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1 - DISTÚRBIOS OBSTRUTIVOS X RESTRITIVOS
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- A razão entre as duas grandezas mantém-se.
Fisiopatologia
Shunt
Desequilíbrio V/Q
Redução da difusão
Redução da complacência pulmonar
Aumento do trabalho respiratório
Intolerância ao exercício
4
5
2 - DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
Bonquite Crônica
Tosse produtiva crônica por pelo menos 3 meses no ano em dois anos
consecutivos, afastadas outras causas.
A hipersecreção crônica de muco é devida principalmente a alterações
patológicas nas vias aéreas centrais, ocorrendo antes que seja possível detectar
alterações no fluxo aéreo, que se deve ao espessamento da parede brônquica,
aumento da quantidade de muco e alterações nas pequenas vias aéreas.
Enfisema Pulmonar
6
Alargamento anormal, permanente, dos espaços aéreos distais ao
bronquíolo terminal, acompanhado de destruição de suas paredes sem
fibrose evidente.
A limitação ao fluxo aéreo ocorre por perda da retração elástica pulmonar
associada às perdas dos pontos de fixação das vias aéreas terminais aos
alvéolos, com colapso expiratório destes.
Epidemiologia
É uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo,
atingindo 210 milhões de pessoas e levando ao óbito 4 milhões de doentes a
cada ano. No Brasil, a DPOC é a terceira causa de morte entre as doenças
crônicas não transmissíveis. Dados recentes ratificam maior prevalência da
doença em tabagistas, e em pacientes do sexo masculino com mais de 40 anos
Figura 5. Fisiopatologia
Figura 6. Fisiopatologia
7
Fumaça do cigarro
Recrutamento de neutrófilos
Liberação de PROTEASES
Hipersecreção de muco
(BRONQUITE CRÔNICA)
Fatores de Risco
- Fumo
É responsável por 90% dos casos de DPOC. O risco é proporcional à
carga tabágica.
- Poluição em ambiente fechado (fumaça de fogões à lenha)
- Exposição ocupacional (asbesto, quartzo, poeira, gazes, alumínio)
- Genética
A influência da hereditariedade é estimada em 40%. O fator de risco
genético melhor documentado é a deficiência de α-1-antitripsina.
É um defeito genético em que o fígado não produz quantidade suficiente
da enzima (protease inibitória), que tem a função de proteger o próprio fígado e
os pulmões de processos degenerativos. A deficiência dessa enzima (proteína)
leva ao aparecimento de enfisema e doenças hepáticas. Essa proteína protege
o pulmão contra o ataque de enzima neutrófilo elastase, que é liberada durante
uma infecção e que promove uma destruição irreversível do tecido do pulmão.
8
3 - DESEQUILÍBRIO PROTEASE - ANTIPROTEASE
Cor Pulmonale
É o aumento do ventrículo direito secundário à pneumopatia, o qual
provoca hipertensão arterial pulmonar, sucedida por insuficiência ventricular
direita. O diagnóstico é clínico e ecocardiográfico. O tratamento é direcionado
para a causa.
Hipoxemia crônica
Hipertensão pulmonar
Cor pulmonale
(turgência jugular, edema de MMII, hepatomegalia)
9
Figura 8. Sinais e Sintomas da DPOC
• Taquipneia
DISPNEIA • Uso mm. Acessória
• Desvantagem mecânica respiratória
• Descondicionamento
• Perda de peso
INTOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO
• Desnutrição
• Fraqueza muscular
• Tosse
ALTERAÇÃO NA DEPURAÇÂO
• Sibilância
MUCOCILIAR
• Maior produção de secreção
• Depressão
DIMINUIÇÃO DE QV • Ansiedade
• Isolamento
Diagnóstico
O diagnóstico da DPOC é baseado em:
História de exposição a fatores de risco/Sintomas
Exame Físico (↓ Murmúrio Vesicular, Sibilos e Crepitação)
Gasometria (↓ PaO2 e ↑ PaCO2)
Hemograma (↑ hematócrito)
A espirometria - padrão ouro para diagnóstico e avaliação da DPOC (↓
VEF1)
Classificação
A função pulmonar foi separada das classificações clínicas e associada
ao diagnóstico e prognóstico. Os grupos ABCD agora se baseiam nos
sintomas do paciente e no histórico de exacerbações.
