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Resumos de Evolução
Resumos de Evolução
Resumos de Evolução
Lineu – Criou a nomenclatura binomial (género + espécie), mas pensava que as espécies eram fixas, não
evoluíam.
Lyell (Uniformitarismo) – os processos geológicos observados no presente são os mesmos que ocorreram
no passado.
Malthus – Descobriu que o crescimento de uma população (N) é limitado pela disponibilidade de recursos
(capacidade de carga).
Cuvier (Catastrofismo) – Eventos catastróficos causam extinções em massa, que resultam em alterações
geológicas, pois essas áreas seriam povoadas por espécies diferentes.
Lamarck (Teoria do uso e do desuso) – Frequente uso de um órgão iria levar ao seu desenvolvimento, que
seria passado à geração seguinte. Caso um órgão não seja muito usado, iria atrofiar.
Hutton (Gradualismo) – Alterações profundas podem ser resultantes de pequenas alterações ocorridas em
longos períodos de tempo.
Darwin (Seleção Natural) – Os indivíduos mais adaptados a um determinado ambiente sobrevivem e as suas
características são passadas à descendência, e os menos aptos morrem.
Mendel – Descobriu que as características da descendência eram provenientes dos progenitores, mas a
característica dominante é que era expressa.
Evidências da Evolução:
1. Registo Fóssil:
a. Fósseis de Transição marcam características de 2 grupos diferentes onde nenhum deles é
dominante, mostrando um estado evolutivo. Raros pois não têm um fitness elevado.
2. Estruturas Homólogas: (evolução divergente)
a. Provenientes de um ancestral comum, tendo a mesma estrutura,
mas evoluem divergentemente, possuindo funções diferentes;
b. Análogas – Não provém de um ancestral comum, mas evoluíram
convergentemente, tendo estruturas parecidas com a mesma
função. (evolução convergente)
Ex.: Capacidade de voar das asas de aves e de morcegos.
3. Estruturas Vestigiais
4. Filogenia:
a. Estabelecimento de progressões, independente do registo fóssil, de acordo com as
características e relações das espécies.
5. Similaridades DNA:
a. Código genético é universal, pois combinações de 3 aminoácidos (codão) vão gerar o mesmo
aminoácido em todas as espécies.
6. Observação Direta (exemplo das traças e tentilhões)
7. Embriologia Comparada:
a. Espécies proximamente relacionadas desenvolvem-se de forma semelhante (embrião);
b. Estágio inicial do desenvolvimento do embrião de um peixe e de um mamífero são muito
parecidos.
8. Biogeografia (fósseis de animais móveis em continentes separados por água)
Modelo de Hardy Weinberg
Para avaliarmos se uma população está a evoluir ou não, é necessário determinar a composição genética,
se não apresentarem diferenças, então não houve evolução. O princípio de Hardy-Weinberg afirma que as
frequências alélicas vão permanecer constantes de geração em geração desde que a segregação e
recombinação genética estejam a funcionar (enquanto as condições da população se mantiverem).
O modelo de Hardy-Weinberg não é necessariamente feito para ser uma descrição exata de uma
população, porém, das populações frequentemente exibirem frequências genotípicas previsíveis pelo
modelo.
Equilíbrio de Hardy Weinberg: Estabelece a relação que pode ser usada para prever frequências de alelos
dadas as frequências fenotípicas ou prever frequências genótipicas dadas as frequências de alelos:
• Frequência alélica para um homozigoto [f(AA)] = A2 [f(A)2]
• Frequência alélica para o outro homozigoto [f(BB)] = B2 [f(B)2]
• Frequência alélica para um heterozigoto [f(AA)] = 2AB [2f(A)f(B)]
Se o equilíbrio não se verificar, podemos testar se as diferenças são estatisticamente significativas (Teste
π2) ou saberemos que existe uma força exterior a perturbar as frequências alélicas e genotípicas.
Fatores evolutivos
A composição genética das populações e os fatores que determinam essa composição e as alterações ao
longo do tempo.
Modelos: Conjunto de hipóteses que especificam as relações matemáticas entre parâmetros num dado
sistema:
• Expressão concisa entre parâmetros
• Seleção dos parâmetros mais importantes
• Orientação sobre colheita, organização e interpretação de dados
• Previsão sobre o comportamento do sistema
Processo Consequência
Mutação Cria novos alelos, aumenta variabilidade
Fluxo Genético Aumenta semelhanças de diferentes populações
Deriva Genética Causa mudanças aleatórias nas frequências alélicas, pode eliminar alelos
Acasalamento Não Aleatório Muda frequências genotipicas mas não muda frequências alélicas
Seleção Natural e Sexual Aumenta frequência de alelos favorecidos, produz adaptações
Deriva genética:
Consiste em alterações, resultadas do acaso, nas frequências dos alelos das gerações seguintes, que pode
ocorrer devido a 2 efeitos:
• Efeito Fundador (Founder Effect): Quando alguns indivíduos
ficam isolados de uma população maior, este grupo menor
pode estabelecer uma nova população cujo conjunto
genético difere da população de origem;
• Efeito de Gargalo (Bottleneck Effect): Uma mudança súbita
no ambiente, como um incêndio ou uma inundação, pode
reduzir drasticamente o tamanho de uma população. Uma queda severa no tamanho da população
pode causar o efeito de gargalo, assim chamado porque a população passou por um "gargalo" de
uma garrafa que reduz o seu tamanho. Uma das razões pelas quais é importante compreender o
efeito de gargalo é que as ações humanas, por vezes, criam gargalos severos para outras espécies.
