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Barragens - AP3

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS – CCET


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: BARRAGENS
PROFª. DRª. VANDA TEREZA COSTA MALVEIRA

GUILHERME CARNEIRO LOPES


FRANCISCO MOREIRA JARDIM NETO

BARRAGENS – INSPEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E DANO, E INTERVENÇÃO


NA BARRAGEM DO AÇÚDE ACARAÚ-MIRIM – MASSAPÊ – CE

SOBRAL
2023
SUMÁRIO
1. Introdução – Documentação da Barragem ......................................................... 1
2. Ficha de Inspeção da Barragem .......................................................................... 7
3. Classificação de Risco (CRI) e Dano Potencial Associado (DPA) ................... 18
4. Intervenção em Anomalia ................................................................................... 21
4.1. Intervenção nos Taludes – Guilherme ........................................................ 21
4.2. Intervenção no Vertedouro e no Canal de Aproximação – Francisco
........................................................................................................................ 25
1

1. INTRODUÇÃO – DOCUMENTAÇÃO DA BARRAGEM


Documentação:
• CC = 119 m
• CS = 115 m
• Vertedouro de soleira delgada (Creager) e largura de 60 m.
• Lâmina máxima: 1,5 m
• Talude de montante e jusante → 2:1
2

Quanto a sua extensão:


Sua bacia hidrográfica abrange uma área de 492,270 km², conforme
delimitação realizada através da Base Cartográfica da COGERH (2016a) e do Modelo
Digital de Elevação (MDE) Topodata (INPE, 2016), com quatro municípios inseridos
parcialmente nessa bacia. No entanto, as áreas abrangidas pelos municípios de
Senador Sá e Santana do Acaraú não apresentam nenhum aglomerado urbano
significativo na região da bacia. Ressalta-se que nessa bacia também está incluída a
sub-bacia do açude Jenipapo.
Quanto ao solo:
As classes de solos argissolos e neossolos são predominantes na região.
Os argissolos compreendem solos constituídos por material mineral, medianamente
profundos, moderadamente drenados e com presença de horizonte B textural.
Apresentam cores avermelhadas ou amareladas e, mais raramente, brunadas ou
acinzentadas, com textura que varia de arenosa a argilosa no horizonte A e de média
a muito argilosa no horizonte Bt. São de forte a moderadamente ácidos, com
saturação por bases alta ou baixa. Já os neossolos são constituídos por material
mineral ou orgânico pouco espesso. Esse tipo de solo geralmente é formado com
baixa relevância dos processos pedogenéticos, devido a características intrínsecas do
material de origem, como resistência às intempéries, sua composição químico-
mineralógica ou influência de fatores de formação como clima e relevo, por exemplo
(EMBRAPA, 2006).
3

Pranchas da documentação:
4
5
6
7

2. FICHA DE INSPEÇÃO DA BARRAGEM


FICHA DE INSPEÇÃO FORMAL DE BARRAGEM DE TERRA
DADOS GERAIS ATUAIS DA BARRAGEM

1- Denominação Acaraú-Mirim

2- Município Massapê

3- Estado Ceará

4- Sistema (bacia hidrográfica) Acaraú


9.612.424
5- Coordenadas Geográficas NORTE
357.908 LESTE

6- Data da Vistoria 11/7/2023

7- Nível da água na data da vistoria 113,91 m


Guilherme Carneiro Lopes &
8- Responsável pela vistoria Francisco Moreira Jardim Neto

001 INFRAESTRUTURA OPERACIONAL SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Falta de documentação sobre a barragem NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Falta de material para manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Falta de treinamento do pessoal NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Precariedade de acesso de veículos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Falta de energia elétrica NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Falta de sistema de comunicação eficiente NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Falta ou deficiência de cercas de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Falta ou deficiência nas placas de aviso NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Falta de acompanhamento da adm. regional NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Falta de instrução dos equipamentos
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
hidromecânicos

002 TALUDE DE MONTANTE SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Escorregamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Rachaduras/afundamento (laje de concreto) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Rip-rap incompleto, destruído ou deslocado NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Afundamentos e buracos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Arvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Erosão nos encontros das ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Canaletas quebradas ou obstruídas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

