atingindo a
qualidade do serviço prestado, pois influenciará diretamente na imagem do
VIP, que certamente estabelecerá restrições para aquele agente que o
acompanha com péssima apresentação pessoal.
Ex: Utilização de roupas claramente fora de moda ou de estação (usar terno de
veludo no verão e na praia; camisas ou blazers de cores berrantes); sapatos
sem engraxar; roupas inadequadas para o evento( uso de camiseta, quando o
VIP está de terno e gravata e vice versa); nó de gravata; etc.

 Etiqueta social
Os conhecimentos básicos das regras de etiqueta e convenções sociais são
muito úteis para aquele que certamente irá deparar-se com situações que
exigirão tal preparo tais como: sentar-se a mesa posta com vários copos e
talheres, formas de tratamento, postura em reuniões sociais, utilização de tom
de voz adequado, gestual, abordagem de assuntos pertinentes a cada
situação; etc.

 Habilidades pessoais:
Podemos exprimir a exata mensagem desse item no seguinte ditado
popular : “Conhecimento nunca é demais”.

Toda experiência ou domínio em determinadas áreas certamente irão valorizar


o profissional, sendo inclusive fator preponderante para a assunção de
determinadas funções e responsabilidades e consequentemente elevando-o ao
patamar que lhe é merecido.

Exemplo de habilidades: Domínio de outros idiomas, artes marciais, pilotagem


de veículos, experiência policial e militar, cursos de especialização dentro e for

 Capacidade de decisão:
Característica fundamental no Agente de Segurança Pessoal, a capacidade
de decisão exigirá do profissional toda atenção no andamento da atividade pois
qualquer que seja a situação terá que decidir, sempre agindo da forma mais
coerente e com base técnica, podendo ser taxado como zeloso demais, porém
nunca de omisso, irresponsável, negligente, imprudente ou imperito.

 Curriculum:
O “curriculum“ do Agente de Segurança Pessoal é a peça inicial de
avaliação, pois traz em seu bojo toda história profissional daquele que
pleiteia integrar a equipe, ou seja, a partir dele é que teremos acesso, para
a análise preliminar, às qualidades pessoais, habilidades, funções que já
desempenhou, láureas, méritos, etc.
 Passado Profissional:
Igualmente importante como o ”curriculum”, a avaliação do passado do
candidato é uma das primeiras providências a serem adotadas, esclarecendo
que não se procura um passado inabalável mas sim dados tais como punições,
hábitos ou costumes que se incompatibilizem com o perfil ideal do Agente de
Segurança Pessoal e que não interessa ao grupo.

 Boa forma física:


O Agente de Segurança Pessoal estará sempre exposto ao “stress” físico e
mental, bem como a situações que demandarão uma excelente forma física,
lembrando inclusive que uma segurança bem formada não se utiliza de
agentes do estilo ”Leão de Chácara”, mas sim de pessoas ágeis e de boa
forma física.

 Artes marciais:
É interessante que o agente tenha conhecimento em artes marciais, ou seja,
domínio dos princípios de defesa pessoal, pois em caso de confronto estará
seguro para agir com os recursos corporais, afastando a necessidade do uso
de arma de fogo nos casos de mera agressão corporal ou moral.

 Discrição :
A discrição é uma das principais qualidades a ser buscada no Agente de
Segurança Pessoal, pois terá acesso a situações íntimas do VIP, devendo
zelar para que as informações decorrentes desse convívio, não exponham a
intimidade e a privacidade da autoridade a domínio público. Destaca-se
nesse item o fato do agente não ter a intenção de tornar-se íntimo do VIP, mas
sim um p[profissional competente para as mais diversas missões;

 Zelo:
O indivíduo que não é zeloso está automaticamente desqualificado para a
atividade de Segurança Pessoal, pois além da proteção pessoal, ele deverá
também cuidar do patrimônio do VIP, valores, documentos, ou seja exigirá do
Agente de Segurança Pessoal preocupações muito mais amplas, onde tais
providências serão o ponto de diferenciação entre o bom, atuante e profissional
e o ruim, relaxado e o medíocre.

 Prudência:
A contratação ou emprego de uma equipe de Segurança Pessoal tem por
objetivo minimizar a exposição do “ALVO” a possíveis riscos, onde toda
providência deve ser adotada nesse sentido, sendo inconcebível que o grupo
destacado para tal missão trabalhe na contramão do objetivo maior adotando
condutas desnecessárias tais como: desobediência as normas de trânsito;
velocidades incompatíveis; manuseio de armas de fogo próximo ao VIP; etc.

2. Missões do Oficial de Segurança Pessoal Chefe da Equipe (exemplos da


Casa Militar)

O Oficial de Segurança Pessoal é o comandante da equipe de Segurança


Pessoal sendo o responsável pela execução operacional da missão
determinada, zelando pela plena observância dos princípios, regras, técnicas,
disciplina e procedimentos práticos que norteiam a atividade, visando a garantia
da incolumidade da autoridade, bem como acompanhá-la em todos seus
deslocamentos, distribuindo e dirigindo todo o trabalho dos integrantes da
Equipe, dentro e fora dos Palácios do Governo.

Durante um dia normal de serviço, o Oficial de Segurança Pessoal, dentre as


missões já mencionadas no parágrafo anterior, deve:

 Assessorar o Oficial Ajudante-de-ordens nas missões, mantendo estrito


relacionamento visando a perfeita harmonia na consecução dos objetivos;

 Presidir a revista matinal;


 Transmitir todas as ordens recebidas do escalão superior à equipe de
segurança pessoal, zelando pelo fiel cumprimento;

 Controlar o efetivo da equipe durante o seu turno de serviço e no tocante


a dispensas, férias e outros afastamentos;

 Fiscalizar a execução das ordens em vigor, relativas ao serviço;

 Fiscalizar da Apresentação pessoal de todos integrantes da equipe;

 Fiscalizar as condições de uso dos veículos destinados ao atendimento


das autoridades e a segurança pessoal;

 Autorizar a divulgação à equipe, da agenda do Governador do Estado e


da Primeira Dama, determinando providências de caráter particular dos
eventos;

 Divulgar as várias missões para o dia, bem como a leitura das notas de
segurança ou de viagem para o dia, seguindo-se de comentários e
esclarecimento de dúvidas;

 Inteirar-se com os Sargentos da Equipe sobre todas as novidades e


possíveis alterações no tocante a todo efetivo da equipe;

 Inteirar-se com o Oficial de Dia ao sobre novidades para o dia;

 Inteirar-se com o Oficial escalado de plantão sobre ocorrências ou


situações que lhe devam ser de conhecimento;

 Inteirar-se com o coordenador de vôo sobre as operações com aeronaves


previstas para o dia, bem como possíveis alterações tendo em vista
condições meteorológicas, dos aeroportos, dos helipontos ou até mesmo das
aeronaves e pilotos;

 Reconhecer previamente todos os locais em que as autoridades deverão


comparecer, e a adoção das providências registradas e determinadas pelas
notas de segurança ou de viagem;

 Fiscalizar e verificar todas as providências adotadas pelo:

a. Sargento Adjunto da equipe;


b. Sargento Operacional do Governador;
c. Sargento Operacional da Primeira Dama;
d. Sargento Piloto da equipe;
e. Sargento Velado da equipe;

 Informar o escalão superior em casos de risco ou qualquer ocorrência que


envolva qualquer das autoridades protegidas pela sua equipe;

 Acompanhar o Exmo Sr GE em todos os deslocamentos, organizando,


coordenando, e comandando a equipe de segurança;

 Coordenar a segurança do Gabinete do Exmo Sr GE e da Ala residencial;

 Substituir o Oficial Ajudante de Ordens em seus impedimentos;

 Organizar, coordenar e comandar a segurança pessoal do Sr GE e das


instalações, quando o Exmo Sr GE estiver hospedado e local diverso do
Palácio dos Bandeirantes;
 Cumprir o estabelecido em Nota de Segurança ou Nota de Viagem,
publicados pela DIPLAN, adaptando a situação de momento no que for
necessário ou exigir;

 Transmitir o serviço a seu sucessor com o maior número de dados e


riqueza de detalhes;

 Manter a equipe sob seu comando em contínuo treinamento;

 Autorizar , controlar e fiscalizar todas as despesas havidas com verba em


seu poder, lançando-as em planilha própria;

3. Missões do Sargento Adjunto da Equipe

É o principal condutor da rotina da equipe, sendo o responsável direto pela


conferência do efetivo, destino e missões onde integrantes da equipe estejam
escalados, bem como detentor de todo material e veículos destinados à equipe
de Segurança Pessoal.

