E-Book Bases Fundamentais No Atendimento Aì Gestante
E-Book Bases Fundamentais No Atendimento Aì Gestante
E-Book Bases Fundamentais No Atendimento Aì Gestante
bases fundamentais no
atendimento à gestante
Você acaba de receber acesso ao E-book de bases fundamentais
no atendimento à gestante, um material preparado para facilitar
a sua rotina de trabalho e estudo, com a tradução livre de duas
das principais publicações internacionais pertinentes ao
atendimento do profissional do movimento humano no
atendimento especializado à gestantes! Este público necessita
de um atendimento especializado e fico muito feliz que você
esteja se dedicando a estudar cada vez mais sobre este tema!
Tudo foi preparado com muito carinho, espero que você curta a
leitura!
Grande beijo,
Movimento nesta fase da vida não está associado a riscos para a mamãe
ou bebê, e deve ser incentivado a todas as gestantes que estejam
vivenciando uma gestação de baixo risco. Importante ressaltar que
possuímos condutas específicas para demandas de alto risco também,
mas este s-book se dedica ao estudo da gestante hígida.
PRIMEIRO PASSO
Controle metabólico
Controle Glicêmico
RELATIVAS ABSOLUTAS
Perda gestacional Membranas rompidas
recorrente
Doença Cardiovascular ou
respiratória Placenta prévia após 28
leve/moderada semanas
Outras questões
específicas Outras questões
específicas
SINAIS PARA INTERRUPÇÃO RÁPIDA DE
MOVIMENTO NA GESTAÇÃO
Sangramento vaginal
Perda de líquido
Dor abdominal
Tontura
Sensação de fraqueza
Alteração de equilíbrio
Falta de ar persistente
DICAS DE SEGURANÇA
Para a prática de movimento
seguro na gestação
Desnutrição
Distúrbio alimentar
RESUMO
O objetivo é orientar gestantes, profissionais de cuidados obstétricos e prescritores de
exercícios para a atividade física pré-natal. Os desfechos avaliados foram morbidade
materna, fetal ou neonatal ou mortalidade fetal durante e após a gravidez.
O Painel de Consenso das Diretrizes solicitou feedback dos usuários finais (prestadores de
cuidados obstétricos, profissionais do exercício, pesquisadores, organizações políticas e
mulheres grávidas e puérperas). O desenvolvimento dessas diretrizes seguiu a Avaliação de
Diretrizes para Pesquisa e Avaliação.Os benefícios da atividade física pré-natal são
moderados e não foram identificados danos; portanto, espera-se que a diferença entre
consequências desejáveis e indesejáveis (benefício líquido) seja moderada.
A maioria das partes interessadas e usuários finais indicou que seguir essas recomendações
seria viável, aceitável e equitativo. Seguir essas recomendações provavelmente requer
recursos mínimos, tanto do ponto de vista individual quanto do sistema de saúde.Essas
Diretrizes fornecem recomendações baseadas em evidências relacionadas à atividade física
durante a gravidez na promoção da saúde materna, fetal e neonatal. Na ausência de
contraindicações (veja uma lista detalhada), seguir estas Diretrizes está associado a:
(1) menos complicações no recém-nascido (relacionado aos bebês GIGs - grandes para a
idade gestacional)
A atividade física não está associada a aborto espontâneo, natimorto, morte neonatal, parto
prematuro, ruptura de membranas pré-termo / pré-parto, hipoglicemia neonatal, baixo peso
ao nascer, defeitos congênitos, indução do parto ou complicações do parto.
Em geral, mais atividade física (frequência, duração e / ou volume) está associada a maiores
benefícios. No entanto, não foram identificadas evidências sobre a segurança ou benefício
adicional do exercício em níveis significativamente acima das recomendações. A atividade
física pré-natal deve ser considerada uma terapia de linha de frente para reduzir o risco de
complicações na gravidez e melhorar a saúde física e mental materna. Para as mulheres
grávidas que atualmente não cumprem estas Diretrizes, é recomendado um ajuste
progressivo em relação a elas. Mulheres anteriormente ativas podem continuar a atividade
física durante a gravidez.
As mulheres podem precisar modificar a atividade física à medida que a gravidez avança.
