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E-Book Bases Fundamentais No Atendimento Aì Gestante

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e-book

bases fundamentais no
atendimento à gestante
Você acaba de receber acesso ao E-book de bases fundamentais
no atendimento à gestante, um material preparado para facilitar
a sua rotina de trabalho e estudo, com a tradução livre de duas
das principais publicações internacionais pertinentes ao
atendimento do profissional do movimento humano no
atendimento especializado à gestantes! Este público necessita
de um atendimento especializado e fico muito feliz que você
esteja se dedicando a estudar cada vez mais sobre este tema!

Espero que o assunto desperte muito interesse!

Minha dica é: imprima este conteúdo e não deixe de revisar


sempre!

Tudo foi preparado com muito carinho, espero que você curta a
leitura!

Ahhh, se fizer algum registro nas redes sociais, não esqueça de


marcar o @saudeperineal

Grande beijo,

JOANA DOS SANTOS


fisioterapeuta apaixonada pela saúde
da mulher,
há 13 anos atendendo gestantes
mais de 4 mil alunos de cursos e pós-
graduação
produtora de conteúdos dos
canais saudeperineal.com.br
RECOMENDAÇÕES GERAIS

Na gravidez, como em outras fases da vida, a atividade física e o


movimento é essencial, promovendo inúmeros benefícios à saúde (tanto
da mulher, quanto do bebê).

Muitas referências já apontam que a gestação se tornou um momento de


conexão com bons hábitos de vida, transformando a rotina de muitas
mulheres que passaram a adquirir um hábito de vida mais saudável após
a gestação.

Movimento nesta fase da vida não está associado a riscos para a mamãe
ou bebê, e deve ser incentivado a todas as gestantes que estejam
vivenciando uma gestação de baixo risco. Importante ressaltar que
possuímos condutas específicas para demandas de alto risco também,
mas este s-book se dedica ao estudo da gestante hígida.

PRIMEIRO PASSO

Avaliação médica é o passo inicial, fundamental e indispensável


para a liberação do movimento na gestação.
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO NA GESTAÇÃO

Aproxima a mulher do parto normal

Controle metabólico

Controle Glicêmico

Reduz a chance de parto cesárea

Redução de sintomas depressivos

Reduz a chance de desenvolver Incontinência Urinária na gestação e pós-


parto

Redução das queixas álgicas

Melhora da qualidade de vida

Controle do ganho de peso

Reduz a incidência de hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia

Reduz a chance de desenvolver Diabetes Gestacional

Inúmeros benefícios para o feto

Bem-estar e melhor disposição!


CONTRAINDICAÇÕES

RELATIVAS ABSOLUTAS
Perda gestacional Membranas rompidas
recorrente

Hipertensão gestacional Trabalho de parto


prematuro
História de nascimento
prematuro espontâneo Sangramento Vaginal

Doença Cardiovascular ou
respiratória Placenta prévia após 28
leve/moderada semanas

Anemia Sintomática Pré-eclâmpsia

Desnutrição Colo do útero


incompetente
Distúrbio alimentar
Restrição de crescimento
Gravidez gemelar após intra-uterino
28ª semana
Gravidez de múltipla
Problemas respiratórios ordem
graves
Diabetes tipo 1,
Obesidade mórbida hipertensão e/ou doenças
da tireóide não
Sedentarismo prévio controladas
extremo
Alterações de
Problemas ortopédicos desenvolvimento fetal

Outras questões
específicas Outras questões
específicas
SINAIS PARA INTERRUPÇÃO RÁPIDA DE
MOVIMENTO NA GESTAÇÃO

Sangramento vaginal

Contrações uterinas regulares e dolorosas

Perda de líquido

Dor abdominal

Dor e/ou ridigez e/ou inchaço na panturrilha

Dor de cabeça e/ou no peito

Tontura

Sensação de fraqueza

Alteração de equilíbrio

Falta de ar persistente
DICAS DE SEGURANÇA
Para a prática de movimento
seguro na gestação

Evite atividades expostas ao calor excessivo,


especialmente em alta umidade

Não realizar atividades que envolvam contato físico


e/ou risco de queda

Evitar mergulho e/ou atividades com grande diferença


de altitude (em relação ao habitual da gestante)

Sempre aguarde a liberação do obstetra

Manter ingesta hídrica e nutrição adequadas

Desnutrição

Distúrbio alimentar

Conheça todos os motivos de interrupçõo de


movimento na gestação, seja fitness ou terapêutico, e
saiba como conduzir em cada intercorrência.
PUBLICAÇÃO 1

Diretriz Canadense para atividade física


durante a gestação | 2019
A Diretriz Canadense de Atividade Física aplicada à gestantes de 2019
representa uma mudança fundamental em nossa visão da atividade física
pré-natal: de um comportamento recomendado para melhorar a qualidade
de vida para uma prescrição específica de atividade física para reduzir as
complicações da gravidez e otimizar a saúde ao longo da vida útil de duas
gerações .É essencial que essas Diretrizes sejam implementadas na prática
clínica para obter benefícios significativos e potencialmente ao longo da vida
para a mãe e a criança.

RESUMO
O objetivo é orientar gestantes, profissionais de cuidados obstétricos e prescritores de
exercícios para a atividade física pré-natal. Os desfechos avaliados foram morbidade
materna, fetal ou neonatal ou mortalidade fetal durante e após a gravidez.

A literatura foi recuperada através de pesquisas no MEDLINE, EMBASE, PsycINFO, Cochrane


Database of Systematic Reviews, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Scopus and
Web of Science Core Collection, CINAHL Plus with Full Text, Child Development & Adolescent
Studies, Education Resources Information Center, SPORTDiscus, ClinicalTrials.gov and the Trip
Database desde o início até 6 de janeiro de 2017. Estudos primários de qualquer modelo
foram elegíveis, exceto estudos de caso.Os resultados foram limitados a materiais em inglês,
espanhol ou francês. Artigos relacionados à atividade física materna durante a gravidez
relatando morbidade materna, fetal ou neonatal ou mortalidade fetal foram elegíveis para
inclusão. A qualidade da evidência foi classificada usando a metodologia de Avaliação,
Desenvolvimento e Avaliação da Classificação de Recomendações.

O Painel de Consenso das Diretrizes solicitou feedback dos usuários finais (prestadores de
cuidados obstétricos, profissionais do exercício, pesquisadores, organizações políticas e
mulheres grávidas e puérperas). O desenvolvimento dessas diretrizes seguiu a Avaliação de
Diretrizes para Pesquisa e Avaliação.Os benefícios da atividade física pré-natal são
moderados e não foram identificados danos; portanto, espera-se que a diferença entre
consequências desejáveis e indesejáveis (benefício líquido) seja moderada.
A maioria das partes interessadas e usuários finais indicou que seguir essas recomendações
seria viável, aceitável e equitativo. Seguir essas recomendações provavelmente requer
recursos mínimos, tanto do ponto de vista individual quanto do sistema de saúde.Essas
Diretrizes fornecem recomendações baseadas em evidências relacionadas à atividade física
durante a gravidez na promoção da saúde materna, fetal e neonatal. Na ausência de
contraindicações (veja uma lista detalhada), seguir estas Diretrizes está associado a:

(1) menos complicações no recém-nascido (relacionado aos bebês GIGs - grandes para a
idade gestacional)

(2) benefícios à saúde materna (ou seja, menor risco de pré-parto):


Eclampsia
Hipertensão Gestacional
Diabetes Gestacional
Cesariana
Parto Instrumental
Incontinência Urinária
Ganho Excessivo De Peso
Depressão Gestacional
Melhora Da Glicemia
Diminuição Do Ganho De Peso Gestacional Total
Diminuição Da Gravidade Dos Sintomas
Depressivos Diminuição dos sintomas de dor lombopélvica).