O Sargento Adjunto da Equipe, além de responder administrativamente


pelo Oficial de Segurança Pessoal nos eventuais afastamentos, é também o
comandante imediato do encarregado de viaturas e dos policiais militares dos
postos fixos, possuindo também como responsabilidades as seguintes
atribuições:

 Dar ciência ao Oficial de Segurança Pessoal Chefe Equipe de toda e


qualquer novidade sobre integrante da equipe.

 Acionar os integrantes da equipe, escalados para missões específicas,


determinando-lhes horários, locais, veículos, equipamentos e as providências
a serem adotadas ;
 Responder pelas comunicações, limpeza e disciplina da sala de
segurança, determinando e interferindo no uso e conduta de emprego;

 Responder pelos veículos, placas reservadas, e anotações no quadro


branco e nos quadros de aviso da sala de segurança determinando e
interferindo no uso e conduta de emprego;

 Responder pelo material bélico à disposição da equipe, bem como pelos


registros e anotações correspondentes nos livros e formulários próprios
determinando e interferindo no uso e conduta de emprego;

 Responder pelos relatórios e por toda parte cartorária da equipe;

 Responder por todo material permanente e de escritório à disposição da


equipe de segurança;

 Responder pelo uso e disposição dos veículos nas vagas, da garagem do


Palácio dos Bandeirantes, destinadas à segurança e a ala residencial;

 Responder pela equipe, na ausência do Oficial de Segurança Chefe da


Equipe;

 Secundar o Oficial de Segurança Chefe da equipe, por iniciativa própria,


na fiscalização das ordens em vigor relativas ao serviço;

 Comunicar ao Oficial de Segurança Chefe da equipe sobre todas as


ocorrências que verificar bem como as providências imediatas adotadas;

 Fiscalizar a apresentação pessoal das praças integrantes da equipe, que


deverão estar devidamente trajados e apresentados;
 Coordenar as revistas matinais e de instrução, fiscalizando a pontualidade
dos integrantes e possíveis alterações;

 Providenciar que os integrantes da equipe efetuem suas refeições


adequadamente quando de serviço no PB e se por impedimento ou motivo
de força maior, plenamente justificado, adquirir no comércio a refeição para
aqueles que deixaram de alimentar-se;

 Após os afastamentos eventuais do Oficial de Segurança, na primeira


oportunidade, participar-lhe as ocorrências havidas durante os seus
impedimentos, mesmo que já haja providências a respeito;

 Apresentar-se ao Oficial de Segurança, após receber o serviço, executar


ou fazer executar todas as suas determinações;

 Transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo da sua execução;

 Lançar em livro próprio as providências pendentes e zelar pela execução


daquelas que lhe forem afetas;

 Efetuar a escala de serviço, controlar e coordenar as rendições nos


postos;

 Rondar os postos periodicamente;

 Controlar a recepção e distribuição dos materiais de uso diário (pó de


café, açucar, etc );

 Rondar os postos periodicamente, fiscalizando e orientando os agentes


de serviço;
 Coordenar e informar constantemente aos comandantes de cada
Subequipe, Via rádio ou Telefone, durante toda a execução de eventos ou
deslocamentos do Sr GE, da Sra PE ou FI,FII,FIII; o transcorrer dos fatos
relativos a cada um deles, inclusive os preparatórios das autoridades;

4. Missões do Sargento Operacional

O Sargento operacional é o auxiliar imediato do Oficial de Segurança


Pessoal nas operações e instruções e por ele responde operacionalmente
nos impedimentos ou ausência, mantendo-se sempre em condições de
cumprir a missão e compete:

 Cumprir e fazer que sejam cumpridas todas as ordens emanadas do Chefe da


equipe de Segurança Pessoal;

 É responsável direto pela sub-equipe de segurança pessoal aproximada do


Sr. GE, PE e FI,FII E FIII;

 Coordenar e fiscalizar as providências preparatórias para os deslocamentos


de GE,PE, FI, FII e FIII;

 Verificar se as viaturas, equipamentos e agentes estão em condições de


pronto emprego;

 Secundar o oficial e o Sargento Adjunto, na fiscalização da apresentação


pessoal dos agentes de segurança, bem como a postura dos mesmos;

 Nos eventos externos, atuar como elo de ligação entre o Chefe de Equipe e
os demais agentes, orientando-os quanto ao posicionamento e a missão;
 Trazer ao imediato conhecimento do Oficial de Segurança toda novidade
relativa a equipe;

 Efetuar ronda nos postos, fiscalizando e orientando os agentes;

 Além de sua missão específica, o Sargento Operacional do Governador tem


cumulativamente a missão de Encarregado das comunicações;

 Providenciar para que sejam feitos os contestes diários, por ocasião da


assunção de serviço e viagens, de todo o equipamento rádio, devendo para
tanto os mesmos serem deslocados para fora do prédio do palácio;

 Verificar o estado das baterias dos rádios portáteis, providenciando o


carregamento se estiverem sem a devida carga;

 Durante a noite e em viagens, manter as baterias em carga, através de


carregadores individuais para isso existentes;

 Instruir os agentes de segurança quanto ao uso correto dos meios de


comunicação, conforme normas existentes;

 Exercer rigorosamente vigilância sobre o material que lhe foi confiado,


zelando pela sua conservação e providenciando em tempo hábil, junto a
DITEL, reparo das avarias e medidas quanto aos extravios que verificarem;

 Zelar pelo armamento, pela munição e algemas existentes na viatura de


apoio;

 Estar sempre atento e fazer com que os agentes sob seu comando, também
o sejam, para fazer frente a qualquer situação que possa colocar em risco a
integridade física ou moral da autoridade, e
 Instruir adequada e constantemente os agentes, quanto ao manuseio ao
armamento e da munição.

5. Missões do Sargento Piloto

 Deslocar-se com a devida antecedência até o local do evento, anotando o


tempo para confirmação, verificação de desvios, alterações de última hora
executados pelos órgãos de trânsito, congestionamentos, etc;

 Verificar antecipadamente os locais a serem frequentados pela autoridade,


atendo-se ao local de estacionamento, palanque, sanitários e pontos
notáveis que possam comprometer a segurança;

 Checar as autoridades que estão ou estarão presentes e aquelas pessoas


encarregadas da organização do evento, mantendo contato com as mesmas
para obtenção de detalhes;

 Efetuar o levantamento dos campos político, psicossocial e econômico, para


obter um quadro quanto a receptividade do público a autoridade, informando
possibilidade de risco;

 Regressar ao Palácio dos Bandeirantes, transmitindo as novidades ao oficial


de segurança e aguardar deste, determinação para regresso ao local do
evento, agora com motorista e agentes próprios;

 Chegando ao local do evento, manter constante contato pelo rádio, com o


Chefe da Equipe de Segurança, informando a situação no local, condições
de tráfego e a existência de acidentes de trânsito que possam determinar
mudanças do itinerário;
 No local, manter contato com a organização do evento sobre quem irá
acompanhar o Sr Governador ( Primeira Dama ) no interior da sala ou no
palanque ou área restrita, solicitando uma possível lista, em papel timbrado
da instituição promotora do evento, com os nomes das pessoas, instituição
que pertençam, bem como forma de possível identificação ( crachá, uniforme,
pin de lapela, etc ) e sempre de acordo com a capacidade do local
( dimensões, capacidade de peso e condições favoráveis de segurança );

