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Anestesia Local
Anestesia Local
Anestesia Local
de literatura.
Ricardo Roberto de Souza Fonseca1*, Jorge Sá Elias Nogueira2, Silvio Augusto de
Fernandes Menezes2, Carlos Eduardo Vieira da Silva Gomes 3, Ana Cláudia Braga
Amoras Alves3, Camilla Pinto Leal de Oliveira4, Ivam Freire da Silva Júnior4
ARTIGO DE REVISÃO
Resumo
Introdução: Toxicidade pode ser definida como a capacidade inerente e potencial do agente
tóxico de provocar efeitos nocivos em organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente
proporcional à concentração do agente tóxico. Na odontologia casos de toxicidades são
frequentemente resultado da superdosagem de anestésicos locais, logo o profissional deve evitar
possíveis toxicidades sistêmicas. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo realizar uma
revisão de literatura acerca da toxicidade causada pelos anestésicos locais utilizados em
odontologia. Materiais e Métodos: Foi realizada buscas nas plataformas PubMed, SciELO,
MEDLINE, LILACS, utilizando os descritores “Toxicidade” AND “Anestésicos Locais” AND
“Odontologia” AND “Efeitos Adversos”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre o
período de 2010 a 2021, nos idiomas português e inglês, que estivessem disponíveis na íntegra
para leitura, apresentando considerações sobre a relação do uso desregulado de anestésico local
na toxicidade sistêmica e suas consequências, sendo estudos do tipo caso controle, revisão
sistemática com ou sem metanálise, revisão de literatura e estudos clínicos randomizados.
Discussão: Após analisarmos a literatura verificamos que a toxicidade sistêmica causada por
anestésicos locais odontológicos tende a ser uma complicação não tão comum, mas é
perigosamente fatal principalmente pelo fato dos cirurgiões dentistas não estarem preparados
para intervir em casos de toxicidade, então a idéia por trás da publicação de assuntos como esse
é preparar e alertar cirurgiões dentistas para o tratamento precoce e prevenção de casos em
consultório odontológico. Conclusão: Concluímos que o profissional deve conhecer a anatomia
básica, escolher o anestésico local corretamente, além de realizar uma anamnese bastante
detalhada para evitar acidentes.
Abstract
Introduction: Toxicity can be defined as the inherent capacity and potential of the toxic
agent to cause harmful effects in living organisms. The toxic effect is generally proportional
to the concentration of the toxic agent. In dentistry, cases of toxicities are often the result
of overdose of local anesthetics, so the professional must avoid possible systemic toxicities.
Objective: This study aims to conduct a literature review on the toxicity caused by local
anesthetics used in dentistry. Materials and Methods: Searches were performed on the
platforms PubMed, SciELO, MEDLINE, LILACS, using the descriptors "Toxicity" AND "Local
Anesthetics" AND "Dentistry" AND "Adverse Effects". The inclusion criteria were articles
published between 2010 and 2021, in Portuguese and English, which were available in full
for reading, presenting considerations on the relationship of the unregulated use of local
anesthetics in systemic toxicity and its consequences, being studies of the case-control type,
systematic review with or without meta-analysis, literature review and randomized clinical
trials. Discussion: After analyzing the literature, we found that systemic toxicity caused by
dental local anesthetics tends to be a not so common complication, but it is dangerously
fatal mainly because dental surgeons are not prepared to intervene in cases of toxicity, so
the idea behind the purpose of publishing subjects like this is to prepare and alert dentists
to the early treatment and prevention of cases in the dental office. Conclusion: We conclude
that the professional must know the basic anatomy, choose the local anesthetic correctly,
and carry out a very detailed anamnesis to avoid accidents.
Instituição afiliada: 1Laboratório de virologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará,
Belém, Pará, Brasil. 2Centro Universitário do Estado do Pará, Curso de Odontologia, Belém, Pará, Brasil.
3
Universidade Federal do Pará, Curso de Odontologia, Belém, Pará, Brasil. 4Instituto Odontológico das
Américas, Especialização de periodontia, Belém, Pará, Brasil.
Dados da publicação: Artigo recebido em 03 de Outubro, revisado em 15 de Novembro, aceito para publicação
em 30 de Novembro e publicado em 31 de Janeiro de 2022.
