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1BN - Atividade e Material - TMC I - Michel

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ETEC JORGE STREET

ATIVIDADES PROPOSTAS PARA ALUNOS SEM ACESSO AO TEAMS


Assinale para identificar qual o tipo de atividade e o mês correspondente :

( ) PP’s ( X ) Atividades

REFERENTE AO MÊS DE ( X ) MAIO/20 ( ) JUNHO/20 ( ) JULHO/20

Aluno:
Habilitação: Técnico em Mecânica
Ano: 2020 Módulo/Série : 1º BN
Componente Curricular: Tecnologia Mecânica I

Professor Email : michel.chaveiro2@etec.sp.gov.br


Coordenador Email : laszlo.junior@etec.sp.gov.br
DATA LIMITE DO ENVIO DAS ATIVIDADES 30 /06/2020

APÓS A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES PROPOSTAS, O ALUNO DEVERÁ ENVIAR O ARQUIVO PARA OS
EMAILS DO PROFESSOR E DO COORDENADOR, ACIMA IDENTIFICADOS.
Noções de siderurgia

Materiais metálicos, processos de


fabricação de ligas ferrosas
Resumo do processo

• MINÉRIO+ CARVÃO(Coque ou carvão vegetal) + FUNDENTE


(calcário) são adicionados ao ALTO FORNO que produz o FERRO
GUSA. Este é levado para a ACIARIA (processo pode iniciar aqui
com SUCATA) onde é colocado em CONVERSORES OU FORNOS
ELÉTRICOS (nesse caso em geral a partir de SUCATA) ONDE É
FABRICADO O AÇO. Ainda líquido ele é vazado em grandes
lingotes – LINGOTAMENTO CONVENCIONAL, ou na forma de
barras de maneira contínua LINGOTAMENTO CONTÍNUO. Sendo
após CONFORMADO (laminação, trefilação, forjamento, extrusão)
• O FERRO GUSA também é entregue às FUNDIÇÕES, onde é
fundido em fornos CUBILÔ para fabricar os FERROS FUNDIDOS.
O metal líquido é vazado em moldes de areia com resina com uma
cavidade equivalente à forma definitiva da peça a produzir.
Produção do Aço
O que são materiais ferrosos?

• Os materiais ferrosos, são ligas de ferro e carbono


contendo elementos residuais como silício manganês
fósforo enxofre entre outros.Pode conter elementos
adicionados (cromo molibdênio níquel vanádio e outros)
com algum propósito particular (aços liga ou ligados
ferros fundidos ligados).
• Aços: teor de carbono até aproximadamente 2%
(maioria dos aços tem carbono até 0,5%).
• Ferros fundidos: teor de carbono entre 2% e 6,7% (na
prática entre 2,5 , 4,5 %) em geral contendo silício em
percentual maior que os aços que garante a presença
de grafita (carbono puro) na estrutura.
Matéria prima dos materiais ferrosos

• Minérios:
Magnetita Fe3O4 coloração preta
Hematita Fe2O3 coloração avermelhada principal minério no Brasil
(itabirito) Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais.
.
• São enriquecidos
Carvão: (reduzem o minério, combustíveis, adicionam carbono ao
ferro)
Coque: destilação seca do carvão mineral à 1000 1100ºC, alta
resistência ao esmagamento (altos fornos) aço com muito enxofre (pior
qualidade)
Carvão vegetal: Destilação seca de madeira. Baixa resistência ao
esmagamento (Altos fornos mais baixos) aços com pouco enxofre (melhor
qualidade)
• Fundentes:
Calcário ou caliça . Baixam o ponto de fusão do minério e da cinza do
carvão ao reagirem com eles formando a escória
Ferro Primário
• Fontes de Ferro

5mm<Pelotas<18mm 5mm<Sinter<50mm 6mm< Minério


<40mm
granulado
Em detalhe
Coqueria
• Detalhes do processo

Típica Bateria de coqueificação

Coque incandescente
pronto para ser descarregado
Alto forno
• Serve para produzir o ferro gusa,
que é uma forma intermediária na
produção dos aços

• Entra na parte superior do forno


minério de ferro, coque (ou carvão
vegetal) e fundente.