A atividade física não está associada a aborto espontâneo, natimorto, morte neonatal, parto
prematuro, ruptura de membranas pré-termo / pré-parto, hipoglicemia neonatal, baixo peso
ao nascer, defeitos congênitos, indução do parto ou complicações do parto.

Em geral, mais atividade física (frequência, duração e / ou volume) está associada a maiores
benefícios. No entanto, não foram identificadas evidências sobre a segurança ou benefício
adicional do exercício em níveis significativamente acima das recomendações. A atividade
física pré-natal deve ser considerada uma terapia de linha de frente para reduzir o risco de
complicações na gravidez e melhorar a saúde física e mental materna. Para as mulheres
grávidas que atualmente não cumprem estas Diretrizes, é recomendado um ajuste
progressivo em relação a elas. Mulheres anteriormente ativas podem continuar a atividade
física durante a gravidez.

As mulheres podem precisar modificar a atividade física à medida que a gravidez avança.
Pode haver períodos em que não é possível seguir as orientações devido à fadiga e / ou
desconfortos da gravidez; as mulheres são incentivadas a fazer o que podem e voltar a
seguir as recomendações quando puderem. Essas diretrizes foram informadas por uma
extensa revisão sistemática da literatura, opinião de especialistas e consulta ao usuário final
e considerações de viabilidade, aceitabilidade, custos e renda.
RECOMENDAÇÕES

As recomendações específicas da Diretriz Canadense de 2019 para atividade física durante a


gravidez são fornecidas abaixo, com as declarações correspondentes, indicando a qualidade
da evidência que informa as recomendações e a força das recomendações.

1. Todas as mulheres sem contra-indicação devem ser fisicamente ativas durante a gravidez.
Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
Subgrupos específicos foram examinados:
▶ Mulheres anteriormente inativas. Fortes recomendações evidência de qualidade
moderada.
▶ Mulheres diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional. Fraca recomendação,
evidência de baixa qualidade.
▶ Mulheres classificadas como com sobrepeso ou obesas (pré-gestação índice de massa
corporal ≥25 kg / m2). Recomendação forte, evidência de baixa qualidade.

2. As mulheres grávidas devem acumular pelo menos 150 minutos de atividade física de
intensidade moderada a cada semana para obter benefícios à saúde clinicamente
significativos e reduzir as complicações na gravidez. Recomendação forte, evidência de
qualidade moderada.

3. A atividade física deve ser acumulada durante um mínimo de 3 dias por semana; no
entanto, ser ativa todos os dias é incentivado. Recomendação forte, evidência de qualidade
moderada.

4. As mulheres grávidas devem incorporar uma variedade de atividades aeróbicas e de


treinamento de resistência para obter maiores benefícios. Recomendação forte, evidência de
alta qualidade.

5. O treinamento muscular do assoalho pélvico pode ser realizado diariamente para reduzir
o risco de incontinência urinária. Recomenda-se instruções sobre a técnica adequada para
obter os melhores benefícios. Recomendação fraca, evidência de baixa qualidade.

6. As mulheres grávidas que sofrem de tontura, náusea ou se sentem mal quando se


exercitam de costas devem modificar a posição do exercício para evitar a posição supina.
Recomendação fraca, evidência de qualidade muito baixa.
CONTRAINDICAÇÕES:

Todas as mulheres grávidas podem participar de atividade física durante a gravidez, com
exceção das que têm contra-indicações (listadas abaixo).
Mulheres com contra-indicações relativas ou absolutas devem discutir as vantagens e
desvantagens da atividade física de intensidade moderada a vigorosa com seu médico antes
de participar.

A seguir, são contraindicações absolutas ao exercício:


► Membranas rompidas.
► Trabalho prematuro.
► Sangramento vaginal persistente inexplicado.
► Placenta prévia após 28 semanas de gestação.
► Pré-eclâmpsia.
►Colo do útero incompetente.
►Restrição de crescimento intrauterino.
►Gravidez múltipla de alta ordem (por exemplo, trigêmeos).
►Diabetes tipo I não controlado.
► Hipertensão não controlada.
► Doença não controlada da tireóide.
► Outros distúrbios cardiovasculares, respiratórios ou sistêmicos graves.

A seguir, são contraindicações relativas ao exercício:


► Perda recorrente de gravidez.
► Hipertensão gestacional.
► História de nascimento prematuro espontâneo.
►Doença cardiovascular ou respiratória leve / moderada.
►Anemia sintomática.
►Desnutrição.
►Distúrbio alimentar.
►Gravidez gemelar após a 28ª semana.
►Outras condições médicas significativas.

FORÇA DAS RECOMENDAÇÕES

O sistema de Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação da Classificação das Recomendações


(GRADE) foi usado para avaliar a força das recomendações.

As recomendações são classificadas como fortes ou fracas com base no:


equilíbrio entre benefícios e danos
qualidade geral da evidência
importância dos resultados
uso de recursos e custos
impacto na eqüidade na saúde
viabilidade
aceitabilidade.
Forte Recomendação: A maioria ou todas as mulheres grávidas serão melhor atendidas
pelo curso de ação recomendado.
Recomendação fraca: Nem todas as mulheres grávidas serão melhor atendidas pelo curso
de ação recomendado; é necessário considerar outros fatores, como circunstâncias,
preferências, valores, recursos disponíveis ou configurações do indivíduo. A consulta com
um médico obstetra pode ajudar na tomada de decisão..

QUALIDADE DA EVIDÊNCIA
A qualidade da evidência refere-se ao nível de confiança na evidência e varia de muito baixo
a alto.

Alta Qualidade
O Painel de Consenso das Diretrizes está muito confiante de que o efeito estimado da
atividade física no resultado da saúde está próximo do efeito real.

Qualidade Moderada
O Painel de Consenso das Diretrizes é moderadamente confiante no efeito estimado da
atividade física no resultado da saúde; é provável que a estimativa do efeito seja próxima do
efeito real, mas existe a possibilidade de que seja substancialmente diferente.

Baixa Qualidade
A confiança do Painel de Consenso das Diretrizes no efeito estimado da atividade física no
resultado da saúde é limitada; a estimativa do efeito pode ser substancialmente diferente do
efeito real.

Qualidade Muito Baixa


O Painel de Consenso das Diretrizes confia muito pouco no efeito estimado da atividade
física no resultado da saúde; é provável que a estimativa do efeito seja substancialmente
diferente do efeito real.

INTRODUÇÃO
A atividade física regular ao longo da vida está associada a benefícios substanciais para a
saúde, incluindo melhorias na aptidão física e na saúde mental, bem como na diminuição do
risco de doenças crônicas e mortalidade.

