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Resumos e Eixos Temáticos
Resumos e Eixos Temáticos
Resumos e Eixos Temáticos
SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA
PESQUISA DA UNIVERSIDADE
01
Autor (a/es/as): Eduardo Henrique Ferin da Cunha, Dennis Brandão, Sérgio Ricardo
Yaegashi, Newton de Almeida Silva e Adailton Roberto de Morais
Resumo: Neste trabalho, tivemos como principal foco estimular a mudança prática de
atitudes e a formação de novos hábitos com relação à gestão de resíduos a fim de
promover uma reflexão sobre a responsabilidade ética do ser humano, oferecendo um
eficiente instrumento para a formação de agentes ambientais. Neste sentido, a
proposta do presente trabalho objetivou: Formar lideranças no campo da Educação
Ambiental egestão de resíduos sólidos para que deflagrassem e dessem continuidade
a implantação de gestão de resíduos e educação ambiental em seus espaços de
convivência e atuação. Para tal, foram realizadas oficinas teórico-práticas, utilizando
recursos multimídia; propondo rodas de conversa e discussão de vivências acerca do
tema; prática em separação de resíduos, prática em compostagem com visita
monitorada a uma composteira em funcionamento e degustação de receitas de
aproveitamento máximo de alimentos. Feito isto, alguns procedimentos foram
realizados de forma a viabilizar o diagnóstico dos conteúdos ministrados, uma forma
de dinâmica avaliativa que levou em consideração as sugestões dos participantes para
eventuais melhoras nas posteriores ações. O resultado deste trabalho foram a
execução das oficinas, cujos conteúdos incluíam temáticas de consumo consciente,
reflexões sobre o lixo, coleta seletiva, reciclagem, separação de resíduos e
compostagem. Como resultado alternativo, o projeto proporcionou aos bolsistas uma
ampla visão sobre a complexidade da disposição final de resíduos sólidos urbanos
demonstrando que existem alternativas e que podem ter seus custos reduzidos
sensivelmente, caso sejam implantadas ações que visam diminuir a quantidade do lixo
destinado ao aterro. Para isso fez-se necessário a inserção de conceitos que
explorasse a concepção nos processos de redução, reutilização e reciclagem desses
materiais. Podemos concluir que, ponderando as avaliações, todas as oficinas tiveram
um resultado muito positivo, principalmente nas questões sobre consumo consciente e
compostagem. As dúvidas apontadas durante as oficinas foram devidamente
esclarecidas durante as explicações dos ministrantes. As rodas de conversa inseriram
a realidade cotidiana dos participantes como temas a serem discutidos e avaliados. O
viés prático apresentou aos participantes uma vivência diferenciada daquelas pré -
concebidas.
Autor(a/es/as): Marco Aurélio Soares de Castro; Rodrigo Eduardo Cordoba; Elcio Eiti
Maeda; Tatiana Correa; Daniel Anijar de Matos; Sidnei Pereira da Silva; Valdir Schalch
Autor(a/es/as): Jaqueline Barroso de SOUZA, Maria das Graças da Silva CORREIA, Fernando
Rasec Silva CONCEIÇÃO, Eduardo José Ferreira da SILVA, Joane Marília Santana dos
SANTOS
Resumo: O cotidiano de sala de aula em uma Universidade deve estar voltado não
apenas para o ensino. A autonomia acadêmica é obtida a partir do momento em que o
discente sabe buscar fontes de leituras que necessite e selecionar muitas vezes entre
muitas possibilidades. Para o professor que se depara com turmas iniciantes e cujas
disciplinas não fazem parte do eixo específico se faz necessário torná-la significativa
interligando-a ao projeto pedagógico do Curso e ao contexto social. O aluno precisa
saber porquê tem que despender tempo e energia para aprender o que é feito na aula.
Durante o desenvolvimento das disciplinas de Química Geral para Ciências Biológicas
e Química Geral e Inorgânica para Biomedicina na realização do planejamento de
trabalho além de interligar os conteúdos buscou-se temas sociais que pudessem ser
melhor compreendidos ou enfrentados a partir da exploração do conteúdo
programático. Destacando os temas ligados à Sustentabilidade, podem ser citados
que na introdução da disciplina foram discutidos os grandes desafios que a Química
enfrenta pela demanda de energia e dos impactos ambientais, na Classificação
Periódica dos Elementos encontram-se metais pesados e elementos radioativos,
Ligações Químicas a agrotóxicos e fertilizantes e Funções Inorgânicas a Chuva ácida,
Aquecimento Global e a Teoria do Resfriamento Global. No primeiro semestre de 2011
foi prevista a escolha de temas para estudo que culminaria com a apresentação em
forma de pôster na I Mostra de Iniciação Científica Voluntária, objetivando que o aluno
enfrentasse a timidez e fosse estimulada sua capacidade de tomar decisão, sua
criatividade, o gosto pela pesquisa, a articulação do discurso escrito. A metodologia
constou da apresentação da proposta, por escolha individuais de temas que levaram
aos ajustes feitos pelos alunos migrando naturalmente formando grupos de trabalhos.
