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PV 91 O Cristo Da Nossa Fe Amostra Aluno

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ISSN 2317-4455 / nº 91 / 2024

capas_PV.indd 1 21/02/2024 11:13


Conselho de Educação
Cristã e Publicações
Domingos da Silva Dias (Presidente)
Misael Batista do Nascimento (Vice-presidente)

Sumário
José Romeu da Silva (Secretário)
Hermisten Maia Pereira da Costa
Rodrigo Leitão
Anízio Alves Borges
João Jaime Nunes Ferreira
Paulo Mastro Pietro

1. Como encontrar o Jesus verdadeiro?.........1

EDITORA CULTURA CRISTÃ


Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci 2. Jesus diferente, Deus diferente................5
01540-040 – São Paulo – SP – Brasil
Fone (0**11) 3207-7099
www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br

0800-0141963 3. Tantos ruídos, uma mensagem.................8


SUPERINTENDENTE
Clodoaldo Waldemar Furlan 4. De onde é esse homem?........................11
EDITOR
Cláudio Antônio Batista Marra
5. Senhor meu e Deus meu!.......................15
EDITORES ASSISTENTES
Eduardo Assis Gonçalves
Márcia Barbutti de Lima 6. Espiritualidade cristã... mesmo?............19
Timóteo Klein Cardoso

PRODUTORA
Mariana dos Anjos Esteves
7. Tentado, mas sem pecado.....................23
ISSN 2317-4455
8. Não vim revogar, mas cumprir...............27
O CRISTO DA NOSSA FÉ
Quem é e o que fez por nós 9. A morte do Cordeiro de Deus.................31
AUTORIA DOS ORIGINAIS DOS
ROTEIROS DO ALUNO
André Scordamaglio 10. Não seja incrédulo, mas crente.............35
AUTORIA DOS ORIGINAIS DOS
ROTEIROS DO PROFESSOR 11. Elevado às alturas.............................39
Vagner Barbosa

REVISÃO
Vagner Barbosa 12.O retorno do Rei................................43
André Scordamaglio
Timóteo Klein Cardoso
13. A escolha que faz diferença................46
EDITORAÇÃO
Alessandro Moreno

CAPA
Ideia Dois Design
Como encontrar o Jesus verdadeiro?
1
Texto básico: Marcos 8.27-33

Leitura diária Um grande pregador do passado ilustrou


isso dizendo que a melhor estratégia
D 1Pe 3.13-15 Apologia à razão da esperança
S 2Co 10.4-5 Sofismas e altivez
não é defender um leão na jaula, mas
T Gn 3.1 Ênfase distorcida soltá-lo. Com isso ele estava querendo
Q Gn 3.4 Negação absoluta dizer que a Bíblia não precisa de defesa,
Q Jo 16.13 Espírito da verdade pois basta pregá-la com fidelidade que o
S Ef 4.15 Verdade em amor serviço estará feito. Entretanto, a própria
S Jo 8.44 Pai da mentira Bíblia nos ensina a defender a verdade de
Deus quando necessário: “[...] santificai a
Introdução Cristo, como Senhor, em vosso coração,
Os estudos deste trimestre reforçarão estando sempre preparados para respon-
nossas convicções a respeito de Jesus. der [apologian] a todo aquele que vos
Talvez você tenha crescido em um lar pedir razão da esperança que há em vós”
cristão e aprendido as verdades bíblicas. (1Pe 3.14-15).
No entanto, observando mais atentamente, Nesse texto, o apóstolo Pedro encoraja
você perceberá que há muitas propos- os crentes a fazerem apologia à razão
tas para reinventar Jesus ou até mesmo da esperança, sendo maltratados mesmo
considerá-lo alguém importante, porém, quando eram inocentes. Semelhante-
desprezando sua verdadeira identidade mente, o apóstolo Paulo declara: “[...] as
apresentada na Escritura. Isso pode ocor- armas da nossa milícia não são carnais,
rer, infelizmente, até em igrejas que se e sim poderosas em Deus, para destruir
denominam cristãs. Portanto, há neces- fortalezas, anulando nós sofismas e toda
sidade de confrontarmos o imaginário de altivez que se levante contra o conheci-
um Jesus forjado pelo homem com aquele mento de Deus, e levando cativo todo
revelado na Palavra de Deus. Que o Senhor pensamento à obediência de Cristo” (2Co
nos auxilie nessa tarefa. 10.4-5). Veja como a linguagem bélica
está presente, enfatizando a necessidade
I. Uma palavra sobre apologética de, com o conhecimento de Cristo, des-
Apologética é o que faremos aqui: con- truirmos fortalezas de raciocínios falazes
fronto de ideias. Mas não pense mal dela. e altivez. Além dessas instruções claras,
Quando há desvio da verdade, é necessá- também temos o exemplo do próprio
rio um arrazoado, ou seja, uma maneira Senhor Jesus confrontando as interpre-
de expressar em argumentos que algumas tações errôneas e ensinos perniciosos
alegações são falsas e outras verdadeiras. (Mt 5.21,27,33,38,43) e o apóstolo Paulo
Fazemos isso o tempo todo. Quando al- fazendo a mesma coisa nas sinagogas (At
guém faz uma afirmação que não corres- 9.20; 13.15-41; 14.1; 15.1-2, etc.) e em
ponde aos fatos, prontamente procuramos Atenas, com os gentios (At 17.16-31).
retrucar com a verdade. A apologética, Isso não significa, todavia, que a apo-
portanto, é a defesa da fé quando ela é logética pode ser feita de qualquer modo.
atacada por desvios da verdade. Na continuação do texto, Pedro exorta:
Pode ser que você seja da linha segundo “[...] fazendo-o, todavia, com mansidão e
a qual “a verdade não precisa de defesa”. temor, com boa consciência” (1Pe 3.16).
2 Palavra Viva

