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Celebrado no segundo domingo de
dezembro, o Dia da Bíblia tem por
objetivo colocar a Bíblia em evidência, chamando a atenção dos brasileiros para a importância das Escrituras para a vida e a sociedade. O Dia da Bíblia é dedicado à realização de eventos e pode ser comemorado tanto no segundo domingo de dezembro quanto ao longo de toda a semana que antecede a data.
O Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-
Bretanha, pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil, a data começou a ser celebrada em 1850, quando os primeiros missionários cristãos evangélicos chegaram da Europa e dos EUA. Porém, a primeira comemoração pública aconteceu em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP), ano em que foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, por meio da Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional. Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas formas que os cristãos encontraram para agradecer a Deus por esse alimento para a vida.
No ano de 2022, foi promovida a
distribuição de 1 milhão de Novos Testamentos, as Sementes da Paz. Em 2023, em comemoração a seus 75 anos, a SBB lançou a Bíblia Sagrada Semente da Paz A campanha deste ano, desenvolvida pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), leva o tema “a Bíblia, a Referência para a Família e a Sociedade”, com o intuito de promover a Bíblia como instrumento de referência e distribuir milhares de Novos Testamentos na data, pois toda família e individuo da sociedade precisa dessa semente Nesta edição, a SBB buscou inspiração no texto de Mateus 4.4:
⁴ Ele, porém, respondendo, disse: Está
escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. -ACF- Mateus 4:4 ⁴ Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. –ARA-Mateus 4:4 ⁴ Jesus respondeu: "Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’". Mateus -4:4- NVI ⁴ Jesus, porém, respondeu: "As Escrituras dizem: ‘Uma pessoa não vive só de pão, mas de toda palavra que vem da boca de Deus’". –NVT- Mateus 4:4 “O ser humano não vive só de pão, mas vive de tudo o que Deus diz.” -Mateus 4:4- NTLH
Como falamos, Paulo escreveu essa sua
segunda epístola por volta de 64-68 d.C. para convidar Timóteo a visitá-lo em seus últimos dias e também com o objetivo de animar Timóteo em seu ministério contra os falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 3/4. Breve síntese do capítulo 3. Estamos vivendo os últimos dias não somente porque é chamado de últimos dias desde que Jesus veio até a sua volta, mas também porque está chegando ao final este período longo da história de grande misericórdia de Deus para com a humanidade toda. A lista de adjetivos de homens dos últimos dias é enorme quanto é enorme o desprezo às coisas de Deus. A lista começa com a rainha das não virtudes, o egoísmo e avança até chegar aos que tendo forma de piedade negam entretanto o poder de Deus. Paulo relembrou a Timóteo que, pelo fato de ele permanecer fiel, deveria esperar sofrer nos últimos dias nas mãos de impostores. Tendo exortado Timóteo a resistir aos falsos mestres em Éfeso, Paulo lidou com os tempos terríveis dos últimos dias. Essa seção é dividida em duas partes: uma descrição dos últimos dias (3.1-13) e exortações a Timóteo (3.14-4.5). Elas formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: A. Os últimos dias (3.1-13) – veremos agora; e, B. Exortações a Timóteo (3.14-4.5) – começaremos a ver agora. A. Os últimos dias (3.1-13). A fim de apresentar uma perspectiva apropriada com relação aos desafios que Timóteo enfrentava em Éfeso, Paulo comentou sobre as expectativas que todos os crentes deveriam ter quanto aos últimos dias. Paulo tocou em duas questões: os falsos mestres (vs.1-9) e sua própria resistência aos sofrimentos (vs.10-13). Elas também formarão nossa divisão proposta, conforme segue: 1. Falsos mestres (3.1-9) – veremos agora; e 2. A firmeza de Paulo (3.10-13) – veremos também agora. 1. Falsos mestres (3.1-9). Paulo considerava como uma característica dos últimos dias de que o número de pessoas descrentes aumentaria e que elas exerceriam grande influência sobre o povo de Deus, principalmente por causa do surgimento de falsos mestres. Paulo não tinha em mente primeiramente os tempos imediatamente anteriores ao retorno de Cristo. Sua preocupação era com o seu próprio dia. Isso se encaixa na perspectiva do Novo Testamento de que os últimos dias começaram com a inauguração do reino de Deus no ministério terreno de Cristo (veja 1Tm 4.1 e o artigo teológico recomendado pela BEG "O plano das eras", em Hb 7). Paulo listou algumas características daqueles que perturbam a igreja. Os problemas deles iam muito além de meros erros teológicos. II Tm 3:2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, II Tm 3:3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, II Tm 3:4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, II Tm 3:5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. O que torna os falsos mestres tão perigosos é que eles parecem ser cristãos (Mt 7.15,21-23). O que Paulo quis dizer quando falou de que esses se introduzem nas casas e conquistam mulherzinhas sobrecarregadas de pecado, não era que todas as mulheres são sobrecarregadas de pecados, mas que em Éfeso algumas mulheres haviam sido especialmente vulneráveis ao engano. Os falsos mestres em Éfeso devem ter sido bem-sucedidos em enganar algumas mulheres (1 Tm 2.14; 5.13-15). Tais mulheres e homens são daqueles que estão sempre aprendendo, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade, ou seja, não creem, são joios no meio da igreja. São os tais como Janes e Jambres. A tradição judaica identificava esses nomes com os dois mágicos egípcios que se opuseram a Moisés perante o Faraó (Ex 7-8). Eles resistem à verdade, pois que seu coração já está comprometido com a mentira. Paulo ao dizer que não iriam muito longe ou tinha em mente aqui que Timóteo exporia os falsos mestres em Éfeso, ou que o verdadeiro caráter dos falsos mestres seria exposto no julgamento final. A última opção parece ser a mais provável. 