003 COROAMENTO SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Rachaduras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Falta de revestimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Falha no revestimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Afundamento e buracos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Arvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Defeitos na drenagem NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Defeitos no meio-fio NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais. NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Sinais de movimento. NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
11 Desalinhamento do meio-fio NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8

12 Ameaça de transbordamento da barragem NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

004 TALUDE DE JUSANTE SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Escorregamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Rachaduras/afundamentos (laje de concreto). NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Falha na proteção granular NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Falha na proteção vegetal NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Afundamentos e buracos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Arvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Erosão nos encontros das ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Cavernas e buracos nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Canaletas quebradas ou obstruídas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
11 Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
12 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
13 Sinais de fuga d'água ou áreas úmidas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
14 Carreamento de material na água dos drenos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

005 REGIÃO A JUSANTE DA BARRAGEM SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Construções irregulares próximas ao rio. NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Fuga d' água NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Erosão nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Cavernas e buracos nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Arvores/arbustos na faixa de 10m do pé da
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
barragem

006 INSTRUMENTAÇÃO SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Acesso precário aos instrumentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Piezômetros entupidos ou defeituosos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Marcos de recalque defeituosos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Medidores de vazão de percolação defeituosos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Falta de instrumentação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Falta de registro de leitura da instrumentação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Deficiência no poço de alívio NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

007 CANAIS DE APROXIMAÇÃO E RESTITUIÇÃO SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Obstrução ou entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Desalinhamento dos taludes e muros laterais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Erosão ou escorregamentos nos taludes NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Erosão na base dos canais escavados NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Erosão na área à jusante (erosão regressiva) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Construções irregulares (aterro, casa e cerca) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

008 ESTRUTURA DE FIXAÇÃO DA SOLEIRA SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Rachaduras ou trincas no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Deterioração da superfície do concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Descalçamento da estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Juntas danificadas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9

6 Sinais de deslocamento da estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

009 RÁPIDO/BACIA AMORTECEDORA SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Rachaduras ou trincas no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Deterioração da superfície do concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Ocorrência de buracos na soleira NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Presença de entulhos na bacia NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Presença de vegetação na bacia NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Falha no enrocamento de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

010 VERTEDOURO/MUROS LATERAIS SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Erosão na fundação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Erosão nos contatos dos muros NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Rachaduras ou trincas no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Deterioração da superfície do concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

011 COMPORTAS DO VERTEDOURO SITUAÇÃO MAGNITUDE


Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na pintura)
Estrutura (corrosão, amassamento e falha na
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pintura)
3 Defeito das vedações (vazamento) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Defeito das ridas (comporta vagão) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Defeitos nos rolamentos ou buchas e retentores NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Defeito no ponto de içamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

012 RESERVATÓRIO SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Réguas danificadas ou faltando NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Construção em áreas de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Poluição por esgoto, lixo, pesticidas, etc. NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Indícios de má qualidade d'água NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Desmoronamento de margens NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Existência de vegetação aquática excessiva NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Desmatamento na área de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Presença de animais e peixes mortos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
11 Animais pastando NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

013 TORRE DA TOMADA D'ÁGUA/ENTRADA SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Obstrução e entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Tubulação danificada NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Registros defeituosos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Falta de grade de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Defeitos na grade NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

014 TORRE DA TOMADA D'ÁGUA/ACIONAMENTO SITUAÇÃO MAGNITUDE


Hastes (travada no mancal, corrosão e
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
empenamento)
10

2 Base dos mancais (corrosão, falta de chumbadores) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G


3 Falta de mancais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Corrosão nos mancais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Falha nos chumbadores, lubrificação e pintura do
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pedestal
6 Falta de indicador de abertura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Falta de volante NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

015 TORRE DA TOMADA D'ÁGUA/COMPORTAS SITUAÇÃO MAGNITUDE


Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na pintura)
Estrutura (corrosão, amassamento e falha na
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pintura)
3 Defeito das vedações (vazamento) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Defeito das rodas (comporta vagão) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Defeitos nos rolamentos ou buchas e retentores NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Defeito no ponto de içamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

