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Artigo Movimentos Sociais PDF
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Resumo: Este artigo tem como objetivo refletir sobre a organização de movimentos
sociais e ações coletivas no extremo oeste da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, por um lado a
partir do resgate teórico sobre o conceito de movimentos sociais e, por outro aspecto, entender a
organização de coletivos de resistência cultural que se localizam na periferia da cidade do Rio de
Janeiro com pautas identitárias e culturais (mulheres, negros, LGBTQI+).
Palavras Chave: Movimentos sociais, coletivos, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
GT 15
Território, conflitos e ativismos sociais urbanos
1 Moradora e professora na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Mestre em planejamento Urbano e Ambiental UFF.
Introdução: As jornadas de junho de 2013 foram consideradas um marco para o debate
dos movimentos sociais no Brasil, entendemos esse evento não está deslocado de um cenário
mundial, e por tanto, é importante analisar a conjuntura internacional e mundial a partir da crise
econômica internacional de 2008, perpassando pelos megaeventos (Copa da confederação, Copa do
Mundo e Olimpíadas), o Golpe no governo democrático da presidenta Dilma até a pandemia da
COVID-19. A interligação desses acontecimentos, são fundamentais para entender a organização
dos movimentos sociais na atualidade, tarefa que faremos nesse trabalho com o objetivo de
compreender Coletivos que se organizam a partir de espaços culturais do tipo casa.
I. Movimentos sociais e ações coletivas um debate no contexto pós Jornadas de junho de 2013
2 A crise se iniciou na chamada bolha imobiliária nos Estados Unidos atingindo empresas do setor financeiro
imobiliário resultando em desemprego, redução do crescimento econômica e queda do produto interno bruto de vários
países.
3 Verificamos vários grupos presentes nesse processo e, por vezes sem vínculos entre si, os grupos de esquerda, grupos
desorganizados de “verde e amarelo” e os autonomistas com organização horizontal, que destacamos o Movimento
particularidades dos movimentos sociais e ações coletivas (progressistas ou conservadores) na
atualidade. As chamadas para os protestos ocorreram, sobretudo, através das redes sociais (Twitter,
Facebook) e majoritariamente por jovens, evidenciando a potência dessas tecnologias de
comunicação como ferramenta aos movimentos, no entanto, não podemos esquecer o alerta de
Lima:
Passe livre - MPL com pautas pelo transporte público e gratuito e no chamamento para as manifestações de junho de
2013. Esse movimento surge em 2003 e se define como “um movimento social de transportes autônomo, horizontal e
apartidário, cujos os coletivos locais, federados, não se submetem a qualquer organização central” (Movimento Passe
Livre, 2013, p. 15).
4 Surgem novos grupos de movimentos reacionários, conservadores, autoritários e de extrema direita. Podemos citar
o Movimento Brasil Livre – MBL, Vem pra Rua e Revoltados online.
símbolos dos poderes financeiro e político (anticapitalismo, antiestatismo).
O terceiro repertório, o patriota, foi menos notado em 2013, embora o
nacionalismo esteja em moda mundo afora e se enraíze na tradição local.
Aliás, Damo (2020, p.170) aposta que é necessário avaliar que “os megaeventos
esportivos impactaram as jornadas de junho de modo mais intenso do que a bibliografia supõe”,
Vainer (2013, p. 37) aponta que:
A polarização da sociedade brasileira se torna uma realidade: Por um lado, essa onda
conservadora se torna mais visível nas ruas e virtualmente, contribuindo com as narrativas de
políticos de partidos liberais, da grande mídia e de extrema direita, na construção de pautas
anticorrupção que elevaram o antipetismo e foram importantes no contexto do golpe ao governo
democrático da presidenta Dilma Russeff (2011-2016) através de “discursos evocando Deus”
(GLOBO, 18-04-2016), a família tradicional e de combate a velha política. Como Gohn chama
atenção (2020, p. 4):
Os atos na cena pública, na década que se encerrou, conforme
mencionado acima, não se limitou aos setores progressistas, organizados ou não,
em movimentos, coletivos etc. As manifestações se tornaram também formas de
expressão e performances de grupos e organizações e movimentos políticos
conservadores, antidemocráticos, como as carreatas, manifestações em praças e
avenidas, acampamentos em Brasília, São Paulo etc.
