Brazil">
Pacote Materiais Historia Do Estado Do Espirito Santo
Pacote Materiais Historia Do Estado Do Espirito Santo
Pacote Materiais Historia Do Estado Do Espirito Santo
POVOAMENTO DO
ESPÍRITO SANTO
2
Contudo, no século XVII, além da lavoura canavieira, a negociação de áreas para a exploração
das “pedras verdes” – esmeraldas – sendo que, o elemento importante para o desbravamento
do território foram os entradeiros. Dentre as expedições de maior relevância em direção ao rio
Doce, temos a de Diogo Martins Cão (1596), Marcos de Azeredo (1611) e Agostinho Barbalho
de Bezerra (1664). Um dos fatores, nesse sentido de tentar encontrar pedras preciosas, mas
que acabou contribuindo com a colonização, foi a fundação da vila de Nossa Senhora de Gua-
rapari e a construção dos fortes de Monte do Carmo e São Francisco Xavier e a reconstrução
do forte de São João, pelo explorador Francisco Gil de Araújo. Ao todo, foram 14 entradas
comandadas por Gil de Araújo em direção à serra das Esmeraldas.
Mesmo que, embora tenha sido investido grande monta financeira por parte de Francisco Gil
na empreitada metalífera, mas nada significativo foi de fato produzido, algum resultado foi
possível ser constatado, como por exemplo, a valorização das terras e o estabelecimento de
povoadores, além da criação de novos engenhos. O herdeiro e filho de Gil de Araújo, por esse
motivo, não se permitiu permanecer na capitania, fazendo com que ela se tornasse devoluta
e nesse sentido, permanecesse submetida à jurisdição da Bahia.
Destarte, o processo de colonização deu sequência sem grandes progressos. Mineração, jesuí-
tas e cana de açúcar foram os elementos responsáveis por esse processo, quase se tornando
extinta. No início do século XIX, por iniciativa do regente D. João, a capitania se tornou autô-
noma em relação à Bahia, contribuindo não apenas para as iniciativas independentes, mas
também para a abertura de estradas, o interesse pela navegação e a ampliação da área de
cultivos, o que contribuiu para o aumento do povoamento do Espírito Santo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DUARTE, Regina Horta. Olhares Estrangeiros. Viajantes no vale do rio Mucuri, in: Revista Bra-
sileira de História, vol. 22, nº 44.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14ª edição. São Paulo: EDUSP, 2013.
OLIVEIRA, José Teixeira de. História do Espírito Santo. Site Oficial do Arquivo Público do Estado
do Espírito Santo, 2008. Consultado em 10 de janeiro de 2022.
SOCIEDADE E
INDÚSTRIA DO
ESPÍRITO SANTO
2
café e ainda proporcionou investimentos agrícolas de maior monta. Desta forma, o Espírito Santo
conseguiu quintuplicar sua arrecadação tributária, melhorando significativamente algumas questões
de infraestrutura, como por exemplo, com a inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro
Sul, entre Jabaeté e Porto de Argolas.
Mas, foi nas primeiras décadas do século XX que a economia do Espírito Santo vai ter inovações
que vão levar ao desenvolvimento industrial. Através da construção da ponte de Colatina sobre o
rio Doce e com a ocupação do norte do estado, a economia teve novo impulso.
O porto de Vitória, que foi durante o período da Primeira Guerra Mundial o segundo maior
responsável pelas exportações do país, ganhou obras de ampliação a partir de 1943, durante a Era
Vargas. O objetivo desta ampliação era ampliar a capacidade de exportação de minério de ferro
oriundo de Minas Gerais, e para isso acontecer, a Companhia Vale do Rio Doce passou a administrar
o cais de minério. Além disso, foi construído também o porte de Tubarão, em Vitória, o qual possuía
capacidade para armazenar um milhão de toneladas de minério.
Pelo fato de se instalar o porto de Tubarão, a região recebeu uma infraestrutura que fomentou
o desenvolvimento de um novo complexo industrial, onde neste foi construída uma usina de pelo-
tização de minério de ferro. Na década de 1980 foi inaugurada a Usina Siderúrgica de Tubarão. Esta
foi uma etapa caracterizada por um contínuo esforço de industrialização promovido pela Companhia
de Desenvolvimento do Espírito Santo.
Devido a esse fomento, hoje, a economia do estado como um todo é diversificada, sendo ela
caracterizada com as seguintes cadeias produtivas:
» Segundo maior produtor de petróleo e gás;
» Maior exportador de pelotas de minério de ferro;
» Se de maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto;
» Possui uma das maiores reservas de mármore e granito do país;
» Sexta maior indústria de móveis do país;
» Segundo maior produtor e exportador de café;
» Primeiro lugar na produção e exportação de mamão e sede de uma das maiores
fábricas de sucos do mundo.
Recentemente, um dos maiores conglomerados de empresas de metal do mundo ampliou sua
capacidade de produção de placas de aço, fazendo do Espírito Santo o maior produtor de placas
de aço do Brasil.
Além disso várias outras atividades no ramo de confecções, construção civil, alimentos, auto-
motivo, metalmecânico, entre outros, são de grande desenvolvimento no estado, com destaque
para a cidade de Vila Velha, sede de uma das maiores fábricas de chocolate do mundo.