 No local, manter contato com as autoridades, informando-as da proximidade


do Sr Governador ( Primeira Dama ) e comitiva, liberar a área de
desembarque e estacionamento e também apoiar no desembarque da
autoridade;

 No local, manter agentes no controle dos acessos as salas ou palanques


onde exista a previsão de serem ocupados pela autoridade;

 Durante o desenrolar do evento, coordenará os agentes sob seu comando na


execução da segurança pessoal periférica, em um anel mais afastado, porém
sempre em contato com o oficial de segurança;

 Caso esteja previsto deslocamento aéreo após o término do evento, deverá


se retirar para reconhecimento do itinerário de volta ao Heliponto, informando
via rádio as condições de tráfego, bem como adotar os procedimentos de
segurança no local;

 Caso o Heliponto seja suspenso, manter agentes na proteção da chegada do


veículo ( portões, portarias, calçadas, etc), nos elevadores, na chegada ao
andar e na plataforma de pouso/ decolagem, solicitando inclusive a
administração do prédio a possibilidade da colocação de um ascensorista e
programação da elevação sem paradas nos andares intermediários ;
 Durante o expediente, o Sargento Piloto acumulará as funções de
encarregado da garagem, devendo para isso racionalizar o posicionamento
das viaturas na garagem de acordo com as prioridades de emprego;

 Providenciar e fiscalizar para que todos os acessos a garagem e aos


elevadores sejam mantidos livres e desocupados;

 Preparar a garagem de tal forma que o corredor de circulação interna esteja


livre quando da chegada do Sr Governador ( Primeira Dama );

 Zelar para que automóveis não autorizados não estacionem na garagem;

 Manter sob controle e fiscalização as vagas reservadas a ala residencial , e

 Efetuar rondas aos postos, fiscalizando e orientando nos postos.

6. Missões do Sargento Velado

O Sargento Velado é o comandante do escalão velado cujas missões


estão voltadas essencialmente para as operações de proteção do Governador e
familiares por meio das Informações para detecção de hostilidade ou intenção
que possa oferecer risco a integridade física da autoridade, a comitiva que o
acompanha ou aos presentes a determinada localidade ou evento em que o
Governador se fizer presente.

Ao Sargento Velado de Equipe se estende a responsabilidade em


levantar dados e produzir informes sobre a presença do Governador ou da
Primeira Dama no local tais como:

 Nível de ansiedade, aceitação ou hostilidade;


 Presença de grupos antagônicos, bem como possíveis pretensões
criminosas;

 Nível de segurança no local;

 Identificação de ocorrências recentes no local ou nas proximidades;

 Estabelecimento de estreito contato com as Agencias Regionais (AR) da


área, bem como as Subagências

 Presença, identificação e catalogação de pessoas armadas no local do


evento, agentes públicos inclusive;
 A estabilidade emocional e política da comunidade onde o evento irá ocorrer
deve ser assunto em que a equipe deve ter informações a respeito, pois em
caso de instabilidade acentuada, o risco à autoridade pode se potencializar;

 Verificação do nível de eficiência da Polícia e dos órgãos de segurança


locais, bem como seus efetivos e formas de atuação, analisando inclusive se
estão aptos a apoiarem eficazmente a segurança .

7. Missões do Agente “Mosca” ou “Sombra”

O agente “Mosca” ou “Sombra” é o integrante da Segurança Aproximada


responsável pela preservação da segurança do perímetro imediato da
autoridade ou seja possui a missão de evitar qualquer tipo de agressão no
perímetro de 01( um ) metro, tendo como epicentro a própria autoridade. Possui
também as seguintes atribuições:

 Manter-se junto da autoridade durante toda permanência em locais em que


comparecer, principalmente quando houver a presença de pessoas
desconhecidas ou de convívio não habitual;
 Zelar para que a autoridade não seja incomodada ou atingida por pessoas de
comportamento ou conduta duvidosa tais como indivíduos aparentemente
alcoolizados, drogados, de ânimos exaltados, sangrando, principalmente se
estiverem com objetos nas mãos (chaves, latas, bolsas, pedras, garrafas,
etc.);

 O comportamento do “Mosca” deverá ser, tal como o dos demais integrantes


da Segurança Aproximada, o mais natural possível, não devendo transmitir
por seus gestos ou conduta, nervosismo ou ansiedade, devendo manter as
mãos devidamente liberadas para atuar em toda situação necessária;

 Durante o acompanhamento, a autoridade não poderá se sentir tolhida em


seus movimentos, devendo o agente manter a eficiência no
acompanhamento redobrando a atenção para adoção de posição de
proteção, levando-se em conta a direção da via de fuga e o lado esquerdo do
corpo da autoridade ( localização do coração );

 O Agente “Mosca” ou “Sombra” durante a escolta a pé deverá sempre ter em


mente que a função precípua é a de proteger o VIP, retirando-o, em caso de
atentado por arma de fogo, da linha de tiro e após a garantia de transporte
seguro a retirada rápida do local evitando lesões ou exposição
desnecessária;

8. Missões Gerais do Agente Motorista

Os motoristas da Escolta deverão possuir, além de todas as


qualificações dos demais integrantes da equipe de segurança pessoal,
experiência, apresentação pessoal impecável, discrição, equilíbrio emocional,
tirocínio policial, resistência a fadiga, espírito de corpo, raciocínio rápido,
decisão, serenidade, criatividade e coragem. Deverá sempre que assumir o
serviço vistoriar e verificar as ideais condições dos veículos no tocante a :
 Apresentação geral, limpeza externa e interna;

 Acessórios normais e equipamentos especiais;

 Condições mecânicas;

 Níveis de óleo, fluídos, combustível e água;

 Pressão dos pneus, inclusive o estepe;

 Portas e tampas, espelhos retrovisores, ar condicionado;

 Freios e todos os comandos;

 Parte elétrica, funcionamento das setas, luz de freio, faróis, lanternas,


limpadores dos vidros parabrisa, etc.

 Vistoria de toda parte inferior, observando objetos estranhos, fios,


mangueiras, artefatos explosivos, ou sinalizadores.

 Dirigir o veículo em um pequeno percurso, no qual, possa avaliar a


situação geral, e a particularidade de alguns componentes.

9. Missões do Agente motorista do veículo executivo

É o motorista responsável pela condução do veículo que transportará a


autoridade devendo possuir além das qualidades e predicados já citados, as
seguintes características:

 Discreto;
 Conhecer bem as cidades de visita costumeira do VIP;

 Ser ótimo motorista;

 Iniciativa e decisão;

 Ter bom senso

 Responsabilidade;

 Apresentação pessoal impecável;

 Inteligência;

 Possuir cultura geral razoável;

 Equilíbrio emocional;

 Tirocínio policial;

 Dominar as técnicas de direção defensiva e direção ofensiva;

 Espírito de Corpo.

