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Proposta de Estudo de Linguística
Proposta de Estudo de Linguística
Proposta de Estudo de Linguística
COLEGIADO DE LETRAS/PORTUGUÊS
COMPONENTE CURRICULAR: INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA
DOCENTE: PROF. DR. JAILSON ALMEIDA
CURSO: LETRAS/INGLÊS
ACADÊMICO(A): William Melo Araújo
A partir dos estudos desenvolvidos nas aulas síncronas e assíncronas (textos 01 e 02, por
exemplo), resolva as questões a seguir:
8) Argumente a afirmativa saussuriana: "A língua é um sistema cujas partes podem e devem
ser consideradas em sua solidariedade sincrônica" (SAUSSURE, 1975).
Ícone
É um signo visual (uma imagem) que representa um objeto ou coisa por semelhança já
que possui as mesma características que o objeto. Um ícone usa forma, cor, som textura
e outros elementos gráficos para criar uma conexão evidente entre imagem e ideia. Os
ícones dependem, em diferentes graus, das convenções culturais.
Índice
Um índice aponta alguma coisa com o qual esta ligada por semelhança ou proximidade
no lugar de representá-la. Ossos e patinhas são objetos familiares que podem
representar o próprio cão.
Símbolo
Os símbolos são abstratos. O símbolo se refere ao objeto denotado por associação de
ideias produzidas por uma convenção. Os símbolos mais comuns que usamos são as
palavras. O alfabeto é outro conjunto de símbolos concebidos para representar os sons
da língua. Os signos visuais muitas vezes incorporam atributos de mais de uma
categoria de signo. Uma placa de banheiro feminino mostrando uma mulher de vestido
é um ícone (retratanto a figura humana), mas também um índice (indicando a
localização de um banheiro).
A troca dos fonemas: bala, cala, fala. A troca dos morfemas: pedra, Pedro, pedrinha,
pedregulho, pedrada. A troca de palavras: o sol é belo. A lua ficou cheia.
11) A afirmativa de que "a linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua
considerada em si mesma e por si mesma", que finaliza o texto do Curso de Linguística
Geral, é fundamental para que possamos compreender os postulados de Saussure.
“fazer a descrição e a história de todas as línguas que puder abranger, o que quer dizer:
fazer a história das famílias de línguas e reconstituir, na medida do possível, as línguas-mães
de cada família; procurar as forças que estão em jogo, de modo permanente e universal, em
todas as línguas e deduzir as leis gerais às quais se possam referir todos os fenômenos
peculiares da histórias; delimitar-se e definir-se a si própria.”
Cada língua apresenta uma estrutura específica e esta estruturação é evidenciada a partir de
três níveis: o fonológico, o morfológico e o sintático, que constituem uma hierarquia com o
fonológico na base e o sintático no topo. Portanto, cada unidade é definida em função de sua
posição estrutural, de acordo com os elementos que a precedem e que a seguem na
construção.
b) Apresente 2 exemplos de áreas de estudos linguísticos que obedecem a este
paradigma.
Fonética e Fonologia.
12) A partir das sentenças abaixo, argumente de que maneira, em língua materna, é
possível a recursividade.
14) Saussure procura estabelecer a oposição entre forma e substância recorrendo a uma
comparação ao jogo de xadrez. Nessa comparação, o que é interno e externo ao sistema
linguístico?
Essa metáfora do xadrez explicita como, para o objeto-língua definido como sistema de
valores, os efeitos do tempo não são relevantes. É possível entender a importância da
distinção entre cada estado do jogo (ou seja, a posição das peças no tabuleiro em dado
momento) e cada movimento das peças para a perspectiva saussuriana: no primeiro caso
estamos diante do sistema, que é o objeto da reflexão. Do ponto de vista do sistema em cada
momento, o jogo de oposições – ou seja, o estabelecimento de valores para cada “peça” –
nada tem a dever à origem da posição (isto é: uma posição de xeque não será mais ou menos
perigosa por ter resultado de um movimento do cavalo desde a esquerda ou de um movimento
do cavalo desde a direita). Evidentemente, na língua os estados e transições não são
claramente destacáveis entre si como num jogo de tabuleiro. Assim, nem a posição estática
das peças nem a transição entre elas é que de fato se prestam à comparação com a sincronia e
a diacronia na esfera da língua. O que poderíamos comparar é a abordagem dos fatos em cada
caso; ou seja, qual a visão do “curioso que vem espiar o estado do jogo” e a visão do que
acompanhou toda a partida. O que vê e se ocupa apenas do estado do tabuleiro no momento
“x” toma a perspectiva sincrônica. Aliás: mesmo aquele que vê e se ocupa de toda a coleção
de momentos“x” subseqüentes no jogo, mas isoladamente entre si, ainda assim está na
perspectiva sincrônica. Em contraste, aquele que se interessar pela seqüência de modificações
entre as posições das peças ao longo do tempo de jogo, este estará na perspectiva diacrônica.
Dito de outro modo, é no âmbito metodológico que podemos separar o eixo das
simultaneidades (a sincronia) do eixo das sucessões (a diacronia), como mostra Saussure. O
binômio sincronia-diacronia se configura fundamentalmente, portanto, como uma distinção
metodológica: as abordagens são diacrônicas ou sincrônicas; e nenhum dos conceitos se
aplica aos fatos de língua em si8. De fato, vamos lembrar que Saussure dá início a essa
discussão fundadora da distinção entre sincronia e diacronia na lingüística moderna com
aquela afirmação que lembramos no início desta seção: “... a intervenção do fator tempo é de
molde a criar, para a lingüística, dificuldades particulares...”. Já vemos aí a chave da
complexidade da discussão – ora: absorver ou impedir a “intervenção” do “fator” tempo só
poderá ser uma escolha do ponto de vista da reflexão sobre a língua; a língua,
ontologicamente, não escolhe estar ou não no tempo. Assim, a metáfora do jogo de xadrez
pode ser interpretada da seguinte forma: em uma partida de xadrez (isto é, no estudo da
linguagem), há dois pontos de observação e interesse possíveis: a perspectiva sincrônica, que
se interessa por cada etapa do jogo (isto é, cada sistema lingüístico estático) isoladamente; ou
a perspectiva diacrônica, que se interessa pelo processo que leva de uma etapa para a outra ao
longo do tempo do jogo (isto é, a dinâmica das transições entre cada sistema lingüístico).