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Psicologia e Astrologia
Psicologia e Astrologia
Psicologia e Astrologia
A Astrologia, que existe há mais de 3000 anos, pode considerar-se como a irmã mais
velha da Psicologia.
A sua escola psicológica, assim como outras, serão apresentadas na secção Astrologia
e Psicologia. Tentaremos salientar as semelhanças entre si.
Índice
● Princípios Junguianos
● Sincronicidade
● Arquétipos
● Tipos Psicológicos
● Ar - Tipo Pensante
● Áqua - Tipo Sentimental
● Terra - Tipo Sensorial
● Fogo - Tipo Intuitivo
● Livros
Astrologia e Psicologia
Princípios Junguianos
Freud defende que uma criança nasce como uma "tábua rasa" e que o seu carácter
começa a formar-se a partir do nascimento. Jung, pelo contrário, afirma no seu livro
Tipos Psicológicos: A disposição individual é já um factor na infância; é inata e não pode
sAstrologia e Psicologia
Sincronicidade
Em 1952, Jung publica um livro chamado "Synchronizität als Prinzip akausaler
Zusammenhänge" ("Sincronicidade, um princípio de conexões acausais"). O conceito de
sincronicidade vai para além das explicações puramente causais do mundo – que ainda
é o domínio das nossas ciências naturais. Jung argumenta que acontecimentos que
ocorrem sincronizados (isto é, ao mesmo tempo) não têm necessariamente de estar
relacionados causalmente. Poderá existir, no entanto, uma importante ligação entre eles.
Anthony Stevens
descreve uma experiência que Jung teve. Durante um sonho, ele encontra uma figura
com as asas de um alcião (um pássaro). Jung quis desenhar a figura para poder
recordar a imagem. Enquanto o fazia, encontrou no seu jardim o corpo morto de um
alcião. Estes pássaros são extremamente raros na zona de Zurique. Esta situação
extraordinária coincidiu com fortes emoções internas.
Provavelmente está familiarizado com situações que o levam a pensar : "Isto não pode
ser uma coincidência!". Talvez tenha acabado de ler um livro que fala de ideias pouco
comuns. Subitamente todas as pessoas do seu meio falam-lhe sobre estas ideias,
passam reportagens na TV e na internet depara-se com conceitos semelhantes a toda a
hora. Estes incidentes ocorrem simultaneamente mas é claro que um não causa o outro.
Eles parecem estar ligados de uma forma diferente.
Brigitte Hamann, astróloga alemã, resume este fenómeno no seu artigo "Gedanken über
Astrologie, Synchronizität und Prognose" ("Reflexões sobre a Astrologia, Sincronicidade
e Predição"):
Um certo incidente ocorre a uma certa pessoa, numa certa altura, de tal maneira que
adquire para ela um significado especial, revelando importantes ligações na vida dessa
pessoa. Qualquer outro observador do mesmo incidente considerá-lo-ía um acidente do
acaso, sem qualquer sentido em particular. Para ele, não há qualquer ligação sincrónica
no acontecimento e por isso, não significa nada para si.
Astrologia baseia-se no
princípio da sincronicidade. A "influência das estrelas" não existe num sentido causal.
Não há nenhum tipo de influência causal. A Astrologia "trabalha" – se é esta a palavra
correcta – da forma inscrita na tábua smaragdina:
Pode dizer-se que o universal reflecte-se no específico. Por conseguinte, podemos tirar
conclusões a respeito de acontecimentos terrestres por intermédio das constelações
planetárias.
Alguns dos princípios Junguianos reflectidos na Astrologia serão descritos nas páginas
seguintes. Observaremos os conceitos de "Sincronicidade", "Arquétipos" e de "Tipos
Psicológicos".
Arquétipos
Considera-se frequentemente que Sigmund Freud "descobriu" o inconsciente como
sendo aquela parte da psique que contém experiências desagradáveis ou mesmo
traumáticas que tenham sido reprimidas pela mente consciente. Jung vai mais
longe: na sua opinião, não só existe um inconsciente individual como também existe
um inconsciente colectivo, o qual contém a imensa herança psíquica da evolução
humana. De acordo com Jung, esta herança renasce na estrutura de cada indivíduo.
Jung descobriu que muitos destes símbolos são de natureza universal. Estes podem
ser encontrados nos mitos e contos de fadas de todos os povos. Eles mostram um
"conhecimento" ou "sabedoria" comum a toda a humanidade. Por isso Jung chamou
a estes símbolos Imagens Primordiais ou Arquétipos. As imagens primordiais não
podem ser descritas com exactidão. Liz Greene vê-as como padrões de energia que
se expressam em todo o nosso meio-ambiente. Embora não tenham uma forma
distinta, estas expressam-se nos símbolos do mundo que nos rodeia.
Assim, o sistema solar pode ser visto como o símbolo de um padrão de energia
viva, reflectindo a todo o momento as mais pequenas formas de vida, as quais estão
nele contidas. O horóscopo individual é uma representação simbólica destes
padrões de energia. Nestes símbolos podemos ver as sementes da potencial
personalidade do indivíduo. Jung descreve os planetas como "deuses", símbolos ou
poderes do Inconsciente. No entanto, estes "deuses" funcionam de maneira
diferente de indivíduo para indivíduo.