Houve orientação quanto à escolha das fontes selecionadas e na construção dos
banners. Entre os quatorze trabalhos apresentados oito (57,14%) foram voltados a
questões ambientais. O conhecimento é um caminho que leva a reflexão e pode
impulsionar a mudança de direção, de atitude mais também trouxe auto-estima, auto-
confiança e felicidade porque quem disse que aprender não tem que ser prazeroso?
REFERÊNCIAS BENARDO, Gustavo. Educação pelo argumento. 2. ed. rev. e ampl.
Rio de Janeiro: Rocco, 2007. CERVO, Amado et al . Metodologia científica. São Paulo:
Prentice Hall, 2009. CUNHA, Maria Isabel, Cecília Luiza Broilo (org.). Pedagogia
Universitária e produção do Conhecimento. Porto Alegre: Ed. EDIPUCRS, 2008.
GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. 4. ed.
Campinas-SP: Alínea, 2007. MAGALHÃES, Gildo. Introdução à metodologia da
pesquisa: caminhos da ciência e tecnologia. Reimpr. São Paulo: Ática, 2005.
Palavras Chave: meio ambiente, ética, estética, filosofia, arte contemporânea brasileira,
antropologia, performatividade
16
Autor(a/es/as): ARAÚJO, Marcela Almeida de; SILVA, Evandro Paulo da; CARAMEZ,
Renata Bergamo; COOPER, Miguel
Resumo: O projeto visa desenvolver uma horta agroecológica a partir de uma visão
sistêmica do conhecimento, focando a produção de ervas medicinais, Hortaliças Não
Convencionais (HNCs) e temperos, independente de insumos externos ao terreno da
horta. Busca envolver moradores do Conjunto Residencial da Universidade de São
Paulo (CRUSP), comunidade interna e externa à universidade, bem como fomentar
práticas e reflexões acerca da produção de alimentos, saúde, qualidade de vida,
conservação dos ecossistemas, da produção de lixo e do aproveitamento de resíduos
orgânicos. Suas atividades vão além do estudo das técnicas de cultivo doméstico
convencional de alimentos, por fundamentar-se nos seguintes elementos: - sistemas
de policultivo - sistemas sucessionais – espécies locais espontâneas - espécies
perenes - cultivo orgânico (sem agrotóxicos) – formatos diferenciados de canteiros O
cultivo de hortas urbanas pode ser compreendido como importante ferramenta
pedagógica. Utilizado atualmente em muitas escolas e organizações, vale-se da
concretude das atividades desenvolvidas para proporcionar a compreensão de
aspectos fundamentais da realidade. Tal recurso contribui grandemente para o
aprendizado acerca dos ciclos da vida, noções de seqüencialidade, continuidade,
relação causa-conseqüência. Despertando a sensibilidade, respeito à vida e
responsabilidade para com a mesma, proporciona um aprendizado profundamente
interdisciplinar e intensifica a relação do educando com a natureza. Resultados
alcançados: - formação de grupo de estudos; - oferecimento de minicursos de
agroecologia e oficinas temáticas: Formação em Agroecologia; Agricultura
Biodinâmica; Agricultura Natural Fukuoka; chorumada; - exibição periódica de filmes
relacionados ao tema; - criação de um minhocário, compostagem de folhas para
geração de adubo e conseqüente melhoria de solo fértil na área; - produção de ervas
medicinais, temperos e hortaliças comuns e Hortaliças Não Convencionais (HNCs) 1; -
prática coletiva de plantio e manejo orgânico dos cultivares; - preparo de refeições a
partir da produção da horta e do aprendizado adquirido; Os trabalhos do projeto
propiciam o aumento do bem estar e a qualidade de vida da comunidade uspiana, a
integração entre teoria e prática na construção de conhecimento.