016 TORRE DA TOMADA D'ÁGUA/ESTRUTURA SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Ferragem exposta na estrutura da torre NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Falta de guarda corpo na escada de acesso NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Deterioração do guarda corpo na escada de acesso NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Ferragem exposta na plataforma (passadiço) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Falta de guarda corpo no passadiço NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Deterioração do guarda corpo no passadiço NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Deterioração do portão do abrigo de manobra NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Deterioração do tubo de aeração e "by pass" NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Deterioração da instalação de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

TORRE DA TOMADA D'ÁGUA/BOCA DE


017 SITUAÇÃO MAGNITUDE
MONTANTE E "STOP-LOG"
1 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Obstrução e entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Ferragem exposta na estrutura de concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Deterioração no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Falta de grade de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Defeitos na grade NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na pintura)
Estrutura do 'stop-log" (corrosão, amassamento e
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
falha na pintura)
9 Defeito no acionamento do "stop-log" NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Defeito no ponto de içamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

018 GALERIA SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Corrosão e vazamentos na tubulação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Sinais de abrasão ou cavitação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Defeitos nas juntas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Deformação do conduto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Desalinhamento do conduto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Surgências de água no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Precariedade de acesso NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Vazamentos nos dispositivos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Surgências de água junto à galeria NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
11

11 Presença de pedras e lixo dentro da galeria NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G


12 Defeitos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

019 TOMADA/ ESTRUTURA DE SAÍDA SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Corrosão e vazamentos na tubulação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Sinais de abrasão ou cavitação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Ruídos estranhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Defeito nos dispositivos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Surgências de água no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Precariedade de acesso (árvores e arbustos) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Vazamento nos dispositivos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
8 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
9 Construções irregulares NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Falta ou deficiência na drenagem da caixa de
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
válvulas
Presença de pedras e lixo dentro da caixa de
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
válvulas
12 Defeitos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
13 Defeitos na cerca de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

020 MEDIDOR DE VAZÃO SITUAÇÃO MAGNITUDE


1 Ausência da placa medidora de vazão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Corrosão da placa NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Defeitos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Falta de escala de leitura de vazão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Assoreamento da câmara de medição NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Erosão à jusante do medidor NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

002 TALUDE DE MONTANTE NP OBSERVAÇÕES


1 Erosões
2 Escorregamentos
3 Rachaduras/afundamento (laje de concreto)

4 Rip-rap incompleto, destruído ou deslocado

5 Afundamentos e buracos

6 Arvores e arbustos

7 Erosão nos encontros das ombreiras


12

8 Canaletas quebradas ou obstruídas

9 Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais


10 Sinais de movimento

003 COROAMENTO NP OBSERVAÇÕES


1 Erosões
2 Rachaduras
3 Falta de revestimento

4 Falha no revestimento

5 Afundamento e buracos

6 Arvores e arbustos

7 Defeitos na drenagem

8 Defeitos no meio-fio

9 Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais.


10 Sinais de movimento.
13

11 Desalinhamento do meio-fio

12 Ameaça de transbordamento da barragem

004 TALUDE DE JUSANTE NP OBSERVAÇÕES

1 Erosões

2 Escorregamentos
3 Rachaduras/afundamentos (laje de concreto).
4 Falha na proteção granular
5 Falha na proteção vegetal
6 Afundamentos e buracos

7 Arvores e arbustos

8 Erosão nos encontros das ombreiras


9 Cavernas e buracos nas ombreiras

10 Canaletas quebradas ou obstruídas

11 Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais Não visível.


