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Distocia em Jabutis 2

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RESUMO SIMPLES - PESQUISA

DISTOCIA EM JABUTIS

Isis Regina Barberini (isisreginaB18@gmail.com)

Bruna Vaz Da Silva Gonçalves (brunavaz.vet@gmail.com)

Introdução: Os jabutis fazem parte da classe reptilia, família testudinidae e


assim como as aves e mamíferos, os répteis vem ganhando espaço no
mercado de animais domésticos. Contudo, a falta de informações dos
proprietários em relação ao manejo desses animais, os predispõem a diversas
afecções. Dentre os problemas reprodutivos mais comuns, a distocia se
destaca, sendo frequentemente relatada em répteis mantidos em cativeiro,
geralmente associada ao erro de manejo como: dieta carente, temperatura
inadequada, substrato errado, entre outros. O diagnóstico é baseado no exame
físico, histórico e exame radiográfico. Objetivos: O presente estudo tem como
objetivo reunir informações sobre a distocia em jabutis. Materiais e Métodos: O
assunto abordado teve embasamento teórico realizado por meio de leitura,
seleção de artigos e pesquisas científicas disponíveis na plataforma Google
Acadêmico, foram selecionados de acordo com a busca por palavras-chave e
concordância com o tema. Resultados e Discussões: Os jabutis são animais
terrestres, tendo como características evidentes, membros locomotores
robustos, próprios para suportar o casco pesado e se locomover em ambientes
árduos. No Brasil, há três espécies de jabutis: jabuti-tinga (Chelonoidis
denticulata), jabuti argentino (Chelonoidis chilensis) e jabuti-piranga
(Chelonoidis carbonária), sendo está a espécie mais comum no mercado de
animais domésticos. São animais onívoros, se alimentam tanto de proteína
animal, quanto de folhas e vegetais, sua reprodução é ovípara, as fêmeas
cavam buracos na terra para a deposição de seus ovos e atingem a maturidade
sexual por volta dos 5 a 7 anos. Tanto o fotoperíodo, quanto a temperatura, o
ciclo térmico e a oferta de alimentos são fatores fundamentais na reprodução.
A distocia tem como resultado a permanência dos ovos dentro da fêmea,
ocasionando diferentes distúrbios fisiológicos que podem se desenvolver e
evoluir para o óbito do animal. As causas são variadas, e a classificação pode
ocorrer de duas formas: obstrutiva quando há algo impedindo o fluxo normal
dos ovos e não obstrutiva quando está relacionado ao ambiente, estado físico,
nutricional e manejo inadequado. O diagnóstico é realizado por meio do
histórico do animal, exame físico e radiográfico. Para o tratamento, deve-se
considerar o tipo de distocia e o estado físico do animal. Recomenda-se
inicialmente a correção do manejo ambiental, para proporcionar melhores
condições de ovopostura. Portanto, se a distocia for confirmada como não
obstrutiva, o protocolo clinico indicado é a administração de gluconato de cálcio
intravenoso, antes da ocitocina para melhorar a contração uterina, caso não
obtenha-se resultados, a ocitocina poderá ser novamente administrada em
doses maiores. Lembrando que a frequência e a dose administrada variam de
acordo com o quadro e a espécie do animal. Nos casos em que a terapia não
obteve sucesso e a distocia está sendo classificada como obstrutiva, é indicado
que o animal seja submetido à celiotomia para a remoção cirúrgica dos ovos.
Conclusão: A distocia e muitas outras afecções em animais silvestres ocorrem
por erro de manejo, por desinformação dos proprietários em relação a biologia
desses animais. Portanto, a busca e divulgação de informações são essenciais
para proporcionar a melhor qualidade de vida aos animais.

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