Pode haver períodos em que não é possível seguir as orientações devido à fadiga e / ou
desconfortos da gravidez; as mulheres são incentivadas a fazer o que podem e voltar a
seguir as recomendações quando puderem. Essas diretrizes foram informadas por uma
extensa revisão sistemática da literatura, opinião de especialistas e consulta ao usuário final
e considerações de viabilidade, aceitabilidade, custos e renda.
RECOMENDAÇÕES
1. Todas as mulheres sem contra-indicação devem ser fisicamente ativas durante a gravidez.
Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
Subgrupos específicos foram examinados:
▶ Mulheres anteriormente inativas. Fortes recomendações evidência de qualidade
moderada.
▶ Mulheres diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional. Fraca recomendação,
evidência de baixa qualidade.
▶ Mulheres classificadas como com sobrepeso ou obesas (pré-gestação índice de massa
corporal ≥25 kg / m2). Recomendação forte, evidência de baixa qualidade.
2. As mulheres grávidas devem acumular pelo menos 150 minutos de atividade física de
intensidade moderada a cada semana para obter benefícios à saúde clinicamente
significativos e reduzir as complicações na gravidez. Recomendação forte, evidência de
qualidade moderada.
3. A atividade física deve ser acumulada durante um mínimo de 3 dias por semana; no
entanto, ser ativa todos os dias é incentivado. Recomendação forte, evidência de qualidade
moderada.
5. O treinamento muscular do assoalho pélvico pode ser realizado diariamente para reduzir
o risco de incontinência urinária. Recomenda-se instruções sobre a técnica adequada para
obter os melhores benefícios. Recomendação fraca, evidência de baixa qualidade.
Todas as mulheres grávidas podem participar de atividade física durante a gravidez, com
exceção das que têm contra-indicações (listadas abaixo).
Mulheres com contra-indicações relativas ou absolutas devem discutir as vantagens e
desvantagens da atividade física de intensidade moderada a vigorosa com seu médico antes
de participar.
QUALIDADE DA EVIDÊNCIA
A qualidade da evidência refere-se ao nível de confiança na evidência e varia de muito baixo
a alto.
Alta Qualidade
O Painel de Consenso das Diretrizes está muito confiante de que o efeito estimado da
atividade física no resultado da saúde está próximo do efeito real.
Qualidade Moderada
O Painel de Consenso das Diretrizes é moderadamente confiante no efeito estimado da
atividade física no resultado da saúde; é provável que a estimativa do efeito seja próxima do
efeito real, mas existe a possibilidade de que seja substancialmente diferente.
Baixa Qualidade
A confiança do Painel de Consenso das Diretrizes no efeito estimado da atividade física no
resultado da saúde é limitada; a estimativa do efeito pode ser substancialmente diferente do
efeito real.
INTRODUÇÃO
A atividade física regular ao longo da vida está associada a benefícios substanciais para a
saúde, incluindo melhorias na aptidão física e na saúde mental, bem como na diminuição do
risco de doenças crônicas e mortalidade.
MÉTODOS
A Diretriz canadense de 2019 para a atividade física durante a gravidez foi desenvolvida de
acordo com a estratégia metodológica descrita no instrumento de avaliação de diretrizes
para pesquisa e avaliação (AGREE). O objetivo dessas diretrizes era fornecer
recomendações baseadas em evidências sobre a atividade física durante a gravidez na
promoção da saúde materna, fetal e neonatal.
No geral, 27.624 títulos e resumos foram selecionados e 675 estudos únicos foram
incluídos. As recomendações foram baseadas principalmente em um subconjunto de
ensaios clínicos randomizados controlados apenas por exercício (ECR; n = 104) e estudos de
coorte (n = 4).
As Diretrizes foram revisadas e a versão final das recomendações foi enviada ao Executivo
do SOGC e CSEP para revisão e endosso.
Estas Diretrizes destinam-se a mulheres que não têm contra-indicações (consulte a tabela 2)
que as impediriam de praticar atividade física.
Mulheres com contra-indicações relativas devem discutir as vantagens e desvantagens da
atividade física de intensidade moderada a vigorosa com seu médico obstetra.
RECOMENDAÇÃO 1
Todas as mulheres sem contra-indicação devem ser fisicamente ativas durante a gravidez.
Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
Cento e quatro estudos randomizados, apenas com exercício, foram identificados com
relação aos efeitos da atividade física em um ou mais resultados priorizados. Esses dados
representam evidência de qualidade "moderada" de um efeito benéfico da atividade física
pré-natal nos resultados de saúde materna, fetal e neonatal.
A atividade física pré-natal foi associada a uma redução nas chances de diabetes mellitus
gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, depressão pré-natal e macrossomia (
sem aumentar as chances de resultados adversos, incluindo nascimento prematuro, baixo
peso ao nascer, aborto espontâneo e mortalidade perinatal). Feedback dos profissionais (n
= 429) e mulheres grávidas (n = 170) indicaram que uma grande proporção de mulheres
concorda que os benefícios da atividade física durante a gravidez superam os custos (51%
concordam fortemente, 22% concordam) e que a atividade física é viável (27% fortemente
concordam, 41% concordam), aceitável (36% concorda totalmente, 45% concorda) e
eqüitativo (62% concorda totalmente, 21% concorda) para as mulheres grávidas. Os
resultados da pesquisa apoiaram fortes recomendações em favor da atividade física pré-
natal.
RECOMENDAÇÃO 2
Mulheres grávidas devem acumular pelo menos 150 minutos de atividade física de
intensidade moderada a cada semana, para obter reduções clinicamente significativas nas
complicações relacionadas à gestação. Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
RECOMENDAÇÃO 3
A atividade física deve ser realizada durante, no mínimo, 3 dias por semana, no entanto, ser
ativa todos os dias é incentivado. Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
RECOMENDAÇÃO 4
As mulheres grávidas devem incorporar uma variedade de atividades aeróbicas e de
treinamento de resistência para obter maiores benefícios. Adicionar yoga ou alongamento
suave também pode ser benéfico. Recomendação forte, evidência de alta qualidade.
RECOMENDAÇÃO 5
O programa de fortalecimento específico para o assoalho pélvico (PFEAP) deve ser realizado
diariamente, para reduzir as chances de incontinência urinária. Recomenda-se a instrução
de técnica adequada para obter melhores benefícios. Recomendação fraca, evidência de
baixa qualidade.
RECOMENDAÇÃO 6
Mulheres grávidas que sofrem tontura, náusea ou se sentem mal quando se exercitam de
costas, devem modificar a posição do exercício para evitar a posição supina. Recomendação
fraca, evidência de qualidade muito baixa.
Frequência Cardíaca
A recomendação para que as mulheres modifiquem sua posição de atividade física para
evitar a posição supina quando se sentem mal, foi considerada fraca, pois a qualidade das
evidências era muito baixa. Além disso, embora os danos tenham sido investigados, havia
informações limitadas para informar o equilíbrio de benefícios e malefícios. Essa
recomendação foi baseada principalmente na opinião de especialistas, resultando em uma
recomendação fraca.
Considerações para a implementação
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
É importante notar que, quando foram identificadas relações dose-resposta entre atividade
física e resultados da gravidez, mais atividade física (frequência, intensidade, duração e
volume) foi associada a maiores benefícios à saúde. No entanto, um limite superior não foi
estabelecido.
Pode ser difícil para algumas mulheres seguir estas diretrizes sem apoio ou
aconselhamento adicional. Profissionais de cuidados obstétricos e profissionais de
exercícios devem considerar cuidadosamente os custos potenciais e as barreiras
percebidas à atividade física pré-natal para facilitar a participação.
Essas Diretrizes podem ser apropriadas para mulheres com deficiência ou condição médica;
no entanto, um profissional de cuidados obstétricos deve ser consultado para obter
orientações adicionais.
Embora a maioria da base de evidências dessas recomendações tenha usado exercícios
supervisionados, a atividade física durante a gravidez não precisa ser realizada em um
ambiente supervisionado ou com qualquer equipamento específico. Para aqueles com
barreiras financeiras ou outras à participação em exercícios organizados, atividades simples
como caminhar podem trazer benefícios positivos.
Outros hábitos de vida saudáveis durante a gravidez além da atividade física são altamente
encorajados outros componentes de um estilo de vida saudável, incluindo nutrição e sono
adequados, bem como a abstenção de fumar, álcool, maconha e drogas ilícitas.