12 Sinais de movimento
14

13 Sinais de fuga d'água ou áreas úmidas

14 Carreamento de material na água dos drenos

007 CANAIS DE APROXIMAÇÃO E RESTITUIÇÃO NP OBSERVAÇÕES

1 Árvores e arbustos

2 Obstrução ou entulhos
3 Desalinhamento dos taludes e muros laterais
4 Erosão ou escorregamentos nos taludes
5 Erosão na base dos canais escavados
6 Erosão na área à jusante (erosão regressiva)

7 Construções irregulares (aterro, casa e cerca)

008 ESTRUTURA DE FIXAÇÃO DA SOLEIRA NP OBSERVAÇÕES

1 Rachaduras ou trincas no concreto


15

2 Ferragem do concreto exposta

3 Deterioração da superfície do concreto

4 Descalçamento da estrutura

5 Juntas danificadas

6 Sinais de deslocamento da estrutura

009 RÁPIDO/BACIA AMORTECEDORA NP OBSERVAÇÕES

1 Rachaduras ou trincas no concreto

2 Ferragem do concreto exposta

3 Deterioração da superfície do concreto

4 Ocorrência de buracos na soleira

5 Erosões

6 Presença de entulhos na bacia


16

7 Presença de vegetação na bacia

8 Falha no enrocamento de proteção

016 TORRE DA TOMADA D'ÁGUA/ESTRUTURA NP OBSERVAÇÕES

1 Ferragem exposta na estrutura da torre


2 Falta de guarda corpo na escada de acesso

3 Deterioração do guarda corpo na escada de acesso

4 Ferragem exposta na plataforma (passadiço)

5 Falta de guarda corpo no passadiço

6 Deterioração do guarda corpo no passadiço

7 Deterioração do portão do abrigo de manobra


8 Deterioração do tubo de aeração e "by pass"

9 Deterioração da instalação de controle


17

019 TOMADA/ ESTRUTURA DE SAÍDA NP OBSERVAÇÕES

1 Corrosão e vazamentos na tubulação


2 Sinais de abrasão ou cavitação
3 Ruídos estranhos
4 Defeito nos dispositivos de controle
5 Surgências de água no concreto

6 Precariedade de acesso (árvores e arbustos)

7 Vazamento nos dispositivos de controle

8 Falta de manutenção

9 Construções irregulares

10 Falta ou deficiência na drenagem da caixa de válvulas


11 Presença de pedras e lixo dentro da caixa de válvulas
12 Defeitos no concreto
13 Defeitos na cerca de proteção
18

3. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO (CRI) E DANO POTENCIAL ASSOCIADO (DPA)


II.1 - MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CATEGORIA DE RISCO (ACUMULAÇÃO DE ÁGUA)
1 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - CT
Tipo de Barragem
Altura Comprimento quanto ao material Tipo de fundação Idade da Barragem Vazão de Projeto
de construção
Decamilenar ou CMP
Concreto (Cheia Máxima
Altura ≤ 15m Comprimento ≤ 200m Rocha sã Entre 30 e 50 anos
Convencional Provável) - TR =
(0) (2) (1) (1)
(1) 10.000 anos
(3)

Alvenaria de Pedra /
Rocha alterada
15m < Altura Concreto Ciclópico / Milenar - TR = 1.000
Comprimento > 200m dura com Entre 10 e 30 anos
< 30m 1 3 Concreto Rolado - anos
(3) tratamento (2)
(1) CCR (5)
(2)
(2)

Rocha alterada
Terra Homogênea / sem tratamento /
30m ≤ Altura
Enrocamento / Terra Rocha alterada Entre 5 e 10 anos TR = 500 anos
≤ 60m - 3
Enrocamento fraturada com (3) (8)
(2)
(3) tratamento
(3)

Rocha alterada < 5 anos ou > 50 TR < 500 anos ou


Altura > 60m mole / Saprólito / anos ou sem Desconhecida /
- - 4 10
(3) Solo compacto informação Estudo não confiável
(4) (4) (10)
Solo residual /
- - - aluvião 5 - -
(5)
1 3 3 5 4 10
CT = Σ: 26

Observação: Para cada coluna da matriz, hachurar/destacar a respectiva classificação do empreendimento.