10
Figura 9. Classificação da DPOC – GOLD 2017
Exame Radiológico
11
Tratamento da DPOC Estável
- Redução dos sintomas
• Alívio dos sintomas
• Melhora da tolerância ao exercício
• Melhora da qualidade de vida
- Redução do Risco
• Prevenção da progressão da doença
• Prevenção e tratamento das exacerbações
• Redução da mortalidade
•Reabilitação
Educação •Exercício Físico
•Retirada do Fator de risco
•Antiinfluenza
Vacinação •Antipneumocócica
•Tipo inalador
Broncodilatador •Classe e tempo de ação
•Inalatórios
Antiinflamatório •Oral
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A asma é uma doença inflamatória crônica (com determinação genética),
caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas e por limitação variável
ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento.
Resposta Bifásica: REAÇÃO IMEDIATA (1ª onda de inflamação) - 10-20
minutos após a exposição e dura menos de 1 hora; REAÇÃO TARDIA (2a onda
de inflamação) - 4-6 horas após a exposição
Broncoconstrição aguda
Diagnóstico Clínico
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• Um ou mais dos sintomas: dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no
peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras
horas da manhã;
• Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma
(broncodilatadores, antiinflamatórios esteróides)
• História familiar positiva para asma e diagnósticos alternativos excluídos.
Diagnóstico Funcional
• Demonstração de limitação variável ao fluxo de ar.
• Medidas da função pulmonar (VEF1< 80% do previsto)
• Reversibilidade → indicar melhoras rápidas no VEF1 ou PFE após a inalação
de um broncodilatador de ação rápida ou a melhora gradual em dias ou semanas
após a introdução de medicação controladora efetiva.
• Aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e de 200 mL em valor
absoluto.
Avaliação Funcional
- medida de pico de fluxo expiratório (PFE)
- Espirometria com prova broncodilatadora
Monitorização
Controle ambiental
Educar o doente e a família
Tratamento farmacológico (Crise → Broncodilatadores; Manutenção → Anti-
inflamatórios)
14
Figura 15. Classificação (GINA) – espirometria e PFE
Intermitente Persistente
Leve
Moderada
Grave
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4 - FIBROSE CÍSTICA (FC)
FISIOPATOLOGIA
Mutação do gene da FC
secreção de fluídos
↑ concentração de
macromoléculas
Tubulopatia obstrutiva
Manifestações Clínicas
- Pâncreas
- Fígado
- Intestino
- Glândulas Sudoríparas
- Aparelhos reprodutores
- Osteopenia/Osteoporose
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Figura 17. Manifestações Pulmonares
Sinais e Sintomas
• Aumento da tosse e da produção de escarro;
• Febre;
• Anorexia e perda de peso;
• Absenteísmo na escola ou trabalho;
• Diminuição da tolerância aos exercícios;
• Diminuição da SaO2;
• Achados na ausculta pulmonar;
• Achados na radiografias de tórax;
• Redução de mais de 10% do VEF1.
