O Universo Esta Consigo
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Introdução 11
Agradecimentos 205
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T EMO S UM
P ODER OC ULTO
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isso! Não vires aí!» Gary sugere que pensemos nisto como
sendo a forma como vivemos a nossa vida. Estamos a
olhar para o ecrã de cinema que é a nossa vida e gritamos:
«Não voltes a essa relação! Não aceites esse emprego ter‑
rível! Não tomes essa bebida!» Mas acabamos por voltar
sempre a ficar presos na mesma cena de terror.
A nossa projeção é a nossa perceção. Eis um excelente
exemplo de como uma antiga linha narrativa assusta‑
dora — algo que pensei ter sarado —, regressou décadas
depois.
No liceu nunca fiz parte de uma claque. Tinha muitos
amigos que tocavam em bandas e fumavam droga nas
caves dos pais. Adorava‑os, mas sempre me senti uma
estranha, pois não tinha um grupo de amigas. A expe‑
riência levou‑me a criar uma narrativa interna que pro‑
jetei na minha vida: eu era uma estranha e nunca teria
um grupo de amigas. Essa projeção tornou‑se a minha
perceção durante muitos anos.
Depois, por volta dos 25 anos, comecei a fazer workshops
e palestras para grandes grupos de mulheres. Com o tempo
tive centenas de mulheres a conviver comigo. A narrativa
começou a sarar e aceitei que fazia parte de um grupo de
mulheres de mentalidade semelhante à minha.
Quando estava certa de que sarara a minha antiga per‑
ceção de medo, apercebi‑me de que não estava completa‑
mente livre dessa narrativa. O problema é que as nossas
narrativas de medo são insidiosas. Elas vivem na nossa
mente e nas nossas células; residem no nosso subcons‑
ciente. Quando pensamos que estamos curados da falsa
projeção, CATRAPUM! A coisa mais simples pode atirar
‑nos de volta ao velho medo. Nesse ponto da minha vida
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