II.1 - MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CATEGORIA DE RISCO (ACUMULAÇÃO DE ÁGUA)

2 - ESTADO DE CONSERVAÇÃO - EC
Estruturas civis comprometidas ou Estruturas civis comprometidas
Estruturas civis e
dispositivos hidroeletromecânicos com ou dispositivos
Estruturas civis e eletromecânicas preparadas
problemas identificados, com redução hidroeletromecânicos com
eletromecânicas em pleno para a operação, mas sem
de capacidade de adução e com problemas identificados, com
Confiabilidade funcionamento / Canais de fontes de suprimento de energia
medidas corretivas em implantação / redução de capacidade de
das aproximação ou de de emergência / Canais ou
Canais ou vertedouro (tipo soleira livre) adução e sem medidas
Estruturas restituição ou vertedouro vertedouro (tipo soleira livre)
com erosões e/ou parcialmente corretivas / Canais ou
Extravasoras (tipo soleira livre) com erosões ou obstruções,
obstruídos, com risco de vertedouro (tipo soleira livre)
desobstruídos porém sem riscos à estrutura
comprometimento da estrutura obstruídos ou com estruturas
(0) vertente.
vertente. danificadas
(4)
(7) (10)
4 4
Estruturas civis comprometidas
Estruturas civis e ou dispositivos Estruturas civis comprometidas ou
Confiabilidade
dispositivos hidroeletromecânicos com dispositivos hidroeletromecânicos com
das
hidroeletromecânicos em problemas identificados, com problemas identificados, com redução
Estruturas de -
condições adequadas de redução de capacidade de de capacidade de adução e sem
Adução
manutenção e adução e com medidas medidas corretivas
(Tomada)
funcionamento corretivas em implantação (6)
(0) (4)
4 4
Umidade ou surgência nas áreas Umidade ou surgência nas áreas de Surgência nas áreas de
Percolação totalmente
de jusante, paramentos, taludes jusante, paramentos, taludes ou jusante, taludes ou ombreiras
controlada pelo sistema de
Percolação ou ombreiras estabilizada e/ou ombreiras sem tratamento ou em fase com carreamento de material
drenagem
monitorada de diagnóstico ou com vazão crescente.
(0)
(3) (5) (8)
5 5
Trincas, abatimentos ou
Existência de trincas e Trincas e abatimentos de impacto escorregamentos expressivos,
Deformações Inexistente abatimentos de pequena considerável, gerando necessidade de com potencial de
e Recalques (0) extensão e impacto nulo estudos adicionais ou monitoramento. comprometimento da
(1) (5) segurança
(8)
1 1
Depressões acentuadas nos
Falhas na proteção dos taludes Erosões superficiais, ferragem exposta, taludes, escorregamentos,
Deterioração e paramentos, presença de crescimento de vegetação sulcos profundos de erosão,
Inexistente
dos Taludes / arbustos de pequena extensão e generalizada, gerando necessidade de com potencial de
(0)
Paramentos impacto nulo. monitoramento ou atuação corretiva. comprometimento da
(1) (5) segurança.
(7)
5 5
Estruturas civis comprometidas
Estruturas civis comprometidas ou
Estruturas civis e ou dispositivos
dispositivos hidroeletromecânicos com
Não possui eclusa eletromecânicas bem mantidas e hidroeletromecânicos com
Eclusa (*) problemas identificados e com medidas
(0) funcionando problemas identificados e sem
corretivas em implantação
(1) medidas corretivas
(2)
(4)
0 0
EC = Σ: 19
Observação: Para cada coluna da matriz, hachurar/destacar a respectiva classificação do empreendimento.
19

II.1 - MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CATEGORIA DE RISCO (ACUMULAÇÃO DE ÁGUA)

3 - PLANO DE SEGURANÇA DA BARRAGEM - PS

Relatórios de
Estrutura organizacional e Procedimentos de roteiros Regra operacional
Existência de inspeção de
qualificação técnica dos de inspeções de dos dispositivos de
documentação de segurança com
profissionais da equipe de segurança e de descarga da
projeto analise e
Segurança da Barragem monitoramento barragem
interpretação

