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Tópico 4
Tópico 4
Tópico 4
TÓPICO 4
Micologia Clínica: Sporothrix sp., Histoplasma sp. e Cryptococcus sp.
DIÁRIO DE BORDO
ROTEIRO
Ótimos Estudos!
CONTEÚDO DA LIÇÃO
1 INTRODUÇÃO
As partes do corpo mais atingidas são os braços e pernas, com destaque para
as mãos, e os agentes etiológicos associados, são encontrados no solo e/ou
vegetação. Dessa forma, podendo atingir tanto seres humanos, como animais.
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mais diversas, chamadas Cromoblastomicose, Feo-hifomicoses, Esporotricose,
Zigomicose e etc.
2 MICOSES SUBCUTÂNEAS
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orgânica. Porém, quando entram em contato com seres humanos e animais,
acabam por causar as micoses.
As Zigomicoses são mais raras e causadas por fungos de hifas com raros
septos ou não septadas. Sendo que os microrganismos envolvidos são
encontrados no solo, podendo ser encontrado colonizando alguns animais
(insetos, répteis e anfíbios). Já a Lobomicose tem relação com fungo
pertencente ao gênero Lacazia, com ocorrência em regiões tropicais úmidas,
em restos vegetais, solo e água.
2.1 ESPOROTRICOSE
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A esporotricose é uma micose do tipo granulomatosa e subcutânea que ocorre
no ser humano e em animais, relacionada ao fungo dimórfico do gênero
Sporothrix. É uma das micoses subcutâneas mais presentes no mundo,
apresentando uma presença maior em regiões de clima temperado e tropical
(ZAITS et al., 2010; TORTORA; BERDELL; CASE, 2012).
Esta micose, além do ser humano, já foi descrita também, em gatos, cães,
cavalos, suínos e etc, porém, a condição de transmissão, sempre tem relação
com oportunismo a partir de um traumatismo, associado à arranhões,
mordeduras ou atividade de lazer e trabalho como em floricultura e jardinagem.
Imagem de Referência
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Legenda: Figura 1. Colônia do fungo Sporothrix schenckii no formato filamentoso.
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sporothrix_schenckii_PHIL_3943_lores.jpg
Sabia dessa?
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Imagem de Referência
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sporothrix_schenckii_conidia.png.
Imagem de Referência
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Legenda: Figura 3. Braço de paciente com a forma cutânea disseminada da
Esporotricose.
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=Sporotrichosis&title=Special:Medi
aSearch&go=Go&type=image
Já que vários são os fatores de virulência e estes fazem muita diferença na relação
entre patógeno e hospedeiro, consulte o artigo abaixo para maiores informações.
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TELLEZ, M. D.; BATISTA-DUHARTE, A.; PORTUONDO, D.; QUINELLO, C.;
BONNE-HERNADEZ, R.; CARLOS, I. Z. Sporothrix schenckii complex biology:
environment and fungal pathogenicity. Microbiology, 160, 2352–2365, 2014.
3. MICOSES SISTÊMICAS
3.1 HISTOPLASMOSE
O fungo, que também é dimórfico, tem uma relação próxima com aves e
morcêgos. Nas aves, a temperatura corporal mais alta impede o crescimento
do fungo em seu organismo, porém, no solo, o fungo pode crescer facilmente
junto as fezes deste animal. Nos morcêgos, ele é encontrado colonizando seu
trato digestório sendo, consequentemente, eliminado junto à fezes, e pode ser
encontrado em cavernas, galinheiros, forros de casas, construções
abandonadas, galpões e etc.
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Tem duas variantes que são patogênicas ao ser humano; sendo H. capsulatum
var. capsulatum e H. capsulatum var . duboisii. Uma terceira variante é
patogênica para equinos sendo chamada H. capsulatum var . farciminosum
(ANTINORI, 2014). Sua condição taxonômica o coloca pertencente ao Reino
Fungi, da classe Hyphomycetes, dimórfico e da ordem Onygenales. Tem como
teleomorfo: Ajellomyces capsulatus (filo Ascomycota, classe Euascomycetes,
ordem Onygenales, família Onygenaceae) (HOOG et al., 2011).
Imagem de Referência
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A manifestação clínica mais grave e aguda da histoplasmose é em nível
pulmonar (lobos pulmonares), que seria equivalente a uma broncopneumonia
(Figura 5). Após a inalação dos conídios a partir do ambiente estes, no
organismo hospedeiro germinam em formas leveduriformes. Essas leveduras
são fagocitadas pelos macrófagos pulmonares, porém, não são destruídas, se
reproduzindo no seu interior. Por via linfática podem se espalhar para
linfonodos regionais, formando novos focos inflamatórios. E podem ainda,
caindo na corrente sanguínea atingir demais órgãos do hospedeiro. Os
sintomas associados aos quadros sintomáticos de pneumonia são: febre,
tosse, cefaleia, dor torácica e fadiga (ZAITS et al., 2010).