O Exame Médico de Prontidão de Atividade Física para Gravidez (PARmed-X para Gravidez)
foi desenvolvido pelo CSEP e endossado pelo SOGC e Health Canada (e disponível no site
do CSEP em www.csep.ca/forms.asp) como auxílio para profissionais médicos identificarem
contraindicações para mulheres grávidas antes de participarem de atividade física.
PORTANTO…
A Diretriz Canadense de Atividade Física para toda a gravidez de 2019 representa uma
mudança fundamental em nossa visão da atividade física pré-natal de um comportamento
recomendado para melhorar a qualidade de vida, para uma prescrição específica de
atividade física para reduzir as complicações da gravidez e otimizar a saúde ao longo da vida
útil de duas gerações. É essencial que essas Diretrizes sejam implementadas na prática
clínica para obter benefícios significativos e potencialmente ao longo da vida para a mãe e a
criança.
Espero que esteja curtindo a leitura,
vamos seguir com a segunda
publicação?
PUBLICAÇÃO 2
INTRODUÇÃO
Este documento foi revisado para incorporar evidências recentes sobre os benefícios e riscos
da atividade física e do exercício durante a gravidez e o período pós-parto. A atividade física,
definida como qualquer movimento corporal produzido pela contração dos músculos
esqueléticos em todas as fases da vida, mantém e melhora a aptidão cardiorrespiratória,
reduz o risco de obesidade e comorbidades associadas e resulta em maior longevidade.
Mulheres que iniciam a gravidez com um estilo de vida saudável (por exemplo, exercícios,
boa nutrição, não fumantes) devem ser incentivadas a manter esses hábitos saudáveis.
Mulheres que não têm estilos de vida saudáveis devem ser incentivadas a ver o período pré-
gestacional e a gravidez como oportunidades para adotar rotinas mais saudáveis.
A inatividade física é o quarto principal fator de risco para mortalidade precoce em todo o
mundo. Na gravidez, a inatividade física e o ganho excessivo de peso foram reconhecidos
como fatores de risco independentes para obesidade materna e complicações relacionadas
à gravidez, incluindo diabetes mellitus gestacional (DMG). As preocupações que a atividade
física regular durante a gravidez pode causar aborto espontâneo, mau crescimento fetal,
lesão musculoesquelética ou parto prematuro não foram substanciadas para mulheres com
gestações sem complicações. Na ausência de complicações ou contraindicações obstétricas
ou médicas, a atividade física na gravidez é segura e desejável, e as mulheres grávidas devem
ser incentivadas a continuar ou iniciar atividades físicas seguras.
A maioria das pacientes grávidas pode se exercitar. Existem poucas condições médicas
maternas nas quais o exercício aeróbico é absolutamente contraindicado. Quando houver
perguntas sobre a segurança do exercício aeróbico durante a gravidez, recomenda-se a
consulta com especialistas e subespecialistas relevantes (por exemplo, obstetrícia e
ginecologia, medicina materno-fetal, cardiologia, pneumologia), quando indicado. Nas
mulheres com comorbidades obstétricas ou médicas, os regimes de exercícios devem ser
individualizados. Obstetras, ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos
devem avaliar cuidadosamente as mulheres com complicações médicas ou obstétricas antes
de fazer recomendações sobre a participação da atividade física durante a gravidez.
A alcalose fisiológica respiratória da gravidez pode não ser suficiente para compensar a
acidose metabólica em desenvolvimento de exercícios extenuantes. A diminuição da carga
subjetiva de trabalho e o desempenho máximo do exercício em mulheres grávidas,
particularmente naquelas com sobrepeso ou obesidade, limitam sua capacidade de se
envolver em atividades físicas mais árduas. Demonstrou-se que o treinamento aeróbico na
gravidez aumenta a capacidade aeróbica em mulheres grávidas com peso normal e com
sobrepeso.
A maioria dos estudos que abordam a resposta fetal ao exercício materno se concentrou nas
alterações da frequência cardíaca fetal e no peso ao nascer. Estudos demonstraram
aumentos mínimos a moderados da frequência cardíaca fetal em 10 a 30 batimentos
por minuto acima da linha de base durante ou após o exercício.
