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Ficha Formativa Ciencias 8
Ficha Formativa Ciencias 8
Ficha Formativa Ciencias 8
Animais lucífugos: não suportam a luz – apresentam fototaxia negativa, ou seja, deslocam-se em direção
oposta a uma fonte luminosa (ex: morcego e minhoca)
Influência da luz na sua atividade
Os animais realizam as suas atividades diárias em função da presença ou ausência de luz:
Animais diurnos: encontram-se ativos durante o dia (ex: águia)
Animais notívagos (ou noturnos): encontram-se ativos durante a noite (ex: morcego e coruja)
Influência da luz na distribuição dos animais nos oceanos
No fundo dos oceanos, onde existe uma quase escuridão total, apenas existem animais com adaptações
próprias como os peixes abissais. A maior parte dos seres marinhos encontram-se junto à superfície.
Influência do fotoperíodo na reprodução
A reprodução de alguns animais é também condicionada pelo fotoperíodo. Isso faz com que determinadas
espécies tenham determinadas épocas de reprodução. (ex: o veado tem tipicamente o seu período reprodutor
em outubro)
Influência do fotoperíodo na morfologia
Alguns mamíferos (ex:lebre-do-ártico) mudam a cor da sua pelagem e algumas aves mudam a cor da sua
penugem conforme o fotoperíodo. Esta característica facilita a camuflagem do animal, fazendo com que se
confunda mais facilmente com o meio ambiente, ficando assim mais protegido contra predadores.
Influência do fotoperíodo no comportamento
Migrações
Deslocações regulares de um ser vivo para locais que conferem melhores condições
de sobrevivência. (ex: andorinha)
É o número de horas diárias que indica aos animais o momento para iniciarem a sua migração.
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NAS PLANTAS
Adaptações das plantas à variação da temperatura
Para sobreviver às condições desfavoráveis durante a estação fria algumas plantas:
perdem as folhas – plantas de folha caduca ou caducifólias (ex: castanheiro)
ficam reduzidas à parte subterrânea (ex: narciso)
ficam reduzidas a sementes (ex: milho)
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NOS ANIMAIS
Intervalo de tolerância, temperatura ótima e temperatura letal
A vida só é possível dentro de intervalos de temperatura que se designam por intervalos de tolerância e
que variam de espécie para espécie. Dentro desse intervalo existe uma temperatura em que o ser vivo se
desenvolve melhor – temperatura ótima. No entanto, se os limites desse intervalo forem ultrapassados
atinge-se uma temperatura letal que pode levar à morte do ser vivo.
De acordo com a sua amplitude térmica os seres vivos podem ser classificados como:
Seres euritérmicos: se têm uma grande amplitude térmica (ex: lobo)
Seres estenotérmicos: se têm uma pequena amplitude térmica (ex: serpente)
Seres homeotérmicos e seres poiquilotérmicos
Seres homeotérmicos (ex: mamíferos e aves): conseguem manter a temperatura do corpo constante,
independentemente da temperatura ambiente
Seres poiquilotérmicos (ex: peixes, répteis e anfíbios): a temperatura do corpo varia conforme a
temperatura ambiente
Adaptações dos animais às diferentes temperaturas do meio ambiente
Adaptações comportamentais
Ambientes quentes:
Estivação: redução da atividade durante a estação quente (ex: caracol e crocodilo)
Ambientes frios:
Hibernação: redução da atividade durante a estação fria (ex: ouriço-cacheiro e urso)
Migração: Deslocação regular de um ser vivo para locais que conferem melhores condições de
sobrevivência. (ex: andorinha e baleia)
Adaptações corporais
Ambientes quentes:
Orelhas grandes, o que permite aumentar a superfície de perda de calor para o ambiente
Pelo curto, para mais facilmente perder calor corporal
Ambientes frios:
Orelhas pequenas, o que permite diminuir a superfície de perda de calor para o ambiente
Pelo longo, para mais dificilmente perder calor corporal
Camada espessa de gordura, que impede a perda de calor
Adaptações fisiológicas
Ambientes quentes
arfar, o que permite perder calor
Ambientes frios
ereção dos pelos, o que permite criar uma camada de ar isolante junto à pele, diminuindo assim
as perdas de calor
INFLUÊNCIA DA ÁGUA NOS SERES VIVOS
Importância da água para os seres vivos
Todos os seres vivos precisam de água para sobreviver pois é o seu principal constituinte e é necessária para
as suas funções vitais. Por isso existe maior vegetação e animais nos locais com maior humidade e
pluviosidade.