Por outro lado, presencialmente nas ruas e também nas redes sociais, os militantes de
sindicatos, partidos, coletivos e movimentos sociais, como o estudantil, deram continuidade as lutas
em greves, manifestos, ocupações e atos, seguindo pautas progressistas em defesa da democracia e
contrarias a escala do desmonte da “coisa pública” no país. Destacamos a formação a partir de 2015
da Frente Brasil Popular (FBP) e da Frente Povo Sem Medo (FPSM), como aponta Alonso (2017, p.
55)
5 Neste momento (junho de 2022) Segundo os dados fornecidos pelas Secretarias Estaduais de Saúde 77,83% da
população nacional concluiu o ciclo vacinal, lembramos que a população a partir de 05 anos está apta a se vacinar.
Esse dado levanta a estatística alarmante que mais de 20% da população não completou a vacinação contra
COVID-19.
cidade do Rio de Janeiro, área periférica, coletivos vem se organizando em espaços com
características residenciais baseados no fortalecimento das redes de solidariedade e na produção de
uma cultura diversa, com pautas progressistas e, no geral, identitárias através de movimentos
artístico culturais. Para tanto, é necessário se debruçar no conceito de movimentos sociais e de
ativismos políticos contemporâneos e levando em consideração o período pandêmico, ouvir as
indagações de Gohn (2020, p.1): “Parte dos atos advém de grupos organizados como coletivos
atuando via redes sociais. Que novidades eles trazem? Podem ser chamados de movimentos
sociais ou são uma nova forma de ação coletiva?”
Durante o século XX encontramos três teorias que pretendem fazer outras leituras em
relação a Teoria Marxista dos Movimentos Sociais – TMMS ancorada na categoria de classe e da
necessidade de construção de processos revolucionários. Essas novas teorias partem do principio
que o modelo clássico de exploração pelo trabalho não explica os cenários de manifestações e
ações políticas após 19686 onde marca as subjetividades.
A saber temos a Teoria da Mobilização de Recursos – TMR7, a Teoria dos Processos
Políticos – TPP8 e a Teoria dos Novos Movimentos Sociais – TNMS. E recentemente, alguns
autores indicam os Novíssimos Movimentos Sociais, com caracteriticas apartidárias, ciberativista,
autonomista e de horizontalidade em suas decisões/ações e ainda “mobilizações sociais com pautas
anarquistas e/ou anticapitalistas ligados ao fenômeno da globalização” (Perez e Souza, 2017, p. 8).
Já no inicio do século XXI Alonso (2009, p. 49) adverte: “As mobilizações coletivas
ganharam escala global, caráter violento e se concentraram em bandeiras identitárias, compelindo
os teóricos a rever suas interpretações”. Pretendemos nesse artigo refletir sobre esses processos.
Não seguiremos a classificação entre velhos, novos e novíssimos movimentos
sociais, presentes no debate da teria dos novos movimentos sociais 9. Levaremos em consideração a
critica de Alonso (2009) e Martins (2016) que apontam que essa classificação procura por
inovações/novidades, que já estavam presentes em outros momentos da história, tais como o
movimento feminista (século XIX) ou táticas black blocs e/ou autonomistas (movimento anarquista
do século XIX). Santos (2005, p.185) indica que ao analisar os novos movimentos sociais escolheu
a “opção mais otimista ou esperançosa“ e que “é evidente a novidade existente nos novos
6 Maio de 1968 em Paris/França estudantes protestam por reformas no sistema educacional. O movimento expandiu
rapidamente e alcançou uma greve geral de trabalhadores.