A gravidez é um período único da vida de uma mulher, em que comportamentos de estilo de


vida, incluindo comportamentos físicos pode afetar significativamente sua saúde, bem como
a de seu feto. Embora as diretrizes em todo o mundo recomendem que mulheres sem
contra-indicação se envolvam em atividade física pré-natal, menos de 15% das mulheres
realmente atingirão o mínimo da recomendação de 150min por semana de atividade física
de intensidade moderada durante a gravidez. Infelizmente, há algumas incertezas entre as
gestantes e profissionais de assistência obstétrica: se a atividade física pré-natal pode
aumentar o risco de aborto espontâneo, restrição de crescimento, parto prematuro, fadiga
ou os danos ao feto têm servido como barreiras à prática de atividade física.
Nas últimas três décadas, as taxas de complicações na gravidez, como diabetes mellitus
gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e macrossomia do recém-nascido
aumentaram dramaticamente, provavelmente como consequência do aumento das taxas
de obesidade materna. A atividade física tem sido proposta como uma medida preventiva
ou terapêutica para reduzir as complicações da gravidez e otimizar a saúde materno-fetal.

Essas diretrizes baseadas em evidências aplicam-se a mulheres grávidas e usuários-alvo,


incluindo prestadores de cuidados obstétricos (obstetras, fisioterapeutas, enfermeiros),
formuladores de políticas e profissionais de fitness que fornecem orientações sobre o
impacto da atividade física pré-natal nos resultados de saúde materna, fetal e neonatal.

MÉTODOS
A Diretriz canadense de 2019 para a atividade física durante a gravidez foi desenvolvida de
acordo com a estratégia metodológica descrita no instrumento de avaliação de diretrizes
para pesquisa e avaliação (AGREE). O objetivo dessas diretrizes era fornecer
recomendações baseadas em evidências sobre a atividade física durante a gravidez na
promoção da saúde materna, fetal e neonatal.

O Painel de Consenso das Diretrizes consistiu de pesquisadores no campo do exercício pré-


natal; especialistas em metodologia (AGREE II e GRADE; estatístico e bibliotecário);
profissionais do exercício e representantes da Sociedade Canadense de Fisiologia do
Exercício (CSEP), da Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá (SOGC), da
Faculdade de Médicos de Família do Canadá, da Associação Canadense de Parteiras, da
Associação Canadense, Academia de Medicina Esportiva e do Exercício e um representante
de saúde pública (da Unidade de Saúde de Middle-sex-London).

Antes de convocar o Painel de Consenso das Diretrizes, 10 mulheres grávidas foram


recrutadas por amostragem por conveniência e convidadas a fornecer informações sobre
os benefícios e malefícios percebidos da atividade física, além de identificar os resultados da
gravidez que eram mais importantes para elas.

Durante a reunião de consenso, o Painel de Consenso das Diretrizes selecionou 37


resultados relacionados à saúde materna, fetal e neonatal, 20 dos quais foram classificados
como 'críticos' e 17 como 'importantes', levando em consideração o feedback das mulheres
grávidas e a perspectiva prestadores de cuidados obstétricos com base em sua opinião de
especialistas (ver tabela 1 para obter resultados).

O Painel de Consenso das Diretrizes também identificou quatro subgrupos a priori de


mulheres que se acredita estarem em maior risco de complicações na gravidez. Isso inclui
mulheres que estavam inativas anteriormente, mulheres com diagnóstico de diabetes
mellitus gestacional, mulheres classificadas como com sobrepeso ou obesas antes da
gravidez e mulheres com mais de 35 anos de idade.
Doze revisões sistemáticas foram selecionadas por descrever o efeito da atividade física em
resultados 'críticos' e 'importantes' e para apresentar o equilíbrio entre benefícios e
possíveis danos à atividade física. Uma pesquisa abrangente foi criada e conduzida por um
bibliotecário no MEDLINE, EMBASE, PsycINFO, Cochrane Database of Systematic Reviews,
Cochrane Central Register of Controlled Trials, Scopus and Web of Science Core Collection,
CINAHL Plus with Full Text, Child Development & Adolescent Studies, Education Resources
Information Center, SPORTDiscus, ClinicalTrials.gov and the Trip Database, até 6 de janeiro
de 2017, para estudos randomizados e observacionais que examinam as relações entre
atividade física pré-natal e os resultados de saúde identificados em mulheres sem contra-
indicação.

No geral, 27.624 títulos e resumos foram selecionados e 675 estudos únicos foram
incluídos. As recomendações foram baseadas principalmente em um subconjunto de
ensaios clínicos randomizados controlados apenas por exercício (ECR; n = 104) e estudos de
coorte (n = 4).

A metodologia detalhada e os resultados estão disponíveis em duas edições do British


Journal of Sports Medicine e do Journal of Obstetrics and Gynecology Canada.
A reunião de consenso foi realizada em outubro de 2017 para revisar as evidências e redigir
as recomendações.

Em abril de 2018, foi solicitado feedback de grupos de partes interessadas e mulheres


grávidas por meio das redes do Painel de Consenso das Diretrizes, por meio de pesquisas
em inglês e francês. As recomendações foram revisadas com base nesse feedback e uma
segunda rodada de pesquisas foi distribuída. Um esboço das Diretrizes foi compartilhado
com os conselhos do CSEP, SOGC, bem como com os membros do Painel de Consenso das
Diretrizes em maio de 2018.

As Diretrizes foram revisadas e a versão final das recomendações foi enviada ao Executivo
do SOGC e CSEP para revisão e endosso.

quem deve ser fisicamente ativa


durante a gravidez?

Estas Diretrizes destinam-se a mulheres que não têm contra-indicações (consulte a tabela 2)
que as impediriam de praticar atividade física.
Mulheres com contra-indicações relativas devem discutir as vantagens e desvantagens da
atividade física de intensidade moderada a vigorosa com seu médico obstetra.
RECOMENDAÇÃO 1
Todas as mulheres sem contra-indicação devem ser fisicamente ativas durante a gravidez.
Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.

Subgrupos específicos foram examinados:


► Mulheres anteriormente inativas. Fortes recomendações evidência de qualidade
moderada.
► Mulheres diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional. Fraca recomendação,
evidência de baixa qualidade.
►Mulheres classificadas como com sobrepeso ou obesas (índice de massa corporal pré-
gestacional ≥25kg / m2). Recomendação forte, evidência de baixa qualidade.

Cento e quatro estudos randomizados, apenas com exercício, foram identificados com
relação aos efeitos da atividade física em um ou mais resultados priorizados. Esses dados
representam evidência de qualidade "moderada" de um efeito benéfico da atividade física
pré-natal nos resultados de saúde materna, fetal e neonatal.

A atividade física pré-natal foi associada a uma redução nas chances de diabetes mellitus
gestacional, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, depressão pré-natal e macrossomia (
sem aumentar as chances de resultados adversos, incluindo nascimento prematuro, baixo
peso ao nascer, aborto espontâneo e mortalidade perinatal). Feedback dos profissionais (n
= 429) e mulheres grávidas (n = 170) indicaram que uma grande proporção de mulheres
concorda que os benefícios da atividade física durante a gravidez superam os custos (51%
concordam fortemente, 22% concordam) e que a atividade física é viável (27% fortemente
concordam, 41% concordam), aceitável (36% concorda totalmente, 45% concorda) e
eqüitativo (62% concorda totalmente, 21% concorda) para as mulheres grávidas. Os
resultados da pesquisa apoiaram fortes recomendações em favor da atividade física pré-
natal.