Três metanálises concluíram que as diferenças no peso ao nascer eram mínimas para
mulheres que se exercitaram durante a gravidez em comparação com os controles. No
entanto, as mulheres que continuaram a se exercitar vigorosamente durante o terceiro
trimestre tiveram maior probabilidade de dar à luz um peso entre 200 e 400 g a menos que
os controles comparáveis, embora não houvesse um risco aumentado de restrição ao
crescimento fetal.
Um estudo controlado randomizado de 2017 que incluiu 300 mulheres com sobrepeso ou
obesas com gestações singulares e sem complicações em menos de 13 semanas de
gestação descobriu que os exercícios de ciclismo iniciavam no primeiro trimestre e
realizavam pelo menos 30 minutos, 3 vezes por semana até 37 semanas de gestação,
reduziu significativamente a incidência de DMG, reduziu significativamente o ganho de peso
gestacional em menos de 25 semanas de gestação e reduziu o peso ao nascer neonatal.
Embora esses pesquisadores não tenham encontrado diferenças significativas entre os
grupos exercício e controle na incidência de outros desfechos, como parto prematuro,
hipertensão gestacional, parto cesáreo e macrossomia, todos esses desfechos foram menos
frequentes no grupo do exercício.
Outra revisão sistemática e metanálise de 2017 mostrou que, para mulheres com sobrepeso
e obesas com gravidez única, em comparação com mulheres que eram mais ativas, com
exercícios por cerca de 30-60 minutos, 3-7 vezes por semana durante a gravidez está
associado a uma redução na incidência de prematuridade. O exercício aeróbico em
gestantes com sobrepeso e obesos também está associado a uma incidência
significativamente menor de DMG e, portanto, deve ser incentivado.
Uma revisão sistemática e metanálise de 2016 em mulheres grávidas com peso normal e
com uma gestação sem complicações mostraram que o exercício aeróbico por 35-90
minutos, 3-4 vezes por semana, não está associado a um risco aumentado de parto
prematuro ou com uma redução na idade gestacional média ao parto. Associou-se exercício
físico a uma incidência significativamente maior de parto vaginal e uma incidência
significativamente menor de parto cesáreo, com uma incidência significativamente menor de
DMG e distúrbios hipertensivos.
Por fim, uma revisão sistemática e meta-análise de 2019 constatou que em mães com
condições médicas pré-gestacionais (hipertensão crônica, diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2), o
exercício pré-natal reduziu as chances de parto cesáreo em 55% e não aumentam o risco de
resultados maternos e neonatais adversos, embora os achados sejam baseados em
evidências limitadas, sugerindo a necessidade de investigações de alta qualidade sobre
exercícios nessa população de mulheres.
Aconselhamento Motivacional
A gravidez é o momento ideal para modificar o comportamento e adotar um estilo de vida
saudável, devido ao aumento da motivação e do acesso frequente à supervisão médica. É
mais provável que os pacientes controlem o peso, aumentem a atividade física e melhorem
sua dieta se o médico recomendar que o façam.
Ferramentas de aconselhamento motivacional, como os Cinco A's (Ask, Advise, Assess, Assist,
and Arrange | Pergunte, Aconselhe, Avalie, Ajude e Organize), originalmente desenvolvidas
para a cessação do tabagismo, têm sido usadas com sucesso no aconselhamento sobre dieta
e exercícios. Obstetras, ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos podem
considerar a adoção da abordagem dos cinco A para mulheres com gestações sem
complicações e sem contra-indicação para o exercício.
TIPOS DE EXERCÍCIOS
Mulheres com gravidez não complicada devem ser incentivadas a praticar exercícios
aeróbicos e de condicionamento de força antes, durante e após a gravidez. Atividades de
contato com alto risco de trauma abdominal ou desequilíbrio devem ser evitadas. O
mergulho autônomo deve ser evitado durante a gravidez devido à incapacidade da circulação
pulmonar fetal para filtrar a formação de bolhas.
As mulheres que vivem no nível do mar foram capazes de tolerar atividades físicas até
altitudes de 6.000 pés, sugerindo que essa altitude é segura na gravidez, embora sejam
necessárias mais pesquisas. Mulheres que residem em altitudes mais altas podem ser
capazes de se exercitar com segurança em altitudes superiores a 6.000 pés.