Efeito da deriva genética varia de acordo com:
1. Tamanho da população:
o + populações –> + tempo a fixar os alelos –> + demorado o efeito da deriva genética
o – populações –> - tempo a fixar os alelos –> - demorado o efeito da deriva genética
2. Frequências alélicas iniciais:
o Ratio de um alelo num total de alelos para um gene num conjunto de genes
o + frequência alélica inicial –> + probabilidade desse alelo se fixar
o - frequência alélica inicial –> - probabilidade desse alelo se fixar, ou seja, + provável de ser
eliminado
3. Nº de gerações
A deriva genética não tem direção, provoca perda de variabilidade genética intraespecífica e aumento de
variabilidade genética interespecífica.
Fluxo genético:
A transferência de alelos para dentro ou para fora de uma população devido ao movimento de indivíduos
férteis ou dos seus gâmetas. O fluxo genético tende a reduzir as diferenças genéticas entre as populações e
for suficientemente extenso, pode resultar na combinação de duas populações com um conjunto de genes
comuns. Também pode transferir alelos que melhoram a capacidade das populações de se adaptarem às
condições locais.
Seleção natural:
Baseada no facto de existirem diferentes capacidades de reprodução e sobrevivência em diferentes
organismos (reprodução diferencial), onde os mais aptos produzem mais descendentes e passam as suas
características. Certos genótipos estão mais adaptados a um dado ambiente que outros. O número de
descendentes de cada genótipo é a expressão do seu valor adaptativo.
Para entender como a evolução criou a diversidade da vida, precisamos estudar dois processos
fundamentais:
• Como uma única espécie muda através do tempo?
• Como uma única espécie se torna duas ou mais espécies? = especiação
Para este último (a especiação), temos de entender que as espécies podem alterar com o tempo devido à
seleção, fluxo genético, deriva genética e mutações por:
1. Anagénese – Ao longo do tempo indivíduos de um grupo dão origem a outros indivíduos, sem
ocorrer ramificação, ou seja, evolução progressiva;
2. Cladogénese – Compreende uma ramificação filogenética, que representa uma rutura da coesão de
uma população,aumentando o nº de espécies, sendo uma evolução por ramificação.
Equilíbrio pontuado:
• Sugere que a evolução, em muitos casos, ocorre rapidamente em curtos períodos, seguidos por
longos períodos de estabilidade, ou "equilíbrio";
• As mudanças evolutivas são concentradas em eventos de
especiação;
Por isto
• Reforço – Híbridos estão menos aptos que as espécies puras, fazendo com que continuem a
divergir até não ser possível existir hibridação;
• Fusão – Barreiras reprodutivas enfraquecem até as 2 espécies se tornarem uma;
• Estabilidade – Híbridos aptos continuam a reproduzir-se.
FILOGEOGRAFIA EUROPEIA
Ciclos de Milankovitch:
• As oscilações regulares na órbitra da Terra em relação ao sol, levam a modificações na insolação,
que resultam na alteração da energia transportada pelo oceano => Variações climáticas
• Existem 3 tipos de oscilações da órbita da Terra:
✓ Processão (ciclo cada 19 a 23 000 anos);
✓ Obliquidade (ciclo cada 41 000 anos);
✓ Excentricidade (ciclo cada 100 000 e 400 000 anos).
Há 18 000 anos, o Atlântico Norte era um mar ártico, resultando em temperaturas que não excediam os
10°C no Verão. Atualmente, a corrente do Golfo, foi responsável pela existência de um clima ameno no
noroeste da Europa, vindo diretamente de Florida para o Norte de África.
A flutuação do clima global nos últimos 3 milhões de anos, levou à última era glaciar, tendo como
consequência a compressão da distribuição geográfica de certos organismos (Refúgio glaciares e rotas de
recolonização), que leva a:
1. Padrão não casual na distribuição geográfica da diversidade genética;
2. Possibilidade localização refúgios e mapear rotas de colonização;
3. Máxima diversidade genética nas populações refugiais e decréscimo latitudinal da mesma.
Central-Margin Theory (CMT):
• Diferenciação de uma população é maior na periferia que no centro da distribuição;
• Diversidade genética e abundância é maior no centro que na periferia da distribuição.
ATLÂNTICO-MEDITERRÂNEO
Há 200M anos, a crista média atlântica levou à separação das placas. Entre 138-65M anos atrás, formam-
se 2 mares epitelágicos, um que divide a América do Norte (atualmente Jazida Burgess Shales) e outro a
África.
Há 6-5M anos, o mediterrâneo fecha a Este e a Oeste ao longo do tempo, que elevou:
• - Entrada de água => - Nível das águas do mar
Mediterrâneo Secou (perfurações com
• + Evaporação => Águas hipersalinas
elevadas concentrações de sal)
Ligação entre Atlântico e Mediterrâneo:
• Água atlântico – Menos densa, ou seja, mais diluída;
• Água mediterrâneo – Mais densa por ter uma maior salinidade;
• As correntes do Mar de Alboran ou Estreito de Gibraltar impedem a passagem de espécies para o
Atlântico e Mediterrâneo;
• O Estreito de Sicília faz a separação do Atlântico e Mediterrâneo Oeste do Mediterrâneo Este.