A atividade física durante o primeiro trimestre não aumentou as chances de aborto


espontâneo ou de anomalias congênitas. De maneira importante, também havia evidências
sugerindo que não praticar atividade física desde o primeiro trimestre aumentava as
chances de complicações na gravidez (ou seja, diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia,
hipertensão gestacional, ganho excessivo de peso gestacional e gravidade dos sintomas
depressivos). Como tal, é de opinião do Painel de Consenso das Diretrizes que a atividade
física deve ser encorajada durante a gravidez.

Em relação às análises a priori dos subgrupos, as evidências apoiaram as recomendações a


favor da atividade física durante a gravidez entre os subgrupos, e os resultados da pesquisa
indicaram que uma grande proporção de mulheres e partes interessadas concordou que os
benefícios da atividade física superavam os custos, e que atividade era viável, aceitável e
eqüitativa. O Painel de Consenso das Diretrizes fez uma forte recomendação para mulheres
anteriormente inativas com base em dados de qualidade moderada e nos resultados das
pesquisas. Essa foi uma recomendação forte porque, apesar das evidências de baixa
qualidade que apóiam a atividade física durante a gravidez para mulheres classificadas
como com sobrepeso ou obesas, havia evidências de ensaios clínicos randomizados
demonstrando uma melhora no ganho de peso gestacional e taxa glicose no sangue.
A recomendação para mulheres com diabetes mellitus gestacional foi fraca, porque a
qualidade da evidência era baixa e o benefício líquido entre as mulheres fisicamente ativas e
as que não eram ativas eram pequenas. Não foram identificados estudos examinando
exclusivamente mulheres com 35 anos ou mais; portanto, nenhuma recomendação para
este subgrupo foi fornecida.

qual atividade física é


recomendada para gestantes?

RECOMENDAÇÃO 2
Mulheres grávidas devem acumular pelo menos 150 minutos de atividade física de
intensidade moderada a cada semana, para obter reduções clinicamente significativas nas
complicações relacionadas à gestação. Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.

RECOMENDAÇÃO 3
A atividade física deve ser realizada durante, no mínimo, 3 dias por semana, no entanto, ser
ativa todos os dias é incentivado. Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.

RECOMENDAÇÃO 4
As mulheres grávidas devem incorporar uma variedade de atividades aeróbicas e de
treinamento de resistência para obter maiores benefícios. Adicionar yoga ou alongamento
suave também pode ser benéfico. Recomendação forte, evidência de alta qualidade.

RECOMENDAÇÃO 5
O programa de fortalecimento específico para o assoalho pélvico (PFEAP) deve ser realizado
diariamente, para reduzir as chances de incontinência urinária. Recomenda-se a instrução
de técnica adequada para obter melhores benefícios. Recomendação fraca, evidência de
baixa qualidade.

RECOMENDAÇÃO 6
Mulheres grávidas que sofrem tontura, náusea ou se sentem mal quando se exercitam de
costas, devem modificar a posição do exercício para evitar a posição supina. Recomendação
fraca, evidência de qualidade muito baixa.

Os resultados das revisões sistemáticas identificaram que, em comparação com nenhuma


atividade física, acumular pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade
moderada por três ou mais dias por semana estava associado a reduções clinicamente
significativas nas chances de desenvolver diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia e
hipertensão gestacional. Acumular mais atividade física (frequência, duração ou volume) ao
longo da semana esteve associado a maiores benefícios; no entanto, a atividade física
abaixo das recomendações também incorreu em alguns benefícios.
Os resultados das revisões sistemáticas também demonstraram que a combinação de
exercício aeróbico e treinamento de resistência durante a gravidez foi mais eficaz para
melhorar os resultados de saúde do que intervenções focadas apenas no exercício
aeróbico.

Identificamos ainda uma relação dose-resposta entre intensidades crescentes de atividade


física e diminuição chances de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, hipertensão gestacional
e redução de sintomas depressivos e glicose circulante no sangue materno. É importante
observar que, para muitos desfechos, a atividade física de menor intensidade também traz
benefícios. Portanto, as mulheres grávidas devem ser incentivadas a serem fisicamente
ativas, mesmo que não possam atender a essas recomendações. No entanto, não foram
identificadas evidências sobre a segurança ou benefício adicional do exercício em níveis
significativamente acima das recomendações. Dessa forma, o Painel de Consenso das
Diretrizes recomenda atividades físicas de alta intensidade apenas em um ambiente
monitorado. Atividade física de intensidade moderada é recomendada durante a gravidez.

Frequência Cardíaca

A frequência cardíaca materna é uma medida da intensidade da atividade física. A Tabela 3


apresenta as zonas-alvo da frequência cardíaca específicas da gravidez durante a atividade
física. Outras medidas de intensidade da atividade física incluem o 'teste de conversação'.
Como o termo "teste de conversação" implica, a mulher está em uma intensidade
confortável se for capaz de manter uma conversa durante a atividade física e deve reduzir a
intensidade se isso não for possível.

O Painel de Consenso das Diretrizes desenvolveu recomendações sobre dois tipos


específicos de atividade física: PFEAP e exercício supino. O PFEAP é recomendado para
evitar a incontinência urinária, mesmo que não tenha sido classificado como um resultado
"crítico" e tenha sido baseado em evidências de baixa qualidade.

O PFEAP pré-natal está associado a uma redução de 50% no pré-natal e de 35% na


incontinência urinária pós-natal, que o Painel de Consenso das Diretrizes julgou justificar
uma recomendação fraca. O Painel de Consenso das Diretrizes recomendou instruções
sobre a técnica adequada para obter benefícios ótimos.

A recomendação para que as mulheres modifiquem sua posição de atividade física para
evitar a posição supina quando se sentem mal, foi considerada fraca, pois a qualidade das
evidências era muito baixa. Além disso, embora os danos tenham sido investigados, havia
informações limitadas para informar o equilíbrio de benefícios e malefícios. Essa
recomendação foi baseada principalmente na opinião de especialistas, resultando em uma
recomendação fraca.
Considerações para a implementação

As orientações a seguir são baseadas na opinião de especialistas do Painel de Consenso das


Diretrizes.

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA

As precauções gerais de segurança para mulheres grávidas e fisicamente ativas são


apresentadas na caixa 1. Algumas atividades esportivas apresentam riscos significativos na
gravidez e são contraindicadas. As mulheres não devem mergulhar na gravidez, pois o feto
não está protegido contra doenças descompressivas e embolia gasosa. Recomenda-se que
as mulheres evitem atividades que envolvam contato físico ou risco de queda, o que pode
aumentar o risco de trauma fetal. Essas atividades incluem, entre outras, cavalgadas, esqui
alpino, hóquei no gelo, ginástica ou elevadores olímpicos. Recomenda-se que as mulheres
grávidas evitem o ciclismo não estacionário, pois essa atividade pode apresentar um risco
maior de cair devido a alterações na mecânica corporal e à capacidade de responder ao
ambiente (por exemplo, tráfego, superfícies instáveis) à medida que a gravidez progride.

Como alternativa, caminhada rápida, bicicleta ergométrica, natação ou hidroginástica são


atividades aeróbicas associadas a um menor risco de queda ou contato físico. Com a
aclimatação apropriada, a atividade física de intensidade moderada em altitudes de 1800 a
2500m (6000 a 8250 pés) não parece alterar significativamente o bem-estar materno ou
fetal. No entanto, as mulheres devem ter cuidado ao caminhar em um local onde eles
podem cair. Também é importante que as mulheres permaneçam hidratadas e evitem
atividades físicas vigorosas com calor excessivo, especialmente com alta umidade, para
evitar a desidratação (por exemplo, hot yoga).