7 Não abordaremos essa teoria, pois sua abrangência fora dos Estados Unidos foi pequena. Segundo Alonso (2009,p.
53) “A antipatia que gerou na esquerda, ao comparar movimentos com empresas, talvez explique a pequena
ressonância da TMR na Europa e sua inexpressiva entrada na América Latina”
8 A TPP a partir de atualizações passa a ser conhecida como teoria do confronto político - TCP.
9 Embora acredite que o “novo” na América Latina surge do avanço das práticas decoloniais, como aponta Santos
(2005, p. 176) “Até o inicio dos anos noventa, os movimentos indígenas são raramente mencionados. Porém, nos
últimos anos, sobretudo na América Latina, estes tem sido muito importantes e inovadores na luta social e política”.
movimentos sociais, tanto no campo da ideologia quanto no das formas organizativas, mesmo que
esta não deva ser defendida em termos absolutos” (2005, p.182).
Para entender melhor essa opção utilizaremos o conceito de repertório, pois ao
observar a dinâmica dos movimentos sociais ao longo do tempo, revela-se muito mais semelhanças
do que distanciamentos, embora com performances muito diversas. Alonso aponta que (2012, p.25)
“repertório é conhecimento social sedimentado”, onde:
Alonso (2012) dialogando com Tilly indica que repertório é um conjunto de formas
de ações, tais como greves, comícios, ocupações, assembleias, passeatas e um conjunto variado de
performances, levando-se em consideração as particularidades do território a partir de suas relações
de poder, dos sujeitos e sua criatividade: “escolha, interpretação, compreensão, improviso,
aprendizagem são termos que trazem para a abordagem dos processos políticos os contextos de
microinteração social, a vida vivida” (Alonso, 2012, p.31).
Entendemos movimentos sociais, um termo vago, sendo assim caberia nele
diferentes formas de ação coletiva de grupos desafiantes daqueles que detêm o poder, esses
movimentos podem ter pautas progressistas, reformistas ou revolucionárias, antidemocráticas ou
fascistas, ou seja, são sujeitos organizados que possuem pautas de mudanças sociais, desta forma
utilizam repertórios de ações como forma de pressão.
A partir da realidade da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, que com a
formação desigual do espaço se constitui em área periférica, vislumbramos no contexto de
retrocessos na democracia brasileira (pós golpe de 2016) e diferentes classes em luta pela
construção da cidadania, onde verifica-se um aumento de coletivos que se organizam utilizando o
espaço de casas residências. Para Perez e Souza (2017, p. 30):
o termo coletivo não é uma invenção dos anos 2000: dois coletivos ligados
a partidos políticos da cidade de Teresina foram criados nos anos 1960 e 1985.
Nesses dois casos os coletivos foram criados como extensões da luta partidária nas
universidades.
A relação entre a criação dos coletivos e grandes eventos estudantis que marcaram
os últimos anos — especificamente as manifestações de junho de 2013 e as
ocupações estudantis ocorridas em 2016 — também apareceu em cinco entrevistas.
Segundo parte dos entrevistados, nesses espaços os estudantes entraram em contato
com o conceito e a ideia de criação de coletivos. Assim, o momento de visibilidade
dos movimentos, conforme Melucci (1989), facilitou a criação de novos grupos e o
recrutamento de militantes para os movimentos sociais.
Neste trabalho, ainda com folego inicial, mas com entusiasmo de uma moradora e
educadora do extremo da Zona Oeste da cidade, percorreu um caminho metodológico, baseado no
resgate da bibliografia sobre a teoria dos movimentos sociais e os chamados coletivos, com recorte
nos grupos que utilizam espaços com o formato de “casas”, Vaz (2019) chamará esses coletivos de
“Casas Suburbanas de Arte, Cultura e Memória”. Para entender essa realidade no recorte espacial
proposto, trabalhamos com uma pesquisa exploratória com onze coletivos 11 que desenvolvem
atividades culturais de resistência, através da aplicação de um formulário em que seus
representantes apresentavam o histórico e ações desenvolvidas pelo coletivo.