A nossa apologética é feita por amor à fato, o que ele afirma não é uma mentira
verdade de Deus e às pessoas. Muitos explícita, porque, em resumo, Adão e Eva
têm usado do expediente da apologética não poderiam comer de toda árvore do
para serem difamadores e presunçosos jardim. Mas a ênfase usada faz parecer
e, querendo defender a fé cristã, acabam que a ordem de Deus é restritiva e ma-
caindo em pecado. Deus concede sabe- ligna, quando, na verdade é abrangente e
doria suficiente para falarmos a verdade boa: “De toda árvore do jardim comerás
em amor (Ef 4.15). livremente”. Essa estratégia é usada por
Satanás e imitada pelos homens desde que
II. Distorções da realidade o pecado entrou no mundo. Ao invés de
Para encontrar o Jesus verdadeiro, é considerarem a bondade e misericórdia de
necessário assumir uma série de pres- Deus naquilo que ele ordena, influencia-
suposições a respeito do funcionamento dos pela maldade de seus corações, fazem
do mundo criado por Deus. É importante com que os mandamentos do Senhor
perceber que, na maioria das vezes, as pareçam ruins e injustificáveis.
falsas propostas não são uma negação
explícita da verdade dos fatos, mas B. Propósito revelado
distorções e desproporções dela. Essas Há um objetivo maligno em distorcer
deformidades fatalmente levarão à ne- a verdade: negar suas consequências.
gação dos princípios estabelecidos pela Satanás prepara o caminho para fazer a
própria verdade, mas parecem plausíveis negação explícita do que Deus havia afir-
e fruto de arrazoado lógico e consistente. mado. Obviamente, o diabo é ardiloso e
Na arte da argumentação, infelizmente, sorrateiro, usando com maestria palavras
aos ouvidos valem mais a retórica e a e ênfases para que a negação do que Deus
beleza estética do que a consistência dos havia dito fosse palatável. Só que todo
argumentos. Popularmente, dizemos que esse esforço só traz ainda mais maligni-
vale mais como o discurso é feito do que dade ao que está sendo feito, até chegar ao
aquilo que está sendo dito. Não há alguém seu clímax: “É certo que não morrereis”
mais astuto que o diabo para fazer isso. (Gn 3.4). Aquilo que era velado e parecia
representar apenas um pequeno desvio da
A. Ênfase subversora palavra de Deus se concretiza em negação
Veja a tentação de Adão e Eva por explícita do que ele havia afirmado. A
Satanás. Deus havia dado uma ordem estratégia do diabo permanece a mesma.
explícita: “De toda árvore do jardim Por meio dos pequenos desvios do que
comerás livremente, mas da árvore do Deus disse, somos levados às mortíferas
conhecimento do bem e do mal não consequências da desobediência.
comerás; porque, no dia em que dela co-
III. E o Jesus verdadeiro?
merdes, certamente morrerás” (Gn 2.16-
17). Criados à imagem e semelhança de Com isso em mente, devemos estar aten-
Deus, e ainda sem a presença do pecado tos às distorções disseminadas a respeito
no mundo, Adão e Eva recebem a ordem do próprio Senhor Jesus. Não se deixe
sem qualquer ruído na comunicação. enganar, elas são muitas e estão presentes
Eles a compreenderam perfeitamente. em todos os séculos na história da igreja
No entanto, a serpente diz à mulher: “É e do mundo. Desde movimentos sectários
assim que Deus disse: Não comereis de na Palestina do século 2º, passando pela
toda árvore do jardim?” (Gn 3.1). Perce- Idade Média e sua representação pictórica
ba a sagacidade do nosso adversário. De de um europeu loiro de olhos claros até
Como encontrar o Jesus verdadeiro? 3