Durante a gravidez, algumas mulheres experimentam uma separação visível de seus


músculos abdominais, chamada diástase dos retos abdominais. Essas mulheres são
aconselhadas a procurar aconselhamento fisioterapêutico e evitar exercícios de
fortalecimento abdominal (por exemplo, abdominais), pois isso pode piorar a condição,
aumentando a probabilidade de necessidade de reparo pós-parto. No entanto, o exercício
aeróbico contínuo, como caminhar, está associado a uma menor chance de desenvolver
diástase.
Embora tenha havido menos pesquisas sobre exercícios resistidos do que exercícios
aeróbicos na gravidez, as evidências disponíveis sobre o exercício resistido na gravidez não
identificaram impactos adversos para a gestante, para o feto ou recém-nascido. Portanto, o
treinamento de resistência que segue as considerações de segurança na caixa 1 é
incentivado. Além disso, nossas análises sistemáticas identificaram que as intervenções
"mistas" que combinam atividades aeróbicas e de treinamento de resistência
demonstraram melhorias maiores nos resultados da gravidez do que apenas a atividade
aeróbica. Mulheres que experimentam tonturas com manobra excessiva de Valsalva
(pressionando enquanto prendem a respiração) ao se exercitar devem evitar a retenção de
ar.

Mulheres que consideram competição atlética ou se exercitam significativamente acima das


diretrizes recomendadas devem conversar com seu médico obstetra para esclarecer os
riscos e fazer modificações, se necessário. Recomenda-se que atletas de elite que
continuem treinando durante a gravidez procurem a supervisão de um profissional de
cuidados obstétricos com conhecimento do impacto da atividade física de intensidade
vigorosa nos resultados maternos, fetais e neonatais.

Finalmente, sugere-se que um período de aquecimento e resfriamento seja incluído em


qualquer regime de atividade física. A frouxidão ligamentar durante a gravidez, devido ao
aumento dos níveis hormonais, podem impactar na amplitude de movimento, aumentando
assim o risco de lesão.
Todas as mulheres devem interromper as atividades e procurar atendimento médico se
sentirem algum dos sintomas identificados na caixa 2.

COMO COMEÇAR A SER ATIVA DURANTE A GRAVIDEZ?

As mulheres anteriormente inativas são incentivadas a iniciar a atividade física na gravidez,


mas podem precisar começar gradualmente, em menor intensidade e aumentar a duração
e a intensidade à medida que a gravidez avança.

É importante notar que, quando foram identificadas relações dose-resposta entre atividade
física e resultados da gravidez, mais atividade física (frequência, intensidade, duração e
volume) foi associada a maiores benefícios à saúde. No entanto, um limite superior não foi
estabelecido.

Pode ser difícil para algumas mulheres seguir estas diretrizes sem apoio ou
aconselhamento adicional. Profissionais de cuidados obstétricos e profissionais de
exercícios devem considerar cuidadosamente os custos potenciais e as barreiras
percebidas à atividade física pré-natal para facilitar a participação.

Essas Diretrizes podem ser apropriadas para mulheres com deficiência ou condição médica;
no entanto, um profissional de cuidados obstétricos deve ser consultado para obter
orientações adicionais.
Embora a maioria da base de evidências dessas recomendações tenha usado exercícios
supervisionados, a atividade física durante a gravidez não precisa ser realizada em um
ambiente supervisionado ou com qualquer equipamento específico. Para aqueles com
barreiras financeiras ou outras à participação em exercícios organizados, atividades simples
como caminhar podem trazer benefícios positivos.

Outros hábitos de vida saudáveis ​durante a gravidez além da atividade física são altamente
encorajados outros componentes de um estilo de vida saudável, incluindo nutrição e sono
adequados, bem como a abstenção de fumar, álcool, maconha e drogas ilícitas.

RECURSOS PARA ASSISTÊNCIA À SAÚDE, PROFISSIONAIS PRESCRITORES DE


EXERCÍCIOS E A MULHERES GESTANTES

O Exame Médico de Prontidão de Atividade Física para Gravidez (PARmed-X para Gravidez)
foi desenvolvido pelo CSEP e endossado pelo SOGC e Health Canada (e disponível no site
do CSEP em www.csep.ca/forms.asp) como auxílio para profissionais médicos identificarem
contraindicações para mulheres grávidas antes de participarem de atividade física.

PORTANTO…
A Diretriz Canadense de Atividade Física para toda a gravidez de 2019 representa uma
mudança fundamental em nossa visão da atividade física pré-natal de um comportamento
recomendado para melhorar a qualidade de vida, para uma prescrição específica de
atividade física para reduzir as complicações da gravidez e otimizar a saúde ao longo da vida
útil de duas gerações. É essencial que essas Diretrizes sejam implementadas na prática
clínica para obter benefícios significativos e potencialmente ao longo da vida para a mãe e a
criança.
Espero que esteja curtindo a leitura,
vamos seguir com a segunda
publicação?
PUBLICAÇÃO 2

Atividade Física e Exercícios durante a


gravidez e o período pós-parto

INTRODUÇÃO
Este documento foi revisado para incorporar evidências recentes sobre os benefícios e riscos
da atividade física e do exercício durante a gravidez e o período pós-parto. A atividade física,
definida como qualquer movimento corporal produzido pela contração dos músculos
esqueléticos em todas as fases da vida, mantém e melhora a aptidão cardiorrespiratória,
reduz o risco de obesidade e comorbidades associadas e resulta em maior longevidade.

Mulheres que iniciam a gravidez com um estilo de vida saudável (por exemplo, exercícios,
boa nutrição, não fumantes) devem ser incentivadas a manter esses hábitos saudáveis.
Mulheres que não têm estilos de vida saudáveis ​devem ser incentivadas a ver o período pré-
gestacional e a gravidez como oportunidades para adotar rotinas mais saudáveis.

O exercício, definido como atividade física que consiste em movimentos corporais


planejados, estruturados e repetitivos, feitos para melhorar um ou mais componentes da
aptidão física, é um elemento essencial de um estilo de vida saudável e os obstetras,
ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos devem incentivar suas pacientes
para continuar ou iniciar o exercício como um componente importante da saúde ideal.

A Organização Mundial da Saúde e o Colégio Americano de Medicina Esportiva emitiram


recomendações baseadas em evidências indicando que os efeitos benéficos do exercício na
maioria dos adultos são indiscutíveis e que os benefícios superam os riscos.
A atualização de 2018 das Diretrizes de Atividade Física do Departamento de Saúde e
Serviços Humanos dos EUA para os americanos reforça as recomendações anteriores de
pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana
durante a gravidez e o período pós-parto.Esta atividade deve se espalhar por toda a semana.
As diretrizes aconselham que as mulheres que habitualmente praticam atividades aeróbicas
de intensidade vigorosa ou que eram fisicamente ativas antes da gravidez possam continuar
essas atividades durante a gravidez e o período pós-parto. Além disso, as mulheres grávidas
devem estar sob os cuidados de um obstetra-ginecologista ou outro prestador de cuidados
obstétricos que possa monitorar o progresso da gravidez. As mulheres grávidas podem
consultar seu obstetra-ginecologista ou outro prestador de cuidados obstétricos sobre se
devem ou não ajustar sua atividade física durante a gravidez e o pós-parto.