Figura 18. Diagnóstico
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Tratamento
- Medicamentoso: antibióticoterapia, mucolíticos, broncodilatadores,
antiinflamatórios
- Oxigenoterapia
- Suporte Nutricional
- Fisioterapia Respiratória: Desobstrução brônquica e exercícios
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5 - BRONQUIECTASIA
Classificação
TOSSE
EXPECTORAÇÃO
DOR TORÁCICA
PURULENTA
FEBRE DISPNEIA
BRONQUIECTASIA
FADIGA HEMOPTISE
BAQUETEAMENTO
PERDA DE
DIGITAL PESO
Tratamento
- medicamentoso
- cirúrgico
-fisioterapia respiratória: desobstrução brônquica
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Figura 20. TC com bronquiectasias Figura 21. Broncografia
Pneumonia
20
Figura 23. Pneumonia
Pneumotórax
21
pulmão e a parede torácica, mais precisamente entre os folhetos pleurais
(visceral e parietal), se torna real devido à interposição gasosa
A incidência de pneumotórax espontâneo primário é de cerca de 6 a 10
casos por 100 mil habitantes por ano. A doença incide
predominantemente em homens, mais altos e mais magros, com idade
entre 20 e 40 anos. Quase sempre é unilateral, um pouco mais freqüente
a direita.
Em aproximadamente 2% é bilateral, simultâneo e alternado em 4 a 10%
dos pacientes.
A incidência do pneumotórax espontâneo secundário é semelhante à do
primário, sendo mais freqüente em pacientes acima dos 60 anos de idade.
O gradiente de pressão mantém a pleura visceral e a pleura parietal na
parede torácica, em um equilíbrio dinâmico que é rompido quando se
estabelece comunicação entre o meio externo e a cavidade pleural. A
penetração do ar alterando todo esse equilíbrio pressórico torna a pressão
na cavidade pleural positiva.
A interposição de ar entre as pleuras caracteriza o pneumotórax, que pode
ter origem a partir de rotura da pleura visceral, parietal ou por
descontinuidade da pleura mediastinal, na lesão do esôfago ou de vias
aéreas.
Classificado como: espontâneo (primário ou secundário) e não espontâneo
(traumático).
Primário, quando o paciente não é portador de doença pulmonar
subjacente, exceto por pequenas bolhas subpleurais, “blebs”,
normalmente situadas no ápice pulmonar, e secundário, quando
decorre de patologia pulmonar conhecida ou em curso.
Pneumotórax Hipertensivo: ocorre em uma pequena parte dos
espontâneos quando a comunicação entre pulmão e espaço
pleural age como uma válvula. Assim, o ar entra na inspiração e
não sai na expiração, isso resulta em um grande pneumotórax no
qual a pressão aumenta interferindo no retorno venoso.
O pneumotórax traumático surge como conseqüência de um
trauma de tórax aberto ou fechado, bem como conseqüência de
procedimentos intervencionistas com finalidade terapêutica ou
22
diagnóstica, sendo estes casos, frequentemente, rotulados como
pneumotórax iatrogênico.
Manifestações
As principais consequências fisiológicas dependem da magnitude do
pneumotórax, da condição do pulmão subjacente e do nível tensional, que
ocasionam restrição à ventilação pulmonar.
redução dos volumes pulmonares, da capacidade vital e de difusão, da
complacência pulmonar e da pressão alveolar de oxigênio (PaO 2).
Quando os níveis tensionais no interior da cavidade pleural se elevam
acima da pressão atmosférica, se instala um quadro de pneumotórax
hipertensivo que ocorre por um mecanismo, provavelmente, valvular e
unidirecional. Há desvio do mediastino para o lado contralateral,
pinçamento das veias cavas com obstrução do retorno venoso ao
coração, diminuição do débito cardíaco, dispnéia, hipoxemia e choque
circulatório.
Uma rara complicação deste quadro é a Síndrome de Horner, devido à
tração sobre o gânglio simpático, produzida pelo desvio do mediastino.
História clínica, exame físico e análise dos exames radiológicos.
Sinais e Sintomas
Os principais sintomas são: dor torácica, de início agudo e de localização
ipsilateral, e dispnéia, que é proporcional à magnitude do pneumotórax,
a velocidade do acúmulo do ar, ao grau de colapso pulmonar e da reserva
cardiopulmonar do paciente.