um revolucionário da América Latina que diz respeito à confusão que os próprios


luta contra o capitalismo, Jesus tem sido discípulos teriam sobre sua pessoa e
representado e apropriado por várias cul- obra. Isso significa que, para afirmarmos
turas e lugares, de várias maneiras. Isso com certeza quem é Jesus, precisamos
aconteceu, inclusive, enquanto ele ainda primeiro saber como ele mesmo se revela.
estava vivendo neste mundo, realizando
a obra de salvação. C. Eu digo quem sou
Assim, faz todo o sentido o texto con-
A. Quem dizem os homens que sou eu? tinuar: “Então, começou ele a ensinar-
Ideias erradas a respeito de Jesus, sua -lhes que era necessário que o Filho do
pessoa e obra, eram comuns já na sua Homem sofresse muitas coisas, fosse
época. Tanto aqueles que tinham expec- rejeitado pelos anciãos, pelos principais
tativas messiânicas falsas quanto os que sacerdotes e pelos escribas, fosse morto
conheciam pessoalmente o Mestre e se e que, depois de três dias, ressuscitasse”
escandalizavam com ele eram confronta- (Mc 8.31). Aqui residem verdades ne-
dos a se adequar à verdade. Os próprios cessárias. Quem melhor para nos dizer
discípulos passaram por essa experiência. quem é Jesus do que ele mesmo? Se os
A certa altura de seu ministério, Jesus per- fragmentos de um messias forjado pelos
gunta aos seus discípulos o que os outros homens distorcem sua verdadeira iden-
diziam a respeito dele. Havia confusão na tidade, ela é recuperada por meio de sua
cabeça das pessoas sobre quem o Senhor própria palavra. Não há ninguém mais
era de verdade: “E responderam: João adequado para ensinar sobre a pessoa
Batista; outros: Elias; mas outros: Algum e obra de Jesus do que o próprio Deus
dos profetas” (Mc 8.28). O mundo sempre encarnado. Em decorrência disso, nossa
se confundirá sobre o verdadeiro Jesus, responsabilidade é ouvir atentamente e
por não ter o Espírito da verdade que aprender com humildade, pois Jesus faz
guia a toda verdade (Jo 16.13). Por isso, isso expondo claramente (Mc 8.32). No
forja para si um Cristo alternativo, com entanto, se aceitarmos as distorções, cor-
fragmentos do verdadeiro. remos o risco de repreendê-lo e reprovar
o seu ensino.
B. Mas vós, quem dizeis que eu sou?
Os discípulos do Senhor Jesus devem D. O pai das distorções
conhecê-lo a ponto de poderem responder Pedro convictamente declarou que Je-
com segurança quem ele é. Pedro toma sus era o Cristo, mas, quando aprendeu
a dianteira e responde: “Tu és o Cristo” dos lábios do próprio Cristo o que haveria
(Mc 8.29). Surpreendentemente, embora de acontecer, passou a reprová-lo. Nós já
a resposta de Pedro estivesse correta, sabemos que há alguém que distorceu o
Jesus adverte “de que a ninguém disses- que Deus disse, gerando confusão: “Je-
sem tal coisa a seu respeito” (Mc 8.30). sus, porém, voltou-se e, fitando os seus
Há suposições para explicar a reação discípulos, repreendeu a Pedro e disse:
do Senhor Jesus, mas duas explicações Arreda, Satanás! Porque não cogitas das
são mais plausíveis. A primeira delas é coisas de Deus, e sim das dos homens”
que, naquele momento, ainda não havia (Mc 8.33). Os discípulos do Senhor Jesus
chegado a hora de todos reconhecerem precisam aprender com sua palavra quem
sua messianidade. O plano do Pai estava ele é para não caírem na cilada do diabo
se desenrolando e, no tempo certo, todos e dos homens ímpios. Cabe aos cristãos
saberiam que ele era o Cristo. A segunda preservar a verdadeira identidade do Se-
4 Palavra Viva

nhor Jesus Cristo e recuperá-la quando corromper os homens e levá-los à desobe-


outros tentam corrompê-la. Os cristãos diência, distorcerá aquilo que Deus disse.
precisam ouvir atentamente o que Deus Devemos nos ater ao que o próprio Deus
diz e reconhecer humildemente que so- diz sobre quem é o seu Filho.
mente por meio de sua palavra e da ação
iluminadora do Espírito Santo poderão Aplicação
conhecer a verdade. Com quais aspectos da apologética você
tem mais facilidade ou dificuldade? Você
Conclusão consegue distinguir entre o Jesus verdadei-
O cristão consciente do seu papel ro e os messias fabricados pela imaginação
enxergará a necessidade da apologética humana e pela influência do diabo? Estude
para preservar a verdadeira identidade sua Bíblia com seriedade e dedicação para
do Senhor Jesus Cristo. Por ser inimigo aprender mais sobre Jesus Cristo, e desfru-
de Deus e de sua verdade, Satanás, para te de sua comunhão com ele.
Formato 15,5 x 23 cm
256 páginas
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