10 Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) divulgou a informação de 40 colégios ocupados em
todo o Estado do Rio de Janeiro as pautas entre as reivindicações eram melhorias no ensino, contra a reforma do
ensino médio e apoio a greve dos professores. Desse total de escolas ocupadas quatro eram da Zona Oeste, a saber:
o Colégio Mario quintana, no bairo Campo Grande e o Colégio Stuart Edgar Angel Jones, no bairro de Senador
Camará, Colégio Bangu e Colégio Salim Miguel em Bangu.
11 Dos onze coletivos investigados, sete participaram do estudo respondendo o questionário, cinco não deram retorno
e as informações foram sistematizadas a partir das informações coletadas em suas redes sociais e/ou outras fontes.
II. Coletivos no extremo Oeste da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro: bairros de Santa
Cruz, Campo Grande, Cosmos, Paciência, Inhoaíba, Guaratiba
A Zona Oeste é a região que possui maior área territorial e os bairros mais populosos, a
saber, entre os 10 bairros mais populosos do Brasil, quatro deles estão na Zona Oeste da cidade do
Rio de Janeiro: 1º Campo Grande (336.484), 2º Bangu (259.133), 4º Santa Cruz (222.704) e 8º
Realengo (184.574). No entanto, as politicas urbanas direcionadas para esses territórios não
equivalem as suas necessidades, sendo assim, a região possui um histórico de crescimento
populacional desordenado (loteamentos clandestinas, irregulares e processo de favelização).
Não abordaremos todos os bairros da Zona Oeste, que em sua totalidade são divididos pela
prefeitura do Rio de Janeiro em Área de Planejamento 4 (Região Administrativa XVI- Jacarepaguá
e Região Administrativa XXIV- Barra da Tijuca) e Área de Planejamento 5 (Regiões
Administrativas XVII- Bangu, XVIII- Campo Grande, XIX- Santa Cruz, XVVI- Guaratiba e
XXXIII- Realengo), como verifica-se no mapa abaixo:
Figura 1: Mapa da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro divido em áreas de planejamento
Fonte:https:www.encontrariodejaneiro.com.br/zona-oeste-rj/mapa-da-zona-oeste-do-rio-de janeiro.html
A proposta é investigar apenas o extremo da Zona Oeste, ou seja, uma parte da área de
planejamento 5, a saber o bairros de Santa Cruz e Paciência (XIX- R.A Santa Cruz), Campo
Grande, Cosmos e Inhoaíba (XVIII- R.A Campo Grande), Guaratiba ( XVVI- R.A Guaratiba) onde
mapeamos os onze coletivos que serão abordados nesta pesquisa e que aparecem na figura 2. e na
tabela 1.
Tabela 1: Coletivos encontrados no extremo da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro: XIX- R.A Santa Cruz, XVIII-
R.A Campo Grande e XVVI- R.A Guaratiba:
Coletivo Forma de atuação principal bairro
Casa da rua do amor Atividades de artes integradas (teatro, teatro deSanta Cruz
bonecos, música, artes plásticas e literatura)
Casa velha Verde Atividades musicais e divulgação de ativistas Cosmos
locais. Organização de eventos para promover
cultura, destaca-se o samba
Casa do Saber Popular Atividades (cursos, oficinas, rodas) sobre a culturaGuaratiba
popular como capoeira, coco.
Mulheres de Pedra Atividades de economia solidária, com realizaçãoPedra de
de atividades poético-musicais Guaratiba
Casa da Memória PacienteSaraus poético-musicais, Caminhadas ecológicas,Paciência
Passeios de reconhecimento histórico, Palestras
CAMEMPA
pelas escolas públicas locais, pesquisa sobre a
região da mata de Paciência, O trio "Os Camelôs da
Poesia" e o projeto A Banca Dá Poesia
Casa da Cultura MariaAtividades musicais (JAZZ, MPB, instrumentais ePaciência
Rock acústico), danças, saraus literários,
Graham Taberna da Mata
lançamentos de livros e palestras.