 Responsável pela manutenção do 1º escalão no veículo e por equipar o


veículo com os coletes balísticos, valise de primeiros socorros e materiais
particulares do GE e das pessoas que o acompanham;

 Conhecer a agenda do VIP para o Dia;


 Conhecer as notas de segurança e de viagem do dia de serviço;

 Conhecer os itinerários (principal e alternativo);

 Conhecer as Secretarias de Estado;

 Conhecer os Hospitais das Regiões dos Palácios dos Bandeirantes, do


Horto Florestal e Boa Vista (Campos do Jordão);

 Conhecer os Hospitais mais próximos das ruas dos itinerários;

 Conhecer os endereços de rotina da autoridade;

 Estar sempre equipado com rádio portátil ( na freqüência do carro de


apoio), bem como o correspondente fone de ouvido;

 Não desembarcar do veículo;

 Sempre posicionar o veículo em condições de evasão ou deslocamento


rápidos;

 Evitar trafegar na faixa da direita ( calçada );

 Conduzir o veículo executivo sempre analisando e identificando possíveis


vias de fuga;

 Em caso de parada nos deslocamentos, manter a distância dos veículos


parados a frente;
 Ao perceber que o semáforo a frente está “fechando” ou “fechado”
diminuir a velocidade do veículo com o objetivo de se evitar a parada
total;

 Ao equipar-se com telefone móvel celular, utilizar-se do sistema de


acionamento vibratório e não atendê-los com o veículo em movimento e
na presença da autoridade;

 Não ligar o rádio AM/FM do veículo sem determinação expressa da


autoridade;

 Conhecer todos os equipamentos, acessórios e recursos do veículo;

 Observar toda sinalização de trânsito e sinais de parada das autoridades


de trânsito (Gesto, apito, bloqueios, etc);

 Em caso de acidente de trânsito com o veículo executivo ou a sua frente


deve-se evitar a parada, deixando para a equipe do apoio a adoção de
providências no local;

 Não fumar e não permitir que se fume dentro do veículo executivo,


mesmo sem a presença da autoridade;

 Não exagerar no uso de colônias e perfumes;

 Não executar paradas não programadas ou em local de risco a


integridade da autoridade, pois até a mesmo a autoridade pode não ter
percebido o risco (explique sem parar o carro);

 Vistoriar pessoalmente o veículo executivo com vistas a detecção de


artefatos explosivos, aparelhos de escuta, transmissores ocultos, etc.
 Durante todas as paradas não afastar-se do veículo, fazendo sempre a
segurança da viatura, e

 Repassar o veículo para a equipe que irá render totalmente limpo,


abastecido e vistoriado.

10. Missões do Agente motorista do veículo de apoio

É o motorista responsável pela condução do veículo que transportará


o Comandante da Equipe, o Sargento Operacional e o Agente Operacional
“Mosca” ou “Sombra”, sendo na escolta motorizada a peça mais
importante, possuindo como missão maior a proteção física do veículo
executivo.

Deverá possuir também as seguintes características:

 Conhecer bem as cidades de visitas costumeiras do VIP;

 Ser ótimo motorista;

 Ter bom senso;

 Iniciativa e decisão;

 Responsabilidade;

 Apresentação pessoal impecável;

 Inteligência;

 Equilíbrio emocional;
 Tirocínio policial;

 Dominar as técnicas de direção defensiva e direção ofensiva;

 Espírito de Corpo;

 Perfeito entrosamento com o motorista executivo;

 Exímio piloto em manobras evasivas e ofensivas com o veículo; e

 Raciocínio rápido.

 Responsável pela manutenção do 1º escalão no veículo;

 Conhecer o veículo e todos seus equipamentos;

 Conhecer a agenda da autoridade;

 Conhecer a nota de segurança e de viagem do dia;

 Conhecer os itinerários ( principal e alternativo);

 Conhecer as Secretarias de Estado;

 Conhecer os Hospitais das Regiões dos Palácios dos Bandeirantes, do


Horto Florestal e Boa Vista (Campos do Jordão);

 Conhecer os Hospitais, postos policiais e de bombeiros mais próximos


das ruas dos itinerários;
 Perfeito entrosamento com o motorista executivo e do 3º carro;

 Comunicação constante com o motorista executivo (por meio de radio,


codificação de setas, e gestual );

 Manter a distância de segurança com o veículo da frente, aproximando-


se somente quando necessário (Motos, intersecção do comboio,
aproximação de faróis );

 Estar sempre atento a pessoas que se aproximarem do veículo


executivo;

 Estar pronto para assumir as funções de motorista executivo;

 Dar a devida cobertura durante todo deslocamento;

 Evitar desembarcar do veículo, e

 Dirigir a equipagem do veículo de apoio, executando pessoalmente a


segurança;

11. Missões do Agente motorista do veículo “3º carro”

Tão importante como o motorista executivo e do apoio, o Agente


Motorista do 3º carro tem como finalidade precípua o transporte da
comitiva que acompanha o VIP ( Aj.O. Secretários de Estado, Assessores,
familiares, parlamentares e todos aqueles que compõe a comitiva de
acompanhamento da autoridade), bem como ser o substituto imediato do
Motorista Executivo.
Além das atribuições citadas, o Agente Motorista do 3º Carro deve
possuir as seguintes características:

 Conhecer bem as cidades de visitas costumeiras do VIP;

 Ser ótimo motorista;

 Ter bom senso;

 Responsabilidade;

 Apresentação pessoal impecável;

 Inteligência;

 Equilíbrio emocional;

 Tirocínio policial;

 Dominar as técnicas de direção defensiva e direção ofensiva;

 Espírito de Corpo;

 Perfeito entrosamento com o motorista executivo e do apoio;

 Exímio piloto em manobras evasivas e ofensivas com o veículo;

 Raciocínio rápido;

 Responsável pela manutenção do 1º escalão no veículo;


 Conhecer o veículo e todos seus equipamentos;

 Conhecer a agenda da autoridade;

 Conhecer a nota de segurança e de viagem do dia;

 Conhecer as Secretarias de Estado;

 Conhecer os Hospitais das Regiões dos Palácios dos Bandeirantes,


do Horto Florestal e Boa Vista (Campos do Jordão);

 Conhecer os Hospitais, postos policiais e de bombeiros mais próximos


das ruas dos itinerários;

 Discreto (não fazer comentários ou intromissão na conversa das


pessoas que conduz );

 Observar sempre os princípios da boa educação;

 Auxiliar a comitiva para acompanhamento da autoridade sinalizando


os locais de aceso, elevadores, horários ; e

 Executar pessoalmente o controle de malas.

12. Missões do Agente Operacional

O Agente operacional é o Policial Militar do Corpo de Segurança Pessoal


cujas missões estão voltadas essencialmente para as operações de proteção
do Governador e familiares.

O Agente operacional de Segurança Pessoal possui como missões:


 Cumprir e fazer que sejam cumpridas todas as ordens emanadas do
Chefe da equipe de Segurança Pessoal, do Sargento Adjunto e dos
Sargentos Operacionais comandantes de sub-equipes;

 Verificar se as viaturas e equipamentos estão em condições de pronto


emprego;

 Zelar pela perfeita apresentação pessoal bem como por sua postura
como Agente;

 Adotar todos os princípios de segurança quanto ao posicionamento e


a missão;

 Trazer ao imediato conhecimento do Oficial de Segurança e do


Sargento da Subequipe toda novidade relativa ao serviço e que tiver
conhecimento;

 Além de sua missão específica, o Agente Operacional do Governador


tem cumulativamente a missão de Equipar os veículos empenhados
na missão;

 Verificar o estado das baterias dos rádios portáteis, providenciando o


carregamento se estiverem sem a devida carga;

 Durante a noite e em viagens, manter as baterias em carga, através


de carregadores individuais para isso existentes;

 Exercer rigorosamente vigilância sobre o material que lhe foi confiado,


zelando pela sua conservação e providenciando em tempo hábil,
junto ao setor de telecomunicações, reparo das avarias e medidas
quanto aos extravios que verificarem;
 Zelar pelo armamento, pela munição e algemas existentes na viatura
de apoio;

 Estar sempre atento para fazer frente a qualquer situação que possa
colocar em risco a integridade física ou moral da autoridade, e

 Manusear adequadamente o armamento e a munição, observando


todos os princípios de segurança e efetividade.