Autor(a/es/as): Peguim, R. C.; Cardoso, I. S.; Aleoni, G.; Ribeiro, N. B.; Silva, E. J. V.;
Meira, A. M.
Autor(a/es/as): Lucas Augusto dos Reis Beco, Patrícia Cristina Silva Leme e Débora
Gonçalves.
Resumo: Os principais objetivos deste projeto são: 1)promover ações que visam uma
melhor formação de alunos de instituições escolares de São Carlos quanto às formas
mais corretas de se evitar o desperdício e de lidar com lixo produzido em residências e
escolas (orgânicos e recicláveis); e 2) buscar, efetivamente, uma melhor gestão dos
resíduos nas escolas por meio de debates e propostas para os coordenadores e
funcionários e, também, de um questionário sobre o tema, antes e depois das
atividades. Como os públicos são variados em suas faixas etárias, a linguagem e os
materiais didáticos são adequados para cada sala ou escola. A metodologia utilizada
visa, antes de atingir a questão dos resíduos, fazer uma reflexão mais ampla sobre a
temática ambiental de forma a incluir as pessoas como parte integrante da dinâmica
do meio ambiente por via da observação de diversas imagens: ambientes naturais e
urbanos,aquáticos e terrestres, etc. Desta forma, está sendo possível a construção da
ideia de que os problemas ambientais não são desvinculados ou distantes do cotidiano
humano, mas são uma consequência de ações antrópicas, quantitativa e
qualitativamente, danosas ao planeta Terra, praticadas no dia-a-dia pelos padrões de
produção e consumo do dos seres humanos. Após a contextualização mais ampla da
temática ambiental, inicia-se uma reflexão sobre os resíduos na nossa sociedade,
tanto nas esferas da família e da escola, quanto da nossa cidade e país, analisando
desde o consumo até a disposição final propriamente dita. Para tal têm sido utilizados
materiais de apoio didático e objetos, tais como copos e sacolas descartáveis,
canecas e sacolas duráveis, cascas de frutas e embalagens, etc. É bastante
trabalhado o conceito dos 3 R’s, como forma de visar um consumo mais consciente e
disposições mais adequadas para os diferentes tipos de resíduos. As atividades
educativas nas escolas são oficinas de compostagem e de hortas, confecção de
painéis e cartazes, palestras, cartas, etc. , de acordo com a disponibilidade e as
demandas de cada escola, visando consolidar as reflexões realizadas e praticar as
ideias e soluções propostas.
Autor(a/es/as): Paula Caroline Albano, Daniela Cassia Sudan, Antonio Vitor Rosa,
Andrea Coelho Lastoria, Marisa Sartori Vieira, Edna Ferreira Costa do Sim, Simone
Kandratavicius, Carmem Lucia Bessa de Castro e Lênio Garcia
Resumo: Neste grupo, serão desenvolvidas atividades didáticas que terão por objetivo
despertar nos graduandos do curso de Engenharia Civil uma visão holística a respeito
do desenvolvimento de ações e ferramentas de sustentabilidade, orientadas por
docentes colaboradores do programa. A criação do PET possibilitará aos estudantes
envolvidos, além da vivência em atividades de pesquisa e extensão, a oportunidade de
colocarem em prática temas e ensinamentos apreendidos em sala de aula referentes a
adoção de práticas de sustentabilidade e manejo ambiental. Assim o programa
proporcionará importante papel na formação acadêmica ética e cidadã dos discentes
participantes, permitindo a estes a chance de se aprofundarem na discussão a
respeito do papel da Engenharia Civil no desenvolvimento e aplicação de ferramentas
inovadoras que garantam o desenvolvimento sustentável da sociedade. As atividades
de pesquisa que serão fomentadas pelo grupo objetivarão o desenvolvimento de
ações e ferramentas de sustentabilidade que serão aplicadas dentro do meio ambiente
da Universidade, privilegiando a investigação científica e a inovação técnica. Assim,
como fruto desta atividade, espera-se o desenvolvimento de práticas que visem o
correto manejo e reciclagem de resíduos sólidos gerados pela comunidade
acadêmica, melhoria do aproveitamento hidráulico e energético das instalações da
universidade. Também serão fomentadas atividades de extensão que serão
desenvolvidas com o escopo de promover junto à comunidade acadêmica a
sensibilização a respeito de assuntos ligados à práticas sustentáveis, tais como:
reciclagem, deposição e manejo correto de resíduos, aproveitamento energético,
utilização responsável da água entre outros. Estas atividades de extensão deverão
alcançar toda a comunidade acadêmica da Universidade Nove de Julho, promovendo
e divulgando o caráter interdisciplinar da discussão a respeito da necessidade de
adoção de práticas sustentáveis para a garantia da qualidade de vida das próximas
gerações. O grupo PET também estimulará a participação dos alunos em atividades
de caráter coletivo tais como,encontros técnicos, congressos de abrangência regional
e nacional. A participação dos integrantes do grupo terá como objetivo a divulgação
das ações e dos resultados obtidos por meio da realização das atividades fomentadas
pelo programa, além da possibilidade de troca de experiências com demais grupos
dedicados ao estudo de questões voltadas a práticas de sustentabilidade.