Possui estrutura organizacional com Possui e aplica Emite


Projeto executivo e Sim ou Vertedouro
técnico responsável pela segurança procedimentos de inspeção regularmente os
"como construído" 0 tipo soleira livre
da barragem e monitoramento relatórios
(0) (0)
(0) (0) (0)
Projeto executivo ou Possui técnico responsável pela Possui e aplica apenas Emite os relatórios
Não
"como construído" segurança da barragem procedimentos de inspeção 6 sem periodicidade 3
(6)
(2) (4) (3) (3)
Não possui estrutura organizacional Possui e não aplica
Não emite os
Projeto básico e responsável técnico pela procedimentos de inspeção
8 - relatórios
(4) segurança da barragem e monitoramento
(5)
(8) (5)
Não possui e não aplica
Anteprojeto ou Projeto
procedimentos para
conceitual - 6 - -
monitoramento e inspeções
(6)
(6)
Inexiste documentação
de projeto - - - -
(8)
0 8 6 6 3
PS = ∑: 23

Observação: Para cada coluna da matriz, hachurar/destacar a respectiva classificação do empreendimento.

II.2 - MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO DANO POTENCIAL ASSOCIADO - DPA (ACUMULAÇÃO DE ÁGUA)

Volume Total do Reservatório


para barragens de uso Potencial de perdas de vidas
Impacto ambiental Impacto socioeconômico
múltiplo ou aproveitamento humanas
energético

SIGNIFICATIVO
(área afetada da barragem não
INEXISTENTE INEXISTENTE
representa área de interesse
(Não existem pessoas (não existem quaisquer
Pequeno ambiental, áreas protegidas em
permanentes/residentes ou instalações e serviços de
< = 5hm³ legislação específica ou encontra-se 3
temporárias/transitando na área a navegação na área afetada por
(1) totalmente descaracterizada de suas
jusante da barragem) acidente da barragem)
condições
(0) (0)
naturais)
(3)

BAIXO
(existe pequena concentração de
POUCO FREQUENTE MUITO SIGNIFICATIVO instalações residenciais e
(Não existem pessoas ocupando (área afetada da barragem comerciais, agrícolas, industriais
Médio
permanentemente a área a apresenta interesse ambiental ou de infraestrutura na área
5 a 75hm³ 2 4
jusante da barragem, mas existe relevante ou protegida em legislação afetada da barragem ou
(2)
estrada vicinal de uso local) específica) instalações portuárias ou serviços
(4) (5) de
navegação)
(4)

FREQUENTE ALTO
(Não existem pessoas ocupando (existe grande concentração de
permanentemente a área a instalações residenciais e
jusante da barragem, mas existe comerciais, agrícolas, industriais,
Grande
rodovia municipal ou estadual ou de infraestrutura e serviços de
75 a 200hm³ 8
federal ou outro local e/ou lazer e turismo na área afetada da
(3)
empreendimento de permanência barragem ou instalações
eventual de pessoas que poderão portuárias ou serviços de
ser atingidas) navegação)
(8) (8)

EXISTENTE
(Existem pessoas ocupando
Muito Grande permanentemente a área a
> 200hm³ jusante da barragem, portanto, - -
(5) vidas humanas poderão ser
atingidas)
(12)
2 8 3 4
DPA = ∑: 17

Observação: Para cada coluna da matriz, hachurar/destacar a respectiva classificação do empreendimento.


20

MATRIZ PARA BARRAGENS DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA


CLASSIFICAÇÃO DA BARRAGEM QUANTO AO RISCO

NOME DA BARRAGEM Acaraú-Mirim

NOME DO EMPREENDEDOR DNOCS

DATA: 14/11/2023

II.1 - CATEGORIA DE RISCO Pontos

1 Características Técnicas (CT) 26


2 Estado de Conservação (EC) 19
3 Plano de Segurança de Barragens (PS) 23
PONTUAÇÃO TOTAL (CRI) = CT + EC + PS 68

CATEGORIA DE RISCO CRI

FAIXAS DE ALTO >= 60 ou EC >=8


CLASSIFICAÇÃO
MÉDIO 35 a 60
BAIXO < = 35

II.2 - DANO POTENCIAL ASSOCIADO Pontos

DANO POTENCIAL ASSOCIADO (DPA) 17

DANO POTENCIAL ASSOCIADO DPA


FAIXAS DE ALTO > = 16
CLASSIFICAÇÃO MÉDIO 10 < DP < 16
BAIXO < = 10

RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA BARRAGEM:

PROBABILIDADE ALTO
DANO POTENCIAL ASSOCIADO ALTO
CLASSIFICAÇÃO RISCO/DANO A

Classificação pertencente a Guilherme Carneiro Lopes e Francisco Moreira Jardim Neto


Classificação realizada em sala de aula por Pedro Matos Ramos e Rerilson Farias de Souza

Classificação atual da barragem segundo fiscalização da SRH: Risco Médio e


Dano Alto.
21

4. INTERVENÇÃO EM ANOMALIA

4.1. INTERVENÇÃO NOS TALUDES – GUILHERME


Corte de Vegetação Arbustiva e Árvores
No talude de jusante da barragem Acaraú-Mirim, nota-se a presença de
vegetação ao longo do próprio talude, com um agravante de árvores de grande porte
próximas ao canal da tomada d’água, o que gera uma situação irregular com relação
à percolação da barragem, fora partes do dreno de pé que foram removidas pela
população local, porém não é o caso desta intervenção.

Fonte: Autores
A saber, o volume VII do Manual do Empreendedor, intitulado “Diretrizes
para a Elaboração do Plano de Operação, Manutenção e Instrumentação de
Barragens”, em sua página 46, cita que:
“O corte sistemático da vegetação deve ser realizado, dado que
a vegetação excessiva não permite a inspeção do talude, ou
mesmo impede o acesso e fornece um habitat para os animais
que perfuram o aterro. Devem ainda ser removidos arbustos e
arvores com raízes profundas, dado que as raízes, propiciando
caminhos de infiltração, podem produzir erosão interna,
podendo ser uma ameaça para a integridade do aterro. O
derrube, extração ou secagem do sistema de raízes das arvores
pode provocar erosão interna, pelo que o processo da sua
remoção pode exigir a consulta de especialistas. Recomenda-se
proceder ao seu corte antes de atingirem tamanhos
significativos. As regiões do talude e do seu pé, bem como a
área envolvente dos locais em que se procedeu ao corte de
vegetação de grande porte, sem remoção de raízes, devem ser
cuidadosamente inspecionadas com vista a detecção de sinais
de percolação.
Formigueiros, tocas e tuneis produzidos por animais podem ser
perigosos, devido ao enfraquecimento do aterro e,
principalmente, a facilidade de infiltração da água da chuva,
propiciando eventuais fenômenos de erosão interna.”
22

Em resumo a anomalia de que se trata a presença de vegetação é a


geração de caminhos preferenciais de percolação devido às raízes, principalmente se
profundas, fora que impedem uma inspeção mais detalhada do talude de jusante, não
excetuando também a possibilidade de incidirem tocas ou formigueiros no talude,
aumentando mais ainda a infiltração.
Como a vegetação do talude de jusante ainda é rasteira, com exceção de
muitas árvores de médio a grande porte no pé da barragem (as mesmas devem ser
cortadas com avaliação de prováveis sinais percolação e com inspeção cuidadosa), a
ação está inclusa na recomendação do manual, já que se trata de vegetação de
pequeno porte que pode ser removida com raiz sem que haja um grau de erosão
gravíssimo no talude.
Então a ação a ser feita neste caso é a remoção da vegetação local
arbustiva pela raiz (cuidadosamente para não danificar o solo com erosão) e no caso
da vegetação de grande porte, fazer o corte de forma que consiga manter a
uniformidade do talude (uma vez que as árvores se encontram no pé da barragem, o
corte pode chegar a ser feito na árvore inteira, uma vez que as mesmas possuem
raízes expostas).