Tosse e cianose podem estar presentes
No exame físico o que nos chama atenção no pneumotórax espontâneo
primário é a diminuição ou abolição do murmúrio vesicular e do frêmito
tóraco-vocal. A expansibilidade torácica está localmente diminuída, com
timpanismo à percussão. Em alguns casos, podemos encontrar aumento
da freqüência cardíaca que, associado à cianose e hipotensão arterial,
nos faz suspeitar de pneumotórax hipertensivo.
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Nos casos de pacientes com pneumotórax hipertensivo, a radiografia de
tórax realizada em incidência anterior, mostrará, como achados mais
característicos, câmara aérea hipertensa e importante desvio contralateral
do mediastino com depressão ipsilateral do diafragma.
Exames de Imagem
Radiografia de tórax
Tomografia Computadorizada de tórax
Tratamento
Os principais objetivos são: livrar o espaço pleural do ar contido,
restabelecendo a função pulmonar, e diminuir a probabilidade de
recorrência.
A possibilidade de recidiva a partir do primeiro episódio fica em torno de
30% e a partir do segundo, 60% a 80% em média, com período de latência
cada vez menor.
O pneumotórax iatrogênico, pode ser subdividido em diagnóstico
(punções), terapêutico (ventilação mecânica) e inadvertido (acesso
venoso central).
No pneumotórax espontâneo secundário (em portadores de doenças
subjacentes) a maioria faz a drenagem pleural fechada como fase inicial
do tratamento, em alguns casos, isso não é suficiente e um diagnóstico
preciso da patologia de base, é fundamental para o tratamento.
Cirurgia
A videotoracoscopia permite identificar a causa, bolhas subpleurais,
blebs, com ressecção desta área. A toracotomia axilar é procedimento
também recomendável com mesma finalidade e estratégia cirúrgica,
embora provoque maior dor pós-operatória, apresenta como vantagem
índice de insucesso abaixo de 3%.
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Figura 24. Pneumotórax pulmão direito Figura 25. Pneumotórax – decúbito lateral
Derrame Pleural
Classificação
Exsudatos (neoplasias e infecções)
Transudatos (insuficiência cardíaca grave e outros estados congestivos)
De acordo com o conteúdo proteico, que pode ser alto ou baixo
Manifestações
Dispneia
Tosse seca
Dor pleurítica
Redução da expansão pulmonar do lado afetado
Ausência de murmúrio vesicular
Macicez à percussão
Diagnósticos
Radiografia de Tórax
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Desvio do mediastino para o lado sadio
O líquido é coletado inicialmente nos locais de maior declive (seios
costofrênicos posteriores)
Parábola de Damoiseau
Incidência de Laurell
Prova de função pulmonar semelhante a do Pneumotórax
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Fibrose Pulmonar Idiopárica
Etiologia
Desconhecida, porém, pode haver evidências de:
Fatores genéticos
Infecções virais – agentes desencadeantes de uma cascata inflamatória
ao nível pulmonar (resposta inflamatória aguda => alveolite)
Processos inflamatórios autoimunes
Patogênese
1º) Ativação de fibroblastos no interstício com produção de matriz
colágena.
2º) Fibrina ou tecido fibroso, originalmente dentro dos espaços aéreos
são incorporados ao interstício.
Manifestações
Não é uma doença comum
Tende a afetar indivíduos na idade adulta inicial ou tardia
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Os sintomas dependem da extensão da lesão pulmonar, da velocidade
com que a doença evolui e da presença de complicações (p.ex.,
infecções e insuficiência cardíaca).
Dispneia e mais significativa durante o exercício
Taquipneia
Tosse seca e irritante
Diminuição de força, perda de apetite, perda de peso, cansaço, fraqueza
e dores vagas no tórax.
Nas fases mais avançadas da doença, à medida que a concentração de
oxigênio no sangue diminui, pode haver cianose em repouso e
Baqueteamento digital.
