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Apostila Logística Reversa
Apostila Logística Reversa
Apostila Logística Reversa
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EMENTA DA DISCIPLINA
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D. Outsourcing de armazéns.
E. Não há área na logística que atua nesses problemas.
Figura 2 – Representação da Cadeia de Suprimentos com movimentação a Jusante e Montante. Fonte - Adaptado de STK Zero.
Assim pode-se inferir, como afirma Bronoski (2003), que a “logística reversa se aplica tanto como
um fator de redução de custos na cadeia produtiva e como um meio de preservação ambiental”,
pois apresenta foco em um melhor aproveitamento dos produtos, o que concilia os
interesses organizacionais e socioambientais das empresas, ao possibilitar uma menor
degradação ecológica e ganhos monetários para as organizações que a adotam.
Sob a perceptiva dos fluxos logísticos, os produtos podem seguir três caminhos distintos:
da fábrica até o armazém ou do centro de distribuição;
do centro de distribuição até o autosserviço ou varejo;
do autosserviço ou varejo, até o consumidor.
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OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA REVERSA
Figura 3 – Comparação de agentes envolvidos dos processos da Logística comum e reversa. Fonte: Autora.
Pela imagem acima, fica ainda mais evidente a complexidade da aplicação da LR pelas
empresas, uma vez que, com muito mais agentes envolvidos, há um aumento de todo o trabalho
nos três fluxos logísticos: de bens, financeiros e principalmente de informação.
Em contrapartida, é necessário considerar que as atuais legislações estão trazendo o
conceito de responsabilidade ampliada dos produtos, ou seja, a obrigação do fabricante não
termina no momento da venda, do consumo ou da utilização do produto. Ela somente se encerra
quando o produto é reintegrado ao ciclo produtivo ou se dá ao mesmo uma destinação adequada.
Quando uma organização consegue empregar um processo de logística reversa de
maneira ainda lucrativa, ela está alcançando a sustentabilidade econômica e ambiental de seu
negócio.
RELAÇÃO
GANHA X GANHA
(EMPRESA) (SOCIEDADE/
MEIO AMBIENTE)
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Fabricantes de produtos como Geladeiras, pilhas e computadores, dentre outros, já são
responsáveis pela LR de seus produtos de acordo com a Lei 12305/2018, ou seja, já é uma
OBRIGAÇÃO.
Uma vez que a logística tradicional, é um conjunto de estratégias e ações para produzir e
entregar produtos da forma mais barata e ágil possível às lojas e consumidores, logo, pode-se
dizer que a logística reversa, é o conjunto de estratégias e ações para recolher esses
produtos utilizados, com defeitos ou (ou seus resíduos) da forma mais barata e ágil
possível.
Portanto, é fundamental que as organizações comecem a considerar os fluxos reversos no
planejamento dos seus canais de distribuição, pois tem apresentado crescimento significativo o
montante (fluxo) de produtos no sentido reverso dos canais de distribuição, em virtude de
devoluções, trocas ou mesmo reciclagem e recuperação de produtos, que leva à necessidade de
conhecermos a:
significância do fluxo informacional para o funcionamento do sistema
logístico, uma vez que o mesmo é responsável pela sustentação dos
outros dois fluxos, além disso, pode oferecer as características de
flexibilidade e rapidez de respostas, tão necessárias ao bom desempenho
dos sistemas logísticos (Razzonili Filho, 2000)
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CANAIS REVERSOS: PÓS-CONSUMO E PÓS-VENDA
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• Disposição final: quando o produto torna-se resíduo e vai para lixões, aterros ou
incineradores. Ex: lixo hospitalar.
CDR-RV: são os produtos devolvidos que fazem a rota reversa sem terem sido consumidos:
• Excesso de estoque • Problemas de qualidade
• Prazo de validade • Danos no transporte
• Consignação • Defeitos etc.
Podem ser destinados a:
• Mercados secundários
• Desmanche
• Reciclagem
• Disposição final
PÓS-CONSUMO
Canal Reverso de Reuso: Leilões de Empresas (móveis, equipamentos usados, máquinas) –
Trata-se de um canal reverso de grande importância, com características econômicas e logística
de realce, pelo volume de comércio envolvido.
Canal Reverso de Embalagens Descartáveis: Esse canal tem importância crescente, pois as
embalagens descartadas têm uma ‘visibilidade ecológica’ negativa, sejam elas primárias
(condenação de produtos), secundárias (contenção das primárias ou unitizadas para transporte).
Esse segmento representa um dos mais importantes canais reversos, mediante a revalorização
pelo sistema de reciclagem de seus constituintes. Representa um potencial de atividade reversa,
desde que seus canais sejam equacionados para atender os fatores logísticos restritivos, bem
como, com custo desses processos.
PÓS-VENDA
Canal Reverso de E-commerce: esse canal, assim como o de vendas por catalogo são
chamados de “canais direto de vendas, e são caracterizados por um nível de devoluções por não-
conformidade às expectativas do consumido da ordem de 25 a 30% do total de vendas, sendo
assim um dos mais importantes canais de distribuição reversos de bens de pós venda. No e-
commerce, os produtos a serem entregues são de pequeno porte, em embalagens individuai,
normalmente os clientes são desconhecidos e a demanda é instável e pouco previsível.
Dado o alto volume de retorno, esse canal reverso tem exigido mais empenho das empresas
desse setor em suas redes logística reversas exigindo as mesmas tecnologias, bem como o
equacionamento das redes diretas e reversas simultaneamente.
Canal Reverso de Lojas de Varejo: Por diversos motivos os clientes realizam devoluções de
produtos ao varejista. Os canais reversos de varejo podem ser de diferentes tipos, como os de
liquidação de estoques em fim de estação ou fim de moda, redistribuição dos produtos em
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mercados diversos, permitindo aumento do giro de estoque nos pontos de venda e melhorando o
valor residual dos produtos, entre outras possibilidades.
É de suma importância que os varejistas adotem estratégias de distribuição reversas de maneira
que gerenciem as devoluções de toda a rede de varejo e assim equacionem corretamente o
retorno dos produtos com agregação de valor a destinos mais indicados.
Tornar empresas e indústrias dos mais variados segmentos responsáveis por todo o ciclo de
vida útil de um produto, promovendo a reutilização ou o descarte correto dos bens de consumo
é a essência da Logística Reversa de pós-consumo.
Além de representar um processo vital para o desenvolvimento sustentável do planeta, o
processo de restituição dos resíduos sólidos ao setor industrial é mais do que uma orientação e
está previsto em lei.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
Mas por que aplicar a Logística Reversa? Quais os impactos que a atividade industrial
tem trazido para o meio ambiente e a sociedade em geral? Essa preocupação com os
recursos naturais provém apenas para ser considerado “politicamente correto”?