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Artigo A2669654 Arquivo
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com
Sociedade Cearense de Pesquisa e Inovações em
Saúde
Marina Guerra Martins 1, Magda Milleyde de Sousa Lima², Francisca Geisa Silvestre
Rocha³, Lizandra Sampaio de Oliveira 4 Marcelo Felipe de Sousa Oliveira5
1
Universidade Federal do Ceará (mariinagmp@gmail.com)
²Universidade Federal do Ceará
³Universidade Federal do Ceará
4
Centro Universitário Ateneu
5
Centro Universitário Christus
Resumo: Em 2006, no Brasil, foi aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) entre elas, a
Fitoterapia que se destaca por ser uma das práticas mais presentes no Sistema Único de Saúde
(SUS), sendo de maior aplicação na Atenção Primária à Saúde (APS). Dado o exposto, o
presente estudo objetiva identificar na literatura as evidências científicas que apontam a
eficácia das plantas fitoterápicas e sua adesão pelos usuários do SUS mediante revisão
integrativa das produções publicadas entre 2015 e 2020 nas bases de dados Pubmed,
ScienceDirect, Medline, Lilacs e Web of Science a amostra de 8 estudos foi analisada,
categorizada e sintetizada por assunto principal, de modo a dialogar sobre os efeitos e eficácia
de fitoterápicos, Conhecimento e adesão de uso de fitoterápicos pela população, Crescimento
da prática da Fitoterapia na Atenção Primária à Saúde; e, Percepção e aceitação de
uso/prescrição de fitoterápicos por profissionais de saúde na Atenção Primária. Evidenciou-se
que apesar de haver uma diminuição de interesse na publicação de artigos sobre o tema nos
últimos 5 anos, o desenvolvimento de estudos sobre a utilização de fitoterápicos na Atenção
Primária é de extrema relevância para a consolidação do conhecimento já adquirido na área,
pois a temática ainda é pouco explorada. Aliado a isso e a partir das produções analisadas,
observou-se que a fitoterapia é aderida de forma significativa pelos usuários da atenção
primária à saúde, possibilitando o acesso a tratamento acessível, integrando meio ambiente e
sociedade.Visto a eficácia e a significativa taxa de adesão o uso de fitoterápicos pode ser um
grande aliado dos profissionais de saúde em sua profissão, no entanto, estes precisam estar
qualificados e seguros para o uso.
1 INTRODUÇÃO
O atual modelo biomédico dos serviços de saúde é incapaz de abranger toda a
demanda populacional para redução sintomática e a prevenção de injúrias. Em vista disso,
as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são uma alternativa para a contenção de
sofrimentos. As PICs desenvolvem um conjunto de condutas para promoção da saúde e
prevenção de doenças (BRASIL, 2015). Dentre as PICs destacam-se os fitoterápicos, onde
utilizam-se plantas medicinais para a manutenção da saúde, as quais possuem benefícios
incalculáveis, uma alternativa viável e importante nas populações de países em
desenvolvimento, devido ao seu baixo custo.
Esta nova alternativa terapêutica no domínio do SUS, demonstra a valorização do
conhecimento popular aliado ao conhecimento científico garantindo o efeito terapêutico de
forma holística e respeitando a cultura e conhecimento prévio do paciente, fortalecendo
assim a autonomia do cliente no próprio tratamento. (SILVELLO et al., 2010).
É importante afirmar que o Brasil é um país que detém a maior parcela de
biodiversidade podendo ser considerado detentor de vantagens no desenvolvimento da
fitoterapia, pois possui em torno de 15 a 20% do total mundial de toda a flora, com cerca de
55.000 espécies vegetais catalogadas, sendo considerada a maior diversidade genética
vegetal do mundo. Além disso, o país tem vasto conhecimento popular e tradicional sobre o
uso das plantas (BARRETO; VIEIRA, 2015).
Na mesma perspectiva, em 2006, no Brasil, foi aprovado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS
(PNPIC) entre elas, a Fitoterapia. Que se destaca por ser uma das práticas mais presentes no
Sistema Único de Saúde (SUS), sendo de maior aplicação na Atenção Primária à Saúde
(APS). Neste mesmo ano, foi aprovada a Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos (PNPMF). (BRASIL, 2015)
Logo, a utilização dessas práticas, incentivadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), integrando a fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando-se um recurso
terapêutico de baixo custo podendo ser associado a intervenções alopáticas.