Resistência de via aérea normal ou reduzida
Complacência pulmonar reduzida
Resistência vascular pulmonar aumentada
Pode ocorrer insuficiência cardíaca causada pela doença pulmonar
subjacente, denominada cor pulmonale.
Cor pulmonale ou pneumonia podem complicar o quadro e o paciente
pode desenvolver insuficiência respiratória como evento terminal.
Diagnóstico
Em algumas ocasiões, a radiografia torácica é normal, inclusive quando
os sintomas são graves.
Em geral os pulmões são pequenos e os diafragmas elevados.
Geralmente apresenta: infiltrado reticular ou reticulonodular e
consolidações irregulares próximas ao diafragma (colapso alveolar nas
bases).
Fase tardia: faveolamento (Figura 29)
As provas da função pulmonar evidenciam padrão restritivo. A CVF é
muito reduzida e VEF1/CVF pode exceder o valor normal.
Redução de todos os volumes pulmonares
A gasometria arterial revela uma concentração baixa de oxigênio no
sangue.
Diagnóstico: realização de biópsia.
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Figura 29. Faveolamento
Tratamento
Evitar exposição a fatores de risco (antígenos, fumaças ou substâncias
tóxicas que podem acarretar alguma lesão pulmonar);
- Tratamento farmacológico;
- Oxigenoterapia;
- Reabilitação Pulmonar e exercícios;
- Vacinações;
- Transplante.
29
6 - DOENÇAS NEUROMUSCULARES
Função Respiratória
Todas as doenças cursam com fraqueza dos músculos respiratórios,
tosse ineficaz, infecções pulmonares recorrentes e insuficiência
respiratória
Broncoaspiração
Cor pulmonale
A gravidade da disfunção dos músculos respiratórios depende da
doença neuromuscular instalada, do padrão de envolvimento muscular
(inspiratório e/ou expiratório) e da eficácia do tratamento disponível.
Mecânica Respiratória
Ocorre redução na complacência pulmonar, sendo importante:
Na perda de volume.
Nas alterações da parede torácica (devido a rigidez de tendões e
ligamento dos gradil costal e anquilose)
Avaliação
História Clínica
Prioridades:
Detecção precoce de sintomas de fraqueza dos músculos
respiratórios antes do início da insuficiência respiratória
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prevenção da aspiração, da pneumonia de repetição e do cor
pulmonale.
Sintomas
Dispnéia durante atividade
Incapacidade de mobilizar secreções
Tosse fraca
Infecções freqüentes e episódios de asfixia
Cefaléia crônica, letargia e sonolência sugerindo hipercapnia, que
prediz o início da insuficiência respiratória crônica.
Exame Físico
Os achados no exame físico dependerão, do estágio de evolução
da doença.
Na fase inicial, a mobilidade torácica é satisfatória, a tosse está
preservada, o paciente é capaz de realizar a manobra de Valsalva
e a ausculta pulmonar não revela a presença de ruídos
adventícios. A taquipnéia ao repouso é um indicador comum de
fraqueza dos músculos respiratórios.
Sinais de exaustão, refletidos em sensação de falta de ar,
acúmulo de secreção, utilização de músculos acessórios, e
esforços de tosse improdutivos e pouco audíveis.
AP: existência de secreção abundante com mobilização ineficaz.
Uma situação perigosa é a associação entre disfagia e tosse
ineficaz, que pode levar a morte por asfixia e pneumonia
Avaliação Respiratória
Manovacuometria
Pi Máx
Pe Máx
Peak Flow
Pico de fluxo expiratório
Pico de fluxo de tosse
Ventilometria
Capacidade Vital
Capacidade de Insuflação Máxima
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Espirometria:
Padrão restritivo: CVF diminuída e relação VEF1/CVF normal
Envergadura
Atelectasia
32
Figura 30. Atelectasia à
esquerda com desvio do
Figura 29. Atelectasia de lobo mediastino para o lado doente
superior direito com desvio do
mediastino
Tuberculose
Primária: ocorre em indivíduos que não tiveram contato com o bacilo. Ex:
crianças
Pós primária: desenvolve-se a partir de uma nova infecção ou da
reativação de bacilos latentes.