• É insuflado ar pelas ventaneiras


que queima o coque gerando CO
que faz a redução do minério de
ferro a ferro mas esse ferro
incorpora um percentual de
carbono (ferro gusa).
Alto Forno
O alto forno é um forno de cuba que operado em regime de
contra corrente.
No topo do forno o coque, calcário, e o material portador de
ferro (sinter, pelotas e minério granulado) são carregado em
diferentes camadas.
A carga sólida, alimentada pelo topo, desce por gravidade
reagindo com o gás que sobe.
Na parte inferior do forno o ar quente (vindo dos
regeneradores) é injetado através das ventaneiras.
Em frente as ventaneiras o O2, presente no ar, reage com o
coque formando monóxido de carbono (CO) que ascende no
forno reduzindo o óxido de ferro presente na carga que
desce em contra corrente.
Alto Forno

John A. Ricketts, Ispat Inland, Inc.


Alto Forno
A matéria prima requer de 6 a 8 horas para alcançar o fundo
do forno (cadinho) na forma do produto final de metal
fundido (gusa) e escória líquida (mistura de óxidos não
reduzidos). Estes produtos líquidos são vazados em
intervalos regulares de tempo.
Os produtos do alto forno são o gusa (que segue para o
processo de refino do aço), a escória (matéria-prima para a
indústria de cimento), gases de topo e material particulado.
Uma vez iniciada a campanha de um alto forno ele será
operado continuamente de 4 a 10 anos com paradas curtas
para manutenções planejadas.
Alto forno
Alto forno
Alto forno
Obtenção do Ferro Gusa
Aciaria
• A composição do gusa está longe • Conversores: ar ou O2 é soprado
da composição típica dos aços durante 15 a 20 min.através ou

devendo ser reduzido os teores sobre 100 a 150 ton. de carga,

de carbono enxofre fósforo sendo a fonte de calor a própria


oxidação dos elementos (reações
manganês entre outros.
são exotérmicas)
• O princípio químico é a oxidação
• Tipos de conversores: Thomas ar
dos elementos envolvendo a
insuflado por baixo. Bessemer Ar
injeção controlada de O2 ou de ar
insuflado por baixo, e LD O2
saindo na forma de gases ou
insuflado com lança
passando para a escória.
• Fornos elétricos: Utiliza arco elétrico
entre 3 eletrodos de grafite e a
carga. Em geral utiliza sucata como
carga, tempo de corrida 2 horas (em
geral usado para aços especiais).
Produção do Aço Líquido-métodos mais
usados atualmente
A produção do aço líquido se dá através da oxidação
controlada das impurezas presentes no gusa líquido e na
sucata.
Este processo é denominado refino do aço e é realizado em
uma instalação conhecida como aciaria.
O refino do aço normalmente é realizado em batelada pelos
seguintes processos:
- Aciaria a oxigênio – Conversor LD (carga
predominantemente líquida).
- Aciaria elétrica – Forno elétrico a arco – FEA (carga
predominantemente sólida).
Conversor LD
Responsável por cerca 60% (540 milhões ton/ano) da
produção de aço líquido mundial, a tecnologia continua a ser
a mais importante rota para a produção de aço,
particularmente, chapas de aço de alta qualidade.
Processo industrial teve início em 1952, quando o oxigênio
tornou-se industrialmente barato. A partir daí o crescimento
foi explosivo.
Permite elaborar uma enorme gama de tipos de aços, desde
o baixo carbono aos média-liga.
Conversor LD
Conversor LD
Forno Elétrico
Forno Cubilô
Metalurgia de Panela

Após o refino, o aço ainda não se encontra em condições de


ser lingotado. O tratamento a ser feito visa os acertos finais
na composição química e na temperatura. Portanto, situa-se
entre o refino e o lingotamento contínuo na cadeia de
produção de aço carbono.
Desta forma o FEA ou o conversor LD pode ser liberado,
maximizando a produção de aço.
- Forno de panela
- Desgaseificação
Forno de Panela