Imagem de Referência
3.2 CRIPTOCOCOSE
Criptococose: https://www.youtube.com/watch?v=L5EJ6V0YID4
O fungo está presente, na área urbana, nas fezes de pombos e pode ser
encontrado também em solo contaminado por essas fezes. Quando secas,
essas fezes podem se espalhar mais facilmente e os fungos podem ser
inalados.
Imagem de Referência
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Legenda: Figura 6. Célula capsulada do fungo Cryptococcus neoformans.
Fonte: https://stock.adobe.com/br/images/csf-india-ink-test-positive-cryptococcus-
neoforman-kind-of-yeast-that-cause-of-meningitis/428640742?prev_url=detail
Na verdade, embora o fungo esteja presente no ambiente das aves, ele não causa
doença nesses animais, sobretudo, devido à alta temperatura corporal, a qual inibe
o crescimento da levedura e da baixa capacidade de invasão sistêmica do fungo
nessas espécies. Em bovinos ocorre surtos de mastite e nas demais espécies de
animais de pequeno porte, pode ocorrer a forma disseminada.
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4 DIAGNÓSTICO
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infecção pregressa. Para a Criptococose, pode se usar a técnica de
aglutinação em látex, que se baseia em detectar antígeno fúngico no líquor,
soro e urina (ZAITS et al., 2010).
Para Saber Mais sobre o ASSUNTO, Consulte: KONEMAN, E. W.; JANDA, W.;
PROCOP, G.; SCHRECKENBERGER, P.; WOODS, G.; WINN Jr, W.. Diagnóstico
Microbiológico. TEXTO E ATLAS COLORIDO. 6a ed., Editora Guanabara Koogan,
2008 e edições anteriores.
5 TRATAMENTO
6 CONCLUSÃO
Este tópico fez uma apresentação de fungos, considerados, mais atípicos como
agentes etiológicos de enfermidades em seres humanos e alguns animais.
Expôs também a relação direta, da condição zoonótica de algumas micoses.
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O dimorfismo foi uma característica comum à maioria dos fungos relacionadas
às micoses subcutâneas e sistêmicas, embora, o Cryptococcus sp. não tenha
essa propriedade. Além disso, a presença de cápsula e produção de melanina,
junto à parede celular, garantem a virulência de alguns desses fungos.
7 REFERÊNCIAS
HOOG, G. S.; GUARRO, J.; GENÉ, J.; AHMED, S.; AL-HATMI, A. M. S.;
FIGUERAS, M. J.; VITALE, R. G. Atlas of Clinical Fungi. Electronic version 3.1.
Centraal Bureau voor Schimmelcultures. Utrecht, the Netherlands. 2011.
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KONEMAN, E. W.; JANDA, W.; PROCOP, G.; SCHRECKENBERGER, P.;
WOODS, G.; WINN Jr, W.. Diagnóstico Microbiológico. TEXTO E ATLAS
COLORIDO. 6a ed., Editora Guanabara Koogan, 2008 e edições anteriores.
DESAFIO
Prezados, como desafio responta à pergunta:
Imagem
Legenda: Problematização
Fonte: https://stock.adobe.com/br/images/ear-feline-
sporotrichosis/196338992?prev_url=detail
Tradução:
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“As micoses subcutâneas e especialmente, a Esporotricose, tem por
característica a condição de virulência do fungo, sendo eles queratinofílicos.”
Você concorda com essa afirmativa? Como pode acontecer a transmissão
dessas micoses? Que profissões são mais susceptíveis a elas? (Cite pelo
menos duas). É uma micose comum em nosso país? Justifique. Para auxílio,
consulte o artigo abaixo:
Para Saber Mais sobre o ASSUNTO, Consulte: ALMEIDA, A. J.; REIS, N. F.;
LOURENÇO, C. S.; COSTA, N. Q.; BERNARDINO, M. L. A.; VIEIRA DA MOTTA, O.
Esporotricose em felinos domésticos (Felis catus domesticus) em Campos dos
Goytacazes, RJ. Pesq. Vet. Bras. 38(7):1438-1443, julho 2018.
OBJETIVO DO DESAFIO
Objetivos:
Cita como acontece a transmissão;
Citar as profissões mais envolvidas;
Reconhecer os fatores de virulência dos fungos.
NA PRÁTICA
Imagem
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Legenda: Criptococose.
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=cryptococcus&title=Special:MediaSear
ch&go=Go&type=image.
Prezado aluno, a foto acima registra uma lâmina de vidro preparada com Tinta
nanquim, para diagnóstico de meningite por Cryptococcus. O material utilizado
é o líquor (Líquido Cefalorraquidiano), obtido a partir de punção lombar
realizada por um médico. A partir desta figura e utilizando o artigo abaixo como
apoio, cite: Tipo de meio de cultura que pode ser utilizado para o crescimento
do Cryptococcus in vitro. Que estrutura está indicada pela seta? Que fatores de
virulência estão relacionados a este fungo? Qual o tratamento indicado?
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