2. A firmeza de Paulo (3.10-13). Paulo continuou suas reflexões com relação aos falsos mestres dos últimos dias relembrando a Timóteo que ele (Paulo) também havia sofrido nas mãos dos enganadores na igreja. Antioquia ficava na província romana da Pisídia, Icônio e Listra na província romana da Galácia. Paulo havia pregado o evangelho em todas essas três cidades durante a sua primeira viagem missionária (At 13.14-14.20) e, contra uma oposição significativa, fundou uma igreja em cada cidade (At 14.21-23). Ele mencionou essas cidades em particular, incluindo a cidade natal de Timóteo de Listra, para apelar às raízes da fé de Timóteo (vs. 14-15; 1.5). Paulo suportou muitas perseguições e oposições, mas o Senhor o tinha livrado de todas – vs. 11. Assim, entende e ensina Paulo que todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. O Novo Testamento ensina que os cristãos deveriam esperar passar por perseguição (Mt 10.17-18; Jo 15.20; 1 Pe 4.12; 5.9). Essas palavras relacionadas aos homens perversos e impostores deixam claro que Paulo tinha em mente problemas que tinham vindo dos falsos mestres na igreja (vs. 1-5). B. Exortações a Timóteo (3.14-4.5). A partir dos vs. 3.14 ao 4.5, Paulo dá diversas exortações a Timóteo. Paulo voltou-se diretamente para Timóteo, enfatizando a responsabilidade que ele tinha em resistir aos falsos mestres e à descrença deles. Os perversos e impostores teriam o seu destino de irem de mal a pior, enganariam, mas seriam enganados, no entanto, Paulo orientava Timóteo a permanecer nas coisas que aprendeu e que tinha convicções. Ele estava ciente de quem aprendera tudo o que sabia. Uma referência não somente à mãe e à avó de Timóteo (1.5), mas também ao próprio Paulo. Paulo incentivou Timóteo a confiar na verdade do evangelho por causa do caráter de sua mãe e de sua avó. Paulo lembra a Timóteo que foi desde criança, ou desde "a meninice" que aprendera as sagradas letras. De acordo com o costume, o pai judeu deveria começar a instruir a criança na lei quando ela completasse cinco anos de idade. Os falsos mestres estavam interpretando de modo incorreto o Antigo Testamento (1 Tm 1.7; Tt 3.9). Timóteo precisava se lembrar da instrução correta que havia recebido de sua mãe e de sua avó. As "Escrituras" aqui se referem aos livros do Antigo Testamento. O Novo Testamento ainda não existia como uma compilação; além disso, alguns dos livros do Novo Testamento não tinham nem mesmo sido escritos. Mesmo assim, à medida que a literatura do Novo Testamento se desenvolveu, ela, também, foi chamada de "Escrituras" (veja 2Pe 3.15-16). Somente elas poderiam tornar Timóteo, e qualquer outro que seguisse o mesmo caminho, sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. O Antigo Testamento aponta claramente para o papel principal de Cristo Jesus no plano geral de Deus para a sua criação. O vs. 16 é especial por afirmar, claramente, uma verdade fundamental sobre as Escrituras. Toda a Escritura - o Antigo Testamento (e também o Novo Testamento) é inspirada por Deus. II Tm 3:16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, II Tm 3:17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Essa declaração – vs. 16 e 17 - é uma das mais importantes expressões no Novo Testamento da doutrina da divina inspiração da Escritura: ela foi inspirada por Deus (cf. 2Pe 1.21). Deus é tanto a fonte como o principal autor da Escritura. Apesar de ter sido escrita por autores humanos, ela é inspirada por Deus e revela o total peso de sua autoridade. II Tm 3:1 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, II Tm 3:2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, II Tm 3:3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, II Tm 3:4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, II Tm 3:5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. II Tm 3:6 Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, II Tm 3:7 que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. II Tm 3:8 E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; II Tm 3:9 eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles. II Tm 3:10 Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, II Tm 3:11 as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, - que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor. II Tm 3:12 Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. II Tm 3:13 Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. II Tm 3:14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste II Tm 3:15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. II Tm 3:16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, II Tm 3:17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. A conclusão do presente capítulo nos remete para nossa única regra de fé e prática, as Escrituras. É somente nela e com ela que poderemos triunfar nos últimos dias para não cairmos em erros, heresias e enganos de satanás ardilosamente preparados.