Forno na metalurgia de panela


Lingotamento

Toda a etapa de refino do aço se dá no estado líquido. É


necessário, pois, solidificá-lo de forma adequada em função
da sua utilização posterior.
O lingotamento do aço pode ser realizado de três maneiras
distintas:
- DIRETO: o aço é vazado diretamente na lingoteira;
- INDIRETO: o aço é vazado num conduto vertical
penetrando na lingoteira pela sua base;
- CONTÍNUO: o aço é vazado continuamente para um
molde de cobre refrigerado à água.
Lingotamento Contínuo
Lingotamento Contínuo

O lingotamento contínuo é um processo pelo qual o aço


fundido é solidificado em um produto semi-acabado, tarugo,
perfis ou placas para subseqüente laminação.
Antes da introdução do lingotamento contínuo, nos anos 50,
o aço era vazado em moldes estacionário (lingoteiras).

Seções possíveis
no lingotamento
contínuo (mm)
Conformação
 A grande importância dos metais na tecnologia moderna
deve-se, em grande parte, à facilidade com que eles podem
ser produzidos nas mais variadas formas, para atender a
diferentes usos.
 Os processos de fabricação de peças a partir dos metais no
estado sólido podem ser classificados em:
- Conformação Mecânica: volume e massa são
conservados;
- Remoção Metálica ou Usinagem: retira-se material
para se obter a forma desejada;
Conformação
 Os processos de conformação mecânica podem ser
classificados de acordo com o tipo de força aplicada ao
material:
- Compressão direta: Forjamento, Laminação;
- Compressão indireta: Trefilação, Extrusão,
Embutimento;
- Trativo: Estiramento;
- Dobramento: Dobramento;
- Cisalhamento: Corte.
Tipos de Conformação

 Extrusão: Processo no qual um bloco de metal tem


reduzida sua seção transversal pela aplicação de pressões
elevadas, forçando-o a escoar através do orifício de uma
matriz.
 Trefilação: Processo que consiste em puxar o metal através
de uma matriz, por meio de uma força de tração a ele
aplicada na saída dessa mesma matriz.
Tipos de Conformação

 Forjamento: Processo de transformação de metais por


prensagem ou martelamento (é a mais antiga forma de
conformação existente).
 Laminação: Processo de deformação plástica no qual o
metal tem sua forma alterada ao passar entre rolos e rotação.
É o de maior uso em função de sua alta produtividade e
precisão dimensional. Pode ser a quente ou a frio.
Tipos de Conformação
Forjamento

Laminação

Dobramento
Extrusão

Trefilação

Matriz τ
Embutimento
Estiramento Profundo Cisalhamento
Lingotamento e Laminação
resfriamento lento

40
41
42
43
L+Fe3C

44
FERRO PURO

 FERRO α = FERRITA
 FERRO γ = AUSTENITA
 FERRO δ = FERRITA δ
 TF= 1538 °C
CARBONO

Nas ligas ferrosas as fases α, γ e δ FORMAM


soluções sólidas com Carbono intersticial
45
DIAGRAMA DE FASE Fe-Fe3C
TRANSFORMAÇÕES
δ+l

γ+l
l+Fe3C
PERITÉTICA
δ+l→ γ EUTÉTICA
l→ γ+Fe3C

EUTETÓIDE
γ →α+Fe3C
AÇO FOFO
46
Ferro Puro /Formas
Alotrópicas
FERRO α = FERRITA FERRO γ = AUSTENITA

 Estrutura= ccc  Estrutura= cfc (tem +


posições intersticiais)
 Temperatura “existência”=  Temperatura
até 912 °C “existência”= 912 -
 Fase Magnética até 770 °C 1394°C
(temperatura de Curie)  Fase Não-Magnética
 Solubilidade máx. do  Solubilidade máx. do
Carbono= 0,0218% a 727 °C Carbono= 2,11% a
e 0,008% a T ambiente. 1148°C

47
Ferro Puro /Formas
Alotrópicas
FERRITA AUSTENITA

48
Ferro Puro /Formas
Alotrópicas
FERRO δ
 Estrutura= ccc
 Temperatura “existência”= acima de 1394°C
 Fase Não-Magnética
 É a mesma que a ferrita α
 Como é estável somente a altas
temperaturas não apresenta interesse
comercial
 Solubilidade máx. do Carbono= 0,09%
a 1495 °C
49
Sistema Fe-Fe3C