Do ponto de vista
astrológico, o símbolo do sol representa a alma, o centro, a figura do rei ou do chefe
bem como a força viva criativa que se encontra em cada indivíduo. Estas
interpretações podem ser extraídas deste único símbolo de forma não arbitrária. Liz
Greene descreve o símbolo como sendo a forma primária de expressão do
Inconsciente. Em Relacionamentos escreve:
Um símbolo sugere ou deduz um aspecto da vida que permanece inesgotavelmente
sujeito a interpretações e que finalmente ilude todos os esforços do intelecto para o
firmar ou contêr. Ninguém conseguirá jamais alcançar as profundidades dos seus
numerosos significados.
Astrologia e Psicologia
Tipos Psicológicos
Está com certeza familiarizado com aquele tipo de situação em que você diz algo
completamente objectivo e racional, mas o seu parceiro reage emocionalmente e
sente-se pessoalmente magoado. Ou já alguma vez sentiu-se aborrecido por a sua
esposa ser tão prática quando gostaria de poder construir castelos no ar?
Este interessante mas quase incompreensível fenómeno é bem conhecido de todos nós.
Apesar da sua individualidade as pessoas "permitem-se" prender dentro de certas
categorias.
Carl Gustav Jung explica este fenómeno dividindo as pessoas em quatro tipos
psicológicos. De acordo com a sua teoria o consciente conhece quatro modos
essenciais de percepção, os quais se expressam de maneira diferente e com mais ou
menos força em cada indivíduo: a função do pensamento, a função do sentimento e as
funções da sensação e da intuição. Estas podem ser definidas como dois pares opostos:
pensamento e sentimento são opostos racionais (no sentido em que avaliam e julgam as
coisas). A sensação e a intuição são consideradas funções irracionais porque não
julgam mas simplesmente registam as coisas. É claro, nem todas as quatro funções se
encontram igualmente fortes em cada indivíduo. Uma função domina, enquanto que as
outras tendem a "subdesenvolver-se". Para tornar-se realmente completa, uma pessoa
deve tentar desenvolver todos os quatro modos de percepção. Esta é uma tarefa
extremamente difícil. Jung escreve nos seus Tipos Psicológicos:
Sabemos que um homem nunca pode ser tudo de uma só vez, nunca é completo – ele
desenvolve sempre certas qualidades à custa de outras, e a totalidade nunca é
alcançada.
Em astrologia, os doze signos do zodíaco são atribuidos aos elementos ar, água, terra e
fogo. Liz Greene considera os quatro elementos como sendo os "pilares da astrologia".
Eles dão-nos informação sobre a atitude predominante de uma pessoa. Se o horóscopo
de um indivíduo é dominado por signos de fogo, os astrólogos falam de um tipo fogo. A
sua forma predominante de percepção é "fogosa", a qual é equivalente ao tipo intuitivo
de Jung.
Ar - Tipo Pensante
O tipo pensante tem o pensamento como função predominante. Este indivíduo vê o
mundo de forma racional. Ele ou ela analisa tudo de acordo com a lógica das leis
aristotélicas e faz as suas avaliações usando critérios "objectivos". Ele tende a
categorizar os fenómenos do seu meio-ambiente. É bom a fazer e a receber críticas,
a tirar conclusões ou a encontrar evidências.
É importante salientar que nenhuma função é melhor que outra. Todas as quatro
têm qualidades necessárias à percepção holística e à avaliação do mundo. Uma
função demasiado desenvolvida do pensamento que ignora as outras funções leva a
uma frieza emocional, falta de imaginação e a uma forte instabilidade.
O tipo terra pode confiar nos seus sentidos sem sequer se perguntar se "faz
sentido". Ele é menos aberto à dimensão do significado do que o seu oposto, o tipo
intuitivo. Um exemplo: os dois passeiam juntos pelo bosque. Enquanto a pessoa
intuitiva aprecia o poder simbólico da mãe natureza, a pessoa do tipo terra medirá
as árvores, considerando talvez o seu valor para construir mobília.
Uma pessoa que só consegue ver as coisas materiais perde facilmente a sua
ligação com o todo. Se lhe perguntarem pelo significado da vida, talvez encolha os
ombros. Rodeado de coisas, ele não pensa sobre o seu significado. Por esta razão,
é fascinado – positiva ou negativamente – por pessoas do tipo intuitivo. Para que
não desperdice o seu lado mental ou espiritual, necessita de expandir a sua visão
da realidade adicionando a dimensão do significado.
O indivíduo com uma função intuitiva dominante corre o risco de ver-se limitado
pelos duros factos da realidade. Se, no seu fervor, ele ignora as limitações do
material, a sua energia espiritual anula-se. A sua devoção e visão a longo alcance
podem fazer com que ignore aquilo que é óbvio. Grandes visões permanecem no
mundo da mente, insatisfeitas.
O semi-deus Prometeu trouxe o fogo até aos humanos, o qual é a fonte do seu
desenvolvimento espiritual e mental. Mas se este fogo não tivesse sido utilizado de
forma prática, ele teria sido inútil e desapareceria sem deixar rasto. Neste sentido, é
importante para o tipo fogo não se isolar em esferas espirituais, e sim valorizar e
cultivar as funções opostas da sensação e do realismo.