 Ter bom senso;

 Responsabilidade;

 Apresentação pessoal impecável;

 Inteligência;

 Equilíbrio emocional;

 Tirocínio policial;

 Dominar as técnicas de Proteção Executiva;

 Espírito de Corpo;

 Raciocínio rápido;

 Iniciativa e decisão, e
 Zelar para que a autoridade não seja incomodada ou atingida por
pessoas de comportamento ou conduta duvidosa tais como indivíduos
aparentemente alcoolizados, drogados, de ânimos exaltados,
sangrando, principalmente se estiverem com objetos nas
mãos( chaves, latas, bolsas, pedras, garrafas, etc.) .

 Manter atenção máxima em serviço;

 Não “puxar” conversa com o VIP, exceto se chamado;

 Intervir sem violência desnecessária;

 Preservar o sigilo de todas as conversas;

 Utilizar-se de códigos ( via rádio e gestual);

 Interpor-se entre a autoridade e possíveis agressões;

13. Missões do Agente Piloto de Segurança Pessoal

O Agente Piloto é o Policial Militar do Corpo de Segurança Pessoal cujas


missões estão voltadas essencialmente para as operações de proteção do
Governador e familiares por meio da adoção das providências como escalão
avançado da equipe.

Agente Piloto de Segurança Pessoal possui como missões:

 Deslocar-se com a devida antecedência até o local do evento,


anotando o tempo para confirmação, verificação de desvios,
alterações de última hora executados pelos órgãos de trânsito,
congestionamentos, etc;
 Auxiliar na verificação antecipada dos locais a serem frequentados
pela autoridade, atendo-se ao local de estacionamento, palanque,
sanitários e pontos notáveis que possam comprometer a segurança;

 Auxiliar na checagem das autoridades que estão ou estarão presentes


e aquelas pessoas encarregadas da organização do evento, mantendo
contato com as mesmas para obtenção de detalhes;

 Auxiliar no levantamento de dados nos campos político, psicossocial e


econômico, para obter um quadro quanto a receptividade do público a
autoridade, informando todas as possibilidades de risco;

 Regressar ao Palácio dos Bandeirantes, transmitindo as novidades


aos oficiais e Sargentos de Segurança Pessoal e aguardar destes,
determinação para regresso ao local do evento;

 Chegando ao local do evento, manter constante contato pelo rádio,


com o Comando da Equipe de Segurança, informando a situação no
local, condições de tráfego e a existência de acidentes de trânsito que
possam determinar mudanças do itinerário;

 No local, manter contato com a organização do evento sobre quem irá


acompanhar o Sr Governador ( Primeira Dama ) no interior da sala ou
no palanque ou área restrita, solicitando uma possível lista, em papel
timbrado da instituição promotora do evento, com os nomes das
pessoas, instituição que pertençam, bem como forma de possível
identificação ( crachá, uniforme, pin de lapela, etc ) e sempre de
acordo com a capacidade do local ( dimensões, capacidade de peso e
condições favoráveis de segurança );
 No local, manter contato com as autoridades, informando-as da
proximidade do Sr Governador ( Primeira Dama ) e comitiva, liberar a
área de desembarque e estacionamento e também apoiar no
desembarque da autoridade;

 No local, manter-se no controle dos acessos as salas ou palanques


onde exista a previsão de serem ocupados pela autoridade;

 Durante o desenrolar do evento, executar a segurança pessoal


periférica, em um anel mais afastado, porém sempre em contato com
o comando da operação;

 Caso esteja previsto deslocamento aéreo após o término do evento,


deverá se retirar para reconhecimento do itinerário de volta ao
Heliponto, informando via rádio as condições de tráfego, bem como
adotar os procedimentos de segurança no local;

 Caso o Heliponto seja suspenso, manter-se na proteção da chegada


do veículo ( portões, portarias, calçadas, etc), nos elevadores, na
chegada ao andar e na plataforma de pouso/ decolagem, atuando
inclusive como ascensorista evitando paradas nos andares
intermediários ;

 Durante o expediente, o Agente Piloto auxiliará o encarregado da


garagem no posicionamento das viaturas na garagem de acordo com
as prioridades de emprego;

 Providenciar e fiscalizar para que todos os acessos a garagem e aos


elevadores sejam mantidos livres e desocupados;
 Auxiliar na garagem de tal forma que o corredor de circulação interna
esteja livre quando da chegada do Sr Governador ( Primeira Dama );

 Zelar para que automóveis não autorizados não estacionem na


garagem;

 Auxiliar no controle e fiscalização das vagas reservadas a ala


residencial;

 Ter bom senso;

 Responsabilidade;

 Apresentação pessoal impecável;

 Inteligência;

 Equilíbrio emocional;

 Tirocínio policial;

 Dominar as técnicas de Proteção Executiva;

 Espírito de Corpo;

 Raciocínio rápido, e

 Iniciativa e decisão.

14. Missões do Agente Velado de Segurança Pessoal


O Agente Velado é o Policial Militar do Corpo de Segurança Pessoal
cujas missões estão voltadas essencialmente para as operações de proteção
do Governador e familiares por meio das Informações para detecção de
hostilidade ou intenção que possa oferecer risco a integridade física da
autoridade, a comitiva que o acompanha ou aos presentes a determinada
localidade ou evento em que o Governador se fizer presente.

Ao Agente Velado se estende a responsabilidade em auxiliar no


levantamento de dados e na produção de informes sobre a presença do
Governador ou da Primeira Dama no local tais como:

 Nível de ansiedade, aceitação ou hostilidade;

 Presença de grupos antagônicos, bem como possíveis pretensões


criminosas;

 Nível de segurança no local;

 Identificação de ocorrências recentes no local ou nas proximidades;

 Estabelecimento de estreito contato com as Agencias Regionais (AR)


da área, bem como as Subagências

 Presença, identificação e catalogação de pessoas armadas no local do


evento, agentes públicos inclusive;

 A Estabilidade emocional e política da comunidade onde o evento irá


ocorrer deve ser assunto em que a equipe deva ter informações a
respeito, pois em caso de instabilidade acentuada, o risco à autoridade
pode se potencializar; e
 Verificação do nível de eficiência da Polícia e dos órgãos de
segurança locais, bem como seus efetivos e formas de atuação,
analisando inclusive se estão aptos a apoiarem eficazmente a
segurança .

2 . LOGÍSTICA

1. Trajes

A natureza do serviço de Segurança Pessoal exige do Agente algumas


preocupações no tocante à apresentação pessoal, o que na hora de folga torna-
se ao profissional uma faculdade de estar ou não bem vestido, na atividade de
acompanhamento e proteção executiva é uma exigência imprescindível, pois as
situações que o profissional estará exposto, compromissos da autoridade e que
invariavelmente o agente estará ao lado, poderá comprometer a imagem do VIP
e a da própria equipe, pois é facilmente comprovado que o muito que diz
respeito a autoridade e decisão estão relacionados ao sinais exteriores de
poder, revelados também por uma apresentação de trajes impecável.

Dentro desse enfoque enumeramos características a serem exigidas do agente


na atividade de Segurança Pessoal:

Ternos
Preferencialmente de cores sóbrias, discretas e escuras, feitos de tecidos
compatíveis com as estações do ano, devendo sempre estar passados e
limpos, e em caso de uso de algum emblema ou “pim”, o agente deve atentar
para utilizá-lo sempre do lado esquerdo, na “casa” da lapela, destinada
justamente para esse fim e limitando-se a utilizar aquele representativo do
órgão ou corpo que possuir, pois em caso de usar vários perderá a
finalidade de identificação e padronização, passando a parecer mais um
atendente de lanchonete famosa que propriamente um agente de segurança
pessoal.
Tendo em vista a freqüência de lavagem dos ternos, ser menor que a
lavagem das demais peças do vestuário, o agente deve atentar para não
utilizar um terno “vencido”, pois este pode apresentar manchas, e até mesmo
odores desagradáveis.

