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O Reino de Ferro Uma História Da Prússia Ascensão e Queda TRADUÇÃO DE MIGUEL MATA
O Reino de Ferro Uma História Da Prússia Ascensão e Queda TRADUÇÃO DE MIGUEL MATA
O Reino de Ferro Uma História Da Prússia Ascensão e Queda TRADUÇÃO DE MIGUEL MATA
Lista de ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Lista de mapas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Agradecimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
História de Brandemburgo-Prússia em seis mapas . . . . . . . . . . . . . . 28
1. Os Hohenzollerns de Brandemburgo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2. Devastação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3. Uma luz extraordinária na Alemanha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
4. Majestade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
5. Os protestantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
6. Os poderes estabelecidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
7. A luta pela supremacia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
8. Ousai saber! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
9. Húbris e némesis: 1789-1806 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
10. O mundo que os burocratas criaram . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
11. Tempos de ferro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385
12. A marcha de Deus pela história. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429
13. Escalada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 479
14. Esplendor e miséria da Revolução Prussiana . . . . . . . . . . . . . . 513
15. Quatro guerras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 555
16. Fundida na Alemanha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 603
17. O fim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 667
Notas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 739
Índice remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 835
Lista de ilustrações
ARTIGO 1.º
O Estado prussiano, juntamente com o seu governo central e respec-
tivos organismos, é abolido.(1)
Os Hohenzollerns de Brandemburgo
O CENTRO
M a r
Brandemburgo, 1600 B á l t i c o
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Meclemburgo-Strelitz
Elb Dramburgo
a Ludwigslust Neustrelitz Stettin
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período em causa o transporte por terra era muito mais caro do que
por água, a escassez de vias fluviais leste-oeste navegáveis era uma
grande desvantagem estrutural.
Brandemburgo localizava-se fora das principais regiões alemãs de
manufactura especializada baseada na agricultura (vinho, garança,
linho, fustão, lã e seda), e não estava particularmente bem dotado
dos recursos minerais que eram cruciais na época (prata, cobre, ferro,
zinco e estanho)(3). O centro de actividade metalúrgica mais impor-
tante era a fundição estabelecida na cidade fortificada de Peitz nos
anos 50 do século xvi. Uma ilustração contemporânea mostra edifícios
de tamanho considerável situados entre vias fluviais artificiais. Uma
grande roda hidráulica movia os martelos pesados que achatavam e
moldavam o metal. Peitz tinha alguma importância para o Eleitor,
cujas guarnições dependiam das suas munições, mas de resto tinha
pouco significado económico. O ferro produzido na cidade tendia
a partir-se quando fazia frio. Por conseguinte, Brandemburgo não
podia competir nas exportações para os mercados regionais e o seu
emergente sector metalúrgico não teria sobrevivido sem os contratos
garantidos pelo governo nem as restrições às importações(4). Não tinha
nada que se comparasse com as prósperas fundições do Eleitorado da
Saxónia, a sudeste, que era rico em minério, e não gozava da auto-
-suficiência em armamento que permitiu à Suécia afirmar-se como
potência regional no início do século xvii.
As primeiras descrições da topografia agrária de Brandemburgo
transmitem uma impressão ambígua. A fraca qualidade do solo de
grande parte do território significava que o rendimento agrícola de
muitas regiões era baixo. Em alguns lugares, o solo esgotava-se tão
rapidamente que só podia ser semeado a cada seis, nove ou doze anos,
para não falar nas zonas de dimensões consideráveis de «terra infértil»
ou pântanos onde não era possível cultivar nada( 5). Por outro lado,
havia regiões – em especial, na Altmark, na Uckermark e na fértil
Havelland, a oeste de Berlim – com terrenos aráveis suficientes para
suportarem o cultivo intensivo de cereais, e aqui, em 1600, havia sinais
de real vitalidade económica. Nas condições favoráveis do longo ciclo
de crescimento europeu do século xvi, os proprietários agrícolas da
nobreza de Brandemburgo acumularam fortunas impressionantes com
a produção de cereais para exportação. As provas desta abastança eram
visíveis nas elegantes casas renascentistas – não sobreviveu praticamente
nenhuma – construídas pelas famílias mais ricas, no envio dos filhos
36 o reino de ferro. uma história da prússia
A DINASTIA