No entanto, nem todos os seres vivos dependem da mesma quantidade de água:
Seres hidrófilos: vivem permanentemente na água (ex: polvo e nenúfar)
Seres higrófilos: vivem em locais húmidos (ex: minhoca e arrozal)
Seres mesófilos: necessitam de quantidades moderadas de água (ex: cavalo e sobreiro)
Seres xerófilos:vivem em locais secos (ex: dromedário e cato)
Adaptações das plantas à escassez de água
Plantas de climas secos (ex. cato) apresentam:
raízes longas e pouco profundas, para captar a maior quantidade de água possível
caules carnudos, para acumular água de reserva
folhas de pequenas dimensões ou reduzidas a espinhos, para não perderem água por
transpiração
Adaptações dos animais à escassez de água
Os animais de clima seco podem apresentar:
reservas de gordura que utilizam para produzir água (ex: dromedário e camelo)
revestimento impermeável que evita a perda de água por transpiração (ex: escorpião)
Existem ainda animais (ex: gerbilo) que não transpiram, produzem pouca urina e são mais ativos
durante a noite de forma a evitar perdas de água.
INFLUÊNCIA DO SOLO NOS SERES VIVOS
O substrato e a importância do solo para os seres vivos
A maioria dos seres vivos precisa de um substrato para realizarem as suas atividades vitais e garantirem a
sua sobrevivência. O substrato é o meio sólido que serve de suporte à maior parte dos seres vivos.
Nos ambientes aquáticos encontramos:
substratos moles, como os fundos arenosos que podem ser encontrados no leito dos rios e nos
oceanos
substratos duros, como as rochas, sobre as quais vivem animais como as lapas e os mexilhões.
Nos ambientes terrestres, os seres vivos desenvolvem as suas atividades em interação com os solos.
O solo é a camada mais superficial da crusta terrestre, sendo constituído por matéria orgânica, matéria
mineral, água e ar. É bastante importante porque funciona como habitat para uma grande diversidade de
seres vivos (ex: insetos, minhocas, toupeiras, fungos e bactérias) e porque serve como meio de fixação para
as plantas e de captação de água e minerais essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento.
Influência do tipo de solo na distribuição dos seres vivos
A porosidade do solo influencia a distribuição dos seres vivos, pois há seres vivos que povoam solos
arenosos e outros solos mais compactos.
No entanto, também a composição do solo, permeabilidade, humidade e textura influenciam a
distribuição dos seres vivos.
INFLUÊNCIA DO VENTO NOS SERES VIVOS
Importância do vento
Contribui para a dispersão de algumas sementes, de modo a que estas se possam dispersar
por uma maior área e de forma a encontrarem condições mais apropriadas à sobrevivências das
plantas após a germinação
É responsável pelo transporte de bactérias e de fungos, bem como das suas
estruturas reprodutoras (esporos).
Nos ambientes aquáticos, promove o arejamento das águas e dá origem à ondulação dos
oceanos
Influência do vento na morfologia dos seres vivos
Em regiões muito ventosas encontram-se, preferencialmente, plantas rasteiras e animais de pequeno porte
e achatados.
Influência do vento no comportamento dos animais
Os gafanhotos por vezes movimentam-se aproveitando a deslocação das massas de ar, formando
nuvens de gafanhotos
As aves de rapina (ex: falcão) aproveitam as massas de ar quente para planar, gastando assim
menos energia
As rotas de migração são influenciadas pelos ventos dominantes em determinadas regiões
Relação entre as alterações do meio e a evolução ou a extinção de espécies
Os fatores abióticos condicionam largamente a biodiversidade. No passado, extinções em massa,
provocadas por alterações súbitas do meio ambiente, levaram ao desaparecimento de algumas espécies
e criaram condições propícias à diversificação e à dispersão de outras.
