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A Origem Da Psicologia e Sua História
A Origem Da Psicologia e Sua História
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BELO HORIZONTE
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2019) e a luz dessas ideias que vetos referenciados por Kant, como a objeção da
psicologia como ciência, são perseguidos e consequentemente respondidos com as
contribuições de Johannes Müller, Hermann Von Helmholtz, Enest Weber e Gustav
Fechner (FERREIRA, 2006).
Johannes Müller desenvolve a teoria das energias nervosas específicas que
tem como uma de suas ideias principais a descrição das sensações internas como
correlatas a estímulos externos, por ser um elemento preciso e corporalmente
situado como fenômeno a sensação passa a ser o nome objeto de estudo da
psicologia, atendo à primeira exigência de Kant (FERREIRA, 2006). O trabalho de
Müller levou o seu aluno Hermann Von Helmholtz a se debruça na compreensão
sobre as representações psicológicas resultando na teoria das inferências
inconscientes e como consequência a determinação do método da introspecção
experimental como um método de estudo da psicologia baseada nas sensações,
algo totalmente diferente do que era praticado no século XVIII, “O modo de análise
das sensações, a introspecção experimental, se processaria de modo inverso a
essas sínteses inconscientes, visando neutralizar os efeitos dessa inferência
silogística operada pela experiência passada” (FERREIRA, 2006 P. 87).
Com método Helmholtz responde ao segundo veto kantiano, mas a questão
da matematização mais elaborada que a geometria de uma reta ainda precisa ser
contestada, este trabalho foi elaborado a princípio por Ernst Weber através da Lei
das Diferenças Apenas Percebidas – DAP, que determina que quanto maior a
magnitude dos estímulos (Ea, Eb) mais difícil é notar pequenas diferenças entre eles,
DAP = (Ea-Eb)/Eb. Gustav Fechner aprimora o trabalho de Weber propondo a Lei
Weber-Fechner (FERREIRA, 2006), essa função era capaz de relacionar
matematicamente o mundo externo a uma medida objetiva do mundo interno, logo
atendendo satisfatoriamente ao terceiro veto lançado por Kant, assim S = k log R,
em que S corresponde a sensação, k é uma constante matemática e R é o limiar da
percepção do estímulo.
O que fica claro depois da resposta destes vetos kantianos é que agora a
resposta à pergunta - O que é psicologia? - Seria o estudo das sensações e tem
como método a introspecção experimental, lembrado as indagações de Kant foram
respondidas, mas a psicologia ainda caminha na transição entre ser uma área de
estudo da filosofia para a classificação como ciência, e apesar de Helmhotz, Weber
e Fechner apresentarem trabalhos baseados na psicologia experimental (SCHULTZ;
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SCHULTZ, 2009), é Wilhelm Wundt que recebe dos historiadores o título da Pai da
Psicologia Experimental, tal nomeação tem uma relação direta pelo fato de ser o
primeiro a criar e coordenar o primeiro laboratório de Psicologia Experimental, em
1879, na Universidade de Leipzig, na Alemanha, assim Wundt promove psicologia
como ciência e passa a ser considerado em muitos trabalhos historiográficos como o
primeiro psicólogo (ARAUJO, 2006).
Para Wundt as Ciências Naturais estudam os objetos externos mediada pelos
sentidos, e a Psicologia estuda as sensações internas geradas pelo contato com
esses objetos e sem mediação, dessa forma a definição de psicologia ganha uma
definição bem específica com Wundt, a Psicologia é a ciência empírica que estuda a
experiência imediata (sem mediação) (ARAUJO, 2006).
As várias repostas para a pergunta inicial deste texto continuarão a existir à
medida que a psicologia se desenvolve como ciência, haverá contribuições
comportamentalistas, humanistas, dos gestaltistas, cognitivistas, psicanalistas enfim
cada um delimitando um conceito que se aproximasse de suas doutrinas, mas ainda
assim continua sendo a psicologia tão múltipla e complexa quanto o homem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Saulo de Freitas. Wilhelm Wundt e o estudo da experiência interna. In:
JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco
Teixeira (Orgs.). História da Psicologia: rumos e recursos. Rio de Janeiro: Nau,
2006. Cap. 4, p. 93-104.
FERREIRA, Arthur Arruda Leal. A Psicologia no recurso aos vetos kantianos. In:
JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco
Teixeira (Orgs.). História da Psicologia: rumos e recursos. Rio de Janeiro: Nau,
2006. Cap. 4, p. 85-91.
MASSIMI, Marina. História dos saberes psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 4. Ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2019.