A inatividade física é o quarto principal fator de risco para mortalidade precoce em todo o
mundo. Na gravidez, a inatividade física e o ganho excessivo de peso foram reconhecidos
como fatores de risco independentes para obesidade materna e complicações relacionadas
à gravidez, incluindo diabetes mellitus gestacional (DMG). As preocupações que a atividade
física regular durante a gravidez pode causar aborto espontâneo, mau crescimento fetal,
lesão musculoesquelética ou parto prematuro não foram substanciadas para mulheres com
gestações sem complicações. Na ausência de complicações ou contraindicações obstétricas
ou médicas, a atividade física na gravidez é segura e desejável, e as mulheres grávidas devem
ser incentivadas a continuar ou iniciar atividades físicas seguras.

A maioria das pacientes grávidas pode se exercitar. Existem poucas condições médicas
maternas nas quais o exercício aeróbico é absolutamente contraindicado. Quando houver
perguntas sobre a segurança do exercício aeróbico durante a gravidez, recomenda-se a
consulta com especialistas e subespecialistas relevantes (por exemplo, obstetrícia e
ginecologia, medicina materno-fetal, cardiologia, pneumologia), quando indicado. Nas
mulheres com comorbidades obstétricas ou médicas, os regimes de exercícios devem ser
individualizados. Obstetras, ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos
devem avaliar cuidadosamente as mulheres com complicações médicas ou obstétricas antes
de fazer recomendações sobre a participação da atividade física durante a gravidez.

Aspectos Anatômicos e Fisiológicos do Exercício na Gravidez

A gravidez resulta em alterações anatômicas e fisiológicas que devem ser consideradas na


prescrição de exercícios. As mudanças mais distintas durante a gravidez são o ganho de peso
e uma mudança no ponto de gravidade que resulta em lordose progressiva. Essas mudanças
levam a um aumento das forças nas articulações e na coluna durante o exercício de
sustentação de peso. Como resultado, mais de 60% de todas as mulheres grávidas
experimentam lombalgia. O fortalecimento dos músculos abdominais e das costas pode
minimizar esse risco.

O volume sanguíneo, a frequência cardíaca, o volume sistólico e o débito cardíaco


normalmente aumentam durante a gravidez e a resistência vascular sistêmica diminui. Essas
alterações hemodinâmicas estabelecem a reserva circulatória necessária para sustentar a
gestante e o feto em repouso e durante o exercício. Manter uma posição supina durante o
exercício após 20 semanas de gestação pode resultar em menor retorno venoso devido à
compressão da veia cava pelo útero gravídico, levando à hipotensão, e essa alteração
hemodinâmica deve ser considerado ao prescrever modificações de exercícios na gravidez.
Na gravidez, também existem profundas alterações respiratórias. A ventilação por minuto
aumenta até 50%, principalmente como resultado do aumento do volume corrente. Devido a
uma diminuição fisiológica da reserva pulmonar, a capacidade de se exercitar
anaerobicamente é prejudicada, e a disponibilidade de oxigênio para exercícios aeróbicos e o
aumento da carga de trabalho permanecem constantemente.

A alcalose fisiológica respiratória da gravidez pode não ser suficiente para compensar a
acidose metabólica em desenvolvimento de exercícios extenuantes. A diminuição da carga
subjetiva de trabalho e o desempenho máximo do exercício em mulheres grávidas,
particularmente naquelas com sobrepeso ou obesidade, limitam sua capacidade de se
envolver em atividades físicas mais árduas. Demonstrou-se que o treinamento aeróbico na
gravidez aumenta a capacidade aeróbica em mulheres grávidas com peso normal e com
sobrepeso.

A regulação da temperatura é altamente dependente da hidratação e das condições


ambientais. Durante o exercício, as mulheres grávidas devem manter-se bem hidratadas,
usar roupas largas e evitar alto calor e umidade para se proteger do estresse causado pelo
calor, principalmente durante o primeiro trimestre. Embora a exposição ao calor de fontes
como banheiras de hidromassagem, saunas ou febre tenha sido associada a um risco
aumentado de defeitos do tubo neural, não seria de esperar que o exercício aumentasse a
temperatura do corpo central dentro da faixa de preocupação.

Resposta Fetal ao Exercício Materno

A maioria dos estudos que abordam a resposta fetal ao exercício materno se concentrou nas
alterações da frequência cardíaca fetal e no peso ao nascer. Estudos demonstraram
aumentos mínimos a moderados da frequência cardíaca fetal em 10 a 30 batimentos
por minuto acima da linha de base durante ou após o exercício.

Três metanálises concluíram que as diferenças no peso ao nascer eram mínimas para
mulheres que se exercitaram durante a gravidez em comparação com os controles. No
entanto, as mulheres que continuaram a se exercitar vigorosamente durante o terceiro
trimestre tiveram maior probabilidade de dar à luz um peso entre 200 e 400 g a menos que
os controles comparáveis, embora não houvesse um risco aumentado de restrição ao
crescimento fetal.

Um estudo de coorte que avaliou o fluxo sanguíneo da artéria umbilical, a frequência


cardíaca fetal e o perfil biofísico antes e após o exercício extenuante no segundo trimestre
demonstrou que 30 minutos de exercício extenuante eram bem tolerados por mulheres e
fetos em gestantes ativas. São necessários mais dados de atletas que possam exercer além
da definição “vigilante” aceita de até 85% da capacidade, e é possível que exista um nível
absoluto de intensidade (ou duração, ou ambos), e se excedido, poderia colocar o feto em
risco. As prescrições de exercício individualizadas podem ser necessárias em atletas grávidas
para verificar se existe um limiar além do qual o bem-estar fetal pode ser comprometido.
Benefícios do Exercício Durante a Gravidez

Os benefícios do exercício durante a gravidez são numerosos. O exercício aeróbico regular


durante a gravidez demonstrou melhorar ou manter a aptidão física. Estudos observacionais
de mulheres que se exercitam durante a gravidez mostraram benefícios como diminuição da
DMG, parto cesáreo e parto vaginal operatório e tempo de recuperação pós-parto. A
atividade física também pode ser um fator essencial na prevenção de transtornos
depressivos das mulheres no período pós-parto. Na gravidez, maior aptidão física geral auto-
relatada e aptidão cardiorrespiratória estão associadas a menos dor corporal, dor lombar e
ciática e redução da incapacidade para dor. São necessários estudos para explorar se a
melhoria do condicionamento físico antes e durante a gravidez pode diminuir a dor durante
o período periparto.

Um estudo controlado randomizado de 2017 que incluiu 300 mulheres com sobrepeso ou
obesas com gestações singulares e sem complicações em menos de 13 semanas de
gestação descobriu que os exercícios de ciclismo iniciavam no primeiro trimestre e
realizavam pelo menos 30 minutos, 3 vezes por semana até 37 semanas de gestação,
reduziu significativamente a incidência de DMG, reduziu significativamente o ganho de peso
gestacional em menos de 25 semanas de gestação e reduziu o peso ao nascer neonatal.
Embora esses pesquisadores não tenham encontrado diferenças significativas entre os
grupos exercício e controle na incidência de outros desfechos, como parto prematuro,
hipertensão gestacional, parto cesáreo e macrossomia, todos esses desfechos foram menos
frequentes no grupo do exercício.