DOI: https://doi.org/10.36557/2674-8169.2022v4n1p05-13
Autor correspondente: Ricardo Roberto de Souza Fonseca ricardofonseca285@gmail.com.
INTRODUÇÃO
Os Anestésicos Locais (AL) devem apresentar início de ação o mais rápido possível,
duração de ação suficiente, baixa toxicidade sistêmica; não ser irritante aos tecidos, não
causar lesão permanente às estruturas nervosas e também ser reversível. A toxicidade
causada pelos AL em odontologia deve-se, na maioria dos casos, a superdosagem
absoluta ou relativa e alergia ao sal ou a um componente do tubete odontológico1,2.
Quando ocorrem complicações sistêmicas devido à intoxicação por anestésicos locais,
pode-se classificar em psicogênicas e não psicogênicas. As psicogênicas independem do
anestésico e estão relacionadas com os fatores: Idade, peso, uso de medicamentos,
presença de doenças, genética, temperamento e ambiente social. As não psicogênicas
estão relacionadas à técnica de administração inadequada ou superdosagem 2-4.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para que a revisão integrativa dos artigos foi realizada buscas nas plataformas
PubMed, SciELO, MEDLINE, LILACS, utilizando os descritores “Toxicidade” AND
“Anestésicos Locais” AND “Odontologia” AND “Efeitos Adversos”. Os critérios de inclusão
foram artigos publicados entre o período de 2010 a 2021, nos idiomas português e inglês,
que estivessem disponíveis na íntegra para leitura, apresentando considerações sobre a
relação do uso desregulado de anestésico local na toxicidade sistêmica e suas
consequências, sendo estudos do tipo caso controle, revisão sistemática com ou sem
metanálise, revisão de literatura e estudos clínicos randomizados.
DISCUSSÃO
Os anestésicos locais utilizados na analgesia em odontologia se administrados via
intramuscular atingem seu nível máximo entre 5 a 10 minutos. Caso ocorra a intoxicação
por injeção intravascular acidental ou introdução do anestésico muito rápido, as reações
adversas podem alcançar níveis máximos em tempo mínimo. Sendo assim velocidade de
injeção de uma droga anestésica é importante no desencadeamento ou na prevenção de
reações de superdosagem1-6.
anamnese detalhada antes de realizar procedimentos sob anestesia local a fim de evitar
intercorrências graves no consultório odontológico4,12,13.
A bupivacaína é anestésico local de longa duração e seu uso foi muito questionado
devido aos diversos relatos de cardiotoxicidade neurotoxicidade. A superdosagem
acontece porque este anestésico possui uma margem de segurança reduzida para
convulsões e colapso cardiovascular quando comparado à lidocaína. O efeito cardiotóxico
da bupivacaína ocorre por ação direta ou indiretamente no coração, devido ao bloqueio
da inervação simpática cardíaca, ou por uma ação mediada pelo SNC, induzindo arritmias
fatais em razão de seu maior efeito eletrofisiológico devido a sua maior afinidade por
No segundo caso, observou-se a aspiração positiva pela agulha, a qual esta foi
removida imediatamente, contudo mesmo com a baixa dose injetada houve
comprometimento do SNC, acarretando confusão mental, seguida de perda da
consciência e convulsões tônico-clônicas, sem evolução para toxicidade cardíaca. A
paciente não apresentou sequelas, traumas, recordações do momento que pudessem
comprometer sua integridade física e psíquica7.
CONCLUSÃO
Após revisar as informações na literatura, concluímos que o profissional,
primordialmente, saber de anatomia básica a fim de evitar acidentes, este ainda deve
sempre atualizar seus conhecimentos sobre técnicas de anestesia seguras. Ademais o
dentista deve escolher o anestésico local adequadamente, além de conhecer os diversos
tipos disponíveis no mercado para numa situação clínica ter alternativas para seu paciente
e procedimento. O cirurgião dentista, também, deve realizar uma anamnese bastante
detalhada a cerca do histórico de saúde e familiar do paciente a fim de prevenir uma
emergência médica no consultório odontológico por toxicidade sistêmica.
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