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Clima Escolar

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Organização Pedagógica - 2024

Ensino Fundamental
CLIMA ESCOLAR

CLIMA ESCOLAR
Como fator essencial para a aprendizagem

A escola é um lugar de encontro. Diariamente, crianças, adolescentes, jovens e adultos


frequentam seus espaços-tempos, interagem uns com os outros e compartilham as suas
esperanças, os seus conhecimentos e as suas visões de mundo.
O espaço escolar é marcado pela confluência de sujeitos diversos. E, como qualquer outro
espaço formado por um grupo de pessoas, que é marcado e caracterizado pela diversidade,
tem os conflitos como parte do seu cotidiano. As diferenças de caráter cultural, físico, social,
intelectual, de gênero, faixa etária, entre tantas, estão presentes em todas as formas de
agrupamento humano e podem ser utilizadas para justificar disparidades entre pessoas que
resultam em desequilíbrio no acesso e na garantia de direitos, produzindo discriminação,
exclusão e segregação. Entretanto, quando respeitadas as diferenças, e os conflitos oriundos
delas são lidados de forma educativa e propositiva, abrem-se caminhos para a inclusão, o
respeito e a convivência democrática, impactando positivamente no convívio e,
consequentemente, no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.
É com isso em mente, que entendemos que a escola pode ser palco de violências e sofrimentos
diversos, mas pode ser, também, um espaço privilegiado de prevenção das violências, de
proteção e de promoção da convivência democrática. Ela é, por natureza, o ambiente de e para
as aprendizagens diversas, em que podem ser planejados não só os meios de construção, mas,
também, de consolidação de conhecimentos, atitudes e reflexões.
A dimensão conflitiva das relações humanas e das relações educativas, nesse sentido, merece
grande atenção por parte de toda a comunidade escolar e deve estar no centro dos objetivos
de uma instituição que tem como missão assegurar a garantia dos direitos de aprendizagem
dos estudantes.
A escola, como espaço que possibilita
O PPP de cada Unidade Educacional deve
a cada um reconhecer-se diante da propiciar que a escola seja um espaço social
pluralidade, é o lugar em que o eu e o privilegiado com vistas a construção de
iniciativas para a reflexão sobre as
outro estão em constante relação de desigualdades, as violências do cotidiano, os
desafios do convívio, a xenofobia, as
descoberta e redescoberta, portanto,
manifestações racistas, a LGBTfobia e as
ética e esteticamente projetada a diversas formas de discriminação, tendo em
vista uma gestão participativa e democrática.
partir de um referencial polifônico, Além disso, o documento deve abarcar o
construtor de narrativas. fortalecimento da rede de proteção social e
garantia da dignidade e igualdade de
As vozes nela presentes constituem oportunidades, considerando, para tanto, os
eixos norteadores do Currículo da Cidade:
um corpo que promove experiências,
igualdade, equidade e educação inclusiva.
resgata memórias, e, principalmente,
formam e enformam narrativas que resvalam umas nas outras e perpassam o campo do saber,
dos sentimentos e das escolhas, considerando a história e a bagagem de cada um que compõe
o grupo.
Ao reconhecer as vozes ancestrais que a constituem, a escola cumpre o papel de validar a
diversidade da qual ela é defensora, mantendo, a fim de compreender, o fio que reúne as
histórias de realidades tão diversas, marcadas por desafios e vulnerabilidades que se alongam
cada vez mais diante de uma sociedade complexa e desigual. Portanto, sabedora da sua função
social, acolhe demandas, constituindo um ciclo em constante movimento na busca de soluções
para que todos possam ter o direito de aprender, de aprender a ser, a escolher, a posicionar-se
criticamente e ler o mundo na complexidade e na beleza nele contido.
Para corroborar com o processo de educação
Como forma de provocar as reflexões
inclusiva e integral, em prol da promoção da iniciais, elencamos algumas questões
cultura de paz, da convivência respeitosa e com disparadoras:

o intuito de pensar ações preventivas ao • O que é o conflito?


• Quais são os conflitos que têm
enfrentamento das diversas violências às quais prejudicado o processo de ensino e
aprendizagem dos estudantes na
as crianças, jovens e adolescentes podem estar Unidade Educacional?
• Como o respeito mútuo se
expostos, nossas Comissões de Mediação de concretiza, ou não, em todos os
aspectos da vida escolar?
Conflitos (CMCs) podem promover movimentos
• Como alimentar a cultura do
reflexivos da comunidade escolar como um diálogo e respeito na Unidade
Educacional?
todo em relação aos valores que regem o seu
cotidiano e, estrategicamente, se debrucem sobre a questão do respeito mútuo, convivência e
mediação de conflitos, propondo ações e projetos que fortaleçam a cultura de diálogo e
respeito, fomentando o interesse da escola em relação aos estudantes e suas famílias, bem

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como das famílias, da comunidade e dos estudantes em relação à escola. Essa teia de interesse,
cuidado e proteção, que pode se desenvolver durante a vida escolar, pode ser a sustentação
para que as relações mais respeitosas se desenvolvam e para que os encaminhamentos e
prevenção dos conflitos aconteçam de forma mais assertiva e cuidadosa.
A existência destes desafios clama por caminhos que assinalem, cada vez mais, a presença do
coletivo como articulador da alteridade e dos desdobramentos a ela inerentes, considerando a
recriação da ação pedagógica, acolhendo os ruídos que pulsam dentro da linguagem, das ideias
e das discordâncias a fim de desvendar procedimentos que fomentem as diversas formas de
existir e ocupá-la.

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Gestão da Sala de Aula

“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e


intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à
identificação dos elementos culturais que precisam ser
assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles
se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à
descoberta das formas mais adequadas para atingir esse
objetivo”
Dermeval Saviani
Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações

O trabalho didático é um dos elementos essenciais frente aos desafios atuais de


enfrentamentos e violências.

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A mediação do professor e seu planejamento intencional, que considera o que os estudantes já
sabem e o que precisam saber, favorece a garantia das aprendizagens dos estudantes, num
clima escolar como fator que potencializa as aprendizagens.
A elaboração de planejamentos ajustados às necessidades dos estudantes, que oferecem
desafios possíveis para todos, que eliminam barreiras de acesso aos conteúdos e que
estabelecem conexões entre conteúdos da disciplina e as práticas sociais, é um dos elementos
que gera a construção do clima escolar favorável à construção de aprendizagens. Essa
organização, pensada pelo professor e o coletivo da unidade, traz segurança ao estudante
adolescente, pois lhe permite antecipar acontecimentos e desenvolver a autorregulação.

Numa relação de duplo-protagonismo, o professor pesquisador de sua prática e dos saberes de


sua turma, age intencionalmente para que os estudantes desenvolvam seu protagonismo.
O Ciclo Autoral traz o Trabalho Colaborativo de Autoria como potência engajadora que favorece
aprendizagens em situações comunicativas reais. A criação de produtos finais com foco em
intervenções sociais é de extrema relevância para o engajamento dos estudantes. Mas, muito
além disso, garante a construção de saberes procedimentais e atitudinais, a formação de
adolescentes mais críticos, participativos e preparados para atuarem na sociedade de forma
ética.

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