Uma revisão sistemática e meta-análise de 2017 mostrou um risco significativamente


reduzido de distúrbios hipertensivos gestacionais, hipertensão gestacional e cesariana em
mulheres que realizaram exercício aeróbico 30 a 60 minutos, 2 a 7 vezes por semana, em
comparação com as mulheres que eram mais sedentárias. Estudos demonstraram que o
exercício durante a gravidez pode diminuir os níveis de glicose em mulheres com DMG ou
ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia. O exercício mostrou apenas uma diminuição modesta no
ganho de peso total (1-2 kg) nas mulheres com peso normal, sobrepeso e obesidade.

Outra revisão sistemática e metanálise de 2017 mostrou que, para mulheres com sobrepeso
e obesas com gravidez única, em comparação com mulheres que eram mais ativas, com
exercícios por cerca de 30-60 minutos, 3-7 vezes por semana durante a gravidez está
associado a uma redução na incidência de prematuridade. O exercício aeróbico em
gestantes com sobrepeso e obesos também está associado a uma incidência
significativamente menor de DMG e, portanto, deve ser incentivado.

Uma revisão sistemática e metanálise de 2016 em mulheres grávidas com peso normal e
com uma gestação sem complicações mostraram que o exercício aeróbico por 35-90
minutos, 3-4 vezes por semana, não está associado a um risco aumentado de parto
prematuro ou com uma redução na idade gestacional média ao parto. Associou-se exercício
físico a uma incidência significativamente maior de parto vaginal e uma incidência
significativamente menor de parto cesáreo, com uma incidência significativamente menor de
DMG e distúrbios hipertensivos.
Por fim, uma revisão sistemática e meta-análise de 2019 constatou que em mães com
condições médicas pré-gestacionais (hipertensão crônica, diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2), o
exercício pré-natal reduziu as chances de parto cesáreo em 55% e não aumentam o risco de
resultados maternos e neonatais adversos, embora os achados sejam baseados em
evidências limitadas, sugerindo a necessidade de investigações de alta qualidade sobre
exercícios nessa população de mulheres.

RECOMENDAÇÕES DE PROGRAMA DE EXERCÍCIO

Aconselhamento Motivacional
A gravidez é o momento ideal para modificar o comportamento e adotar um estilo de vida
saudável, devido ao aumento da motivação e do acesso frequente à supervisão médica. É
mais provável que os pacientes controlem o peso, aumentem a atividade física e melhorem
sua dieta se o médico recomendar que o façam.

Ferramentas de aconselhamento motivacional, como os Cinco A's (Ask, Advise, Assess, Assist,
and Arrange | Pergunte, Aconselhe, Avalie, Ajude e Organize), originalmente desenvolvidas
para a cessação do tabagismo, têm sido usadas com sucesso no aconselhamento sobre dieta
e exercícios. Obstetras, ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos podem
considerar a adoção da abordagem dos cinco A para mulheres com gestações sem
complicações e sem contra-indicação para o exercício.

Prescrever um programa de exercícios individualizado

Os princípios da prescrição de exercícios para gestantes não diferem dos da população em


geral. Uma avaliação clínica completa deve ser realizada antes de recomendar um programa
de exercícios para garantir que o paciente não tenha um motivo médico para evitar
exercícios.

Um programa de exercícios que leve a um objetivo final de exercício de intensidade


moderada por pelo menos 20 a 30 minutos por dia na maioria ou todos os dias da semana
deve ser desenvolvido com o paciente e ajustado conforme indicado clinicamente.

Como foram relatadas respostas da frequência cardíaca ao exercício em mulheres grávidas, o


uso de classificações de esforço percebido pode ser um meio mais eficaz de monitorar a
intensidade do exercício durante a gravidez do que os parâmetros da frequência cardíaca.
Para exercícios de intensidade moderada, as classificações de esforço percebido devem ser
de 13 a 14 (um pouco difíceis) na escala de classificação de esforço percebido de Borg. Usar
o “teste de conversação” é outra maneira de medir o esforço: desde que uma mulher possa
manter uma conversa enquanto se exercita, ela provavelmente não estará se exercitando
demais. As mulheres devem ser aconselhadas a manter-se bem hidratadas, evitar longos
períodos deitadas de costas e parar de se exercitar se tiverem algum dos sinais de alerta.
As gestantes sedentárias antes da gravidez devem seguir uma progressão mais gradual de
exercício. Embora não tenha sido estabelecido um nível superior de intensidade segura de
exercício, as mulheres que praticam exercícios regularmente antes da gravidez e que têm
gestações sem complicações e saudáveis ​devem poder se engajar em programas de
exercícios de alta intensidade, como aeróbica, sem efeitos adversos. Exercícios de alta
intensidade ou prolongados além de 45 minutos podem levar à hipoglicemia; portanto, a
ingestão calórica adequada antes do exercício ou a limitação da intensidade ou duração da
sessão de exercício são essenciais para minimizar esse risco.

O exercício prolongado deve ser realizado em um ambiente termoneutro ou em condições


ambientais controladas (instalações com ar condicionado) e as mulheres grávidas devem
evitar a exposição prolongada ao calor e prestar muita atenção à hidratação e ingestão
calórica adequadas. Em estudos com mulheres grávidas que se exercitavam em que a
atividade física era estimulada em um ambiente com temperatura controlada, a temperatura
corporal central subia menos de 1,5 ° C em 30 minutos e permanecia dentro de limites
seguros.

Finalmente, embora a atividade física e a desidratação na gravidez tenham sido associadas a


um pequeno aumento nas contrações uterinas, uma revisão sistemática de 2016 e uma
meta-análise em mulheres grávidas com peso normal e gestações únicas e simples
demonstraram que o exercício para 35 –90 minutos, 3 a 4 vezes por semana não está
associado a um risco aumentado de parto prematuro ou a uma redução na idade gestacional
média ao parto.

TIPOS DE EXERCÍCIOS

Mulheres com gravidez não complicada devem ser incentivadas a praticar exercícios
aeróbicos e de condicionamento de força antes, durante e após a gravidez. Atividades de
contato com alto risco de trauma abdominal ou desequilíbrio devem ser evitadas. O
mergulho autônomo deve ser evitado durante a gravidez devido à incapacidade da circulação
pulmonar fetal para filtrar a formação de bolhas.

As mulheres que vivem no nível do mar foram capazes de tolerar atividades físicas até
altitudes de 6.000 pés, sugerindo que essa altitude é segura na gravidez, embora sejam
necessárias mais pesquisas. Mulheres que residem em altitudes mais altas podem ser
capazes de se exercitar com segurança em altitudes superiores a 6.000 pés.

Nos casos em que as mulheres experimentam dor lombar, o exercício na água é uma
alternativa. Um estudo da aparente redução de peso durante a imersão em água em uma
gestante do terceiro trimestre mediu uma média de 82,9% do peso corporal, uma redução
que diminui a carga osteoarticular materna devido à flutuação. Também pode haver
benefícios adicionais do exercício aquático. Um estudo controlado randomizado de um
programa de exercícios físicos aquáticos durante a gravidez, composto por três exercícios de
60 minutos, demonstrou uma maior taxa de períneo intacto após o parto.
POPULAÇÕES ESPECIAIS

Mulheres grávidas com obesidade


As gestantes com obesidade devem ser incentivadas a se envolver em uma modificação do
estilo de vida saudável na gravidez, que inclua atividades físicas e dietas criteriosas. As
mulheres devem começar com exercícios de baixa intensidade e curtos e aumentar
gradualmente o período ou a intensidade do exercício, conforme possível. Em estudos
recentes que examinaram os efeitos do exercício entre mulheres grávidas com obesidade, as
mulheres designadas para o exercício demonstraram reduções modestas no ganho de peso
e sem resultados adversos.

