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O país pioneiro nas grandes navegações foi Portugal. No início do século XV, o príncipe português
Henrique, o Navegador, incentivou a exploração do Atlântico, o que levou à descoberta e colonização de
várias ilhas no Oceano Atlântico e na costa da África. A partir daí os portugueses desenvolveram técnicas
avançadas de navegação e construção de navios, e exploraram a costa africana, descobrindo novas rotas
comerciais e estabelecendo feitorias ao longo da costa. Em 1498, o navegador português Vasco da Gama
chegou à Índia, abrindo uma nova rota comercial para o Oriente e estabelecendo a posição de Portugal como
uma potência global.
Além desses fatores, a centralização política também foi um elemento importante para o sucesso dos
portugueses nas grandes navegações. A centralização política se refere ao fato de que, durante o século XV,
Portugal era um país centralizado em torno da figura do rei e do Estado. Essa centralização política permitiu
que a monarquia portuguesa estabelecesse uma política externa coerente e eficaz em relação às expedições
marítimas, com o objetivo de expandir o poder e a riqueza do Estado. A centralização política também
permitiu que Portugal estabelecesse monopólios comerciais em relação aos territórios descobertos,
garantindo assim a exclusividade do comércio com essas regiões e, consequentemente, aumentando ainda
mais o poder econômico e político do Estado português.
Rotas comerciais.
As rotas comerciais estabelecidas pelos portugueses no Atlântico durante as grandes navegações
tinham como objetivo contornar o monopólio comercial estabelecido pelos árabes e pelos italianos nas rotas
terrestres para o Oriente, bem como buscar novas oportunidades de comércio e de exploração de recursos
em territórios desconhecidos. Algumas das rotas comerciais estabelecidas pelos portugueses incluem:
Rota das Especiarias: Esta rota tinha como objetivo encontrar uma nova rota para as especiarias
do Oriente, como a pimenta e a canela, que eram muito valorizadas na Europa, mas que eram controladas
pelos árabes e pelos italianos. Essa rota levou os portugueses a navegarem pelo Oceano Índico e a
chegarem até a Índia, onde estabeleceram bases comerciais.
Essas rotas comerciais estabelecidas pelos portugueses no Atlântico foram fundamentais para a
expansão do comércio mundial e para o surgimento de uma economia globalizada. Elas também foram
responsáveis pela difusão de conhecimentos e culturas entre os povos e pela criação de novas potências
econômicas no mundo.
Vasco da Gama foi um dos mais importantes navegadores portugueses das grandes navegações,
sendo conhecido por ter liderado a primeira expedição marítima europeia a chegar à Índia, em 1498. Algumas
das principais contribuições e importâncias de Vasco da Gama nas grandes navegações incluem:
Descoberta da rota marítima para a Índia: Vasco da Gama liderou a primeira expedição europeia que
encontrou uma rota marítima para a Índia, contornando a África e navegando pelo Oceano Índico. Essa
descoberta foi fundamental para a expansão do comércio marítimo europeu e para a criação de novas
oportunidades econômicas.
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo firmado em 1494 entre Portugal e Espanha, com a mediação
do Papa Alexandre VI, que estabeleceu as áreas de influência dos dois países no Novo Mundo, ou seja, nas
terras recém-descobertas pelas grandes navegações.
A divisão das terras descobertas e por descobrir fora da Europa entre Portugal e Espanha, dividindo o
mundo em duas partes: a leste da linha imaginária a cerca de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo
Verde seria atribuída a Portugal, enquanto as terras a oeste da linha seriam atribuídas à Espanha.
A confirmação dos direitos portugueses sobre as terras descobertas por Vasco da Gama na Índia, bem
como o reconhecimento dos direitos espanhóis sobre as terras descobertas por Cristóvão Colombo
nas Américas.
O Tratado de Tordesilhas foi um importante marco na história das grandes navegações, pois ajudou a
evitar conflitos entre Portugal e Espanha pelo controle das novas terras descobertas. No entanto, o acordo
também foi alvo de disputas e contestações ao longo da história, uma vez que não havia uma forma precisa
de demarcar a linha divisória e as áreas de influência dos dois países, o que levou a conflitos territoriais e a
disputas sobre as fronteiras coloniais.