Autor(a/es/as): Renato Martin Melo, Gustavo Henrique Stein, José Cláudio Caraschi
Autor(a/es/as): Lisiê Ferreira Krol, Lívia Zamboni Carneiro, Patrícia Cristina Silva
Leme Artur de Motheo
Autor(a/es/as): Antonio Vitor Rosa, Andrea Coelho Lastória, Clarice Sumi Kawasaki,
Cristina Cinto Araújo Pedroso, Fernanda Keila Marinho da Silva, Filomena Elaine P.
Assolini, Maurício dos Santos Mattos, Noeli Padilha Rivas
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Autor(a/es/as): Maicom S. Brandão, Patrícia Cristina Silva Leme, Prof. Dr. Tadeu
Fabrício Malheiros
Resumo: Se tivéssemos que buscar hoje, quais seriam os conceitos que mais
provocam debates e contradições na sociedade moderna,poderíamos destacar
desenvolvimento sustentável e acessibilidade. A temática ambiental, que por muito
tempo teve suas bases de discussões na riqueza natural do país, tem preocupado
pesquisadores e governos devido às grandes catástrofes ocorridas nos últimos anos.
No Brasil cresce o movimento pela implementação de políticas de sustentabilidade em
todos os espaços colocando a responsabilidade ambiental como meta de muitas
instituições, sejam elas púbicas, privadas ou da sociedade civil. Desta forma, refletindo
sobre o ideário de Anísio Teixeira acerca do papel da universidade na sua relação com
a ciência e a cultura, o principal foco desta pesquisa é discutir como esta preocupação
ambiental que se difunde na sociedade, está se expressando em ações, iniciativas e
políticas voltadas para sustentabilidade e acessibilidade na universi dade, tendo como
objeto de estudo a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),
campus Porto Alegre. O desenvolvimento do presente projeto, conforme a
classificação de pesquisa proposta é quali-quantitativo. No que se refere à
metodologia, está sendo utilizado a pesquisa bibliográfica, entrevistas e análise de
eventos. Estão sendo utilizados os procedimentos de pesquisa documental para
análise do endereço eletrônico da PUCRS (http://www.pucrs.br) relacionados às
políticas de sustentabilidade e acessibilidade disponibilizado na internet e nos veículos
de comunicação impressos (Revista da PUCRS e Jornal Mundo Jovem), documentos
institucionais e outros relativos especificamente a política ambiental. As últimas
catástrofes ambientais têm exposto a fragilidade do planeta e, principalmente, o
quanto precisamos avançar na construção de alternativas viáveis que possam garantir
a vida humana. Os dados iniciais levantados apontaram que a PUCRS apresenta uma
série de ações relacionadas à sustentabilidade, com concentração no currículo, na
gestão do campus e nas práticas de extensão universitária. A acessibilidade se
constitui como uma importante variável em seus processos de ambientalização. A
Política Nacional de Educação Ambiental (1999) é o principal marco de
institucionalização deste tema na educação formal. De acordo com Bursztyn (2001), o
tema meio ambiente, considerado como base para se enfrentar o desafio do
desenvolvimento sustentável, chega à universidade a partir de contextos
fragmentados. A Universidade, como espaço democrático, plural, disseminador do
conhecimento tem a tarefa de incorporar políticas de sustentabilidade em suas açÃ
µes efetivas. E incontestavelmente, a acessibilidade precisa estar inserida nestas
políticas, para assim promover a equidade e a universalização dos direitos, como
grandes desafios contemporâneos a serem equacionados. BRASIL. Ministério da
Educação. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei nº 9.79/1999. MEC, 1999.
BURSZTYN, M. (org.). Ciência, ética e sustentabilidade: desafios ao novo século. São
Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2001.