Atletas
O exercício de intensidade vigorosa concluído no terceiro trimestre parece ser seguro para a
maioria das gestações saudáveis. Mais pesquisas são necessárias sobre os efeitos do
exercício de intensidade vigorosa no primeiro e segundo trimestres e da intensidade do
exercício excedendo 90% da intensidade cardíaca máxima. Atletas competitivas requerem
supervisão frequente e rigorosa, porque tendem a manter um cronograma de treinamento
mais intenso durante a gravidez e retomar o treinamento de alta intensidade pós-parto mais
cedo do que outras mulheres. Essas atletas devem prestar atenção especial a evitar
hipertermia, manter a hidratação adequada e manter a ingestão calórica adequada para
evitar a perda de peso, o que pode afetar adversamente o crescimento fetal.

Uma atleta de elite pode ser definido geralmente como uma atleta com vários anos de
experiência em um esporte específico ou esportes que competiram com sucesso contra
outros atletas de alto nível e treinam o ano todo em um nível alto; um atleta de elite
geralmente treina pelo menos 5 dias por semana, com média de 2 horas por dia durante o
ano. Além do treinamento aeróbico, os atletas de elite na maioria dos esportes também
participam do treinamento de resistência para aumentar a força e a resistência muscular; no
entanto, esse treinamento não foi considerado uma atividade segura nas orientações
precoces para o exercício durante a gravidez, devido a uma lesão potencial e possíveis
desacelerações cardíacas fetais resultantes das manobras de Valsalva.

Consequentemente, há literatura escassa sobre esse assunto. É prudente que os atletas de


elite que desejam continuar a atividade extenuante durante a gravidez tenham um
entendimento claro dos riscos, obtenham a aprovação de seus profissionais de saúde e
considerem a diminuição da carga de resistência em comparação com as condições pré-
gestantes. Atividades de alto impacto com maior risco de trauma fechado devem ser
evitadas, e também é importante que a atleta de elite grávida evite superaquecimento ao
praticar seu esporte ou participar de treinamento intenso.

Restrição de Atividade

Várias revisões determinaram que não há evidência credível para prescrever repouso na
cama na gravidez para a prevenção do trabalho de parto prematuro, e isso não deve ser
recomendado rotineiramente.
Um estudo de coorte com mais de 62.000 mulheres dinamarquesas relatou uma
relaçãdose-resposta entre a carga diária total levantada e o nascimento prematuro com
cargas superiores a 1.000 kg por dia. Neste estudo, o levantamento de cargas pesadas
(acima de 20 kg) mais de 10 vezes por dia foi associado a um risco aumentado de parto
prematuro.

O Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional utiliza uma equação que determina o
limite máximo de peso recomendado para levantamento, aceitável para 90% das mulheres
saudáveis ​. Essa equação foi usada para definir os limites de peso recomendados para uma
ampla gama de padrões de levantamento para mulheres grávidas, bem como condições de
levantamento que apresentam maior risco de lesão musculoesquelética. Obstetras,
ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos podem usar seu melhor
julgamento clínico para determinar um plano recomendado para o paciente. Esse plano pode
incluir uma solicitação formal para que um profissional de saúde ocupacional realize uma
análise para determinar os limites máximos de peso com base nas condições reais de
elevação ou ajustes ergonômicos laborais.

Exercício no período pós-parto

Vários relatos indicam que o nível de participação das mulheres em programas de exercícios
diminui após o parto, levando frequentemente a sobrepeso e obesidade. O período pós-
parto é um momento oportuno para os obstetras, ginecologistas e outros prestadores de
cuidados obstétricos recomendarem e reforçarem um estilo de vida saudável.

Retomar o exercício ou incorporar novas rotinas de exercícios após o parto é importante


para apoiar hábitos saudáveis ​ao longo da vida. As rotinas de exercícios podem ser
retomadas gradualmente após a gravidez, assim que forem medicamente seguras,
dependendo do modo de parto (parto vaginal ou cesariano) e a presença ou ausência de
complicações médicas ou cirúrgicas.

Algumas mulheres são capazes de retomar as atividades físicas nos dias seguintes ao parto.
Os exercícios do assoalho pélvico podem ser iniciados no pós-parto imediato. Demonstrou-
se que exercícios de fortalecimento abdominal, incluindo exercícios abdominais e exercícios
de tração, uma manobra que aumenta a pressão abdominal puxando os músculos da parede
abdominal, diminuem a incidência de diástase retos abdominal e diminuem a distância inter-
retal em mulheres que deu à luz vaginal ou por cesariana.

Demonstrou-se que o exercício aeróbico regular em mulheres que amamentam melhora a


aptidão cardiovascular materna sem afetar a produção, composição ou produção do leite. As
mulheres que estão amamentando devem considerar alimentar seus bebês ou expressar
leite antes de se exercitar para evitar desconforto nos seios inchados. Eles também devem
garantir uma hidratação adequada antes de iniciar a atividade física.

CONCLUSÃO

A atividade física e o exercício durante a gravidez estão associados a riscos mínimos e


demonstraram beneficiar a maioria das mulheres, embora algumas modificações nas rotinas
e exercícios possam ser necessárias devido a alterações anatômicas e fisiológicas normais e
às exigências fetais.

Na ausência de complicações ou contraindicações obstétricas ou médicas, a atividade física


na gravidez é segura e desejável, e as mulheres grávidas devem ser incentivadas a continuar
ou iniciar atividades físicas seguras.

Obstetras, ginecologistas e outros prestadores de cuidados obstétricos devem avaliar


cuidadosamente as mulheres com complicações médicas ou obstétricas antes de fazer
recomendações sobre a participação na atividade física durante a gravidez. Embora as
evidências sejam limitadas, o exercício resulta em benefícios para os resultados da gravidez e
não há evidências de danos quando o exercício não é contra-indicado.

A atividade física e o exercício durante a gravidez promovem a aptidão física e podem


impedir o ganho excessivo de peso gestacional. O exercício pode reduzir o risco de diabetes
gestacional, pré-eclâmpsia e parto cesáreo. Pesquisas adicionais são necessárias para
estudar os efeitos do exercício em condições e resultados específicos da gravidez e para
esclarecer outros métodos eficazes de aconselhamento comportamental e o tipo, frequência
e intensidade ideais de exercício. Pesquisas semelhantes são necessárias para criar uma
base de evidências aprimorada relativa aos efeitos da atividade física ocupacional na saúde
materno-fetal.

Atletas competitivas requerem supervisão frequente e rigorosa, porque tendem a manter um


cronograma de treinamento mais intenso durante a gravidez e retomar o treinamento de alta
intensidade pós-parto mais cedo do que outras mulheres. Essas atletas devem prestar
atenção especial a evitar hipertermia, manter a hidratação adequada e manter a ingestão
calórica adequada para evitar a perda de peso, o que pode afetar adversamente o
crescimento fetal.

Espero que tenha aproveitado toda a


densidade do conteúdo!

Vamos estudar mais sobre este assunto?

É preciso domínio completo sobre o tema para


poder prescrever exercícios com segurança à
gestantes!

Obrigada, e até breve!

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