Coletivo Terraço das Artes Cine clube, danças populares, feira, bazar e saraus Paciência
Casa Bosque Feira multicultural, clube de xadrez, AtividadesCampo Grande
musicais, divulgação de ativistas locais
Coletivo Casa Astral Atividades musicais, divulgação de ativistas locais,Campo Grande
com exposição de artesanato, tatuagens;
Organização de eventos para promover cultura
Coletivo Casa Comum Loja coletiva, eventos culturais (música e artesCampo Grande
visuais), biblioteca, cineclube, debates
Centro de Cultura NegraRodas de samba, aulas de percussão, de samba, de Campo Grande
capoeira palestras, encontros e debates no contexto
Fruta do Pé
de ancestralidade, pertencimento e memória.
Websérie sobre o samba durante a pandemia.
Espaço Cultural Laurindomúsica, teatro, dança, circo, oficinas de percussão.Senador
Pós pandemia retornou com regularidade o projetoVasconcelos
Rosa
musical Samba d'Aurora
Fonte: A autora com base no retorno dos coletivos (formulário Google) e pesquisas realizadas em redes sociais
dos grupos.
No mesmo período, nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro, grupos de artistas
se reuniram em cooperativas e associações e passaram a alugar casas para realizar
estudos, saraus, rodas de violão, atelieres, exposições de artes, apresentações
teatrais, festas e noites de artes. (VAZ, 2019, 78)
Os demais coletivos, a saber a Casa Velha Verde, a Casa do Saber Popular, Casa da
Memória Paciente, a Casa Bosque, a Casa Astral, Casa da Cultura Maria Graham, o coletivo
Terraço das artes e Centro de Cultura Negra Fruta do Pé possuem todas as caracteristicas de
espaços residênciais, onde inclsusive se vive (com execeção da Casa bosque, um casarão do inicio
do século XX destinado para suas diversas atividades artisticas e culturais). Esses coletivos vem
construindo um caminho importante de organização de sujeitos e encontros entre outros coletivos,
principalmente no contexto pós-pandemia. O centro Cultural Fruta do pé é um interessante
exemplo, surge como um evento organizado no espaço público (2017) e se transforma em um
coletivo que “como projeto de resistência da cultura afro-brasileira, tem um papel fundamental na
revitalização do samba de raiz na região, tendo como primazia a importância de manter as raízes do
samba e da valorização do povo Preto”.
Vaz (2019, 101) se propõe a definir como ocorre o funcionamento desses espaços, que
percebemos, possuem seus pontos de encontro, baseados em uma rede de colaboração e
solidariedade, utilizando a idéia de mediadores:
O(a)s mediadore(a)s destes espaços, que estão desde a criação das Casas, alguns
utilizando suas próprias casas, outro(a)s assumindo este papel no decurso do tempo
em que as Casas estão em atividades. Cumprem suas funções escrevendo e
inscrevendo projetos em editais de fomento à ação cultural; mobilizando os
recursos locais, como comércio (captando algum recurso financeiro para
alimentação e compra de material de divulgação dos eventos ou
de oficinas); convidando artistas locais para suas programações
12 No dia 20, a Globo transmitiu, ao vivo, as manifestações que reuniram um milhão de pessoas em todo o país. A
partir das 16h, flashes com imagens de diferentes cidades atualizaram as informações
13 Estive presente nesta manifestação, quando no mínimo 15 militantes de coletivos, partidos e sindicatos diferentes
foram percebendo os atores de extrema direita presente no ato, e que se direcionaram para o Instituto de Formação
Humana e Educação Popular – IFHEP, já se encontrando com outros e tentando entender a conjuntura,
principalmente da participação desses contra-movimentos.
No contexto da pandemia os coletivos se organizaram para distribuição de cestas básicas e
algumas frentes se formaram, como o Teia de Solidariedade Zona Oeste organizado pelo Coletivo
Popular de Mulheres da Zona Oeste, a partir de uma dinâmica colaborativa organizada através das
redes sociais e campanhas de financiamento coletivo.
Considerações finais
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