Nos casos em que as mulheres experimentam dor lombar, o exercício na água é uma
alternativa. Um estudo da aparente redução de peso durante a imersão em água em uma
gestante do terceiro trimestre mediu uma média de 82,9% do peso corporal, uma redução
que diminui a carga osteoarticular materna devido à flutuação. Também pode haver
benefícios adicionais do exercício aquático. Um estudo controlado randomizado de um
programa de exercícios físicos aquáticos durante a gravidez, composto por três exercícios de
60 minutos, demonstrou uma maior taxa de períneo intacto após o parto.
POPULAÇÕES ESPECIAIS
Atletas
O exercício de intensidade vigorosa concluído no terceiro trimestre parece ser seguro para a
maioria das gestações saudáveis. Mais pesquisas são necessárias sobre os efeitos do
exercício de intensidade vigorosa no primeiro e segundo trimestres e da intensidade do
exercício excedendo 90% da intensidade cardíaca máxima. Atletas competitivas requerem
supervisão frequente e rigorosa, porque tendem a manter um cronograma de treinamento
mais intenso durante a gravidez e retomar o treinamento de alta intensidade pós-parto mais
cedo do que outras mulheres. Essas atletas devem prestar atenção especial a evitar
hipertermia, manter a hidratação adequada e manter a ingestão calórica adequada para
evitar a perda de peso, o que pode afetar adversamente o crescimento fetal.
Uma atleta de elite pode ser definido geralmente como uma atleta com vários anos de
experiência em um esporte específico ou esportes que competiram com sucesso contra
outros atletas de alto nível e treinam o ano todo em um nível alto; um atleta de elite
geralmente treina pelo menos 5 dias por semana, com média de 2 horas por dia durante o
ano. Além do treinamento aeróbico, os atletas de elite na maioria dos esportes também
participam do treinamento de resistência para aumentar a força e a resistência muscular; no
entanto, esse treinamento não foi considerado uma atividade segura nas orientações
precoces para o exercício durante a gravidez, devido a uma lesão potencial e possíveis
desacelerações cardíacas fetais resultantes das manobras de Valsalva.
Restrição de Atividade
Várias revisões determinaram que não há evidência credível para prescrever repouso na
cama na gravidez para a prevenção do trabalho de parto prematuro, e isso não deve ser
recomendado rotineiramente.
Um estudo de coorte com mais de 62.000 mulheres dinamarquesas relatou uma
relaçãdose-resposta entre a carga diária total levantada e o nascimento prematuro com
cargas superiores a 1.000 kg por dia. Neste estudo, o levantamento de cargas pesadas
(acima de 20 kg) mais de 10 vezes por dia foi associado a um risco aumentado de parto
prematuro.
O Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional utiliza uma equação que determina o
limite máximo de peso recomendado para levantamento, aceitável para 90% das mulheres
saudáveis . Essa equação foi usada para definir os limites de peso recomendados para uma
ampla gama de padrões de levantamento para mulheres grávidas, bem como condições de
levantamento que apresentam maior risco de lesão musculoesquelética. Obstetras,
ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos podem usar seu melhor
julgamento clínico para determinar um plano recomendado para o paciente. Esse plano pode
incluir uma solicitação formal para que um profissional de saúde ocupacional realize uma
análise para determinar os limites máximos de peso com base nas condições reais de
elevação ou ajustes ergonômicos laborais.
Vários relatos indicam que o nível de participação das mulheres em programas de exercícios
diminui após o parto, levando frequentemente a sobrepeso e obesidade. O período pós-
parto é um momento oportuno para os obstetras, ginecologistas e outros prestadores de
cuidados obstétricos recomendarem e reforçarem um estilo de vida saudável.
Algumas mulheres são capazes de retomar as atividades físicas nos dias seguintes ao parto.
Os exercícios do assoalho pélvico podem ser iniciados no pós-parto imediato. Demonstrou-
se que exercícios de fortalecimento abdominal, incluindo exercícios abdominais e exercícios
de tração, uma manobra que aumenta a pressão abdominal puxando os músculos da parede
abdominal, diminuem a incidência de diástase retos abdominal e diminuem a distância inter-
retal em mulheres que deu à luz vaginal ou por cesariana.
CONCLUSÃO