Outra peça importantíssima no uso do terno são as camisas, que,


segundo os usos e costumes revelam que devam combinar com a cor do
terno e ter colarinhos, devidamente engomados e sem botões (clássicas),
atentando para o uso de camisas lisas (sem listras, riscos ou quadriculados)
nos casos de estar vestindo ternos com as mesmas características, dando
preferência nessas ocasiões a ternos lisos (sem listras, riscos ou
quadriculados). Também deve ser alvo de preocupação a não utilização de
camisas com cores muito chamativas de atenção sob pena de constranger a
pessoa que está acompanhando e protegendo.

Geralmente utiliza-se de gravatas ao vestir um terno, onde o agente deve


atentar, dentro da mesma linha de discrição, em usar gravatas sóbrias e
discretas, descartando sob qualquer argumento, o uso de gravatas com
motivos infantis.

Roupas Casuais
Nem sempre o VIP estará trabalhando, e pelo fato da atividade de
Segurança Pessoal ser ininterrupta, exigirá do Agente de Segurança Pessoal
roupas adequadas às ocasiões e locais que o VIP irá freqüentar nas horas de
folga, bem como seu uso planejado para que possa portar o armamento e o
equipamento da forma mais discreta possível, e com características o
parecidas com a do VIP, por exemplo: O VIP usando calça comprida no
shopping center e o Agente também; O VIP usando bermudas na praia e o
agente também, sob pena, em caso de não se dissimular entre os outros
freqüentadores, de ser facilmente identificado como segurança e trazer um
possível constrangimento ao VIP e à sua família.

Sapatos adequados
Os sapatos do Agente de Segurança Pessoal devem possuir algumas
características tais como solado que não derrape ou escorregue facilmente;
ser de amarras evitando que saia com facilidade no caso de alguém pisar ou
do agente ter que desferir algum chute de ataque ou de defesa, devendo ser
da mesma cor do cinto e que combine com a cor do terno.

2. Documentação

Normalmente as pessoas portam seus documentos pessoais, mas ao


Agente de Segurança pessoal tal costume é uma obrigação, pois estará
sempre propenso a participar de situações em que a revelação da sua
condição de Agente determinará o prosseguimento de suas atividades com a
menor perda de tempo e transtornos possíveis, são eles:

Carteira funcional da corporação;


Carteira de identidade civil;
Carteira Nacional de habilitação;
Identidade Funcional de Agente de Segurança Pessoal do G.E.
Autorização para porte de arma de fogo, expedida pela unidade.
Autorização para porte de arma de fogo, em caso de missão fora do estado, com
validade para o tempo em que a missão exigir;
Autorização para porte de arma de fogo, em caso de missão fora do país, com
validade para o tempo em que a missão exigir;
Cópia da portaria que autoriza o uso de placas reservadas nos veículos a serem
utilizados pelo Governador e Comitiva;
Passaporte válido e com visto do consulado do país em visita, em caso de
viagem internacional.
3. Comunicações

A comunicação deve ser a mais ampla e flexível possível, para que o


sistema de maneira geral, não fique “surdo”, impedindo a eficácia das ações.

Em princípio deve haver um posto central ( base bravo), para onde as


equipes de escolta (G A e PA) e de segurança fixa ( postos fixos 3014, 3040
3030 e guarda), direcionem seus contatos e observações e recebam as
diretrizes.

A rede de rádio das equipes de segurança pessoal deve ser separada das
demais.

Na Segurança Pessoal, as mensagens devem ser codificadas, utilizando-


se de códigos convencionados entre a equipe e suplementarmente o código
internacional de letras:

A - ALFA
B - BRAVO
C - CHARLIE
D - DELTA
E - ECO
F - FOX
G- GOLF
H - HOTEL
I - INDIA
J - JULIET
K - KILO
L - LIMA
M -MIKE
N - NOVEMBER
O - OSCAR
P - PAPA
Q - QUEBEC
R - ROMEU
S - SIERRA
T - TANGO
U - UNIFORM
V - VICTOR
X - ECSREI
Y - YANQUE
Z - ZULU

O esquema de comunicação da equipe de segurança Pessoal deve trazer


em seu bojo como linha mestra a possibilidade de todos estarem equipados com
o rádio comunicador ( HT - Hand Talk ), bem como o correspondente fone
auricular, para que todos possam ouvir as comunicações e comunicar-se
simultaneamente. Outros 2 ( dois ) equipamentos fundamentais para a equipe
de segurança são o telefone móvel celular e o rádio do sistema digitalizado
(operações na grande São Paulo).

Durante as operações de proteção a autoridade, todos os envolvidos devem


estar atentos para não congestionarem a rede com informações não
relacionadas diretamente ao desenrolar dos fatos ou que lhe digam respeito,
bem como de ordem meramente administrativa.

Paralelamente ao que se trata o período anterior não podemos deixar que a


rede seja um silêncio cadavérico, dando a impressão de falta de interesse e não
emissão de informações, pois o simples fato de relatar a posição do VIP ou do
evento poderá suscitar ou determinar providências que demandam certo tempo
de resposta para se efetivarem.

Um aspecto que deve ser observado pela equipe de segurança pessoal e


pelos envolvidos na comunicação é a cientificação da equipe que irá
desempenhar a próxima operação de proteção sobre o andamento dos
deslocamentos devendo-se observar o padrão das comunicações.
Exemplo :

HORÁRIO BASE BRAVO EQ. PILOTO NO EQ.SEGURANÇA


HELIPONTO NO EVENTO

08:00 Checagem de QSA Checagem de QSA Checagem de QSA

Atento a Base
QSL !!! Bravo. Pelo QSL !!!
08:30 Heliponto de PB
tudo pronto !!!

Atento as equipes
Piloto e no Evento. QSL !!! QSL !!!
08:50 Movimentação pelo
Gabinete !!!

Atento as equipes
Piloto e no Evento.
08:55 Início de QSL !!! QSL !!!
deslocamento para
Heliponto !!!
Atento Base Bravo
09:00 QSL !!! e equipe, comitiva QSL !!!
embarcada !!!
HORÁRIO BASE BRAVO EQ. EQ. SEGURANÇA
DESEMBARQUE NO EVENTO
Atento Base Bravo
e Equipe ! Comitiva
09:02 QSL !!! de 04 : GE, QSL !!!
AjO,Sec Casa Civil
e Sec. da Saúde
Atento Base Bravo
e Equipe ! 09 horas
09: 03 QSL !!! e 03 minutos, QSL !!!
Aeronave no AR !!!

Base Bravo, 09
horas e 26
09:26 QSL !!! QSL !!! minutos, aeronave
no VISUAL !!!

Base Bravo, 09
horas e 28
09:28 QSL !!! QSL !!! minutos, aeronave
no SOLO !!!

Base Bravo,
09:30 QSL !! Início de
DESLOCAMENTO!

Base Bravo, 05
minutos para
09:35 QSL !!! chegada em
evento !!!

Base Bravo, 09
horas e quarenta
09:40 QSL !!! minutos GE pelo
Evento !!!

Base Bravo,
10:20 QSL !!! GE nas palavras !!!

Base Bravo,
10:40 QSL !!! GE pela Coletiva !!!

HORÁRIO BASE BRAVO EQ. EQ. SEGURANÇA


DESEMBARQUE NO EVENTO

Base Bravo, início


11:00 QSL !!! de deslocamento
para Heliponto de
saída !!!
Base Bravo,
Pelo desembarque comitiva de 03
11:05 QSL !!! QSL !!! embarcada!!!
GE,AjO e Sec
Saúde

Pelo desembarque Base Bravo, 11


11:07 QSL !!! QSL !!! horas e 07 minutos
aeronave no AR !!!
Base Bravo,
11:20 QSL !!! aeronave no QSL !!!
VISUAL !!!

QSL !!! Base Bravo, Base Bravo equipe


11:22 QSL, bom retorno !! aeronave no em deslocamento
SOLO !!! para Papa Bravo !!!

QSL !!! Base Bravo início


11:24 Providências de deslocamento !!!
adotadas !!!