Autor(a/es/as): Luciana Dalfollo Termignoni, Peter Bent Hansen, Grace Vieira Becker
Autor(a/es/as): Scoton, Edvaldo José; Silva, Érik Januário da; Battistelle, Rosane Ap.
Gomes.
Resumo : A gestão ambiental ganha cada vez mais posição de destaque na tomada
de decisão das organizações e nas últimas décadas apresentaram o desenvolvimento
de inúmeras ferramentas cuja aplicação é efetiva, e os resultados são comprovados
no setor industrial, porém, a adoção dessas ferramentas em setores como o de
ensino, não tem acompanhado o setor industrial com a mesma velocidade. O consumo
e custo crescentes com energia, água, materiais e com a destinação adequada de
resíduos sólidos, tornam imprescindíveis a implementação de tais ferramentas em
instituições de ensino, sobretudo pela responsabilidade destas organizações na
formação ética de profissionais e cidadãos para a construção de um futuro
ambientalmente sustentável. Os indicadores ambientais, segundo Tinoco e Kraemer
(2004), são variáveis que servem de base para o planejamento, a condução e o
controle de objetivos e medidas operacionais de um Sistema de Gestão Ambiental e
que permitem avaliar comparativamente o desempenho de uma organização com os
diferentes aspectos ambientais, como o consumo de água, o de energia elétrica e a
geração de resíduos. Para a avaliação de um programa de gestão torna-se necessária
a identificação de indicadores ambientais apropriados, assim, a pesquisa buscou
investigar, através de pesquisa bibliográfica realizada de agosto a novembro de 2010,
no Curso de Mestrado em Engenharia de Produção da Faculdade de Engenharia da
Unesp, Campus de Bauru, indicadores e ações implementadas pelas Instituições de
Ensino Superior com relação ao consumo de recursos renováveis e não renováveis,
de forma a se ter uma visão geral de seu desempenho em cada um dos aspectos
propostos: ações para redução e melhorias na destinação de resíduos; ações de
redução do consumo de materiais, ações de conservação de energia, ações para
redução do consumo de água; medidas para reduzir transporte. A pesquisa sugere
ações e uso de indicadores de desempenho para a sustentabilidade a serem aplicados
pelas Instituições de Ensino Superior, em especial o Campus da Unesp de Bauru,
como ferramenta de abordagem, de envolvimento e progresso. Eles são necessários à
construção do processo de mudança que o alcance da sustentabilidade exige e
constituem um instrumento de grande utilidade para as universidades. BIBLIOGRAFIA
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Sistema de Gestão Ambiental –
Diretrizes Gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. NBR ISO 14001. Rio
de Janeiro, 2004 BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos
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R.; OLIVEIRA I. L.; KOVALESKI J. L. Sistema de Gestão Ambiental em Instituições de
Ensino Superior: uma revisão. SAEPRO. 2008
Resumo 1. Objetivos Os objetivos gerais deste estudo visam identificar falhas e áreas
deficientes em processos educativos e na gestão de resíduos sólidos a fim de subsidiar o
aprimoramento das ações educativas do Programa USP Recicla e melhorar a
compreensão sobre os conceitos e a aplicação da Educação ambiental (EA) no cotidiano
dos funcionários da Coordenadoria do Campus “Luiz de Queiroz” (CCLQ). 2. Metodologia
a) Para levantamento de dados foi desenvolvida por meio de amostragem quantitativa e
qualitativa uma entrevista com funcionários da CCLQ sobre a percepção em EA e sua
compreensão sobre o Programa USP Recicla. O questionário constava de 11 questões e
foi aplicado a 36 funcionários de diferentes setores. b) Após foram analisados os dados
das entrevistas e dados secundários fornecidos e disponibilizados no Levantamento de
Indicadores do Programa USP Recicla, campus Piracicaba, ano 2008. c) Proposição de
ações educativas para o fortalecimento da educação ambiental e do Programa USP
Recicla na CCLQ. d) Encaminhamento das propostas para a comissão USP Recicla da
CCLQ para discussão e implementação das ações. 3. Resultados Os resultados
demonstram uma contradição entre o discurso e as ações das pessoas entrevistadas, uma
vez que materiais como papel e copos descartáveis ainda são utilizados em alguns setores
da CCLQ, contabilizando dados gerais de consumo. De acordo com as respostas obtidas
deveria ocorrer o contrário se as pessoas realmente incorporassem esses processos de
educação ambiental, utilizassem copos duráveis e priorizassem a economia de papel para
impressão. Além do descarte de materiais nos coletores identificados, como papel e
plástico, que usualmente apresentam-se misturados ou no lixo comum. 4. Conclusão Na
pesquisa realizada foi possível identificar os setores bem desenvolvidos quanto às práticas
socioambientais e participação no Programa USP Recicla e também os setores deficientes
neste aspecto. Portanto conclui-se que é necessário reforçar e manter uma abordagem
constante a essas pessoas. Além da divulgação de dados e resultados seria interessante
relacioná-los à parcela de responsabilidade por parte de cada setor e seus funcionários,
demonstrando déficits e realizações, através da participação efetiva de membros da
comissão USP Recicla local e estímulo à formação de agentes socioambientais setoriais.