Fonte: Autores

Essa ação é classificada como contínua, já que periodicamente será


necessário reparar e realizar a mesma ação uma vez que a vegetação local cresça
novamente.
Como fazer a intervenção: Cortar os arbustos e as árvores tão rente quanto possível
(pelo pé).
23

Manutenção das Calhas


Funciona tanto para o talude de montante quanto jusante, devendo serem
desobstruídas e reparadas as calhas irregulares, principalmente uma das calhas do
talude de jusante que se encontra em estado completamente destruído.
A anomalia relatada nesse item da intervenção ocorre por meio do
assoreamento das calhas pelo solo transportado pela água, e/ou pelos recalques do
aterro envolvente que causam desalinhamento/danos nas calhas. Portanto, é
importante manter as calhas para que não haja infiltração de água no aterro.

Fonte: Autores

Como fazer a intervenção: Repor o alinhamento e a inclinação das calhas, e substituir


as calhas quebradas.
24

Corte da Vegetação entre o Rip-rap – Paramento de Montante


Essa intervenção se trata de cortar a vegetação indesejável crescendo
entre o rip-rap, que neste caso é feito com material betuminoso.
A causa mais provável do problema é a existência de sementes de
vegetação indesejável depositadas pelo vento ou pela água, e faz-se importante a
manutenção para impedir o aprofundamento das raízes, facilitando o acesso e a
inspeção visual no local.

Fonte: Autores

Como fazer a intervenção: Cortar a vegetação de porte tão rente à superfície quanto
possível (pelo pé).
25

4.2. INTERVENÇÃO NO VERTEDOURO, NO CANAL DE APROXIMAÇÃO –


FRANCISCO
Regularização Geométrica (Soleira e Taludes)
Na soleira da barragem em questão foi observada a existência de trincas e
ravinas na soleira, problema este que necessita de uma intervenção urgente para não
acarretar problemas futuros, pois a deterioração dessa estrutura continuará, vale
ressaltar que esses problemas podem ser causados pela retração do terreno,
instabilização dos taludes, movimentos da fundação ou por erosão.

Como podemos observar a estrutura (soleira) essa bem comprometida com


ravinas de profundas e de grandes extensões que se estendem por todo o
comprimento da soleira.
O volume VII do Manual do Empreendedor diz, na página 21:
“Com grande implicação no bom funcionamento em fase de
operação, os órgãos extravasores devem ser concebidos e
construídos para possuírem:
• Adequada capacidade de dissipação de energia, a fim de
prevenir solapamentos e/ou erosões que poderiam pôr em risco
o vertedouro ou a barragem, durante a CAP;”
O meio de garantir a proteção quanto se trata do vertedouro é sua
regularização geométrica, ou seja, preenchimento de fissuras, buracos, e exposições
de armadura, etc.
26

Logo, existe a necessidade de recuperar a geometria do vertedouro, pois


nas cheias o próprio funcionamento do vertedouro irá aumentar essa degradação.

Como fazer:
• Preencher os vazios na superfície com concreto, e regular os taludes do canal de
aproximação.

Canal de Aproximação
Essa ação de recuperação é feita com a remoção de todos os sólidos com
volume significativo no canal de aproximação, sejam pedras, vegetação de
médio/grande, e outros entulhos. O problema que gera a necessidade dessa
intervenção é o arrastamento de materiais sólidos do reservatório pela vazão do
vertedouro.
É importante fazer essa intervenção para garantir que o vertedouro
funcione em toda a sua extensão.
27

Fonte: Autores
Ainda no volume VII do Manual do Empreendedor, na página 21:
“Com grande implicação no bom funcionamento em fase de
operação, os órgãos extravasores devem ser concebidos e
construídos para possuírem:
• Segurança adequada quanto a deslizamentos de terra,
entulhos acumulados no canal de aproximação, rampas e canais
de saída, que poderiam restringir sua capacidade de descarga.”

Como fazer:
• Remover os detritos de maior dimensão capazes de obstruir o vertedouro.
28

Regularização Geométrica do Canal do Vertedouro


Essa intervenção se trata de regularizar o canal do vertedouro, afetado por
erosão ou movimentos de fundação, nos casos mais plausíveis, servindo para evitar
o desenvolvimento e a progressão de fendas/erosões que possam comprometer a
funcionalidade do vertedouro.

Fonte: Autores

Como fazer:
• Preencher as cavidades na superfície do canal de aproximação com concreto;
• Regularizar os taludes do canal de aproximação.

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