Relações bióticas – interações intraespecíficas e interações interespecíficas
Relações bióticas: interações entre os seres vivos que fazem parte de um ecossistema
Interações intraespecíficas: interações entre seres vivos da mesma espécie
Interações interespecíficas: interações entre seres vivos de espécies diferentes
INTERAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
Cooperação (+,+)
Os indivíduos contribuem para o benefício comum do grupo
Ex: As suricatas organizam-se na vigilância e na recolha de alimento
Este tipo de relação estabelece-se quando seres da mesma população se organizam em sociedades (ex:
abelhas) ou em colónias (ex: pinguins). Numa sociedade existe uma organização hierárquica e uma divisão
de tarefas, enquanto que numa colónia não existe uma hierarquia nem funções diferenciadas.
Competição (-,-)
Prejudicial para os seres vivos envolvidos
Ex: Hipopótamos competem pela atenção das fêmeas
Motivos: luta por água, luz, alimento, território e fêmea.
A expressão máxima de competição intraespecífica é o canibalismo, em que um indivíduo mata outro da
mesma espécie, alimentado-se deste. Tal pode acontecer pela necessidade de nutrientes, estabelecimento
de uma posição hierárquica, regulação do número de indivíduos e pela eliminação de órfãos e crias que
possuem menos hipóteses de sobreviver.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
Mutualismo facultativo (+,+)
Benefício para ambas as espécies, embora a relação não seja fundamental para a sobrevivência dos
indivíduos
Ex: O bodião-limpador limpa a moreia aproveitando-se dos seus restos alimentares
Mutualismo obrigatório (+,+)
Benefício para ambas as espécies, sendo esta uma relação fundamental para a sobrevivência dos
intervenientes
Ex: associação entre algas unicelulares e fungos (que originam líquenes) em que os fungos
fornecem água e minerais às algas e estas fornecem compostos orgânicos aos fungos
Competição (-,-)
Prejudicial para os seres vivos envolvidos
Ex: Leões e hienas competem pelo território, água e alimento
Motivos: luta por água, luz, alimento, território e solo.
Predação (+,-)
Benefício para o predador e prejuízo para a presa
Ex: O urso preda o salmão
Características que favorecem a caça: garras desenvolvidas e bicos fortes e encurvados (ex: águia) e dentes
aguçados e mandíbulas fortes (ex: leão).
Tanto predadores como presas podem ter ainda a capacidade de camuflagem ou de mimetismo de forma
a passarem despercebidos. Na camuflagem adquirem aspetos semelhantes aos da natureza (ex: bicho-
pau), e no mimetismo adquirem aspetos semelhantes a outros seres vivos (ex: falsa-cobra-coral).
Parasitismo (+,-)
Benefício para o parasita e prejuízo para o hospedeiro
Ex: Uma ténia pode ser encontrada no intestino de vários animais como o porco ou até de um ser
humano e vive às custas dos seus nutrientes prejudicando-o causando doenças ou até a morte
Os parasitas classificam-se quanto ao modo de vida:
ectoparasitas, se vivem no exterior do corpo do hospedeiro (ex: pulga)
endoparasitas, se vivem no interior do corpo do hospedeiro (ex: ténia)
Também se classificam quanto ao tamanho:
microparasita, se forem pequenos e e com tempos de gestação muito curtos (ex: vírus e bactérias)
macroparasitas, se forem maiores e com tempos de gestação mais longos (pulgas, carraças, ténias
e lombrigas)
Comensalismo (+,0)
Benefício para o comensal e indiferente para o outro indivíduo
Ex: A rémora é transportada pelo tubarão, aproveita os seus restos alimentares e é protegida por
ele, e para o tubarão esta relação é indiferente
Amensalismo (-,0)
Prejuízo para o amensal e indiferente para o inibidor
Ex: O fungo penicillium produz substâncias que inibem o desenvolvimento de bactérias.