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Miliar: consiste num alastramento da infecção a diversas partes do
organismo, por via sanguínea.
Manifestações Clínicas
• O quadro clínico é de evolução lenta, inicialmente o paciente apresenta
tosse seca e depois produtiva, hemoptise, febre baixa e vespertina,
sudorese noturna, astenia, anorexia e perda ponderal.
Diagnostico
Sinais e Sintomas: febre vespertina, perda de peso e tosse.
Exame de Escarro
Radiografia
GeneXpert: é capaz de diagnosticar a doença em 2 horas, com risco
mínimo de contaminação, uma vez que a análise é totalmente
automatizada.
Tratamento Cínico
Administração de antibióticos resistentes ao bacilo: pirazinamida;
isoniazida; rifamicina.
É fundamental realizar todo o tratamento para evitar a recidiva da doença
e o uso da dosagem correta. Após duas semanas de tratamento não
ocorre mais a transmissão.
Tratamento Fisioterapêutico
Os pacientes apresentam intolerância ao exercício.
A reabilitação pulmonar é indicada para melhorar a função pulmonar, a
diminuição de sintomas e a melhora na qualidade de vida dos pacientes
com seqüelas pulmonares decorrentes da infecção.
Os recursos fisioterápicos têm como objetivo desobstruir as vias aéreas
superiores e prevenir o acúmulo de secreções nas vias respiratórias.
34
com grandes áreas cavitadas e redução de volume com desvio de estruturas
para aquela região. As setas apontam áreas de cavitação.
Edema Pulmonar
Estágios
Edema intersticial
Aumento do fluxo linfático pulmonar
Engurgitamento perivascular e peribrônquico
Linhas septais na radiografia torácica
Função pulmonar pouco afetada
Edema alveolar
Dispneia intensa
Expectoração fluida, rósea e espumosa
Opacificações acentuadas na radiografia torácica
Hipoxemia grave
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Achados clínicos
Edema leve: poucos sintomas em repouso, dispneia durante exercício,
ortopneia, pode ocorrer dispneia paroxística noturna e respiração
periódica.
Tosse seca, cianose, expectoração fluida, espumosa e rósea.
Ausculta com crepitações e sibilos.
No edema cardiogênico, 3°/4° bulas ou sopro cardíaco podem estar
presentes.
Exames de Imagem
Características: edema peri-hilar; septos espessados; opacidade difusa;
cardiomegalia; derrame pleural e aumento da vasculatura pulmonar para
regiões superiores.
O sinal mais precoce de congestão venocapilar pulmonar é a
redistribuição do fluxo sanguíneo para os ápices do pulmão. O edema
alveolar surge nos casos de apresentação mais tardia, sendo mais
notado na região peri-hilar, tomando a forma de "asa de borboleta“.
Asa de Borboleta
Sinal da Borboleta – indica edema alveolar extenso no edema pulmonar.
Diminuição da radiotransparência pulmonar na região peri-hilar, e forma
simétrica, poupando a periferia e configurando o aspecto em “asa de
borboleta.