5. Bibliografia BLAUTH, Patrícia; LEME, Patrícia Cristina Silva; SUDAN, Daniela. Mitos
populares pró-lixo. In: CINQUETTI, Heloisa Chalmers Sisla; LOGAREZZI, Amadeu.
Consumo e resíduo: Fundamentos para o trabalho educativo. São Carlos: Edufscar, 2006.
Cap. 6, p. 145-167. CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a
formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004. FREIRE, Paulo. Educação e
mudança. 3. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1981. MATOS, Daniel Anijar de. Logística
reversa, balanced scorecard e os programas de reciclagem de recursos da USP/São
Carlos e da UFSCar. 2001. 241 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Paulo,
São Carlos, 2007. PADILHA, Valquíria. Shopping Center: A catedral das mercadorias e do
lazer reificado. 2003. 113-176 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - IFCH, UNICAMP,
Campinas, 2003. Cap. 2. PEDRINI, Alexandre de Gusmão; DE-PAULA, Joel Campos.
Educação ambiental: Críticas e propostas. In: PEDRINI, Alexandre de Gusmão. Educação
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88-135. SUDAN, D. C. et al. Da pá virada: Revirando o tema lixo. Vivências em Educação
ambiental e resíduos sólidos. São Paulo: Programa USP Recicla/ Agência USP de
Inovação, 2007. 245 p.
Autor(a/es/as): Horacio Boraso, Paola Della Valle, Asesora: Dra. Cristina Teresa
Carballo
Resumo: Os Institutos Federais – IFs no Brasil foram criados a partir da Lei 11.892
(2008) para oferecer ensino profissional e tecnológico.Criava-se um novo modelo de
instituição, a qual oferece ensino médio, técnico, superior e formação inicial e
continuada, sob a tríade ensino-pesquisa-extensão, se equiparando às universidades.
Muitas destas instituições (antigas escolas técnicas, agrotécnicas ou CEFETs) já
tinham uma trajetória de ações socioambientais construída e seguem fortalecendo-as,
em outras é necessário que o tema sustentabilidade permeie as discussões
institucionais. Os IFs por seu caráter formative profissional têm uma relação bastante
estreita com a sociedade, são nestas instituições que estão preparam-se os
profissionais que atuam em diversas areas sociais (indústria, comércio, agricultura,
serviços e instituições públicas), cujo exercício pode impactar positivamente o meio.
Busca-se aqui refletir sobre o papel dos Ifs enquanto formadores de profissionais
comprometidos com a busca da sustentabilidade. Para isso, leituras foram realizadas
para subsidiar a discussão. Ao longo do planeta várias instituições de ensino se
engajam em ações sustentáveis: projetos de pesquisa, atividades de extensão,
diretrizes de gestão ou redefinição de currículos. Estas iniciativas buscam contribuir
para prevenir ou solucionar alguns dos inúmeros problemas da humanidade, pois os
espaços acadêmicos configuram-se como produtores e disseminadores de
conhecimento e inovação, ocupando um espaço respeitável e de liderança na
sociedade. Tratar do tema sustentabilidade nos IFs, exige preparo e reflexão para que
não fique limitado as poucas ações pontuais e desconectadas. Leal Filho (2000),
realizou uma pesquisa em universidades européias e concluiu que há concepções
erradas de sustentabilidade e do que ela representa para uma instituição, o que se
traduz em uma visão negativa e falta de vontade da instituição para juntar esforços e
tornar suas atividades mais adequadas. O tema é indiscutivelmente prioritário nas
instituições de ensino e reforçado a cada dia pelos péssimos indicadores sociais e
ambientais, pelas exigências legais, pelas políticas públicas existentes e pelo aumento
do nível de preocupação dos cidadãos. Não faltam justificativas e argumentos para
inserir a temática sustentabilidade na gestão, no ensino, na pesquisa e na extensão
dos IFs, cujos campi se instalam em centenas de cidades brasileiras, podendo
alavancar transformações nos arranjos locais. Referências Bibliográficas BRASIL. Lei
Federal Lei N. 11.892, de 29 de Dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia. Disponível emhttp://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2008 /lei/l11892.htm. Acessado em 18/10/2011. LEAL FILHO,
Walter. Dealing with misconceptions on the concept of sustainability. International
Journal of Sustainability in Higher Education. Vol. 1, nº. 1, 2000, p. 9-19.