 Ferro Puro= até 0,02% de Carbono (727ºC)


 Aço= 0,02 até 2,11% de Carbono
 Ferro Fundido= 2,11- 4,5% de Carbono
 Fe3C (CEMENTITA)= Forma-se quando o
limite de solubilidade do carbono é
ultrapassado (6,7% de C)

50
CEMENTITA (Fe3C)
 Forma-se quando o limite de solubilidade
do carbono é ultrapassado (6,7% de C)
 É dura e frágil
 Cristaliza no sistema ortorrômbico (com
12 átomos de Fe e 4 de C por célula
unitária)
 É um composto intermetálico
metaestável, embora a velocidade de
decomposição em ferro α e C seja muito
lenta
51
PONTOS IMPORTANTES DO SISTEMA Fe-Fe3C (EUTÉTICO)

 LIGA EUTÉTICA: corresponde à liga de


mais baixo de fusão
 Líquido →FASE γ (austenita) + cementita

 Temperatura= 1148 °C
 Teor de Carbono= 4,3%
 As ligas de Ferro fundido de 2,1-4,3% de C são
chamadas de ligas hipoeutéticas
 As ligas de Ferro fundido acima de 4,3% de C 52
são chamadas de ligas hipereutéticas
PONTOS IMPORTANTES DO SISTEMA Fe-Fe3C (EUTETÓIDE)

 LIGA EUTETÓIDE

 Austenita FASE α (FERRITA) + Cementita

 Temperatura= 727 °C
 Teor de Carbono= 0,77 %
 Aços com 0,02-0,77% de C são chamadas de
aços hipoeutetóides
 Aços com 0,77-2,1% de C são chamadas de aços
53
hipereutetóides
MICROESTRUTURAS / EUTETÓIDE
Supondo resfriamento lento para manter o equilíbrio

 É similar ao eutético
 Consiste de lamelas alternadas de fase α (ferrita) e
Fe3C (cementita) chamada de
PERLITA
 FERRITA lamelas + espessas e claras
 CEMENTITA lamelas + finas e escuras
 Propriedades mecânicas da perlita
intermediária entre ferrita (mole e dúctil) e cementita
(dura e frágil) 54
MICROESTRUTURAS / EUTETÓIDE

55
MICROESTRUTURA DO AÇO
EUTETÓIDE RESFRIADO
LENTAMENTE

Somente Perlita 56
Aspecto da perlita: Ferrita +
cementita

57
MICROESTRUTURAS /HIPOEUTETÓIDE
Supondo resfriamento lento para manter o equilíbrio
 Teor de Carbono = 0,002-
0,77 %
Estrutura
Ferrita + Perlita

 As quantidades de ferrita e
perlita variam conforme a
% de carbono e podem ser
determinadas pela regra das
alavancas

 Partes claras ferrita pró


eutetóide ou ferrita primária58
MICROESTRUTURA DOS AÇOS
BAIXO TEOR DE CARBONO
AÇO COM ~0,2%C

Ferrita Perlita
59
MICROESTRUTURA DOS AÇOS MÉDIO
TEOR DE CARBONO RESFRIADOS
LENTAMENTE

AÇO COM ~0,45%C

60
Ferrita Perlita
61
MICROESTRUTURAS /HIPEREUTETÓIDE
Supondo resfriamento lento para manter o equilíbrio

Teor de Carbono = 0,77 - 2,11 %


Estrutura
cementita+ Perlita

 As quantidades de cementita e
perlita variam conforme a % de
carbono e podem ser
determinadas pela regra da
alavanca
 Partes claras cementita
próeutetóide. 62
Micrografia de um aço contendo 1,4% de
carbono:cementita clara - perlita escura
64
Aspecto esquemático de um
aço hipereutetoide

65
66
67
Exercícios
1) Descrever as principais etapas de um processo
de Siderurgia
2) Quais as principais matérias primas que
compõem o Ferro Gusa?
3) Explicar as principais diferenças entre os
processos de Aciaria
4) Descrever as variações alotrópicas do Ferro de
acordo com a faixa de temperatura

5) Explicar os conceitos de Aço Eutetóide,


Hipoeutetóide e Hipereutetóide

68

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