36
Figura 34. Edema Pulmonar Figura 34. Espessamento dos septos
37
7 - INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA (IRA)
Mecanismos
Hipoventilação
Redução na Capacidade de Difusão
Shunt
Desequilíbrio na Relação V/Q*
Hipoxemia de origem circulatória
Causas
Captação anormal de oxigênio
Altitudes elevadas
Neoplasia
Infecções : virais ,bacterianas ,fúngicas
Trauma:contusão pulmonar,laceração
Outros:broncoespasmo, ICC,SDRA, atelectasia,embolia pulmonar
38
IRA tipo II: Hipercápnica
pH < 7,35
PaO2 < 60 mmHg
PaCO2 > 50 mmHg
Hipoventilação
Fisiopatologia
Incapacidade de detectar PaCO2 elevada
Incapacidade de resposta neurológica com mecanismos efetores da
ventilação (hipoventilação)
Incapacidade resposta muscular
Espaço morto: fluxo gasoso adequado x fluxo sanguíneo inadequado
Causas
Distúrbios associados com eliminação inadequada de CO2
CÉREBRO: Drogas, Metabólicos, Infecção
NERVOS E MÚSCULOS: Trauma, Drogas /toxinas, Metabólicos,
Infecções, Outras (miastemia gravis, esclerose múltipla, distrofia
muscular, Guillain- barre)
VIAS AÉREAS SUPERIORES: Neoplasias, Infecções, laringotraqueíte,
trauma, Outras (paralisia de cordas vocais, edema de laringe,
traqueomalácia)
Testes Laboratoriais:
Gasometria arterial
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Raio x tórax
Hemograma , eletrólitos etc
Relação Pao2 / FiO2
Tratamento
Avaliação clínica e gasométrica seriada
Tratamento da causa primária
Broncodilatador;
Corticoesteróides;
Diuréticos;
Antibióticos;
Manutenção da via aérea (principalmente em inconscientes)
Oxigenioterapia (preferencialmente com sistema de venturi)
Ventilação mecânica
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8 - SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA)
Mecanismos
Lesão Pulmonar Direta
Pneumonia Radioativas
Aspiração maciça
Inalação de gases
Causas Indiretas
Sepse
Transfusões múltiplas
Toxicidade por O2
Embolia Gordurosa
Fisiopatologia
Lesão de Pneumócitos tipo I: perda da integridade da membrana
permitindo o edema.
Lesão de Pneumócitos tipo II: altera a produção de surfactante levando
à diminuição da complacência e atelectasias.
Fatores de Risco
Aspiração gástrica
Contusão pulmonar
Pneumonia
Afogamento
Inalação de fumaça
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Sepse
Choque
Politransfusão
Politraumatismo
Embolia gordurosa
Pancreatite
Bypass cardiopulmonar
Definição
Início súbito
PaO2/FiO2 < = 200
Infiltrados bilaterais no Rx em AP
PCP <= 18 mmHg, ou ausência de evidencias clínicas de sobrecarga de
AE.
Fases
1 – Fase Exudativa (fase inicial):
Lesão da membrana alvéolo-capilar
Perda da barreira carecterizando o edema pulmonar não hidrostático
2 – Fase Proliferativa:
Resolução do edema pulmonar
Os pneumócitos tipo II proliferam-se nos septos alveolares a partir do 3°
dia
A fibrose é evidenciada a partir do 10° dia
Os fibroblastos convertem o exsudato em tecido de granulação celular
Ocorre colapso
3 – Fase de Fibrose Pulmonar (fase terminal):
O pulmão é remodelado por fibras de colágeno
Hipoxemia grave refratária e hipertensão arterial pulmonar
Fase exsudativa da lesão difusa
Manifestações Clínicas
Taquipnéia
Dispnéia
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Sinais de esforço ventilatório
Hipóxia
Cianose
Taquicardia
AP: roncos, estertores bilaterais e difusos.
Manifestações Sistêmicas e falência múltipla dos órgãos
Alterações Funcionais
↓ complacência pulmonar
↓ CRF
Desequilíbrio da Relação V/Q
Shunt Pulmonar
Exames
Acidose Metabólica, hipoxemia arterial.
Tomografia de tórax: Preenchimento alveolar, consolidações e
atelectasias.
RX de tórax: infiltrados, condensações, broncogramas (canais com ar
em áreas condensadas).
Diagnóstico
Clínico
Exames de Imagem
Diferencial: Edema Pulmonar Cardiogênico
Tratamento
Tratar a causa desencadeante
Controle Hídrico
Suporte Ventilatório
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
44
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