Dado o exposto, o presente estudo objetiva identificar na literatura as evidências
científicas atuais que apontam a eficácia das plantas fitoterápicas e sua adesão pelos
usuários do SUS.
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa (RI), modalidade de pesquisa que permite a análise
das produções relevantes e síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto,
aliado a isso, a RI proporciona suporte à tomada de decisão e melhoria da prática clínica, a
partir de conclusões gerais a respeito do assunto estudado. Para isso, é composta por seis
etapas, descritas a seguir: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa,
estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão do estudos, definição das informações
a serem extraídas dos estudos selecionados, avaliação dos estudos incluídos na revisão
integrativa, interpretação dos resultados e apresentação da síntese do conhecimento
(MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
A questão norteadora foi construída através da estratégia PICO, (P – população, I –
interesse, C – comparação e O – resultados). A População é representada pelos usuários da
Atenção Primária do SUS, o Interesse por conseguinte, é centrado na Fitoterapia, a
Comparação não se aplica ao escopo da pesquisa e os Resultados são centrados no interesse
em saber se a fitoterapia é uma prática que tem aceitação pelos usuários do SUS. Dessa
forma, traçou-se a pergunta norteadora: “A fitoterapia é uma prática eficaz e com aceitação
dos usuários do Sistema Único de Saúde?”
A partir disso, foram selecionados os descritores: Fitoterapia, Sistema Único de Saúde
e Atenção Primária à Saúde, extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs),
dispostos na equação de busca: (“phytotherapy AND Unified Health System AND Primary
Health Care”). A busca foi conduzida em julho de 2020 e contemplou as bases de dados
Pubmed, ScienceDirect, Medline, Lilacs e Web of Science.
Foram incluídos estudos disponíveis na íntegra, em língua inglesa ou portuguesa
publicados entre 2015 e 2020, que dialogassem sobre o uso da Fitoterapia na Atenção
Primária no Sistema Único de Saúde (SUS). Justifica-se a restrição do tempo, pois a
revisão buscou dados mais atualizados sobre o tema.
Ressalta-se que o estudo não foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa, pois
não houve a inclusão de seres humanos na amostra. Contudo, respeitou-se os princípios
éticos e legais determinados pela resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, que
envolve pesquisa em documentos de domínio público.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4 CONCLUSÃO
A partir das produções, evidenciou-se que a fitoterapia é aderida de forma significativa
pelos usuários da atenção primária à saúde, possibilitando o acesso ao tratamento acessível,
integrando meio ambiente e sociedade.Visto a eficácia e a significativa taxa de adesão o uso
de fitoterápicos pode ser um grande aliado dos profissionais de saúde em sua profissão.
Para isso são necessários pesquisas e treinamento de profissionais para poder obter os
benefícios do uso da fitoterapia tradicional.
O desenvolvimento de estudos sobre a utilização de fitoterápicos na Atenção Primária
é de extrema relevância para a consolidação do conhecimento já adquirido na área, pois a
temática ainda é pouco explorada, logo, um aumento de estudos nessa área temática irá
permitir uma melhor análise da eficácia dessa prática integrativa. A utilização do uso de
fitoterápicos e plantas medicinais contribuem no diálogo entre os profissionais e pacientes
acrescentado saberes, valores e práticas utilizadas pela população mas que são importantes
para a promoção em saúde de todos.
5 REFERÊNCIAS
COLET, C. R. et al. Uso de plantas medicinais por usuários do serviço público de saúde do
município de Ijuí/RS. Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de Janeiro, v.10, n.36, p.1-
13, jul./set, 2015.
MATTOS, G. et al. Medicinal plants and herbal medicines in Primary Health Care: the
perception of the professionals. Cien Saude Colet. V.23, n.11, p.3735-3744, nov. 2018.
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30427445/. Acesso em 25 jul. 2020.
TRIBESS, B. et al. Ethnobotanical study of plants used for therapeutic purposes in the
Atlantic Forest region, Southern Brazil. Journal of Ethnopharmacology, v.164, n.22, p.
136-146, abr, 2015.
ZENI, A. L. B. et al. Use of medicinal plants as home remedies in Primary Health Care in
Blumenau - State of Santa Catarina, Brazil. Cien Saude Colet. v. 22, n.8, p.2703-2712,
ago. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28793084