Autor(a/es/as): Tatiane Bonametti Veiga / Ana Paula Milla dos Santos / Silvia Carla da
Silva André / Eliana Leão do Prado / Juliana Trebi Penatti / Adriana Aparecida Mendes
/ Angela Maria Magosso Takayanagui
Autor(a/es/as): Augusto Alvim/ Bruno Ely/ Carmem Ferrari/ Carla Fontana/ Claúdio
Frankenberg/ Délcio Basso/ Jeane Dullius/ Jorge Villwock/ Juarez Freitas/Luciana
Termignoni/ Márcio Avila/ Odilon Duarte/ Osmar Souza/ Rosane Silva/ Taciane
Pavinato/ Udo Adolf/ Virgínia Schmitt
Autor(a/es/as): Prof. José Marcelo de Assis Wendling Júnior / Dra. Janaína Conrado
Lyra Fonseca
Resumo: Objetivos Construir uma sociedade mais sustentável implica revisar padrões
de consumo, estilo de vida e desenvolver pesquisas tecnológicas com menor impacto
socioambiental. Para isso, é necessário formar agentes multiplicadores. A
universidade, deve assim, contribuir para a formação da comunidade e desenvolver
valores que melhorem o ambiente e a qualidade de vida. Apoiado pelo Programa USP
Recicla, o trabalho visou criar metodologias para a formação de agentes de
sustentabilidade que incorporem e contribuam com boas práticas dentro e fora da
USP. Metodologias Existem no campus „Luiz de Queiroz“, 41 membros em 4
comissões internas do Programa USP Recicla, sua formação acontece através de
encontros mensais, cujos temas abordam: gerenciamento de resíduos, criação de
indicadores socioambientais, consumo, conseqüências das ações antrópicas e
educação ambiental. Estimulou-se a percepção e reflexão sobre o impacto ambiental
individual no campus através de dados gerados pelo Programa USP Recicla como: a
quantidade de lixo produzido nas Unidades do campus, análise quali e quantitativa da
disposição dos materiais recicláveis e desperdício de alimentos no Restaurante
universitário. Foram aplicados questionários sobre participação nos encontros,
dedicação aos projetos, dificuldades e principais avanços nos setores para avaliar a
formação dos agentes e a melhoria socioambiental do campus. Resultados O
questionário foi aplicado a 27 membros (55%) e, a partir disso, verificou-se que: - 64%
apontaram a sobrecarga de atividades como principal motivo que dificulta a
participação nos encontros; - a falta de estímulo por parte dos superiores hierárquicos
foi considerada a principal dificuldade para implementar as práticas sugeridas pelo
Programa USP Recicla (36%); - houve unanimidade de respostas positivas sobre a
importância das atividades e objetivos estimulados pelo Programa. Os membros
reconheceram sua importância para a realização e cumprimento das melhorias
socioambientais pois contribuem na conscientização, orientam funcionários e
incentivam práticas ambientais corretas. Conclusões A partir dos dados
departamentais e da opinião dos membros, percebe-se que a atuação destes em seus
locais de trabalho tem fundamental importância para os resultados, melhoria do
Programa USP Recicla, gestão ambiental local, sensibilização da comunidade e
contribuição para um campus mais sustentável dentro de um processo continuado de
educação e monitoramento. Referências Bibliográficas SUDAN, D. C. et al. Dá pá
virada: revirando o tema lixo. Vivências em educação ambiental e residues sólidos.
Programa USP Recicla/Agência USP de inovação, 2007. 245p GRÜN, M. Ética e
Educação Ambiental. A conexão necessária. 8ª Edição. Papirus Editora. 120p
Resumo: Este trabalho tem por objetivo à utilização de geotecnologias livres como o
software Spring 5.1.8 (Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas),
disponibilizado gratuitamente pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
direcionadas à análise de uso e ocupação do solo e impactos ambientais decorrentes.
