O Coração Do Homem Pode Fazer Planos
O Coração Do Homem Pode Fazer Planos
O Coração Do Homem Pode Fazer Planos
mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. Todos os caminhos do homem
são puros aos seus pró[rios olhos, mas o Senhor pesa o espírito (avalia os
motivos). Confia ao Senhor as tuas obras (tudo o que fizerdes), e os teus
desígnios serão estabelecidos (eos teus planos serão bem sucedidos)" (Pv. 16:1-
3).
"O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos"
(Pv. 16:9).
"Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte"
(Pv. 16:25).
O livro de Provérbios nos é especialmente útil neste sentido. Nós podemos definir
provérbio como sabedoria concentrada. São frases que resumem ensinos necessários à
vida humana. Mas o Livro de Provérbios é muito mais do que isso: tem a chancela
divina. É inspirado.
Alguns dos ensinos mais diretos e relevantes sobre o assunto (Os Planos e Projetos
Humanos), são encontrados neste livro, especialmente no capítulo 16.
Estes textos nos ensinam que os planos e os projetos humanos são legítimos. Os animais
são direcionados pelo instinto, eles não têm planos, são movidos pela satisfação das suas
necessidades físicas. Mas não pode ser assim com os seres humanos racionais. Nos
compete fazer planos, traçar caminhos, estabelecer propósitos e metas na vida.
"Pois, qual de vós, pretendendo construir uma torre não se assenta primeiro para calcular
a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo
lançados os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele
dizendo: este homem começou a construir e não pode acabar". (Lc.14:28-30)
Por outro lado, a preocupação excessiva pela vida não é lícita. Temos que confiar na
fidelidade de Deus. Mas a negligência e ociosidade são igualmente ilícitas. Ao mesmo
tempo em que as Escrituras condenam a solicitude pela vida, não apresentam a formiga
como modelo de prudência, por armazenar no verão o alimento para comer no inverno.
(Pv. 6:6-11; 30:25)
O Perigo dos Planos Humanos
Neste sentido o apóstolo Paulo adverte Timóteo: "Ora, os que querem ficar ricos caem em
tentações e ciladas, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais
afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os
males; e alguns, nesta cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores". (1Tm. 6:9-10)
Nossos planos de riqueza podem esconder perigosas ciladas para nossa alma. Tenhamos
cuidado.
Jesus mesmo advertiu os seus discípulos contra o perigo da avareza dizendo: "Tende
cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não
consiste na abundância de bens que possui"(Lc.12:15). E contou-lhes uma parábola para
ilustrar sua advertência: a parábola de um rico agricultor que construi celeiros cada vez
maiores para armazenas sua produção, com o propósito de satisfazer a carne, mas não
fez nenhuma provisão para sua alma. Conclusão da parábola: "Mas Deus lhe diz: louco,
esta mesma noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é
o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus"(Lc. 12:20-21).
Este mesmo capítulo 16 de Provérbios nos adverte: "A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito a queda" (Pv.16:18).
Muitas pessoas parecem administrar suas vidas como se tudo dependesse apenas delas,
como se fossem auto-suficientes, senhores absolutos de suas vidas e destino. Mas nós
não podemos contar com o futuro. Nós ignoramos completamente o que ele nos trará. Agir
como se fôssemos senhores de nosso futuro é pecado. Melhor é fazermos bom uso do
presente.
O homem não pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida. Ele está inteiramente
nas mãos do Todo-Poderoso, e deve reconhecer sua incapacidade para dirigir sua vida à
parte de Deus; quanto mais o futuro! Nós não temos nenhum controle sobre ele, e temos
de depender inteiramente de Deus. Por isso, nossos lábios devem aprender a pronunciar
com mais frequência esta pequena frase: Se o Senhor quiser. Mais importante ainda,
nossas mentes, vontades, desejos, planos e projetos para o futuro devem estar
impregnados desta atitude. Não como nota de rodapé, mas como conteúdo.
Os planos são legítimos, mas cuidado com a avareza e com a arrogância; com o amor ao
dinheiro e com a auto-suficiência. A vida de um homem não consiste na abundância de
bens; nem tem ele domínio algum sobre o seu futuro.
Qual então, é a atitude sábia com relação ao assunto? Como podemos agir com
sabedoria, ao traçarmos nossos planos para o futuro?
"Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento,
reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas"(Pv.3:5-6).
Nossos planos devem ser traçados com humildade, na dependência de Deus. Não como
se fôssemos senhores do nosso futuro, mas como alguém que reconhece que depende
inteiramente da vontade de Deus.
As Escrituras estão repletas de princípios gerais que devem nortear as nossa vidas. Se
nossos projetos contrariam estes princípios gerais, não podemos esperar a bênção de
Deus sobre eles. Não podemos acalentar que, de algum modo, possam ser projetos
corretos.
Para isso precisamos os empenhar para conhecê-la bem e nos exercitarmos na piedade, a
fim de que possamos estar dispostos a nos submeter a ela. De outro modo, embora
conhecendo a vontade de Deus, estaremos de tal modo escravos da vontade da carne e
dos nossos próprios pensamentos, que não conseguiremos levar nossos planos cativos a
obediência de Cristo.
Há pessoas mais idosas com as quais podemos nos aconselhar. Os filhos devem recorrer
aos pais - em algumas ocasiões os pais também devem recorrer aos filhos. O conselho de
irmãos em Cristo mais experientes, e de pastores, podem determinar o bom êxito dos
nossos projetos. Enquanto que onde não há conselheiros, muitos fracassos podem ser
esperados.
Concluindo
Logo estaremos começando um novo ano. Faremos bem em considerar nossas vidas,
fazer um balanço em todas as áreas e fazer planos para o futuro; planos relacionados aos
nossos estudos, profissão, relacionamentos e, especialmente, planos espirituais. Em que
temos errado? Do que temos que nos arrepender? O que temos que fazer para viver de
modo que agrade mais ao nosso Senhor? Como servi-lO melhor?
Planejar é lícito mas temos que estar alertas contra os perigos de nos concentrarmos nas
riquezas e da não dependência de Deus. Ambas as atitudes são tremendamente
perigosas e antecedem a queda, a ruína e a perdição.
Nossos planos para o futuro tem que ser feitos no Senhor; temos que reconhecer que Ele
é o Senhor absoluto da nossa vida e do nosso futuro. Temos que pacientemente aguardar
que Ele nos dirija os passos, e traçar nossos planos à luz da revelação especial das
Escrituras.