TÉCNICAS E TÁTICAS DE SEGURANÇA PESSOAL

5 - 1. SEGURANÇA APROXIMADA
Iniciaremos o nosso estudo pela maior expressão da segurança
aproximada que é o módulo básico de qualquer sistema de segurança pessoal -
A Equipe de Segurança Pessoal Aproximada.

Trata-se do grupo que acompanha o Governador do Estado a todo


instante, sendo flexível em número de agentes máximo de agentes, observando-
se sempre as características de cada evento. A equipe de segurança
aproximada é a responsável direta pela preservação da integridade física e
moral da autoridade, protegendo-a diretamente contra ataques verbais, físicos,
de armas, de bombas e granadas e armas de longo alcance, lembrando sempre
que em caso de ataque a preocupação maior é a de proteger e retirar a
autoridade do local para longe e livre de qualquer perigo.

1. Linhas Básicas

O módulo básico é composto por 07 ( sete ) integrantes:

a) Oficial de Segurança Pessoal;


b) Sargento Operacional;
c) Agente “Mosca” ou “Sombra”;
d) Agente Operacional;
e) Agente Motorista do veículo Executivo;
f) Agente Motorista do veículo de Apoio, e
g) Agente Motorista do veículo 3º carro.

Uma vez definida a equipe de segurança aproximada, é preciso ressaltar


a missão de cada integrante, lembrando sempre que este módulo básico estará
a todo instante ao lado da autoridade e principalmente quando esta estiver em
público movimentando ou mantendo contato pessoais diretos exigindo nesses
momentos, da escolta aproximada, alerta máximo e sempre adaptando as
formações ao meio.
2. Formações de Segurança Pessoal Aproximada

Para a proteção aproximada, existem formações de Segurança que


representam a última linha de defesa da autoridade, exigindo que o
agente de segurança pessoal esteja sempre pronto para defende-la de
possíveis agressores. Nas formações de proteção, cada integrante
deve estar totalmente concentrado em sua área de responsabilidade que
irão de agente a agente na formação, produzindo arcos imaginários de
atenção.

As formações básicas são 07 (sete):

a) Solo;
b) Ponta;
c) Linear;
d) Em Linha;
e) Cunha;
f) Caixa ou Box, e
g) Losango ou Diamante

Nas formações de proteção aproximada, são observados os seguintes


princípios:

As formações são adaptáveis ao número de agentes, ao terreno e a


situação, e preferencialmente (em situação de normalidade) restringir os
movimentos da autoridade, devendo a escolta fluir naturalmente, de
forma tranqüila e discreta;
As formações proporcionam a cobertura corporal da autoridade,
visando sempre a preservação da integridade física e de acordo com a
exigência da situação;
São planejadas e executadas também com o objetivo de preservar a
imagem desta, permitindo que o público a veja, porém sem transmitir a
impressão exagerada de aparato de segurança.
Os integrantes da escolta devem sempre manter os olhares para fora
da formação e raramente na direção da autoridade pois o objetivo é o de
antecipar-se ao ataque, detectando o perigo antes que seja perpetrada
qualquer agressão;
O entrosamento e o treinamento da equipe são fundamentais para o
sucesso das operações de proteção;
Os intervalos entre os agentes são definidos pelo Comandante do
grupo e de acordo com a situação e definição física do local, e
Todos os integrantes da formação deverão estar equipados com
rádios comunicadores e os correspondentes equipamentos auriculares e
transmissão, proporcionando assim a liberdade de ação das mãos para
qualquer reação.

FORMAÇÃO SOLO
Autoridade

Agente “Sombra”

FORMAÇÃO PONTA
Agente“Ponta”Avançado

Autoridade

Agente Sombra

FORMAÇÃO LINEAR
Agente“Ponta”Avançado

Autoridade

Agente Sombra
Agente Ponta a Retaguarda

FORMAÇÃO EM LINHA

“Flanco Esquerdo” Autoridade “Flanco Direito”


Agente Sombra

FORMAÇÃO CAIXA OU BOX

“Flanco Esquerdo” “Flanco Direito”


Avançado Avançado
Autoridade

Agente Sombra

“Flanco Esquerdo” “Flanco Direito”


a Retaguarda a Retaguarda
FORMAÇÃO DIAMANTE

Agente“Ponta”Avançado

“Flanco Esquerdo” Autoridade “Flanco Direito”


Agente Sombra

Agente“Ponta”a Retaguarda

FORMAÇÃO CUNHA

Agente “Ponta” Agente “Ponta”


Avançado Esq. Avançado Dir
“Flanco Esquerdo” Autoridade “Flanco Direito”

Agente Sombra

Agente“Ponta”a Retaguarda
3. Tipos de ataques e respectivos procedimentos

Visualização para prevenção a possíveis ataques

Durante a permanência da autoridade em situação de exposição


(cerimônias, traslados, eventos de visitação, palestras, deslocamentos ou
entrevistas a imprensa), a equipe de Segurança pessoal, deve manter
total observação visual no ambiente e principalmente nas pessoas que
estiverem “orbitando” ao redor ou presente nas imediações procurando
identificar :

 Pessoas que estejam irriquietas ou aparentemente nervosas;

 Pessoas que apresentem expressões faciais ou corporais que


possam denotar discordância ou descontentamento com o
discurso ou presença da autoridade;

 Pessoas que apresentem estado anormal de comportamento


(aparentemente alcoolizadas ou sob efeito de alguma substância
entorpecente);

 Pessoas que estejam utilizando trajes incompatíveis com a


ocasião, estação do ano ou temperatura local;

 Pessoas com as mãos dentro de bolsos ( de calça ou de blusa);

 Pessoas com as mãos dentro de bolsas, pacotes ou volumes;

 Pessoas com pacotes ou volumes nas mãos;


 Pessoas com objetos nas mãos e que possam ser arremessados
ou utilizados contra a autoridade. Exemplo:
“ Molho de chaves “, rádios de pilha, rádios, celulares, guarda- chuva,
copos, garrafas, ovos, frutas, legumes, sanduiches, latas de cerveja ou
refrigerante, pedras, tijolos, pedaços de pau, etc .

 Pessoa com qualquer tipo artefato explosivo, arma de fogo ou


branca ( revólver, pistola, fuzil, metralhadora, granada, ”coquetel
molotov”, “bomba” de fabricação caseira, faca, facão, estilete,
punhal, tacape ) nas mãos.

Ataque Verbal
Perpetrado por indivíduo isolado, grupo de pessoas ou multidão,
emitindo palavras ofensivas, xingamentos ou gritando:

Procedimento: Não parar, sob hipótese alguma, para discutir; não


responder às provocações; cerrar a formação, cobrindo a silhueta da
autoridade e após a visualização da saída, já prevista e verificada
antes, retirá-la do local rapidamente.

Ataque Físico
Perpetrado por indivíduo isolado, grupo de pessoas ou multidão,
mediante socos, arremesso de objetos ou pauladas:

Procedimento: Cerrar a formação cobrindo toda silhueta da


autoridade, reagindo proporcionalmente a agressão para evitar que o
dignitário seja atingido e somente em legítima defesa, onde após a
visualização da saída, já prevista e verificada anteriormente, retirá-la
imediatamente para local seguro.

Ataque com arma de fogo ou arma branca


Perpetrado por indivíduo isolado ou grupo de pessoas mediante a
utilização de armas de fogo, armas brancas ou armas improvisadas.

Procedimento: O primeiro Agente a visualizar deverá gritar alertando


a equipe e de acordo com a arma e o “Sistema Relógio” “FUZIL – 12
HORAS”; Cerrar a formação cobrindo toda silhueta da autoridade,
reagindo proporcionalmente à agressão para evitar que o dignitário
seja atingido e somente em legítima defesa, onde após a visualização
da saída, já prevista e verificada anteriormente, retirá-la
imediatamente para local seguro.