Nesta perspectiva, estabeleceu-se um procedimento prático para a análise da
expansão urbana na região da grande Vitória, Espírito Santo, que contempla os
municípios de Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica e Viana, através do processamento
e classificação de imagens TM/Landsat (215/73, 215/74, 216/73, 216/74, 216/75),
permitindo identificar, por exemplo, áreas de florestas e mangues de áreas devastadas
ou em processo de devastação, bem como a expansão urbana na área de estudo,
com base na elaboração de mapa temático. Os resultados mostram uma crescente
dinâmica urbana na região de estudo e que regiões de preservação perma nente,
como os mangues, têm sido ameaçadas em virtude do processo de ocupação
desordenada dos grandes centros. A pesquisa conclui que a ferramenta Spring atende
aos objetivos propostos à prática de estudos voltados às geociências e a educação
ambiental na Instituição Federal do Espírito Santo (IFES), campus Vitória, promovendo
a disseminação do conhecimento direcionado à gestão ambiental e práticas
educacionais no Estado, incentivando o aluno a ser um agente transformador na
dinâmica urbana e social no espaço em que vive.
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Autor(a/es/as): Jonas dos Santos; Leonardo Terra Messias; Ilma Souza de Ávila;
Larissa Lima Nascimento Costa
Resumo: Ao abordar o estudo e o ensino de uma língua, Geraldi (2002) tomando por
referência o pensamento bakhtiniano nos lembra que a língua não é apenas produto
da história dos seus usos e dos espaços sociais destes usos, mas é também uma
condição da história presente. Portanto uma língua nunca pode ser estudada ou
ensinada como produto pronto em si mesmo. Este trabalho tem por objetivo relatar
uma experiência de ambientalização curricular vivenciada no âmbito das atividades de
cooperação internacional da CAPES, especificamente, participando do Programa de
Capacitação de Docente e Ensino da Língua Portuguesa no Timor-Leste. A
experiência se deu a partir de uma solicitação para que eu ofertasse a disciplina
Educação Ambiental para aluno(a)s do 3° período do curso Formação de Professores
para as Séries Iniciais, na faculdade de Ciências da Educação da UNTL, única
Universidade pública e oficialmente credenciada em Timor-Leste. A demanda implico u
em planejar e implementar a disciplina a partir de um marco zero. Não havia naquele
momento, nenhum dispositivo legal e/ou regulador da universidade, e nem do MEC
daquele país, disciplinando os princípios norteadores a serem seguidos. Sua oferta
ocorreu no período de outubro de 2008 a fevereiro de 2009, para uma turma de 35
alunos concluintes, em um total de 38 ingressantes. Estruturei a disciplina com base
na proposta de Educação Ambiental transformadora e emancipatória (LAYRARGUES,
2004), utilizei variadas estratégias didáticas pedagógicas, buscando a prática do agir
comunicativo proposto por Habermas (HABERMAS, trad. ARAGÃO, 2002). Textos de
autores brasileiros, especialmente Sato (2005), disponibilizada na rede mundial de
computadores, foram utilizados como subsídios. Se por um lado, os resultados foram
positivos, por outro, cabem reflexões que se somam àquelas apontadas em Cabasset-
Semedo & Durand (2009), sobretudo o questionamento, terá o povo de Timor-Leste
êxito em construir uma identidade nacional e um projeto coletivo de sociedade,
mantendo-se tão dependente, e sem mecanismos de monitoração e controle da
chamada ajuda externa, incluindo os espaços estratégicos como a ambientalização
curricular? Bibliografia CABASSET-SEMEDO, C.; DURAND, F (ed). East-Timor: how
to build a new nation in Southeast Asia in 21st century?. IRASEC, paper n° 9, 2009.
GERALDI, J.W. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação.Campinas,
SP.: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1996 (Coleção Leituras no
Brasil) HABERMAS, J. Agir comunicativo e razão destranscendentalizada/Jurgen
Habermas: tradução Lucia Aragão; revisão Daniel Camarinha da Silva. Rio de Janeiro:
tempo Brasileiro. 2002 LAYRARGUES, P.P. (coord.). Identidades da educação
ambiental brasileira/Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental.
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. SATO,M. Formação em educação
ambiental – da escola à comunidade. In COEA/MEC (org) Panorama da Educação
Ambiental no Brasil. Brasília: MEC, março de 2005, 5-13.