Ataque com qualquer tipo artefato explosivo


Perpetrado por indivíduo isolado ou grupo de pessoas mediante a
utilização de qualquer tipo de artefato explosivo, granada, ”coquetel
molotov”, “bomba” de fabricação caseira.

Procedimento: O primeiro Agente a visualizar deverá gritar alertando


a equipe e de acordo com a arma e o “Sistema Relógio” “GRANADA –
9 HORAS”; Cerrar a formação cobrindo toda silhueta da autoridade,
levando-a ao solo, deitando-se sobre ela e reagindo
proporcionalmente a agressão para evitar que o dignitário seja atingido
e somente em legítima defesa, onde após a visualização da saída, já
prevista e verificada anteriormente, retirá-la imediatamente para local
seguro.

Ataque com arma de longo alcance


Perpetrado por indivíduo a distância e com arma de presumida alta
precisão.

Procedimento: O primeiro Agente a visualizar deverá gritar alertando


a equipe e de acordo com a arma e o “Sistema Relógio” “FUZIL – 3
HORAS” e simultaneamente proteger a autoridade ; Cerrar a
formação cobrindo toda silhueta da autoridade, reagindo
proporcionalmente a agressão para evitar que o dignitário seja atingido
e somente em legítima defesa, onde após a visualização da saída, já
prevista e verificada anteriormente, retirá-la imediatamente para local
seguro.
2. ESCOLTA MOTORIZADA

1. REGRAS BÁSICAS DE ESCOLTA MOTORIZADA................................

A escolta motorizada é o sistema de acompanhamento com veículos


mediante adoção de formações e procedimentos nos traslados de pessoas que
necessitem de proteção nos deslocamentos.

a. Todos integrantes da equipe deverão ser habilitados para direção de veículos


e com noções básicas de direção defensiva, ofensiva e evasiva;

b. O motorista executivo deverá ser o mais experiente do grupo;

c. O motorista do apoio deve estar totalmente entrosado com o motorista


executivo por meio de sinais, nas evasões e manobras em velocidade;

d. No veículo de apoio somente integrantes da Sub equipe aproximada, pois


em caso de tentativa de atentado ou evento inesperado, o apoio será
utilizado como barreira física, onde serão empregadas táticas de defesa ou
reação;
e. Os motoristas devem ter em mente que para qualquer deslocamento, todos
os procedimentos preventivos de primeiro escalão devem ser adotados, e
manter o tanque de combustível sempre abastecido;

f. Inspecionar o veículo externa e internamente procurando “situações ou


objetos estranhos”, tentando identificar por exemplo:
- fios,
- mangueiras,
- artefatos explosivos,
- sinalizadores,
- equipamentos de espionagem,
- sinais de entrada forçada,
- arranhões,
- fluidos vazando, e
- pneus com pregos.

g. Ao locar o veículo, deverá o agente, ter cadastrado os seguintes dados


referentes ao veículo:
- Nome, endereço e telefone da locadora;
- Autonomia;
- Procedimentos especiais de devolução;
- Equipamentos e acessórios do veículo;

h. Os motoristas da escolta sempre aguardam a chegada da autoridadedo lado


de fora dos veículos;

i. Observação das leis de trânsito;

j. Nenhum integrante da escolta, durante o acompanhamento nos itinerários,


fumam, bebem, comem, ouvem rádio ou se distraem que assuntos ou fatos
alheios a segurança da autoridade.
k. A distância máxima do veículo da escolta ao veículo executivo é aquela que
o motorista do apoio consiga enxergar a base do pneu do veículo da frente;

3. DISPOSIÇÃO DOS PASSAGEIROS NOS VEÍCULOS

EXECUTIVO 3o CARRO

Autoridade
APOIO
Cmt escolta
Sgt Op

Aj.O.

Mot

Sombra

Comitiva

4. FORMAÇÕES DE ESCOLTA MOTORIZADA

a. Padrão com 3 ( três ) carros

Líder

Executivo
Apoio
b. “ Modificada ” com 3 (três) carros

Executivo

Apoio

3o Carro
b. “ Modificada ” com 2 (dois ) veículos

Executivo
Apoio
5. TIPOS DE EMBOSCADAS E PROCEDIMENTOS

Princípios básicos:

- Sempre proteger o VIP, de preferência com o corpo, e estando


embarcados, a autoridade deve ser deitada no chão do veículo ou no
banco com a silueta “diminuída”;

- Todos os motoristas devem ter em mente que deverão acelerar em caso


de emboscada;

- O veículo de apoio responde, de acordo com a situação, com manobras


defensivas, ofensivas, evasivas ou até resposta armada;

- Sempre estar alerta para aqueles que dão coberturas nas emboscadas;

- Retirar o VIP para local seguro, e

- A equipe deve estar treinada e apta para agir nas operações anti –
emboscada.

a . Emboscada lateral

Nesta situação, o carro líder deve visualizar a operação de


emboscada, alertar os demais integrantes do comboio, “puxar” a evasão,
devendo o veículo executivo seguir o “líder” e apoio “cerrar” ao lado do
executivo, ultrapassá-lo pelo lado da possível agressão e responder em
legítima defesa própria ou da autoridade ( terceiros).
b . Emboscada frontal

Nesta situação, o carro líder avisa o restante do comboio


imediatamente e faz frente ao ataque, onde simultaneamente, o veículo
de apoio ultrapassa o veículo executivo que executa o chamado “cavalo
de pau de ré
5 - 3 . MEDIDAS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA EM EVENTOS

PREPARAÇÃO PARA EVENTOS


Toda a preparação para a saída ou operação em eventos deve-se revestir
da adoção de providências básicas e que irão determinar o sucesso, a
tranqüilidade exigida e execução da missão dentro dos parâmetros de
profissionalismo e consciência dos integrantes do grupo.
São as providências:
a. Revista da equipe;
b. Leitura da Nota de Segurança ou viagem;
c. Apresentação do que se espera de cada um em suas missões dentro do
grupo;
d. Conferência dos veículos a serem empregados;
e. Conferência dos equipamentos de comunicação:
a) Rádios trunking;
b) Rádios ponto a ponto;
c) Baterias reserva;
d) Carregadores;
e) Antenas, e
f) Auriculares.

f. Conferência dos equipamentos de Prevenção:


a) Detetor de Metais;
b) Espelho verificador de explosivos;
c) Material de atendimento nos primeiros socorros;
d) Coletes balísticos;
e) Lanternas;
f) Canivete;
g) Bastão expansivo “ASP”;
h) Guarda-chuva;
i) Espargidor lacrimogênio;
j) Algemas.

g. Conferência do armamento, munição e equipamentos:


a) Revólver Cal 38;
b) Pistola .40;
c) “Speed loader”;
d) Carregadores de pistola;
e) Porta - carregadores;
f) Munição cal 38 e .40;
g) Sub metralhadora;
h) Carregadores da sub metralhadora;
i) Pasta porta Sub metralhadora, e
j) Munição 9mm.

h. Verificação e explanação sobre condições metereológicas do


tempo e condições das estradas.
1. INSPEÇÃO EM EDIFICAÇÕES

a. Verificação de acessos e locais onde a autoridade se fará presente

a) A primeira etapa é verificar antecipadamente os locais a serem


freqüentados pela autoridade, atendo-se ao local de estacionamento,
palanque, sanitários e pontos notáveis que possam comprometer a
segurança;

b) Porta de entrada;

c) Saguões;
d) Elevadores;

e) Corredor;

f) Sala VIP;

g) Salão de eventos;

h) Varredura do Salão;

i) Cadeiras ou mesas a serem utilizados pelo VIP;

j) Enfermarias;

k) Rotas de fuga;

l) Saídas de emergência;

m) Elevador de saída;

n) Local de embarque, e

o) Área de saída.
b. Procedimento em atendimento de ocorrência envolvendo artefatos
explosivos ou bombas.

Matéria a parte

Você também pode gostar